quinta-feira, 30 de abril de 2015

Derrota da Globo para Gugu. Culpa cai no Palmeiras, o 'derrubador de Ibope'. Três jogos seguidos teriam sido 'suicídio'. A emissora carioca promete apelar para seu clube favorito: o Corinthians...

Derrota da Globo para Gugu. Culpa cai no Palmeiras, o 'derrubador de Ibope'. Três jogos seguidos teriam sido 'suicídio'. A emissora carioca promete apelar para seu clube favorito: o Corinthians...




Os números consolidados do Ibope, entre 22h33 até 0h19 de hoje mostram que os executivos globais estavam certos. Seria desastroso mostrar Sampaio Corrêa e Palmeiras em todo o Brasil. O resultado foi pífio em São Paulo, cidade que mais interessa aos patrocinadores. Foram meros 12 pontos. O futebol ficou em segundo lugar. A liderança ficou com Gugu. O apresentador da Record chegou a 13 pontos. Sua maior "arma", pegadinha usando um anão. O resultado para a Globo foi constrangedor. Confirmou a fama de "derrubador de Ibope" que o Palmeiras carrega desde 2002, no seu primeiro rebaixamento. A emissora carioca tentará ainda mais se manter fiel à sua determinação de mostrar cada vez mais partidas do Corinthians para São Paulo. O presidente palmeirense, Paulo Nobre, também tem motivos de sobra para ficar ressentido. O dirigente sonha em aumentar a cota do seu time, reforçado e agora com a nova arena. Sempre vale lembrar a diferença nas cotas. Entre 2012 e 2015, a distribuição foi dessa maneira: Grupo 1 – Flamengo e Corinthians: R$ 110 milhões
Grupo 2 – São Paulo: R$ 80 milhões
Grupo 3 – Vasco e Palmeiras: R$ 70 milhões
Grupo 4 – Santos: R$ 60 milhões
Grupo 5 – Cruzeiro, Atlético Mineiro, Grêmio, Internacional, Fluminense e Botafogo: R$ 45 milhões
Grupo 6 – Coritiba, Goiás, Sport, Vitória, Bahia e Atlético Paranaense: R$ 27 milhões

Do próximo ano até 2018, a diferença para os primeiros ficará maior: Grupo 1 – Flamengo e Corinthians: R$ 170 milhões
Grupo 2 – São Paulo: R$ 110 milhões
Grupo 3 – Vasco e Palmeiras: R$ 100 milhões
Grupo 4 – Santos: R$ 80 milhões
Grupo 5 – Cruzeiro Atlético Mineiro, Grêmio, Internacional, Fluminense e Botafogo: R$ 60 milhões
Grupo 6 – Coritiba, Goiás, Sport, Vitória, Bahia e Atlético Paranaense: R$ 35 milhões Ou seja, a diferença entre Palmeiras e Corinthians só aumentará. Pulará de R$ 40 milhões para R$ 70 milhões. A amigos, Nobre diz que, quando assumiu, tudo já estava estabelecido. E que reverteria essa pecha de "derrubador de Ibope", que foi atrelado ao clube. Só que Oswaldo de Oliveira preferiu levar um time reserva ao Maranhão. Preservar seus atletas para a final do Campeonato Paulista. O que espantou de vez os torcedores paulistas. Os executivos da Globo se irritaram porque foi a primeira vez que Gugu ficou em primeiro lugar, desde o seu retorno à Record. O pior é que não há desculpa de entrevista especial com alguém polêmico como Susane Ristofhen ou o ex-goleiro Bruno preso em Minas Gerais. Cada resultado ruim como o de ontem é contabilizado pelas agências que representam os patrocinadores do futebol na emissora carioca. Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen e Ambev. Empresas que dividiram R$ 1,3 bilhão em 2015. A audiência do futebol na emissora caiu 28% nos últimos dez anos. Os torcedores do Palmeiras fazem questão de dizer que, além de Gugu, também são responsáveis pelo vexame. E que não assistem futebol na Globo. Seria em represália pela emissora não dizer o nome da empresa de seguros que comprou o naming rights do novo estádio. E por isso a tratam pelas iniciais RGT, Rede Globo de Televisão. A Fox Sports já vai atrapalhar a revanche na próxima quarta-feira. Conseguiu ter exclusividade em relação ao Corinthians contra o Guarani no Paraguai. Conseguiu junto à Conmebol, a antecipação da partida para as 19h45. As 22 horas, horário exigido pela Globo, São Paulo e Cruzeiro pela Libertadores. A Fox Sports também já entendeu o poder midiático corintiano e promete comprar novas brigas para mostrar o clube mais popular de São Paulo sozinha. A emissora carioca tem nos corintianos sua preferência. Mas os são paulinos são sua segunda opção. Palmeiras é o terceiro e o Santos, o quarto time grande paulista. Os canais de televisão do Brasil já perceberam. Deixou de ser uma façanha impossível, inalcançável vencer a disputa com a Globo aos domingos às 16 horas e nas quartas-feiras às 22 horas. O calendário esdrúxulo que a emissora carioca organiza com a CBF e Federação Paulista de Futebol tem aberto várias brechas. Mostrado partidas sem o menor apelo. A final do Paulista entre Palmeiras e Santos não anima nem um pouco os executivos da emissora. A primeira partida entre os dois ficou com apenas 21 pontos. Número baixo para a decisão do torneio em São Paulo, envolvendo equipes grandes. Como aconteceu com metade do Brasil ontem, a emissora carioca terá sempre um filme pronto para mostrar às quartas ou nos domingos que os jogos foram desinteressantes. Uma parte significativa do país acompanhou o repetido filme O Espetacular Homem-Aranha. Futebol, principalmente, que não envolva Corinthians ficou arriscado para a Globo. A partida com o Sampaio Corrêa foi a terceira seguida do Palmeiras, o que não acontecia desde 2012. Foram Corinthians, Santos e Sampaio Corrêa. E um jogo com tão fraca audiência em uma quarta-feira só aconteceu no dia 16 de abril de 2014. Os times: Santos e Mixto do Mato Grosso. Os santistas, desde que perderam Neymar, se mostram desinteressantes. A lição de ontem não será esquecida. Nada de três jogos seguidos dos palmeirenses. Em 2014, a Rede Globo transmitiu 33 jogos do Corinthians.O São Paulo apareceu 29 vezes. O Santos teve 14 transmissões e o Palmeiras apenas 13. Muitos dos jogos mostrados de santistas e palmeirenses foram clássicos. Neste ano, os corintianos já tiveram 16 partidas transmitidas. O São Paulo, 14. Com o confronto de ontem, os dois "derrubadores de Ibope", somaram apenas oito jogos mostrados em 2015, seis dos palmeirenses e dois dos santistas. A ordem é na emissora é "nunca mais" ficar amarrada a três jogos seguidos do Palmeiras. Simples assim...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

A arrebatadora final entre Ceará e Bahia mostrou. A 'Lampions League' é uma lição que a CBF não quer enxergar. Copas regionais colocariam um fim nos monótonos e deficitários estaduais...

A arrebatadora final entre Ceará e Bahia mostrou. A 'Lampions League' é uma lição que a CBF não quer enxergar. Copas regionais colocariam um fim nos monótonos e deficitários estaduais...




16 clubes. Cruzeiro, Atlético, América e Caldense representando Minas Gerais. Santos, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Ponte Preta os paulistas. Flamengo,Fluminense, Vasco, Botafogo e Madureira, o Rio de Janeiro. Rio Branco e Desportiva Ferroviária do Espírito Santo. Quatro grupos de quatro equipes. As duas primeiras se classificam e começam os mata-matas: as quartas, semifinais e finais. Essa seria hipotética a Copa Sudeste. Competição que abriria o ano na região. Teria muito mais competitividade,interesse. Os jogos seriam mais espaçados. Os jogadores vindo da pré-temporada teriam chance de atuar e se recuperar. Até os classificados para a Libertadores teriam muito mais tranquilidade para se planejar. Os jogos teriam arrecadação alta e audiência garantida. A repercussão seria enorme. O título significado, seria representativo. Atletas valorizados. Mas nada disso sairá do imaginário. Por causa das Federações de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Elas não abrem mão de jeito algum dos seus campeonatos estaduais. Não foi por acaso que assassinaram o torneio Rio-São Paulo e a Copa Sul-Minas. A média do Campeonato Paulista é de 7.560 pessoas em 2015. O Carioca é de 4.954. O Mineiro, 5.523 pessoas. O Capixaba, 557 pessoas. A média de púbico nos estaduais da Região Sudeste, a mais rica do país, é de apenas 4.648 pessoas. Esse número foi anabolizado pelas fases finais dos torneios.

As finais da Copa do Nordeste foram uma aula de modernidade aos covardes dirigentes dos clubes de todo o Brasil. A Lampions League foi arrebatadora. Ceará e Bahia levaram 104.381 pagantes em Salvador e Fortaleza. Na partida de ontem, no Castelão, foram 63.399. O maior público no país em 2015. O Ceará foi o legítimo campeão invicto. Venceu os baianos na Fonte Nova por 1 a 0 e ontem, em casa, se impuseram por 2 a 1. Ganhou como prêmio dinheiro, prestígio, reconhecimento e também uma vaga para a Sul-Americana. Brasília, Cene, Cuiabá, Estrela do Norte, Independente, Luverdense, Luziânia, Nacional, Paysandu, Princesa do Solimões, Remo, Rio Branco , Santos (Amapá), São Raimundo, Tocantinópolis e Vilhena. Clubes do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Rondônia, Roraima e Tocantis. Esses clubes de estados marginalizados da grande mídia disputam a Copa Verde. Remo e Cuiabá começam hoje a decisão do título. Ao campeão, uma vaga na Sul-Americana. Os clubes conseguem arrecadar muito mais neste torneio do que nos seus estaduais. Está claro que uma Copa Sul, reunindo os principais clubes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná também seria muito mais interessante do que seus estaduais monótonos.

A cúpula da CBF sabe bem disso. Marco Polo del Nero é muito mais articulado do que José Maria Marin e Ricardo Teixeira juntos. Só que ele nunca irá permitir, por exemplo, a criação da Copa Sudeste e a Copa Sul. Porque está comprometido até a medula com os presidentes das federações dos estados que compõem estas regiões. A questão é simples e cruel. Não há como encavalar quatro competições entre fevereiro e maio. São menos de quatro meses completos. Sem as pessoas perceberem já há os ultrapassados, deficitários mas obrigatórios estaduais. Mais o início da Copa do Brasil. E para os melhores do país, a Libertadores da América. Já são três competições. Seria absurdo encaixar Copas Sudeste e do Sul para paulistas, mineiros, cariocas e gaúchos, quarteto que forma a elite do futebol nacional. Não é preciso ser presidente da CBF para responder as perguntas: qual competição valeria mais a pena? A Copa Sudeste ou os Campeonatos Paulista, Carioca, Mineiro? A resposta é evidente aos clubes grandes, os que possuem mais de 90% da torcida, os que fornecem os poucos jogadores atuando no país para a Seleção, aqueles, que junto a Grêmio e Inter, conquistam os títulos internacionais.

Mas essa pergunta nunca será feita por causa da covardia e comprometimento dos dirigentes dos clubes. Pessoas vitoriosas nas suas carreiras, inteligentes, espertas. Mas que são obrigadas a disputar torneios deficitários, insignificantes como os estaduais. Prejudicam os próprios clubes, times, treinadores, jogadores. Jogam fora dinheiro. A Copa do Nordeste de 2015 foi a competição nacional com maior média de público até agora, 7.830 pessoas. Pelo terceiro ano seguido! Só perde para a Libertadores 28.143 pagantes. Sem as finais, a Copa Verde, que começam hoje, já chegou a 3.220 torcedores em média. A significância dos números da Copa do Nordeste e da Verde fica chocante quando confrontada com a média dos estaduais. O Baiano, com apenas de 2.301 pessoas. O Cearense de 2.350 pagantes. O Paraense, 2.089. O Brasiliense, 942 torcedores. Maranhense 839. Mato-grossense, 785. Piauiense 710. Capixaba 511. Tocantinense, 492. Sul-Mato-grossense 491. Amazonense, 346. Acreano, 333. E o Rondoniense, 196 testemunhas. Só na fase de mata-mata, a Copa do Nordeste teve a média de 21.990 torcedores. O que pode ser mais explícito? "O Brasil é um país continental", tem sido a desculpa de todos os presidentes que passam pela CBF. Por isso impõe os estaduais aos grandes clubes. Mas o caminho das Copas Regionais está aberto. Competições de muito melhor nível, mais lucrativas, competitivas. Os estaduais ficariam para os clubes pequenos ou emergentes como gostam de definir seus dirigentes. Ceará e Bahia, dois clubes da Série B, mostraram o caminho. Mais de cem mil pessoas em dois jogos. Recorde de maior público no Brasil em 2015. A Copa do Nordeste é uma lição que a CBF não quer enxergar. Faz questão de manter a monotonia e o atraso dos estaduais. E o prejuízo dos grandes clubes neste país...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Tá chegando a hora!

Tá chegando a hora!



Olá galera. Faltam três dias pra descobrirmos quem vai fazer a festa de campeão no Maracanã. Por ter vencido o primeiro jogo por um a zero, o Vasco poderá empatar pra ficar com a taça. Já o Botafogo, que tinha a vantagem, terá que derrotar o Cruzmaltino por dois gols de diferença, se não quiser passar pela tensão dos pênaltis. Caso o Alvinegro repita a diferença vascaína, teremos as penalidades decidindo o título. O Botafogo teve que entrar em campo ontem, pela Copa do Brasil. Pra poupar os titulares, René Simões escalou um time com diversos jogadores que não estão sendo aproveitados. Casos de Henrique e do estreante Daniel Carvalho. O meia entrou na segunda etapa e fez o gol da vitória. Para a final contra o Vasco, uma outra equipe será escalada e os treinos serão fechados para imprensa, hoje e amanhã. Sem ter que entrar em campo no meio de semana, o Vasco vem focando seus treinamentos pensando apenas no Botafogo. Doriva sabe que a vantagem do empate é boa, mas perigosa quando não é bem administrada. A confiança da torcida vascaína é grande, um dos pontos forte é a defesa que tem Rodrigo e Luan, cria da casa, na zaga. Os ingressos estão esgotados. Todas as 56.249 entradas já foram comercializadas e o Maracanã, felizmente, estará lotado. Com a casa cheia, resta saber quem vai fazer a festa. Que a torcida vá ao estádio apenas pra torcer. Que não tenha confusão, dentro e fora do Maraca. Em campo, que a arbitragem não tenha influência no resultado. E que o campeão seja o time que jogar melhor. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sem Corinthians ou Flamengo, a Globo prefere não mostrar Palmeiras, Botafogo e, muito menos, a final da Copa do Nordeste para metade do Brasil. Esquece o futebol e opta por ele, o Homem-Aranha...

Sem Corinthians ou Flamengo, a Globo prefere não mostrar Palmeiras, Botafogo e, muito menos, a final da Copa do Nordeste para metade do Brasil. Esquece o futebol e opta por ele, o Homem-Aranha...




Assim como fizeram quando tinham Santos e XV de Piracicaba na mão, os executivos da Globo decidiram outra vez apelar hoje para o Homem-Aranha. E poupar grande parte do país do tradicional futebol na noite desta quarta-feira. A emissora se recusa a mostrar o Palmeiras contra o Sampaio Corrêa, Botafogo diante do Capivariano. E a fina da Copa do Nordeste entre Ceará e Bahia. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais (exceto Juiz de Fora, Uberlândia e Ituiutaba), Espírito Santo, Goiás, Pará (menos Santarém), Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Distrito Federal estarão livres de palmeirenses, botafoguenses, cearenses e baianos. E também de outras duas partidas "desinteressantes". Na velha política de comprar e só mostrar o futebol quando lhe interessar, a Globo mostrará o aracnídeo para esses estados. O jogo do Palmeiras será mostrado para São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O do Botafogo apenas para o Rio de Janeiro. Só Bahia e Ceará assistirão a definição da Copa do Nordeste com os dois times homônimos. Pernambuco verá a primeira partida da decisão do campeonato estadual entre Salgueiro e Santa Cruz. O mesmo vale para Alagoas, com ASA contra o CRB. A decisão foi tomada por vários motivos. O primeiro é que Corinthians e Flamengo, os favoritos da emissora e campeões de audiência nos últimos anos, não estão envolvidos nas partidas. Segundo, Palmeiras e Botafogo participam das decisões paulista e carioca. Não vão colocar seus titulares nestes jogos que encavalam o calendário. Terceiro, para a emissora, Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Alagoano têm interesse apenas regional. E a quarta e decisiva razão: a certeza que Homem-Aranha atrairá mais telespectadores do que esses confrontos.

Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen pagam mais de R$ 1,3 bilhão para expor suas marcas durante os jogos mostrados pela Globo. Foi assim que o diretor-geral da emissora, Willy Haas, comemorava o fechamento do acordo bilionário no fim do ano passado. "É a certeza de que vale a pena anunciar produtos e empresas para o consumidor nacional, de que vale a pena construir valor de marca associado ao futebol, e de que vale a pena estar perto das famílias brasileiras através da Globo e da qualidade de sua cobertura", disse a revista Exame. Garantiu que o futebol chegaria a 98,6% dos municípios brasileiros. Fora a cobertura na Internet. Discursava entusiasmado. "Ter ao nosso lado marcas tão importantes, de diferentes setores da economia, é um incentivo para que a gente continue a investir no futebol. Desta forma, reafirmamos o nosso compromisso de continuar investindo na qualidade dos nossos produtos e talentos, na abrangência da nossa cobertura, na eficiência e solidez da nossa grade e no respeito ao mercado publicitário."

O alívio era nítido. Afinal, a cúpula da detentora do monopólio do futebol neste país estava tensa. Afinal, o Brasil havia dado um vexame homérico na Copa do Mundo de 2014. O medo era que os anunciantes não quisessem pagar o preço exigido pela emissora. A poderosa Coca Cola foi a primeira a cair fora. Não quis seguir bancando o esporte na emissora depois do que aconteceu no Mundial. Foi um sinal ao mercado. Quando a Coca Cola desiste de bancar um evento é significativo. Oito agências tiveram de se desdobraram para manter seis patrocinadores. O Magazine Luiza entrou no lugar do refrigerante. AlmapBBDO (Ambev e Volkswagen), África (Ambev, Itaú e Vivo), DM9DDB (Itaú, Johnson & Johnson e Vivo), DPZ (Vivo), Etco Ogilvy (Magazine Luiza), F/Nazca S&S (Ambev), JWT (Johnson & Johnson) e Y&R (Vivo). O descontentamento com o futebol no país é claro. As agências e os patrocinadores sabem muito bem que o nível técnico é fraco. Empresas fogem de patrocinar clubes importantes. O Cruzeiro, atual bicampeão do país, não tem patrocínio master há quatro meses. O Santos e o São Paulo também. Tudo na publicidade é feito baseado em pesquisas. Não é por acaso que a Globo discute a sério a possibilidade de mostrar pelo menos um campeonato nacional europeu. O Espanhol por causa de Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo seria o mais atraente. Assim como mostrar mais jogos da Champions League. Nada mais será automático. A emissora não quer a obrigação de transmitir jogos às quartas e domingos. Se seus executivos entenderem que o jogo não vai interessar seu telespectador, não mostrará. Palmeirenses e botafoguenses de fora de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Rio, podem reclamar à vontade. Assim como quem desejava ver a final da Copa do Nordeste e não mora no Ceará ou na Bahia. Mas não adianta campanha, gritaria, boicote. Quando os jogos forem considerados desinteressantes, não serão mostrados. Essa é uma decisão irreversível. Nos últimos dez anos, a audiência do futebol na Globo caiu 28% em média. E a emissora não adotará uma postura suicida. Se as partidas têm potencial para afugentar os telespectadores serão desprezadas. Trocadas por filmes, sem dor na consciência. É exatamente o caso de hoje à noite. Quase metade do Brasil estará livre de Palmeiras e Sampaio Corrêa e Botafogo e Capivariano. Da final da Copa do Nordeste. No lugar destes jogos, o indefectível Homem-Aranha...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

terça-feira, 28 de abril de 2015

Os brasileiros continuam a pagar os ingressos mais caros do mundo. Os dirigentes se aproveitam e ainda chantageiam os torcedores com os planos de sócios-torcedores...

Os brasileiros continuam a pagar os ingressos mais caros do mundo. Os dirigentes se aproveitam e ainda chantageiam os torcedores com os planos de sócios-torcedores...




"Eu pergunto se esses torcedores querem um time competitivo, chegar no trabalho e não ser gozado, o filho não ser gozado na escola ou se preferem ingresso baratinho? Eu administro para 16 milhões de pessoas e não só para 30 mil, 40 mil que vem ao estádio." As palavras diretas, sem rodeio, foram de Paulo Nobre, presidente do Palmeiras. Ele colocou 35 mil ingressos para Palmeiras e Santos, final do Paulista a preços que iam de R$ R$ 120,00 a R$ 390,00! Não por acaso, seu clube é o que mais arrecadou em 2015 no país. Em apenas dez jogos no campeonato estadual, a arrecadação já chegou a R$ 23.325.941,25. Nobre escancarou o que os dirigentes dos grandes clubes do Brasil decidiram fazer: elitizar as arquibancadas. Mesmo com o péssimo nível técnico do futebol, não há constrangimento em cobrar ingressos caríssimos. Muitas vezes até mais altos do que é cobrado na Champions League. "Eu frequentava a geral do estádio Rei Pelé, em Alagoas, e esse glamour só fica nas cenas de cinema, no Canal 100, porque não é bom ver jogo da geral. Você fica com a visão prejudicada, não existe conforto algum, você vê o jogo o tempo todo de pé. Então acho que tem de ser relativizado, geralmente quem fala muito bem da geral nunca viu o jogo na geral, quem via jogo na geral queria ver na cadeira. "Mas os preços são exorbitantes, e acho que isso de fato é inadmissível. Que haja ingressos mais caros, porque há serviços nos estádios, mas sou a favor do subsídio cruzado, ou seja, a parte mais cara dos ingressos ajuda a subsidiar a mais barata, para que o futebol não perca sua essência, sua natureza, que é a ligação com o povo."

Essa era a visão simplista e fantasiosa do ex-ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Como se ele não conhecesse o país que vive. Evidente que os dirigentes não iriam e nem tentaram dar esse tal "subsídio cruzado". O futebol é o espetáculo mais caro deste país. Nem ópera, teatro, cinema, Carnaval, danceterias custam tanto. Até ingressos para shows de estrelas mundiais já estão se equiparando com o que é cobrado nas bilheterias dos estádios. Os novos estádios mataram as gerais. Muitas delas folclóricas, como a do Maracanã. Por causa da Copa do Mundo e da ligação da Fifa com empreiteiras, o Brasil ganhou 12 arenas de primeiro mundo. Por coincidência, lógico, muito mais caras do que as construídas na Europa, por exemplo. E foram levantadas em um ritmo lento que só as deixou mais dispendiosas. Multiplicando os preços previstos quando elas começaram a ser levantadas. De repente, os brasileiros das grandes cidades deixaram de sentar no cimento e passaram a ter cadeiras estofadas para sentar. Banheiros decentes. Telões. E até boa alimentação no estádio. O que deveria ser algo para ser comemorado, uma conquista, se tornou motivo de exploração.

E o Brasil passou a ter o ingresso mais caro do mundo. Bastou pegar a renda per capita anual de cada cidadão desse país e a dividir pelo número de entradas para o futebol. O preço médio, inteiro e não promocional. O valor dessa entrada, no ano passado, chegou a R$ 51,74. O brasileiro empregado ganhava em média, R$ 25.611,00 por ano. Assim, poderia comprar 495 ingressos. O estudo foi feito pela Pluri Consultoria para o Campeonato Nacional de 2014. De acordo com esse simples raciocínio, o ingresso cobrado aqui vale ouro. Na Espanha, fazendo o mesmo cálculo, seria possível comprar 590 entradas; na Inglaterra, 774; em Portugal, 922; na Argentina, 947; no México, 962; na Turquia, 978; na Itália, 1094; no Japão, 1.117; na Holanda, 1.315; na França, 1.634; na Alemanha, 1.716 e; nos Estados Unidos, 1.944. Ou seja, a desproporção pela qualidade do nível do futebol e preço em relação ao resto do mundo é gritante, estúpida. Andrés Sanchez, deputado federal e homem que comanda o Corinthians de fato desde 2007, é apontado de forma unânime pelos dirigentes como o principal responsável pela elitização nas arquibancadas. Em fevereiro de 2009, ele brigou com o então presidente do São Paulo. Quando foram reservados apenas 10% de ingressos a corintianos em um clássico no Morumbi, ele decidiu. Seu clube não atuaria mais como mandante no estádio do rival. O que ele fez? Transformou o Pacaembu em Morumbi. Como? Aumentando proporcionalmente os preços dos ingressos. Sangrou os próprios corintianos. Eles passaram a pagar duas, três, quatro, cinco vezes o que estavam acostumados. Andrés, fundador da torcida organizada Pavilhão Nove, homem que se orgulha de ter "nascido nas arquibancadas", elitizou o futebol. Com a classificação de seu clube para a Libertadores é que tudo descambou de vez. Havia ingressos no estádio municipal até de R$ 500,00. Logo os dirigentes do Brasil todo perceberam que o brasileiro paga. O amor pelo clube está acima da razão. O Atlético Mineiro fez história. Cobrou R$ 100, R$ 200, R$ 250, R$ 400 e R$ 500 para a decisão da Libertadores de 2013. A arrecadação chegou ao absurdo: 56.557 pessoas pagaram R$ 14.176.146,00. É o recorde neste país. Por enquanto.

Inspirados no modelo europeu, os gananciosos presidentes de clubes passaram a adotar o mais baixo tipo de chantagem. Quem quiser ingresso mais barato, que vire sócio torcedor. Por isso essa explosão no país. É uma estratégia tosca. O torcedor paga uma mensalidade para ter esse direito. Somando esse dinheiro, mais o preço do ingresso e o desconto, o clube ainda sai no lucro. Porque o dinheiro da mensalidade não tem o desconto absurdo que as federações e o próprio governo costumam tirar do preço bruto dos ingressos. Ou seja, o bolso do torcedor não é poupado. Pelo contrário. A população de Poços de Caldas vai pagar R$ 70 nesta final inédita de Mineiro, entre Caldense e Atlético. O Internacional cobrará no Grenal decisivo de domingo entre R$ 80 e R$ 430. Botafogo e Vasco ficará entre R$ 60 e R$ 155 cada bilhete no Maracanã. Os ingressos para Santos e Palmeiras na Vila Belmiro, ficaram entre R$ 75 e R$ 300. Salgueiro e Santa Cruz começam a decisão amanhã. Os dirigentes da cidade de 60 mil habitantes farão o que chamam de "pechincha". R$ 50 e R$ 25 os ingressos. Em Pernambuco, o governo subsidia o preço dos ingressos com a promoção Todos Com Nota. É uma campanha para evitar sonegação e evasão. O torcedor acumula pontos com notas fiscais que podem ser trocados por ingressos. Não existisse, os ingressos seriam no mínimo o dobro. Contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, os dirigentes do Salgueiro cobraram R$ 100 e R$ 200. A final da Champions League de 2015, marcada para Berlin, tem ingressos entre R$ 220 até R$ 1.237. Mas há uma promoção. Um adulto e uma criança pagam R$ 444,00. Geralmente pai acabam levando seus filhos. E a Uefa garante o torcedor do futuro. Aqui no Brasil nem se cogita fazer algo parecido. O que se quer é faturar.

A epidemia de exploração do torcedor se espalhou. Em 2015, o Brasil continuará a ser o país com os ingressos mais caros do mundo. Embora o nível do futebol continue fraco, atuando por aqui jogadores sem nível para defender clubes importantes da Europa, os dirigentes sabem. A população continua amando o futebol. E é muito fácil abusar desse amor. Ou cobrando de maneira direta, nas bilheterias. Ou disfarçando, nas mensalidades dos sócios torcedores. A questão levantada pelo bilionário Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, precisa ficar ecoando na cabeça de quem for tirar o dinheiro do bolso quando for comprar seu ingresso para o futebol. "Eu pergunto se esses torcedores querem um time competitivo, chegar no trabalho e não ser gozado, o filho não ser gozado na escola ou se preferem ingresso baratinho? Eu administro para 16 milhões de pessoas e não só para 30 mil, 40 mil que vem ao estádio." Ou seja. Quem for apoiar o time que ama, que pague. E não reclame...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Em plena recessão, um 'motivo de orgulho'. Os brasileiros continuam a pagar os ingressos mais caros do mundo. Os dirigentes não têm dó. Sabem como explorar o amor do torcedor ao futebol...

Em plena recessão, um 'motivo de orgulho'. Os brasileiros continuam a pagar os ingressos mais caros do mundo. Os dirigentes não têm dó. Sabem como explorar o amor do torcedor ao futebol...




"Eu pergunto se esses torcedores querem um time competitivo, chegar no trabalho e não ser gozado, o filho não ser gozado na escola ou se preferem ingresso baratinho? Eu administro para 16 milhões de pessoas e não só para 30 mil, 40 mil que vem ao estádio." As palavras diretas, sem rodeio, foram de Paulo Nobre, presidente do Palmeiras. Ele colocou 35 mil ingressos para Palmeiras e Santos, final do Paulista a preços que iam de R$ R$ 120,00 a R$ 390,00! Não por acaso, seu clube é o que mais arrecadou em 2015 no país. Em apenas dez jogos no campeonato estadual, a arrecadação já chegou a R$ 23.325.941,25. Nobre escancarou o que os dirigentes dos grandes clubes do Brasil decidiram fazer: elitizar as arquibancadas. Mesmo com o péssimo nível técnico do futebol, não há constrangimento em cobrar ingressos caríssimos. Muitas vezes até mais altos do que é cobrado na Champions League. "Eu frequentava a geral do estádio Rei Pelé, em Alagoas, e esse glamour só fica nas cenas de cinema, no Canal 100, porque não é bom ver jogo da geral. Você fica com a visão prejudicada, não existe conforto algum, você vê o jogo o tempo todo de pé. Então acho que tem de ser relativizado, geralmente quem fala muito bem da geral nunca viu o jogo na geral, quem via jogo na geral queria ver na cadeira. "Mas os preços são exorbitantes, e acho que isso de fato é inadmissível. Que haja ingressos mais caros, porque há serviços nos estádios, mas sou a favor do subsídio cruzado, ou seja, a parte mais cara dos ingressos ajuda a subsidiar a mais barata, para que o futebol não perca sua essência, sua natureza, que é a ligação com o povo."

Essa era a visão simplista e fantasiosa do ex-ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Como se ele não conhecesse o país que vive. Evidente que os dirigentes não iriam e nem tentaram dar esse tal "subsídio cruzado". O futebol é o espetáculo mais caro deste país. Nem ópera, teatro, cinema, Carnaval, danceterias custam tanto. Até ingressos para shows de estrelas mundiais já estão se equiparando com o que é cobrado nas bilheterias dos estádios. Os novos estádios mataram as gerais. Muitas delas folclóricas, como a do Maracanã. Por causa da Copa do Mundo e da ligação da Fifa com empreiteiras, o Brasil ganhou 12 arenas de primeiro mundo. Por coincidência, lógico, muito mais caras do que as construídas na Europa, por exemplo. E foram levantadas em um ritmo lento que só as deixou mais dispendiosas. Multiplicando os preços previstos quando elas começaram a ser levantadas. De repente, os brasileiros das grandes cidades deixaram de sentar no cimento e passaram a ter cadeiras estofadas para sentar. Banheiros decentes. Telões. E até boa alimentação no estádio. O que deveria ser algo para ser comemorado, uma conquista, se tornou motivo de exploração.

E o Brasil passou a ter o ingresso mais caro do mundo. Bastou pegar a renda per capita anual de cada cidadão desse país e a dividir pelo número de entradas para o futebol. O preço médio, inteiro e não promocional. O valor dessa entrada, no ano passado, chegou a R$ 51,74. O brasileiro empregado ganhava em média, R$ 25.611,00 por ano. Assim, poderia comprar 495 ingressos. O estudo foi feito pela Pluri Consultoria para o Campeonato Nacional de 2014. De acordo com esse simples raciocínio, o ingresso cobrado aqui vale ouro. Na Espanha, fazendo o mesmo cálculo, seria possível comprar 590 entradas; na Inglaterra, 774; em Portugal, 922; na Argentina, 947; no México, 962; na Turquia, 978; na Itália, 1094; no Japão, 1.117; na Holanda, 1.315; na França, 1.634; na Alemanha, 1.716 e; nos Estados Unidos, 1.944. Ou seja, a desproporção pela qualidade do nível do futebol e preço em relação ao resto do mundo é gritante, estúpida. Andrés Sanchez, deputado federal e homem que comanda o Corinthians de fato desde 2007, é apontado de forma unânime pelos dirigentes como o principal responsável pela elitização nas arquibancadas. Em fevereiro de 2009, ele brigou com o então presidente do São Paulo. Quando foram reservados apenas 10% de ingressos a corintianos em um clássico no Morumbi, ele decidiu. Seu clube não atuaria mais como mandante no estádio do rival. O que ele fez? Transformou o Pacaembu em Morumbi. Como? Aumentando proporcionalmente os preços dos ingressos. Sangrou os próprios corintianos. Eles passaram a pagar duas, três, quatro, cinco vezes o que estavam acostumados. Andrés, fundador da torcida organizada Pavilhão Nove, homem que se orgulha de ter "nascido nas arquibancadas", elitizou o futebol. Com a classificação de seu clube para a Libertadores é que tudo descambou de vez. Havia ingressos no estádio municipal até de R$ 500,00. Logo os dirigentes do Brasil todo perceberam que o brasileiro paga. O amor pelo clube está acima da razão. O Atlético Mineiro fez história. Cobrou R$ 100, R$ 200, R$ 250, R$ 400 e R$ 500 para a decisão da Libertadores de 2013. A arrecadação chegou ao absurdo: 56.557 pessoas pagaram R$ 14.176.146,00. É o recorde neste país. Por enquanto.

Inspirados no modelo europeu, os gananciosos presidentes de clubes passaram a adotar o mais baixo tipo de chantagem. Quem quiser ingresso mais barato, que vire sócio torcedor. Por isso essa explosão no país. É uma estratégia tosca. O torcedor paga uma mensalidade para ter esse direito. Somando esse dinheiro, mais o preço do ingresso e o desconto, o clube ainda sai no lucro. Porque o dinheiro da mensalidade não tem o desconto absurdo que as federações e o próprio governo costumam tirar do preço bruto dos ingressos. Ou seja, o bolso do torcedor não é poupado. Pelo contrário. A população de Poços de Caldas vai pagar R$ 70 nesta final inédita de Mineiro, entre Caldense e Atlético. O Internacional cobrará no Grenal decisivo de domingo entre R$ 80 e R$ 430. Botafogo e Vasco ficará entre R$ 60 e R$ 155 cada bilhete no Maracanã. Os ingressos para Santos e Palmeiras na Vila Belmiro, ficaram entre R$ 75 e R$ 300. Salgueiro e Santa Cruz começam a decisão amanhã. Os dirigentes da cidade de 60 mil habitantes farão o que chamam de "pechincha". R$ 50 e R$ 25 os ingressos. Em Pernambuco, o governo subsidia o preço dos ingressos com a promoção Todos Com Nota. É uma campanha para evitar sonegação e evasão. O torcedor acumula pontos com notas fiscais que podem ser trocados por ingressos. Não existisse, os ingressos seriam no mínimo o dobro. Contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, os dirigentes do Salgueiro cobraram R$ 100 e R$ 200. A final da Champions League de 2015, marcada para Berlin, tem ingressos entre R$ 220 até R$ 1.237. Mas há uma promoção. Um adulto e uma criança pagam R$ 444,00. Geralmente pai acabam levando seus filhos. E a Uefa garante o torcedor do futuro. Aqui no Brasil nem se cogita fazer algo parecido. O que se quer é faturar.

A epidemia de exploração do torcedor se espalhou. Em 2015, o Brasil continuará a ser o país com os ingressos mais caros do mundo. Embora o nível do futebol continue fraco, atuando por aqui jogadores sem nível para defender clubes importantes da Europa, os dirigentes sabem. A população continua amando o futebol. E é muito fácil abusar desse amor. Ou cobrando de maneira direta, nas bilheterias. Ou disfarçando, nas mensalidades dos sócios torcedores. A questão levantada pelo bilionário Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, precisa ficar ecoando na cabeça de quem for tirar o dinheiro do bolso quando for comprar seu ingresso para o futebol. "Eu pergunto se esses torcedores querem um time competitivo, chegar no trabalho e não ser gozado, o filho não ser gozado na escola ou se preferem ingresso baratinho? Eu administro para 16 milhões de pessoas e não só para 30 mil, 40 mil que vem ao estádio." Ou seja. Quem for apoiar o time que ama, que pague. E não reclame...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Acabou a Zona de Conforto?

Acabou a Zona de Conforto?



Olá galera. O Campeonato de Fórmula 1 de 2014 teve amplo domínio da Mercedes. Seus dois pilotos disputaram o título sem nenhuma outra concorrência. Existia a esperança da Williams, equipe que terminou a última temporada mais próxima dos carros de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, incomodar. Mas quem ressurgiu foi a Ferrari. Será que acabou a Zona de Conforto? Para os amantes do automobilismo, quanto mais carros brigarem pela vitória, melhor. Claro que temos preferência por um piloto ou outro. No nosso caso, torcemos para Felipe Massa (Williams) e Felipe Nasr (Sauber). Ambos tiveram um bom início. Na classificação, Massa está apenas atrás das feras da Mercedes e da Ferrari. Nasr é o oitavo.

Ao que tudo indica, a Ferrari vai conseguir brigar pelo título. Para isso, conta com dois grandes pilotos, acostumados a levantar taça. Hamilton lidera o campeonato, mas sabe que não pode bobear. Nico Rosberg, o tetracampeão Sebastian Vettel e Haikkonen (campeão em 2007), têm totais condições de chegarem perto do atual campeão. A próxima prova, quinta na temporada, será no dia 10 de maio, em Barcelona, na Espanha. Vamos ver quem vai se preparar melhor até lá. Tomara que a competitividade aumente ainda mais, quem sabe com uma presença mais forte da Williams, o que colocaria Felipe Massa nessa briga. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Categoria: formula-1
Autor: mciribelli

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Palmeiras e Santos foram a decepção esperada no Ibope. Diante do fracasso dos 21 pontos, a certeza. A Globo continuará priorizando os jogos do Corinthians. Mostrará a final na Vila Belmiro porque será obrigada...

Palmeiras e Santos foram a decepção esperada no Ibope. Diante do fracasso dos 21 pontos, a certeza. A Globo continuará priorizando os jogos do Corinthians. Mostrará a final na Vila Belmiro porque será obrigada...




Como os executivos globais haviam previsto, a final entre Palmeiras e Santos foi um fracasso em termos de audiência. Acertaram em cheio. Apenas 21 pontos. A decepção esperada. O que só consolidou a decisão de afastar cada vez mais essas duas equipes de sua grade de programação. E privilegiar Corinthians e São Paulo, como já estão fazendo nos últimos anos. As partidas entre os corintianos e são paulinos na primeira fase de Libertadores marcaram 33 e 32 pontos no Ibope, respectivamente. Ficou evidenciado que não há mesmo motivo para insistir. O Santos sem Neymar não atrai. E os palmeirenses ficaram traumatizados pelos dois rebaixamentos em dez anos. A fórmula do ano passado será repetida até o final da temporada, em dezembro. Em 2014, a Rede Globo transmitiu 33 jogos do Corinthians.O São Paulo apareceu 29 vezes. O Santos teve 14 transmissões e o Palmeiras apenas 13. Muitos dos jogos mostrados de santistas e palmeirenses foram clássicos. Neste ano, os corintianos já tiveram 16 partidas transmitidas. O São Paulo, 14. Com o confronto de ontem, os dois "derrubadores de Ibope", somaram apenas sete jogos mostrados, cinco dos palmeirenses e dois dos santistas. As cúpulas dos finalistas estão revoltadas. Mas perderam argumento com a baixa audiência de ontem. Santos e Ituano no ano passado ficou em 14,6 pontos. Em 2013, Corinthians e Santos chegou a 34 pontos. Já em 2012, Santos e Guarani ficaram em 18 pontos. Em 2011, Corinthians e Santos, novamente, atingiram 30 pontos. Em 2010, Santos e Santo André foram 29 pontos. Em 2009, Santos e Corinthians chegaram aos 35 pontos.

Ou seja, o foco no Corinthians como o clube de maior audiência em São Paulo continuará. O São Paulo seguirá como segunda opção. É simples de entender a revolta de Modesto Roma Júnior e Paulo Nobre. Quanto mais jogos transmitidos, mais os patrocinadores são mostrados, maior o número de novos torcedores, mais a equipe é conhecida no Exterior. É uma bola de neve que representa muito dinheiro a mais. Esta maior audiência que os corintianos conseguem atrair é o motivo pelo qual a Globo paga mais ao time de Parque São Jorge. Torcedores santistas protestam nas arquibancadas. Palmeirenses insistem em boicote à emissora carioca nas redes sociais. Mas a verdade é essas reclamações não afetam, não mudarão a postura de quem detém o monopólio das imagens do futebol brasileiro. Como os executivos globais haviam dito e foi revelado no blog, havia a certeza de que Palmeira e Santos não mobilizaria um grande público. O domingo sempre foi o "dia nobre" do futebol na Globo. É quando a família está reunida. Não há a desculpa da partida terminando mais de meia-noite, como as de quarta-feira, que a emissora exige que aconteçam às 22 horas. As chamadas para a decisão do Paulista têm sido tímidas, poucas. O ar de desolação é perceptível até na cobertura dos dois times durante a semana. Não há entusiasmo, links extraordinários. Como o que o Sportv, tevê a cabo da Globo fez em relação a São Paulo e Corinthains, pela Libertadores. Foram 16 horas diretas sobre o confronto da última quarta-feira. Nada disso acontecerá em relação a Santos e Palmeiras. Tudo será muito menor. Os patrocinadores pagam R$ 1,3 bilhão pelo futebol da TV Globo. O foco principal é São Paulo, cidade mais rica da América Latina. E os números comprovam o que as revoltadas torcidas de Palmeiras e Santos não querem aceitar. Seus times são "derrubadores de Ibope", diante do Corinthians. Há dez anos os números da audiência do futebol na Globo não param de despencar. São cerca de 28%. A esperança era que uma vitória na Copa do Mundo mudasse esse quadro. O fracasso do ano passado só piorou ainda mais o que se mostrava ruim. Por isso, a cúpula da Globo vai seguir apostando no que há certeza de retorno. No futebol para São Paulo, o Corinthians. Transmite obrigada Santos e Palmeiras, domingo. Ela quer mostrar o que dá audiência...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

A guerra entre Santos e Palmeiras pelo julgamento de Valdivia. Cabe a Reinaldo Carneiro Bastos fazer com que o meia seja julgado antes da final de domingo. E manter a credibilidade do campeonato...

A guerra entre Santos e Palmeiras pelo julgamento de Valdivia. Cabe a Reinaldo Carneiro Bastos fazer com que o meia seja julgado antes da final de domingo. E manter a credibilidade do campeonato...




Conselheiros santistas acreditam que chegou o primeiro teste para Modesto Roma Júnior. O presidente do Santos terá de mostrar sua força nos bastidores. E exigir do novo presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, justiça. Ou seja o julgamento de Valdivia ainda nesta semana, antes do confronto decisivo do Campeonato Paulista, domingo na Vila Belmiro. O palmeirense, que não jogou, ficou na entrada dos vestiários esperando o árbitro Vinicius Furlan passar após a partida. E ofendeu o juiz. "Uma vergonha essa arbitragem, uma vergonha, arbitragem de ladrão", foram as palavras que Furlan colocou no seu relatório. Fosse na Espanha, na Itália, na Inglaterra, o julgamento seria rápido, fulminante. Hoje, segunda-feira, a situação estaria resolvida. Mas no Brasil é diferente. Os conselheiros santistas sabem que os tribunais, não só esportivos, se apressam ou são vagarosos de acordo com os casos. Depende da pressão. Reinaldo Carneiro Bastos tem a obrigação moral de fazer o Tribunal de Justiça Desportiva julgar Valdivia até quinta-feira. Na sexta-feira, dia 1º de maio, dia do trabalho, não haverá expediente no TJD. Ou seja, há quatro dias para tudo ser resolvido. É uma questão de terminar ou não o Campeonato Paulista com credibilidade. O artigo 58-B do Código Brasileiro de Justiça Desportiva é claro. Prevê multa de até R$ 100 mil e suspensão de uma a seis partidas para o jogador que ofender moralmente o árbitro. Vinicius Furlan foi chamado de ladrão. Além do mais, o Palmeiras deve ser processado. Um jogador que não participou da partida teve acesso ao juiz. Em todo lugar civilizado, a situação estaria resolvida. Reinaldo Carneiro Bastos quer se firmar como presidente da FPF. Tanto que sua primeira atitude ao substituir seu mentor, Marco Polo del Nero, foi avisar que haverá festa de comemoração da final do Campeonato Paulista. Só que a situação não é nada festiva. Contra a pressão santista, haverá a palmeirense. O departamento jurídico do clube sabe o que aconteceu. E foi avisado que precisa fazer tudo o que for possível para que o meia atue no domingo. O presidente Paulo Nobre também assumiu a missão de tentar usar seu prestígio para que o julgamento não aconteça até a decisão do torneio. É uma situação que não deveria nem estar acontecendo. Valdivia é um ídolo de milhões de crianças e adolescentes. Seu exemplo foi péssimo. Ele cometeu um ato que merece punição. Pesquisas mostram que o cidadão brasileiro não acredita que as leis são para todos. Ou seja, os ricos e os poderosos estão acima da punição.

Um jogador de 31 anos não participa da partida, contundido. Sabe o quanto o clube acredita e precisa de sua presença em campo no último jogo, na decisão do Campeonato Paulista. Que já recebeu mais de R$ 20 milhões em salários nos últimos cinco anos. Mesmo assim não jogou nem metade das partidas representando seu pagador. Não se importa nem com o único defensor que tem no Palestra Itália, Paulo Nobre. Não. Valdivia fez questão de chegar perto de Furlan e compará-lo a um ladrão. Sabia muito bem o que estava fazendo. O quanto seu rosto é conhecido. Tinha a certeza de que se expunha a uma justa punição. Mas não conteve o ego. Em março do ano passado, o volante Francesco do Bragantino fez questão de falar aos jornalistas sobre o comportamento do meia chileno em campo. "Ele xinga a arbitragem, os auxiliares e ninguém tem peito para expulsar ele. A Federação tinha de ver isso, ele xinga todo mundo, tinha de ter respeito de todos. Xinga jogadores, manda o árbitro tomar no c... Ele entrou no jogo dando cotovelada, se a gente dá uma cotovelada nele, é expulso. Quero ver quem tem pulso de expulsar ele de campo quando ele dá. A Federação tem de olhar isso", pedia. Ninguém tomou qualquer atitude, lógico. O relatório público do juiz do jogo de ontem não deixa dúvida. O próximo passo da FPF deveria ser lógico. Denunciar o palmeirense. E julgá-lo antes de sexta-feira. Mas não Brasil a lógica costuram ser retorcida. Por isso, a pressão dos conselheiros santistas para que Modesto Roma Júnior aja como presidente. E exija que Reinaldo Carneiro apresse o julgamento. Pode parecer chocante para o leigo, mas no futebol, o Executivo domina o Judiciário. Paulo Nobre sabe que precisa evitar que Valdivia possa ficar fora da final. Ele está praticamente recuperado do edema no joelho esquerdo. Estaria pronto para domingo. A certeza que isso ocorra é que não o TJD não julgue o meia. Há a possibilidade de Valdivia ser julgado, suspenso. E o Palmeiras entrar com efeito suspensivo, o que poderia garantir sua escalação no domingo. Seria ridículo, mas dentro da lei. Indecente será se o julgamento não acontecer, como quer o departamento jurídico palmeirense. O comportamento de Valdivia outra vez é inaceitável. Sua postura é irresponsável, imatura, condenável. E que merece punição, prevista na lei. Ou agora será liberado para todos os jogadores xingarem os juízes após as partidas de "ladrão". Tudo está nas mãos de Reinaldo Carneiro Bastos. Cabe ao novo presidente da FPF brigar pela credibilidade do maior estadual do país. Reunir o mais rápido possível o Tribunal de Justiça Desportiva e anunciar o julgamento do palmeirense. Ou a maior preocupação de Reinaldo está apenas nos comes e bebes da festa de encerramento do torneio?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Venceu o melhor! Mas ainda não acabou...

Venceu o melhor! Mas ainda não acabou...



Olá galera. Ontem foi disputada a primeira partida da decisão do Cariocão 2015. Precisando da vitória, o Vasco foi mais ousado e acabou premiado com o gol do jovem Rafael Silva, já nos acréscimos. Com o resultado, o Cruzmaltino poderá empatar com o Botafogo no próximo domingo. Caso seja derrotado por um gol de diferença, pênaltis. Já são doze anos sem comemorar um título estadual. A última volta olímpica comemorando o Carioca foi em 2003. Com a maioria entre os mais de 45 mil presentes ao Maracanã, a torcida vascaína saiu satisfeita com o desempenho da equipe. O time de São Januário chegou a ter 70% de posse de bola, na primeira etapa. Mas mesmo com amplo domínio, não conseguiu fazer gol.

No segundo tempo o jogo melhorou. O Botafogo até começou procurando o gol e quase abriu o marcador. Mas aos poucos o Vasco foi retomando o comando da partida. Quando parecia que o jogo terminaria com placar em branco, Rafael Silva, que entrou no lugar de Dagoberto, completou cruzamento de Bernardo com muita categoria, fazendo belo gol. A vantagem mudou de lado, mas o Botafogo está vivo na briga. Na primeira partida, que não teve influência alguma da arbitragem no resultado, venceu o melhor. Os comandados de René Simões precisam melhorar. Faltam mais 90 minutos e tudo pode acontecer. Tomara que o Maraca esteja ainda mais cheio no próximo fim de semana, quando conheceremos o Campeão Carioca. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

domingo, 26 de abril de 2015

O Palmeiras vence. Mas perde a chance de 'matar' a decisão do Paulista contra o Santos. Em casa, com um jogador a mais e pênalti desperdiçado por Dudu. Vitória apenas por 1 a 0...

O Palmeiras vence. Mas perde a chance de 'matar' a decisão do Paulista contra o Santos. Em casa, com um jogador a mais e pênalti desperdiçado por Dudu. Vitória apenas por 1 a 0...




Dudu teve a chance de deixar o Palmeiras muito mais próximo do título paulista. A contratação mais badalado de Alexandre Mattos teve um pênalti à sua disposição. Paulo Ricardo havia segurado Leandro Pereira. O agarrou fora da área e não o largou até a penalidade ser marcada. Foi expulso. O time da casa já vencia por 1 a 0, gol de Leandro Pereira. Os 39.479 torcedores que proporcionaram a arrecadação de R$ 4.181.281,25, e o maior público do novo estádio, estavam com a comemoração preparada. O grito na garganta. Bastaria Dudu marcar, seu time faria 2 a 0 contra o Santos com dez jogadores. O jogador fez toda a pose possível. Queria aproveitar os holofotes. Correu. Diminuiu a velocidade, deu uns pulinhos antes de bater na bola. E ela subiu. Tocou no travessão e foi embora. O lance foi igualzinho à penalidade que ele desperdiçou contra o Penapolense. Será que ninguém o orientou que precisa bater menos forte na bola? O erro pode custar muito caro ao seu time. O Palmeiras venceu o jogo apenas por 1 a 0. No jogo final, domingo que vem, o Santos precisa ganhar por dois gols de vantagem para ser campeão. Um gol de vantagem leva a decisão para as penalidades. O pênalti desperdiçado por Dudu tem tudo para fazer muita falta... "Bate quem treina. Treinei bem durante a semana. Hoje infelizmente a bola subiu. Mas ganhamos o jogo. Está tudo bem", dizia, Dudu, sem a menor convicção. Ele sabia o quanto o gol que poderia ter marcado poderia deixar o Palmeiras muito mais próximo do título. E deixou esperançoso o Santos, já com Robinho. Antes da bola rolar, o fim das farsas. As Comissões Técnicas de Palmeiras e Santos tiveram de acabar com o teatro barato e tão comum nas decisões. Robinho e Valdivia estavam fora da primeira partida da decisão. Não conseguiram se recuperar de suas contusões. O santista não se recuperou da lesão muscular na coxa esquerda. O palmeirense desta vez perderia um jogo importante graças a um edema no joelho esquerdo. A partida perderia em ofensividade, em talento. A habilidade de Robinho e a malícia, visão de jogo de Valdivia transformariam a partida em um confronto mais físico, tático do que técnico. Os dois clubes grandes que levaram o Campeonato Paulista mais a sério e, livres da Libertadores, começavam a decidir o título. O duelo era mais profundo porque colocava lado a lado Oswaldo de Oliveira e Marcelo Fernandes. Os dois há um ano eram trabalhavam juntos, repartiam opiniões, confidências, segredos. Eram treinador e auxiliar na Vila Belmiro. Estava mais do que claro que ambos sabiam o que o outro iriam fazer. Sem suas estrelas, os dois decidiram optar pela compactação. Tentaram preencher o meio de campo, compactar, não dar espaço para os contragolpes em velocidade, grandes armas dos dois times. Para o Santos era mais danosa a ausência de Robinho do que a falta que Valdivia fazia ao Palmeiras. O clube do bilionário Paulo Nobre tinha mais peças de reposição. O time da casa tinha a obrigação de vencer a primeira partida. E Oswaldo montou uma equipe que tinha de se desdobrar. Com a bola, o time tinha três atacantes. Dudu e Rafael Marques abertos pelas pontas. E Leandro Pereira, enfiado, como jogador de referência, um antigo centroavante. Lucas e Zé Roberto liberados para buscar a linha de fundo. Marcelo Fernandes sabia que seu ex-mestre buscaria o sufoco, colocaria seu time na frente, apoiado pela apaixonada torcida. E não quis manter o mesmo esquema. Em vez do veterano atacante Robinho, um meia, Chiquinho. O sonho era travar, conter a empolgação palmeirense. E explorar a onipresença de Lucas Lima na roubada de bola, as arrancadas de Geuvânio e o oportunismo de Ricardo Oliveira. Cicinho e Victor Ferraz tinham de se preocupar em fechar as laterais. E só. Era uma equipe montada para marcar e contragolpear. Desde os primeiros minutos, ficou evidente que o Santos não iria incomodar tanto o rival. Tanto era verdade que, aos nove minutos, Arouca sentiu forte dores na coxa esquerda e teve de sair. Aos 17 minutos foi embora. Oswaldo percebeu que poderia ser ousado. Colocou o meia Cleiton Xavier, sem drama de consciência. O Palmeiras passava a ter mais precisão nos passes, mais ofensividade. Renato e Renato ficaram sobrecarregados. Tinham de cuidar de Robinho, Cleiton próximos do trio de atacantes. A ousadia deu resultado. O volume de jogo do Palmeiras aumentou. E encolheu o Santos em seu campo. A pressão era enorme. O gol era uma questão de justiça. E ela foi feita. Em uma jogada belíssima. Treinada. Cleiton Xavier deu passe para Robinho, ele abriu as pernas e a bola chegou até Lucas, o cruzamento foi perfeito para Leandro Pereira. Livre, chutou com gosto para as redes: Palmeiras 1 a 0, aos 29 minutos.

A jogada lembrou demais o gol contra o Botafogo de Ribeirão Preto, o que só demonstra que não nasceu de inspiração. Foi treinada. Mérito de Oswaldo de Oliveira. Robinho deixou a bola passar por baixo de suas pernas. Ele estava impedido. O gol foi legal porque não atrapalhou jogador algum do Santos. Mas provocou revolta dos santistas. Marcelo Fernandes percebeu que, de nada adiantaria abrir seu time para buscar o empate. O mais importante seria aprimorar mais ainda a marcação, não sofrer mais gols. Foi uma decisão sábia. O Palmeiras se animou e continuou pressionando, empurrado pela torcida. O inseguro árbitro Vinícius Furlan teve uma outra decisão difícil e acertada. Aos 43 minutos, Rafael Marques recebeu toque de Dudu de calcanhar. Ao tentar chutar para o gol, o palmeirense recebeu uma entrada dura, mas legal de Geuvânio. O estádio inteiro pediu o pênalti que não existiu. Oswaldo de Oliveira e Marcelo Fernandes sentiram o cheiro de insegurança de Furlan e invadiram o gramado no intervalo para reclamar. Ambos foram merecidamente expulsos. Os seus auxiliares, Luiz Alberto e Serginho Chulapa comandariam os times. Vantagem para Oswaldo que ficaria atrás do banco de reservas, de pé na arquibancada, muito próximo de Luiz Alberto. Suas ordens eram levadas pelo médico do clube aos ouvidos do auxiliar. Marcelo Fernandes ficou no vestiário vendo o jogo pela tevê.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou tendo como missão aumentar a vantagem. E ficar mais perto do título. A pressão acontecia forte na intermediária. A entrada de Cleiton Xavier melhorou muito o toque de bola. As viradas de jogo. O Santos continuava com o defeito de deixar sua defesa em linha, quando buscava o ataque. E foi surpreendido com ótimo lançamento de Rafael Marques para Leandro Pereira. O jovem Paulo Ricardo começou a segurá-lo fora da área. Mas só conseguiu quando era pênalti. O confuso Furlan deu vermelho a David Bras. Mas foi alertado do erro absurdo. E expulsou Paulo Ricardo. Dudu teve a chance de ampliar. Fez pose e cobrou forte demais, mandando a bola alta. Ela bateu no travessão e foi para fora. O Palmeiras jogava fora uma chance de ouro. A cobrança desperdiçada abalou psicologicamente o time de Oswaldo. E os santistas trataram de se segurar. Com um a menos, a derrota só por um gol estava de bom tamanho.

Os comandados de Marcelo Fernandes sabiam que enfrentariam o rival na Vila Belmiro e com Robinho. Não se expuseram. Geuvânio e Ricardo Oliveiras saíram, poupados para o próximo domingo. Os dois times cansaram no quarto final da partida. Oswaldo de Oliveira percebeu que de nada adiantaria expor sua equipe. E aceitou a vantagem de 1 a 0. A decisão continua aberta. O Palmeiras conseguiu uma vantagem importante. Bastará o empate para ser campeão. Mas o Santos tem todas as chances de vencer por dois gols de diferença e ficar com o título. O pênalti desperdiçado por Dudu pode ter um peso enorme, significativo. Ficou evidente. Após o fim da partida, os santistas comemoraram o resultado. Sabem que no domingo que vem tudo pode ser diferente. Os jogadores e os torcedores palmeirenses saboreavam a vitória. Mas sentiam o amargo gosto de desperdício...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Vai começar a decisão!

Vai começar a decisão!



Olá galera. O domingo está bonito no Rio de Janeiro. Apesar do sol ter aparecido bem bonito, não conseguiu aquecer o clima. Mas se a manhã está bem fresca na Cidade Maravilhosa, na parte da tarde, mais precisamente no Maracanã, esperamos que a decisão seja bem quente e emocionante. Tem tudo pra ser especial. Botafogo e Vasco superaram as desconfianças e chegaram à decisão vencendo a concorrência de Fluminense e Flamengo, favoritos para a maioria. A expectativa é de casa cheia. Cerca de 32 mil ingressos foram vendidos antecipadamente. Ontem, o Botafogo, que tem a vantagem de poder empatar os dois jogos, treinou com os portões fechados. A intenção do treinador René Simões é surpreender o adversário com uma presença inesperada ou alguma jogada ensaiada. Bill, que era dúvida, treinou normalmente e deve formar dupla de ataque com Rodrigo Pimpão. O técnico Doriva não deve ter problemas pra escalar a equipe. A única dúvida fica no ataque. Gilberto poderá ter como companheiro no setor ofensivo Dagoberto ou Rafael Silva. Por ser experiente e já apresentar melhores condições físicas, a tendência é que Dagol inicie a partida. Com o Maraca lotado, vamos ver quem vai sair na frente pela taça de campeão estadual, no Rio de Janeiro! beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

sábado, 25 de abril de 2015

Outra vez, Valdivia não joga uma decisão pelo Palmeiras. Por isso Alexandre Mattos o quer longe. O problema é o amadorismo de Paulo Nobre, que age como um torcedor e não como presidente...

Outra vez, Valdivia não joga uma decisão pelo Palmeiras. Por isso Alexandre Mattos o quer longe. O problema é o amadorismo de Paulo Nobre, que age como um torcedor e não como presidente...




Alexandre Mattos aprendeu no América Mineiro, onde começou. Observava como os rivais Cruzeiro e Atlético agiam de forma amadora. Pensava no que faria se tivesse os recursos da dupla poderosa de Belo Horizonte. A oportunidade surgiu em 2012. Quando foi convidado para trabalhar no Cruzeiro. Logo ao chegar mostrou seu maior ensinamento. O de ser prático. Para ele, o grande problema dos dirigentes sempre foi agir como torcedores. Se apegar aos jogadores, geralmente o ídolo. O importante era analisar a situação com clareza, firmeza. Como se fosse em uma empresa. Foi assim que agiu com Montillo e Diego Souza. O argentino era o grande ídolo cruzeirense. A torcida o adorava. Mas ele dava demonstrações de instabilidade. E sofria muito como problemas com Santino, seu segundo filho. Nascido com Síndrome de Down, a adaptação familiar estava sendo muito difícil. Principalmente com as ausências obrigatórias do pai, como jogador de futebol. A situação estava ficando insustentável, mas a cúpula cruzeirense não queria abrir mão do seu ídolo maior. Ainda mais que equipes como Corinthians, Flamengo, Grêmio e São Paulo procuraram diretamente seu procurador. Havia a necessidade de uma profunda reformulação no elenco.Só que os cofres estavam vazios. Foi quando Alexandre marcou uma reunião com o presidente Gilvan Tavares. Tinha uma proposta real firme do Santos. O clube do litoral paulista havia sido ético e o procurado primeiro, querendo comprar o atleta. Gilvan titubeou. Mattos afirmou que a hora era de vender. E se comprometeu com o dinheiro montar a base de um novo time. O dirigente acreditou e liberou a transação. Foram seis milhões de euros, na época, R$ 16,2 milhões, por 60% dos direitos que pertenciam ao Cruzeiro. E mais o retorno do volante Henrique. O jogador que deveria ser o substituto de Montillo, na idolatria da torcida, tinha nome e sobrenome. Diego Souza. A transação havia sido acertada dois meses antes da saía do argentino. Mattos usou a sua rapidez e se antecipou a vários concorrentes e fechou com o jogador com problemas contratuais com o Al Ittihad da Arábia Saudita. Firmou contrato de três anos.

Mas bastaram os primeiros meses, o egocentrismo e a dificuldade em entrar em forma do meia ficaram nítidos. Em sete meses ele já era despachado para o Metalist. Lucrou R$ 9 milhões e ainda ficou com o atacante Willian emprestado por um ano. Ainda se livrou de R$ 400 mil em salários. Negócio que o tempo mostrou ser excelente. Assim como a venda de Montillo. O dinheiro da negociação dos dois foi fundamental na formação do atual bicampeão brasileiro. Essas experiências com Montillo e Diego Souza fortaleceram a certeza de Mattos: Valdivia tem de ir embora do Palmeiras, não renovar. O dirigente já vem defendendo essa tese desde que foi contratado. Considera o maior erro de Paulo Nobre essa dependência do chileno. A dos torcedores, Alexandre compreende. Coloca na conta da paixão irracional. Da angústia do trauma de dois rebaixamentos seguidos e de times lastimáveis formados por diretorias incompetentes. Mas não perdoa a devoção do presidente do clube, executivo, bilionário investidor financeiro. Toda frieza e objetividade de Paulo Nobre terminam quando o assunto é Valdivia. Ele se incomoda com a postura firme do dirigente. Sabe que ele não deseja a renovação com o jogador. Já ouviu os argumentos irrefutáveis que ele não atuou nem metade das partidas que o Palmeiras disputou nos últimos cinco anos. Do quanto tumultuou os departamentos médico e de fisioterapia do clube, levando muito mais tempo para se recuperar de contusões comuns. Nesses períodos de recuperação foi visto em baladas e até Carnaval. Mas Nobre continua firme. E foi duro com a direção do Cruzeiro que procurou o pai do atleta, tentando contratá-lo. Pediu ética. E disse que deseja seguir com ele. Gilvan Tavares se desculpou e disse que não assediaria mais o jogador.

Mattos aprendeu com Marcelo Oliveira a importância do respeito dos jogadores ao treinador, à hierarquia. Sabe que os abusos, os privilégios sabotam o ambiente de qualquer time de futebol. O que Valdivia fez no jogo contra o Corinthians foi deprimente. Ao ver que seria substituído, as câmeras flagraram ele falando claramente "puta que o pariu". Depois caminhou em direção ao banco. Oswaldo de Oliveira costuma cumprimentar os atletas que tira das partidas. O chileno sabe disso. O treinador andou na sua direção. Sua mão ficou no ar, enquanto gritava "Val", "Val". O jogador seguiu reto. Desmoralização. No Palmeiras todos tentaram minimizar a situação. Valdivia ironizou, disse que não ouviu. Oswaldo preferiu comemorar a vitória nos pênaltis. Paulo Nobre não quis nem comentar o assunto. Como se não tivesse existido. Assim agiram quase todos no Palestra Itália, afinal, amanhã o clube começa a decidir o Paulista. Todos os ingressos no seu estádio foram vendidos. Um sucesso. Não haveria porque tocar em fatos negativos. Como a humilhação que sofreu do jogador que só apoiou desde que foi contratado. Mas não é o que pensa Alexandre Mattos. Ele ficou mais certo ainda de que não vale a pena sequer pensar em renovar o contrato do meia. Tanto que contratou Cleiton Xavier, Robinho, Alan Patrick para a posição. E também apostou no chileno Arancibia, de 18 anos, apontado como grande revelação do futebol andino. Fora o grande sonho: o argentino Conca, que será mais uma vez sondado. Empresários afirmam que, outra vez, ele já estaria disposto a voltar da China. O Palmeiras deve tentar seu empréstimo do Shanghai SIPG. Isso se aceitar reduzir seu incrível salário de R$ 2 milhões. Se não der certo, Mattos quer outro meia de prestígio, menos Valdivia.

Oswaldo acompanhava de perto, brigava pela permanência de Valdivia. Mas está muito desgostoso pela humilhação que passou no domingo. Deixou de ser fervoroso defensor do jogador. Pelo contrário, até. Só quer, se ele sair, um atleta com grande potencial para a posição fundamental no time. A contusão no joelho esquerdo que o impedirá de atuar amanhã contra o Santos, deveria ter ficado em segredo. Ser uma surpresa para Marcelo Fernandes. Mas inexplicavelmente vazou. Os dirigentes querem saber quem passou a informação aos jornalistas. E qual o interesse. Desde 2008, quando o ex-presidente Belluzzo comprometeu R$ 23 milhões para trazê-lo de volta, o Palmeiras só pôde utilizá-lo em 141 partidas. Como o clube jogou 320 vezes, o meia ficou de fora 159 vezes, exatos 56%. E conseguiu marcar em cinco anos apenas 17 gols.

Perdeu a fase decisiva da Sul-Americana de 2010 por causa de uma fibrose na coxa esquerda; em 2011, rompeu o músculo posterior da coxa esquerda ao tentar o "chute no vácuo" contra o Corinthians. Não jogou na eliminação da Copa do Brasil para o Coritiba. Em 2012, foi expulso no primeiro jogo na decisão da Copa do Brasil. Nos jogos decisivos do Brasileiro, do mesmo ano, que culminaram com o rebaixamento, ele também não estava: teve uma contusão no joelho direito. Em 2013, distensão na coxa direita o tirou das quartas-de-final do Paulista e das oitava da Libertadores, contra o Tijuana. Na Copa do Brasil, quando o Palmeiras foi eliminado pelo Atlético Paranaense, não jogou por causa de um edema. Em 2014, jogou a semifinal do Paulista contra o Ituano machucado e o time foi eliminado. Também entrou contundido na partida em que o Atlético Mineiro tirou o clube da Copa do Brasil. Atuou contundido na partida contra o Atlético Paranaense. Por isso ficou mais de três meses sem jogar em 2015. E já ficará de fora amanhã, no primeiro jogo decisivo do Paulista contra o Santos. Valdivia ganha R$ 475 mil desde agosto de 2010. Completando cinco anos serão R$ 23 milhões e setecentos e cinquenta mil reais de custos, só de salários. Fora os encargos, impostos. No total, o meia custará ao Palmeiras cerca de R$ 50 milhões neste seu retorno. O jogador completará 32 anos em outubro. O executivo do futebol espera que Paulo Nobre tenha o mínimo de consciência para perceber o erro que será renovar com o meia. Mas há o temor: a alegria pela eventual conquista do Paulista pode novamente fazer com que o presidente continue a agir como torcedor. E ofereça mais dois anos de regalias ao chileno. Infelizmente, Alexandre Mattos não está podendo ser o executivo competente que tanto sucesso fez em Minas Gerais. O incrível amadorismo de Paulo Nobre em relação a Valdivia não deixa...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Palmeiras e Santos decidem o Paulista de 2015. Dois jogos entre os 'derrubadores de Ibope'. E que a Globo escondeu o máximo que pôde de suas transmissões. Agora, será obrigada a mostrar...

Palmeiras e Santos decidem o Paulista de 2015. Dois jogos entre os 'derrubadores de Ibope'. E que a Globo escondeu o máximo que pôde de suas transmissões. Agora, será obrigada a mostrar...




"Não sei se vai ser nesse domingo o filme dos Três Porquinhos e no outro o do Netuno, o rei dos mares." Foi assim que Modesto Roma Júnior resumiu a atenção que a Globo reserva para as finais do Campeonato Paulista entre o seu Santos e o Palmeiras. O presidente ironizava sobre o que aconteceu há dois domingos. Quando seu time disputava uma vaga para as semifinais contra o XV de Piracicaba. Ele sabeia que havia sido assim durante todo o torneio. E será assim no restante do ano. Como também, os palmeirenses terão o mesmo tratamento. Serão a terceira opção a ser mostrada aos paulistas. Há duas semanas, a emissora que monopoliza o futebol no país preferiu mostrar o Espetacular Homem-Aranha do que santistas e piracicabanos. O Santos desde que vendeu Neymar é um reconhecido "derrubador de Ibope" pelos executivos globais. Assim como os palmeirenses. O barulho da justa revolta dos torcedores nas mídias sociais foi alto demais. Obrigou a emissora a alegar que, por contrato com a FPF só poderia mostrar um jogo por fim de semana. E mostrou, no sábado, Corinthians e Ponte Preta. Modesto Roma sabe que isso é balela. A Globo é parceira da FPF tanto quanto é da CBF. Se quisesse, mostraria o jogo sem problema algum. Marco Polo del Nero, que comanda as duas instituições, desejava maior publicidade possível no estadual. O futebol, a bola rolando contrario a emissora carioca. A final do Campeonato Paulista de 2015 reúne as duas piores equipes no Ibope. Santos e Palmeiras. Este ano a Globo só mostrou uma partida do time da Vila Belmiro. Uma só. Justo o clássico contra os palmeirenses. Já o time de Paulo Nobre apenas teve direito a quatro jogos de exposição. O Corinthians, campeão de audiência, já mostrou seus patrocinadores em 16 partidas na Globo. O São Paulo foi mostrado em 12 jogos, três vezes mais do que o Palmeiras. E 12 do que os santistas. O Danúbio do Uruguai acabou sendo mostrado três vezes este ano.

Com o Corinthians e São Paulo classificados para os mata-matas da Libertadores e as sensacionais semifinais da Champions League, entre Barcelona e Bayern e Juventus e Real Madrid, as finais do Paulista ganham na emissora carioca a mesma atenção que o desenho dos Três Porquinhos mereceria. Está claro que não se espera grandes números do Ibope nos dois próximos domingos. A Globo está muito mais interessada em acompanhar o crescente interesse no futebol europeu, de altíssima qualidade. Barcelona e PSG, pelas quartas da Champions, na terça-feira deu excelentes 16 pontos em plena tarde. A perspectiva é agora esses números aumentem de forma significativa nas semifinais. Enquanto isso, o favorito Corinthians só chegou a 15 pontos contra a Ponte Preta. Na semifinal de domingo, contra o Palmeiras, a audiência chegou nos 24 pontos consolidados, com pico de 32 pontos. A alegria nos corredores globais acabou com a certeza de que Santos e Palmeiras ficaram para a decisão. Palmeirenses e santistas dão o troco à emissora. Cada torcida de sua maneira. Na semifinal contra o São Paulo, na Vila Belmiro, a direção de tevê da Sportv,que transmitia o jogo para quem paga, tomou uma decisão. Iria mostrar a feliz torcida do vencedor comemorando. Fixou imagem e abriu o som. Foi um enorme erro. O coro era altíssimo e nítido: "Chupa Globo, o Santos está na final de novo". Além disso, centenas de torcedores levavam e exibiam a singela faixa "Chupa Globo, emissora de Gambá". A alusão é ao Corinthians. Prometem fazer a mesma coisa nos dois clássicos contra o Palmeiras. Já os palmeirenses usam a Internet para até tentar boicotar, fazer com que a sua torcida não assista a partida na emissora que chamam pelas iniciais, RGT, Rede Globo de Televisão. Nesse clima de "fraternidade e amor entre os cidadãos" que o Campeonato Paulista de 2015 está chegando ao final nas telas da tevê aberta. Com a emissora que detém o direito de transmissão mostrando as finais entre os times que não a interessava. Que escondeu durante todo este ano. Enquanto os diretores de programação globais anseiam pelo mata-mata na Libertadores. Assim como pelas semifinais da Champions League. Ou pelo Campeonato Brasileiro. Até lá são obrigados a mostrar não somente uma, mas duas vezes santistas e palmeirenses duelando. Em dois domingos. A saudade de Corinthians e São Paulo será imensa. Esta é a relação entre a dona do monopólio do futebol no Brasil e os clubes que não são seus prediletos. E que recebem muito menos do que Corinthians e Flamengo. Quanto menos jogos transmitidos, menos interesse as empresas têm em colocar dinheiro para aparecer em suas camisas. Menos estímulo para novos torcedores. Menos divulgação no Exterior. Por isso não estranhe se, no hora da decisão do Campeonato Paulista, a Globo estiver mostrando o Lobo Mau tentando derrubar a casa dos Três Porquinhos. Atração mais atraente para seus executivos do que o clássico entre os derrubadores de Ibope: Santos e Palmeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli