sábado, 30 de janeiro de 2016

Fernando Garcia, o 'dono do Corinthians' levou Malcom para a França. O sexto titular do hexacampeão a partir. Como compensação, o empresário já colocou outro atleta 'seu'. André, ex-Atlético. Será o nono jogador do agente em Itaquera...

Fernando Garcia, o 'dono do Corinthians' levou Malcom para a França. O sexto titular do hexacampeão a partir. Como compensação, o empresário já colocou outro atleta 'seu'. André, ex-Atlético. Será o nono jogador do agente em Itaquera...




"Tomara que seu empresário consiga enxergar por trás do muro, num investimento em um garoto que é um jovem diamante. Ele está amadurecendo, tem todo um caminho para se valorizar, traduzir isso em dinheiro, para o empresário e para o clube. Enquanto tiver chance, que não vendam o Malcom." O desabafo foi de Tite na sexta-feira. E deveria ser levado a sério. O treinador ganhou a inédita Libertadores, Mundial, Brasileiro, Recopa, Estadual para o clube. Reconstruiu o time em pleno Brasileiro, com a equipe perdendo jogadores fundamentais como Guerrero, Sheik e Fábio Santos. Conseguiu convencer os jogadores a darem a alma, mesmo com o clube atrasando dois meses de salário para todos. E cinco, oito meses de direito de imagem para vários. O time foi hexacampeão do país com uma campanha histórica. Mas tudo o que o técnico recebeu pelo trabalho excelente foi o desmanche. Só o Palmeiras quando foi abandonado pela Parmalat em 2000. E fez dinheiro com os atletas que comprou, enquanto era acusada de lavagem de dinheiro, na Itália. Cleber, Zinho, Paulo Nunes, Oséas, Evair e Júnior Baiano foram na primeira leva. Alex, Júnior, Euller, Penna, Marcelo Ramos, Rogério e Roque Júnior foram depois. O Corinthians já havia perdido Renato Augusto, Jadson, Gil, Vagner Love e Ralf. Cássio havia se acertado com o Besiktas, mas a diretoria não aceitou parcelar sua venda. Elias segue sendo uma incógnita. Já aceitou e depois recusou proposta chinesa. Mas anda tentado a mudar mais vez de opinião. A Inter de Milão desistiu de Felipe. Só por isso, ele não foi atuar na Itália. Quando Tite estava se conformando com a perda de cinco titulares, soube na negociação envolvendo Malcom. Caso raríssimo na carreira do treinador. Um jovem atleta no qual apostou. Até os sorveteiros do Itaquerão sabem que o técnico prefere atletas rodados. Malcom conseguiu se impor diante de enorme pressão e cobrança. Se transformou em um dos atletas de maior confiança do treinador. O atacante velocista pelos lados, que abria espaço para os meias. E ainda tinha fôlego para recompor, ajudar a fechar o lado esquerdo da defesa.

Estava crescendo. Melhorando na finalização. Perdendo a afobação na hora de empurrar a bola ao gol, principal cobrança de Tite. O técnico cansou de dizer para Roberto de Andrade o segurar. Que ganharia muito dinheiro com ele no futuro. Só que o presidente foi sincero. Não dependia dele. O empresário Fernando Garcia é quem daria a palavra final. Afinal, o Corinthians só tinha 30% dos seus direitos. Em mais uma transação ótima para o agente. E péssima para o clube. A transação chega a ser inacreditável. Primeiro Fernando foi enganado. Tomou calote do Corinthians na compra de Ralf. O valor chegava a R$ 2,2 milhões. Roberto de Andrade era o responsável pelo futebol. Sem dinheiro, ofereceu 40% de Malcom. O agente, que já tinha 10%, aceitou. Isso em 2014, quando o atacante já era festejado como uma das "jóias reais" da base. O Corinthians que só tinha 70% do atleta, ficou com apenas 30%. Garcia vendeu 10% e repassou 5% a parceiros. Ficou com 35% do atleta. Fez um negócio espetacular. E ainda teve coragem de detonar o então diretor-adjunto de futebol para a ESPN. "Roberto de Andrade nunca honrou com a palavra. (...) O Roberto, esse cidadão não tem honra para ser presidente do Corinthians. Um cidadão desse, vendedor de carro, se atreve a administrar um clube da grandeza do Corinthians, meu time de coração. Um cidadão que não sabe nem vender um carro importado, e quer colocar a bunda dele numa cadeira de um cargo de presidente do Corinthians. Inacreditável aos meus olhos e ao meu coração corintiano, para quem desde pequeno frequenta a arquibancada do Corinthians.

"Não sei nem se ele é corintiano, nunca vi ele frequentando o Parque São Jorge. Ninguém nunca viu ele. Se você mostrar a foto dele no Parque São Jorge, ninguém sabe quem é. Ele se esconde na barra da calça do Andrés Navarro Sanchez. Ele não é porra nenhuma no Corinthians. É outra invenção ou piada do futebol brasileiro. Por isso que o futebol brasileiro anda nessa draga. Apanhando de 7 a 1." Falou com todas as letras em outubro de 2014. E, por incrível que pareça, continuou sua amizade com Roberto de Andrade. E avançar sobre os jogadores corintianos. Tem nove. Walter. Uendel, Guilherme Arana, Matheus Pereira, Vilson, Marlone, Lucca, André e Malcom. Enquanto o atacante adorado por Tite não assinar com o clube francês, segue sendo corintiano. Tudo deverá ser resolvido na segunda-feira. Aí, Fernando, terá apenas oito. Ou melhor, agora tem oito. O atacante de 18 anos não foi nem inscrito no Campeonato Paulita. E já voou para a França, acertar sua ida para o Bordeaux. Ou seja, o apelo de Tite foi à toa. Tudo indica que já perdeu seu sexto titular do time hexacampeão. Garcia vendeu 50% de Malcom para o Bordeaux. Por 5 milhões de euros, R$ 21,7 milhões. Ao Corinthians caberá 15% desse dinheiro, cerca de R$ 3,1 milhões. Dinheiro insignificante para um atleta tão importante e com tanto potencial. Antes, o agente já havia vendido Petrus, Cléber e Matheus Cassini, entre outros.

Para tentar amenizar a situação, já prevista, com a ida de Malcom para a França, Garcia articulou a saída de André do Atlético. Tanto que ele já havia até assinado pré-contrato com o clube paulista em dezembro. O jogador que surgiu no Santos tinha contrato com os mineiros até julho. Diego Aguirre o queria usar na Libertadores. Mas o empresário não quis entrar em conflito com a direção corintiana. Tinha de levar o jogador como substituto de Malcom. E assim, como por encanto, André resolve por uma foto sorrindo, treinando. E fez questão de apagar o escudo do Atlético Mineiro. Uma ofensa que não teve nada de gratuita. O pior foi que a direção atleticana percebeu que era estratégia, maneira de se livrar do clube. Forçar sua ida para o Corinthians. Na Cidade do Galo todos têm certeza que a ideia partiu de Garcia. A princípio, o presidente Daniel Nepomuceno não queria liberá-lo. Mas como o Corinthians acertou também a contratação de Giovanni Augusto, aceitou antecipar a liberação. Por 50% do meia, Roberto de Andrade pagou 3,5 milhões de euros, cerca de R$ 15 milhões. E em Belo Horizonte se comenta que, por mais R$ 2 milhões, foi acertada a antecipação da liberação de André.

Fernando Garcia comemorou. Ele segue com a maior parte da porcentagem de André. Ele tem apenas 25 anos. Caso consiga render e se valorizar no clube, poderá sair no futuro. Só dependerá outra vez do empresário. É incrível a autonomia que o agente desfruta no Corinthians. Ele é irmão de Paulo Garcia, tradicional conselheiro da oposição. Ambos são milionários, herdeiros da Kalunga. O estatuto corintiano proíbe um conselheiro de negociar com o clube. Mas Fernando jura que se afastou definitivamente do cargo, que possuía. E era "vitalício", ou seja, deveria durar a vida toda. Mas no Corinthians atual, as coisas não são o que parecem. Au revoir, Malcom...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Paulo Nobre e dona da Crefisa reatam. E Palmeiras passa a ter a camisa mais valorizada do brasileiro. Corinthians promete reagir. E busca patrocinadores para derrubar o rival. Duelo marcado...

Paulo Nobre e dona da Crefisa reatam. E Palmeiras passa a ter a camisa mais valorizada do brasileiro. Corinthians promete reagir. E busca patrocinadores para derrubar o rival. Duelo marcado...




Corinthians e Palmeiras estão envolvidos em mais um duelo selvagem na história desses dois rivais. Os dois clubes brigam pelo privilégio de ter o maior patrocínio da América do Sul. A lógica é direta. Dinheiro atrai mais dinheiro. A diretoria que vencer essa disputa tem a certeza que despertará interesse e confiança em novos investidores. Cada um usa as armas que tem, além da tradição centenária de dois dos clubes mais importantes do Brasil. Milhões de torcedores apaixonados. Arenas modernas e novíssimas. A partir daí, surgem as diferenças. O Palmeiras foi empurrado para a modernidade por seu mecenas bilionário. Paulo Nobre. Com respaldo político do ex-presidente Mustafá Contursi, conseguiu a anuência dos conselheiros. A situação era caótica. O clube devia cerca de R$ 287 milhões. O ex-presidente Arnaldo Tirone havia antecipado receitas. Só restariam 20% em 2013. E 75% de 2014. Pior, bancos rejeitavam empréstimos ou exigiam taxa acima do mercado, diante da péssima situação financeira. Foi quando Paulo Nobre revelou a Mustafá que iria emprestar dinheiro do próprio bolso. Os dois sabiam que, quando o novo estádio estivesse pronto, tudo melhoraria. Mustafá costurou politicamente, calou opositores. E o bilionário foi responsável pelo aporte financeiro de R$ 151 milhões, quantia confirmada pelo então presidente do Conselho Deliberativo, Alberto Strufaldi. Nobre cometeu o que muitos consideravam loucura. Não aceitou empresas interessadas em patrocinar a camisa do clube no ano do seu centenário. "Preço baixo não aceito. Prefiro ficar sem", desabafava para conselheiros irritados, nas alamedas do Palestra Itália. Quando a nova arena estivesse pronta, o presidente tinha a certeza da revolução. No final de 2014, José Roberto Lamacchia negociava com Carlos Miguel Aidar. Estava para levar o patrocínio da Crefisa. Nobre soube. Ele estava rompido com Aidar por causa de Alan Kardec. O então presidente são paulino havia declarado que Nobre se manifestou de maneira "patética e juvenil" sobre a perda do atacante. E garantiu que o Palmeiras havia se "apequenado". O presidente palmeirense pediu um encontro com Lamacchia. Conseguiu convencê-lo a investir no "clube do seu coração". Essa é a versão romântica. Na verdade, ele garantiu maior visibilidade com a nova arena, assegurou que montaria um grande time, e já em 2014, havia o desejo de tornar a Crefisa e a Faculdade das Américas, empresas de José Roberto, as únicas patrocinadoras do uniforme verde. O acordo foi fechado por dois anos. Com todo o estardalhaço prometido. A felicidade foi tanta que a Crefisa avisou que iria além dos R$ 23 milhões anuais. Contrataria jogadores, modernizaria o Centro de Treinamento. Daria dinheiro onde o futebol do clube precisasse. Só que além de Lamacchia, sua esposa e presidente da empresa, Leila Pereira, decidiu participar efetivamente da parceria. Ela é conhecida pelo gênio forte e por falar o que pensa. Os resultados do primeiro semestre não foram satisfatórios. Mesmo com as 25 contratações. E Oswaldo de Oliveira acabou demitido. Chegou Marcelo Oliveira. Nobre pediu ajuda da Crefisa para comprar Lucas Barrios. A empresa deu o dinheiro. Assim como Thiago Santos e Vitor Hugo.

Só que, ao mesmo tempo, Nobre percebeu que Leila queria ir além de ser patrocinadora. Desejava que a Crefisa se tornasse uma nova Parmalat, se tornasse co-gestora do futebol. E tentava apoio político para isso no Palmeiras. Os dois lados se afastaram. Foi quando, usando como desculpa a tentativa do lançamento de uma camisa retrô com a marca da antiga patrocinadora italiana, Leila desabafou. Qualificou as contratações de Paulo Nobre como de "quinta categoria". E ameaçou levar a Crefisa para o Flamengo, onde teria "mais visibilidade". O presidente palmeirense ficou irritado. Só não rompeu a parceria por conta dos R$ 56 milhões envolvidos. O troco veio. Ao inaugurar a nova sala de imprensa do clube, reforma bancada pela Crefisa, Leila e José Roberto não foram convidados. Quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil, Nobre fez questão de esquecer os dois na festa de comemoração. E também apenas mandou o troféu para a Faculdade das Américas, fez questão de não aparecer. Em compensação, ao chegar a taça, membros da Mancha Verde, organizada rompida com Paulo Nobre, lotavam a FAM. No final do ano, ela e o marido fizeram questão de postar uma foto com Valdivia, inimigo declarado de Nobre. Mas adorado ainda por uma significativa parcela de palmeirenses. A legenda: "qual o seu maior desejo para 2016?". Paulo Nobre ficou furioso. Ele detesta o chileno e jurou que ele não veste mais a camisa verde. Mandou avisar que não iria mais aceitar ajuda da Crefisa nas contratações para 2016. Foi o que aconteceu. Por coincidência, as obras de reformulação do CT da Barra Funda, financiadas pela empresa, pararam.


A situação estava complicada. Mas amigos comuns de Nobre e José Roberto os reaproximaram. Além da intermediação do vice Mauricio Galiotte. Só com esforço o clima ruim entre as partes diminuiu. E surgiu a oportunidade da Crefisa ficar com uniforme palmeirense inteiro, como havia sido sonhado no final de 2013. Os contratos com a Prevent Sênior e a TIM acabaram. E a camisa ficou toda da Crefisa. Por R$ 58 milhões. Mas havia também os meiões e calções. Por mais R$ 8 milhões. Foi feito um pacote de R$ 66 milhões. O maior patrocínio de uniforme do futebol brasileiro. A apresentação do uniforme de ontem foi absolutamente profissional. Não teve a proximidade de amigos. Leila não falou sobre contratar jogadores. Estava claro que isso é função do Palmeiras, de Paulo Nobre. O dirigente deixou bem claro que não é co-gestão, mas patrocínio o acordo com a Crefisa. Não permitiram que os repórteres fizessem perguntas. Para não tocar no sério desentendimento do ano passado. Mas foi marcada para a semana que vem uma reunião entre Nobre, José Roberto e Leila. Exatamente para tentar acabar com as arestas, com a mágoa entre os três. Independente dessa briga de poder no Palmeiras, foram os números que mexeram com o Corinthians. O clube faz do seu uniforme não só uma fonte de renda importante, como divulga com orgulho, o sucesso financeiro de suas empreitadas. Se não tem Paulo Nobre, usa sua influência junto ao governo federal.

O ex-presidente Lula foi fundamental para o clube ter o sonhado estádio. O político aproveitou o veto ao ultrapassado Morumbi e viabilizou a arena em Itaquera. Não por coincidência, a estatal Caixa paga R$ 30 milhões pelo patrocínio master. R$ 5 milhões a mais do que ao Flamengo, clube de maior torcida no país. O contrato com a Caixa termina no dia 26 de fevereiro. Andrés Sanchez garante estar tentando a venda do naming rights do estádio corintiano. E no acordo com um grupo financeiro, estaria envolvido também o patrocínio master. O Bradesco faria parte desse pool. Enquanto isso não acontece, o clube divulgou ontem o acerto por três anos com a empresa winnerplay.net. A empresa de palpites pela Internet ficou com as omoplatas. Serão R$ 20 milhões por três anos. Até o ano passado, a 99Taxis pagava R$ 3,5 milhões pelo espaço. E não houve interesse de renovação. Mesmo assim, o gerente de marketing, Gustavo Herbetta, afirmou que o clube negocia com outras empresas a venda de mais espaços na camisa corintiana. E garantiu que a meta é R$ 60 milhões. Ou seja, R$ 2 milhões a mais que a do Palmeiras. Herbetta sabe que, muito mais do que sua palavra, falou oficialmente pelo Corinthians.

Comprou a briga com o maior rival histórico. Os palmeirenses fizeram história. Nenhuma empresa bancou todo o uniforme de um clube grande no país. São R$ 66 milhões. O Corinthians tem, na prática, R$ 30 milhões da Caixa. Mais R$ 6,6 milhões com a winnerplay.net. A Special Dog paga R$ 3 milhões pelos calções. O clube busca patrocinadores para as mangas. A diretoria rompeu com a empresa de limpeza Klar. E ainda quer vender as meias. Por enquanto, a vitória é verde.

E por uma larga vantagem.

R$ 66 milhões contra R$ 39,6 milhões.

A concorrência é saudável e fantástica para os clubes.

Há dez anos, o Palmeiras recebia R$ 10 milhões da Pirelli por sua camisa.

O Corinthians embolsava R$ 13 milhões da Samsung em 2006.

Finalmente o futebol brasileiro descobriu o marketing...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Inesperada pressão do governo federal fez a CBF recuar. E aceitar a Primeira Liga no calendário nacional. O torneio que era ilegal na segunda-feira, hoje é 'um tesouro'. Vitória histórica dos clubes...

Inesperada pressão do governo federal fez a CBF recuar. E aceitar a Primeira Liga no calendário nacional. O torneio que era ilegal na segunda-feira, hoje é 'um tesouro'. Vitória histórica dos clubes...




Atlético Mineiro e Flamengo. 30 mil pessoas no Mineirão. Fluminense e Atlético Paranaense. Seis mil pessoas em Volta Redonda. Criciúma e Cruzeiro. Sete mil pessoas em Criciúma. Internacional e Coritiba. 11 mil pessoas em Porto Alegre. Avaí e Grêmio. 2.700 pessoas em Chapecó. América e Figueirense. 2.100 pessoas em Belo Horizonte. Média exata de torcedores 14.130 torcedores. Média do Campeonato Mineiro em 2015, 5.377 pessoas. Carioca, 5.372 pessoas. Gaúcho, 4.587 pessoas. Paranaense, 3.177 pessoas. Catarinense, 3.562 pessoas. Os números da rodada inicial, a ilegalidade do veto ao torneio, a pressão popular e a firmeza de Flamengo e Fluminense abalaram. Mas foi a inesperada presença do ministro dos Esportes, George Hilton, que mexeu de vez com a convicção da cúpula da CBF. Marco Polo del Nero, que continua controlando a entidade mesmo licenciado, mandou seu escudeiro, o secretário-geral Walter Feldman, dar o aval para o torneio. "Ou eles se enquadram ou terão de dar o seu lugar a quem entende de gestão no futebol", ameaçou o ministro dos Esportes, George Hilton. Jamais um representante do governo federal foi tão direto em relação ao dirigentes da CBF. A postura de Hilton reflete o fim da tolerância da própria presidente Dilma Rousseff. As denúncias de corrupção feitas pelo FBI e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos aos últimos três presidentes da CBF foram fortes demais. Assim como a pressão popular para a reformulação na entidade. Já houve a mudança nas eleições da CBF, com a participação dos clubes. O medo de Feldman e Marco Polo é que o governo decida ir além. E expurgá-los do controle do futebol do país. Por isso, foi fundamental recuar. Apesar do ego e do medo da maioria dos dirigentes envolvidos na Primeira Liga, a CBF e a Federação Carioca tiveram de recuar vergonhosamente. Há três dias as duas entidades garantiam que aconteceria apenas a primeira rodada da torneio. Só que não há como proibir que os clubes se enfrentem amistosamente. E que disputem até troféu. Um deles seja campeão. Marco Polo e Rubens Lopes perceberam o óbvio. Seus vetos não teriam força alguma nos tribunais. Um guerra só despertaria a atenção do Planalto sobre o futebol. Com Dilma precisando de popularidade, não ficaria contra os clubes e seus milhões de torcedores. Além disso, o conflito poderia ter um poderoso efeito colateral: unir de vez as equipes e a presidente decidir tirar o controle do futebol de Marco Polo, Feldman, coronel Osório e dos presidentes das federações.

Daí, na maior desfaçatez o interlocutor de Marco Polo, Feldman veio a público ontem. Desmentiu o que a CBF havia garantido na segunda-feira. "Nós temos um patrimônio muito importante que é o campeonato de 2017. Então quisemos construir um bom relacionamento desde agora para preservar esse tesouro que será a Primeira Liga no ano que vem", teve a coragem de dizer, Feldman, ao site da Globo, dona dos direitos de transmissão. O mais contraria dos dirigentes foi o presidente da Federação Carioca. Rubinho, também teve de autorizar Flamengo e Fluminense seguindo a disputa do torneio. Algo que ele jurou que não aconteceria de jeito algum. A desmoralização pública pode ter influenciado no seu estado de saúde. Ele acabou internado ontem à noite às pressas, com dores no peito. A hipocrisia dominou não só as declarações de Feldman, a ponto de chamar a competição de tesouro, mas também o próprio comunicado da CBF oficializando a competição. Nunca a palavra liga é citada. O Presidente e a Diretoria da Confederação Brasileira de Futebol, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONSIDERANDO a Resolução da Diretoria nº 001/2016 que convoca todos os protagonistas envolvidos na Copa Sul Minas Rio, a fim de deliberar sobre a realização da referida competição e sua inclusão no calendário oficial do futebol brasileiro, a partir do ano de 2017, facultando a disputa, durante a pré-temporada de 2016, de jogos amistosos; CONSIDERANDO o pleito dos clubes disputantes da Copa Sul Minas Rio para que fossem permitidos jogos amistosos adicionais, além do período de pré-temporada, com o compromisso que estes (a) não conflitem com as datas dos campeonatos oficiais do calendário do futebol brasileiro (b) respeitem o ordenamento jurídico que rege as competições, em especial a Lei 10.671/03 ("Estatuto de Defesa do Torcedor") e (c) observem os intervalos mínimos entre partidas de um mesmo clube, de acordo com as normas vigentes; CONSIDERANDO o contínuo interesse da CBF em harmonizar o futebol brasileiro, reduzindo distâncias e promovendo a sintonia e a convergência, além do desenvolvimento de competições de relevante qualidade técnica e forte apelo comercial; CONSIDERANDO a concordância de todas as Federações que jogos amistosos realizados nas condições estabelecidas no item (ii) não trarão prejuízo aos campeonatos estaduais em 2016; RESOLVEM: Aprovar, com a devida anuência das Federações estaduais envolvidas, a realização de jogos amistosos entre os clubes participantes, no ano de 2016, sem prejuízo da observância das leis, regulamentos e estatutos aplicáveis. A CBF, em parceria com as federações e os clubes, será a responsável por adequar a tabela da competição ao calendário do futebol brasileiro e fornecerá o suporte necessário através de seus órgãos técnicos para a devida oficialização da Copa Sul Minas Rio em 2017. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no site da CBF. Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2016.

Os dirigentes dos clubes envolvidos na competição sabem. Graças à inesperada postura do governo tiveram uma vitória importantíssima. Se mantiverem a firmeza, foi o primeiro golpe real para mudar o absurdo calendário brasileiro. Dez dos grandes clubes brasileiros de verdade, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Internacional e Grêmio querem se livrar dos estaduais. Vasco e Botafogo, pelo momento difícil financeiramente que vivem, preferem apostar no Campeonato Carioca, como torneio que possibilita a chance de conquista. Para a Primeira Liga verdadeiramente se consolidar seria fundamental a presença dos paulistas. Mas acontece que eles se comprometeram com a Globo. Aceitaram R$ 16 milhões cada um dos grandes para disputar "a sério" o torneio até 2018. Com todos seus titulares. Fica quase impossível a Primeira Liga e os estaduais acontecerem ao mesmo tempo e os jogadores cumprirem suas 60 horas obrigatórias de descanso. O presidente da Primeira Liga, Gilvan Tavares, também foi pego de surpresa com esse recuo da CBF. Não quis tripudiar. Foi cauteloso ao Estado de Minas. "O momento agora é de paz, de harmonia, já que nós conseguimos o objetivo alcançado mostrando que o torneio é bem organizado e que as datas não vão ferir e não vão atrapalhar os campeonatos da Federações e nem da CBF . E a CBF já está nos convocando para uma reunião para a gente definir tudo sobre a realização do torneio em 2017. Isso é uma vitória do futebol brasileiro." Sim, o torneio já fará parte do calendário fixo do futebol brasileiro. É óbvio que não há como os jogadores participarem da Primeira Liga, Campeonatos Estaduais, Libertadores, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Sul-Americana. Seis torneios em dez meses. Um mês serve como férias e o outro como pré-temporada. É impraticável. Os clubes terão de optar. Será uma questão de tempo para conseguir se livrarem dos estaduais. Desinteressantes, sem sentido e com cada vez menos público e audiência.

A mudança do cenário veio de onde menos se esperava. Do governo federal. O medo de uma intervenção fez a CBF recuar. E chamar de "tesouro" o que considerava ilegal há três dias. O que aconteceu ontem foi histórico.

O poder começa a fugir do controle dos atuais dirigentes da CBF.

Dos presidentes das inúteis Federações.

Até que enfim...






Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Fim de jejum de 157 dias traz confiança a Guerrero. Mas apreensão ao Flamengo. Sua multa diminuirá 68% em julho. Será um artilheiro barato para clubes europeus. E, principalmente, ao mercado chinês...

Fim de jejum de 157 dias traz confiança a Guerrero. Mas apreensão ao Flamengo. Sua multa diminuirá 68% em julho. Será um artilheiro barato para clubes europeus. E, principalmente, ao mercado chinês...




Depois de 157 dias, Paolo Guerrero acabou com seu jejum. Foi o maior da carreira, desde que se tornou jogador profissional, em 2002, no time B do Bayern de Munique. O máximo que havia ficado foram 98 dias no Corinthians, em 2014. E foi um tormento, na época. O maior ídolo do futebol peruano atual se acostumou com elogios. Com o apelido de El Depredador da mídia de seu país. "Ficar sem marcar é o meu maior castigo", desabafou no Parque São Jorge. Mano Menezes teve muito trabalho psicológico com o atacante. Mas na Gávea, tudo foi muito pior. Contratado a peso de ouro. São R$ 650 mil por três anos e mais R$ 16 milhões em luvas. O dinheiro envolvido chega a R$ 39,4 milhões. Situação complicada para qualquer clube brasileiro. Ainda mais o Flamengo que devia mais de R$ 500 milhões quando foi contratado. Guerrero foi uma necessidade para o grupo de Bandeira de Mello garantir a reeleição. Ele precisava de um ídolo. E aproveitou a resistência corintiana em pagar tão alto pelo jogador. Ele encontrou combinação terrível. Equipe fraca, pressão enorme e uma entorse no tornozelo direito. A contusão trouxe problemas inesperados. O jogador revelou ter sido obrigado a se submeter à infiltração de analgésicos e anti-inflamatórios para entrar em campo. "Para deixar bem claro, o Guerrero não tem nenhuma lesão. O que ele sentiu foi uma dor no tornozelo. Nem é no mesmo local, é próximo. Uma coisa absolutamente normal num atleta de futebol. Todos eles sentem algo em algum momento. E a gente optou por fazer uma infiltração, procedimento que injeta anti-inflamatório local, exatamente porque era algo pequeno. Ele ainda sente um pouco de insegurança, o que é uma coisa absolutamente normal dentro da reabilitação de uma lesão", desabafou o médico Marcio Tannure. Guerrero já havia reclamado para os dirigentes da falta de estrutura da Gávea. Principalmente de aparelhos que ajudassem na recuperação após os jogos. As queixas chegaram à imprensa. O ambiente foi ficando ruim, tenso. Ao assumir, Muricy Ramalho foi avisado do problema. E teve uma longa conversa com o peruano. Falou o quanto confia e precisa dele nesta reestruturação do Flamengo. Chegou até a prometer que o Centro de Treinamento seria modernizado. Não se importava com jejum algum e que se fosse preciso, enfrentaria os jornalistas por ele. Aliás, estaria liberado para dar entrevistas quando quisesse. Se não quisesse falar, sem problemas. Sheik se tornou o escudeiro do peruano. Jogador vivido, comunicativo, tratou de amenizar o cenário. Aproximar os companheiros do artilheiro. Guerrero treinou até nas férias. Sabia que seria muito cobrado este ano. Como já foi nos amistosos diante do Ceará e Santa Cruz. Quando perdeu até pênaltis na decisão do troféu Chico Science. O jogador seguiu calado para o Mineirão. Para a estreia da Primeira Liga.

Mais de 30 mil torcedores foram empolgados ao estádio. Acreditavam na vitória atleticana, o time de Aguirre havia conquistado o Florida Cup. Dava demonstrações de estar melhor preparado neste início de temporada. Só que o Flamengo se superou. O time de Muricy marcou muito bem. Usou duas linhas atrás da bola. Preencheu a entrada de sua área como se jogasse handebol, não futebol. E explorou os contragolpes. E em dois deles, Cirino e Sheik, de peito, deixaram Guerrero livre. Os arremates de fora da área foram indefensável para o ótimo Victor. 2 a 0, Flamengo. Fim de jejum. Final feliz? Nem tanto.

Quando os empresários Bruno Paiva, Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho negociaram a ida do jogador para o Flamengo fizeram uma exigência. Que a multa de 18 milhões de euros, cerca de R$ 79,5 milhões, durasse apenas até junho de 2016. A partir de julho deste ano, quando a janela para a Europa for reaberta, seu custo baixará muito. Para apenas seis milhões de euros, cerca de R$ 26,6 milhões. Era pegar ou largar. A cúpula flamenguista fez as contas. Se algum clube europeu decidir levar o jogador, ele terá recebido 12 salários de R$ 650 mil. O que totaliza R$ 7,8 milhões. Mais 12 parcelas de R$ 445 mil, referentes às luvas. R$ 5,3 milhões. Ou seja, R$ 13,1 milhões. O Flamengo desfrutaria de um midiático ídolo por um ano. E ainda teria um reforço nos cofres de R$ 13,5 milhões se fosse vendido. A diretoria carioca não toca no assunto. Mas não nega que teve de aceitar a redução em 68% pelo seu principal jogador a partir de julho.

Guerrero tem 32 anos. Suas chances de realizar seu sonho dourado, voltar para um grande clube europeu, são mínimas. Só que existe outros mercados. A maior ameaça é o chinês. O Shandong Luneng, comandado por Mano Menezes, já sondou o peruano no final do ano passado. Mas seus representantes teriam pedido um salário de R$ 3 milhões. Como o jogador vivia o jejum, houve a desistência. O Al Ain dos Emirados Árabes também tentou levar o atacante. A pedida também foi altíssima, para não fechar o negócio. Perto de R$ 2 milhões mensais. As transações não foram fechadas. Mas os emissários dos dois clubes já sabem. A multa terá uma desvalorização de 68% em julho. O dinheiro economizado, que seria gasto com o Flamengo, poderia ser dado em salários para o atacante. Sem que os dirigentes cariocas pudessem fazer nada. Bandeira de Mello sabia muito bem dessa possibilidade. Mas seu objetivo principal era ganhar a eleição. Isso ele conseguiu. A contratação de Guerrero contribuiu. Agora resta esperar o que ele fará até julho. O jejum já acabou. De forma empolgante, emocionante, no Mineirão. A confiança está recuperada. Os gols devem voltar. Só que a alegria daqui seis meses pode virar despedida.

Tudo dentro do previsto.

Foi o preço para Paolo Guerrero vestir a camisa do Flamengo...






Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Para se vingar de décadas de pirataria de produtos chineses, o cruel troco brasileiro. Mandar Vanderlei Luxemburgo para sabotar o espantoso projeto do futebol chinês. Os vexames já começaram...

Para se vingar de décadas de pirataria de produtos chineses, o cruel troco brasileiro. Mandar Vanderlei Luxemburgo para sabotar o espantoso projeto do futebol chinês. Os vexames já começaram...




Relatório oficial que foi remetido à Assembleia Nacional Popular da China, revelou que 41,3% dos produtos vendidos nos sites chineses de comércio eletrônico em 2014 eram falsificados ou de baixa qualidade. A notícia foi publicada em novembro, jornal"China Daily". A pirataria chinesa domina o mundo todo. E infesta o comércio popular de todos os países. No Brasil, são décadas de reclamações. E bilhões de prejuízos. Shopping "orientais" estão espalhados pelo território nacional. Muitos sem a menor fiscalização. Ou protegidos pela corrupção. O que é terrível, com o país mergulhado na recessão. Domínio de máfias, desrespeito total às leis trabalhistas, utilização de mão de obra infantil e até escrava. Várias empresas, como a Samsung, já chegaram a romper com fornecedores chineses. Constatou que utilizavam crianças que trabalhavam 11 horas diárias. E quase sem remuneração. A exportação desses produtos é um problema crônico aos países que o recebem. Por não pagar impostos e nem direitos autorais, tudo é barato demais. Não há como os legalizados concorrerem. os produtos piratas, por não realizarem testes de segurança, geram riscos aos usuários, que quando danificados não têm onde recorrer, pois os produtos são ilegais. A China produz até remédios falsificados. A abundância de mão de obra barata, o apoio econômico dos Estados Unidos que recebeu durante a Guerra Fria, política industrial de exportação, lucro acima da média para investidores estrangeiros. Tudo isso fez com que a China se tornasse a segunda economia do mundo. Só atrás dos norte-americanos. A China tem 1,4 bilhão de habitantes. E está rompendo tradições. Acabou com a política do filho único. Prática que impedia uma família de ter mais de um filho por causa do avanço populacional. Criada na década de 70, quando havia o medo de não haver recursos para muito mais gente. Essa prática criou o terrível costume de assassinatos de bebês, quando nasciam meninas. Os meninos eram preferidos pelas famílias pobres porque podiam trabalhar. Agora cada família pode ter duas crianças. No máximo. A China quer utilizar o esporte como propaganda. Fechada no seu regime comunista, só passou a disputar Olimpíadas em 1984. Já 1988, ganhou quatro ouros e conseguiu o 11º no ranking. Bastaram vinte anos e, em 2008, os chineses sediaram sua Olimpíada. Alcançaram a marca histórica de cem medalhas, com 51 de ouro. Chegaram ao primeiro lugar geral, desbancando os Estados Unidos pela primeira vez desde o fim da União Soviética. Mas havia o esporte mais popular do mundo e que também desperta paixões na China. O futebol. O governo decidiu usá-lo como propaganda.

"O que aconteceu na China é o que aconteceu na Ucrânia, encontrou-se no futebol uma chance de se usá-lo para se posicionar na sociedade. Os grandes investimentos no futebol chinês são privados. Um bom exemplo é o [dono do Chelsea, o russo Roman] Abramovich. Por mais rico que fosse, ele jamais seria respeitado, conhecido como foi/ficou após comprar o Chelsea. A mesma coisa é o xeque Mansour [bin Zayed Al Nahyan, emiradense e dono do Manchester City], o dono do PSG [xeque catari Nasser Al-Khelaifi]", resume Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva para a ESPN. O presidente Xi Jinping se deixa fotografar a todo instante jogando futebol. Ele gosta da modalidade. Mas pretende utilizar o esporte. Transformar a China em uma potencia mundial. Hoje há um trabalho de incentivo ao futebol em todo o país. O governo patrocina um ambicioso programa para oito milhões de crianças treinarem. Em vinte mil escolas. O acaso não tem vez. Estatísticas apontam que surgem um grande jogador a cada 200 mil. Ou seja, a esperança é que no futuro despontem 40 atletas com nível internacional. A China só disputou uma Copa do Mundo, a de 2002. Mas é o povo que mais consome futebol. Até pelo número de habitantes. A decisão entre Alemanha e Argentina, em 2014, foi acompanhada por 87 milhões de chineses. Número absurdo. Foram 34,7 alemães. 26,5 norte-americanos. E 24 milhões de brasileiros. O investimento no futebol chinês em 2015 chegou a 2015. O governo incentiva as grandes empresas. Em vez de pagar impostos, são aceitos investimentos no esporte. Tanto que os 16 clubes da Primeira Divisão são controlados por indústrias.


Com a desvalorização do real diante do dólar, o mercado brasileiro ficou muito mais atraente aos chineses. Vale a pena ver a lista dos que estão por lá. Guangzhou Evergrande Taobao - Alan, Paulinho, Ricardo Goulart, e o técnico Felipão; Shanghai SIPG, os meias Elkson e Davi; Shandong Luneng - Jucilei, Júnior Urso, Diego Tardelli, Aloísio, Gil e o técnico Mano Menezes; Beijing Guoan - O atacante Kléber, Ralf e o meia Renato Augusto; Henan Jianye - o meia Ivo;Chongqing Lifan - o atacante Fernandinho;Jiangsu Sainty - o zagueiro Eleílson; Hangzhou Greentown - o atacante Anselmo Ramon; Tianjin Teda - o zagueiro Lucas Fonseca e o meia Wagner; Guangzhou - o meia Renatinho; Hebei Zhongji - o atacante Edu; Jiangsu Suning, o meio campo Ramires. SEGUNDA DIVISÃO: Nei Mongol Zhongyou - O atacante Dori; Xinjiang Tianshan Leopard F.C. - O atacante Vicente; Meizhou Kejia- o atacante Japa. Mas é o Tianjin Quanjian que merece destaque. Os chineses contrataram Vanderlei Luxemburgo como treinador e manager. O técnico está realizando o sonho da sua vida. Comprando e vendendo jogadores. O clube foi fundado em 2006 e comprado no ano passado pelo bilionário Shu Yuhui. Dono de rede de hospitais especializados em câncer, ele comercializa remédios. Tem um patrimônio avaliado em R$ 16 bilhões. Ele quer fazer da equipe a melhor maneira de divulgar seu hospital. Para o mundo. Por isso quer saltar da Segunda Divisão para a Primeira da China. Ganhar a Champions Asiática. Tornar seu clube conhecido e vencedor. Contratou Vanderlei Luxemburgo. Ofereceu primeiro contrato de um ano. Renovável por mais dois, em caso de acesso em 2016. O treinador tem a obrigação de fazer a equipe subir. Ou será dispensado. Pensando isso, o treinador fez o clube gastar. Jadson custou cinco milhões de euros (R$ 21,2 milhões) e vai receber salário de mais de R$ 1 milhão por mês. Geuvânio custou 11 milhões de euros (R$ 48 milhões), a 11ª contratação mais cara de 2016, e vai receber 2,7 milhões de euros por ano (cerca de R$ 12 milhões). Luís Fabiano era dono dos seus direitos. Acertou por um ano, recebendo R$ 1 milhão mensais. Seu contrato será renovado, caso o clube suba e ele tenha um bom desempenho. Além do trio, o site Transfer Markt revela mais quatro contratações. Lu Zhang (goleiro), Ke Sun (meia) e o volante Xuri Chao. No total foram gastos R$ 160 milhões de reais com esses seis jogadores, já que Luís Fabiano não tinha vínculo com clube algum.

O problema é que a passagem de treinamento no Brasil está assustadora. Foram quatro partidas. Quatro derrotas. Três contra times pequenos. Só ontem enfrentou um médio do futebol do país, o Vitória. Primeiro o time de Luxemburgo foi goleado pelo Taubaté, time da Segunda Divisão paulista por 4 a 2. No segundo jogo, nova derrota contra o Bragantino, equipe também da Segunda Divisão de São Paulo. Por 4 a 0. Aí veio o XV de Piracicaba. Fracasso por 2 a 1. Contra o Vitória, ontem, foi um massacre. Apanhou por 5 a 1,na estreia de Geuvânio. São nada menos do que 15 gols tomados e quatro gols a favor. A disposição tática do Tianjin Quanjian foi deplorável. Equipe aberta, sem a menor estrutura defensiva. Ninguém coloca R$ 160 milhões à toa. Os relatórios dos vexames no Brasil chegam à China. Tudo está sendo analisado. Principalmente o comportamento do treinador. Os chineses estão percebendo a decadência de Luxemburgo. Técnico ultrapassado e sem espaço nos clubes grandes do país.

E que colecionava demissões até conseguir esse grande emprego. O Campeonato Chinês começa em março. Mas o início do trabalho de Luxemburgo é péssimo. E precisa melhorar. Para não ser mandado embora até de lá. O cenário não deixa dúvida o que acontece. O Brasil sofreu décadas com a pirataria. Perdeu bilhões. Mas arrumou uma maneira cruel de se vingar. Deu o troco. Mandou Luxemburgo para sabotar o futebol chinês...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Como a falta de união e coragem dos dirigentes sabotou a Primeira Liga. Sem esforço, CBF, Federação Carioca e Globo calaram o 'grito de independência'. Os clubes foram amadores diante dos donos do futebol neste país...

Como a falta de união e coragem dos dirigentes sabotou a Primeira Liga. Sem esforço, CBF, Federação Carioca e Globo calaram o 'grito de independência'. Os clubes foram amadores diante dos donos do futebol neste país...




Game of Thrones é a série mais vista da história da HBO. E a mais arrebatadora em 43 anos de existência do canal. Cálculos apontam que nos Estados Unidos são cerca de 18,4 milhões acompanhando a saga por temporada. Isso legalmente. Fora milhões que "baixam" episódios na Internet. O fenômeno que já dura cinco temporadas foi inspirado na série de livros as Crônicas de Gelo e Fogo, de George Raymond Richard Martin. O autor reuniu as intrigas da Guerra das Rosas. Disputa que levou 30 anos pelo trono da Inglaterra. Envolveu os reinados de Henrique VI, Eduardo IV e Ricardo III. Os clãs York e Lancaster se enfrentaram entre 1455 e 1485. Em um cenário fantasioso, George R.R. Martin conseguiu reunir o que a raça humana tem de pior. A obsessão pelo poder a qualquer custo. Traições, vingança, crueldade, trapaças, mentiras, emboscadas são regados a muito ódio. E reviravoltas. Heróis assumem atos de vilões sem a menor dor na consciência. Não há piedade nem clemência nos corações dos vilões. O recurso inteligente do enredo são as várias tramas acontecendo ao mesmo tempo. Vários clãs se consideram com o direito divino ao domínio dos Sete Reinos. Cada episódio custa o equivalente a um filme. Editado em ritmo alucinante, faz de cada telespectador um sádico cúmplice. Testemunha de quão vil pode ser o homem quando quer reinar. Toda a beleza de castelos na Espanha, Malta, Sérvia e geleiras na Islândia serve como pano de fundo para batalhas sangrentas. Articuladas, sem a menor ética. Não há um lado puro. Dois personagens eram nobres. Um foi decapitado na primeira temporada. E outro foi morto de forma impressionante. Seus inimigos, que deveriam ser seus aliados, fizeram fila para ter o prazer de enfiar a espada no seu corpo. Assim termina a quinta temporada. Os personagens dignos confiança, coerentes, foram mortos.

A vilania, a maldade impera. Game of Thrones serve como referência ao que acontece neste dia 27 de janeiro de 2016. Traição, reviravolta, bravatas, medo, desonra, mentiras, ambição e luta sórdida pelo poder fazem parte da vida real. Do futebol brasileiro. Quando a noite cair, começará neste país a Primeira Liga. Torneio entre clubes de Rio, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Ele deveria ser o embrião do grito de independência da CBF, das Federações e da TV Globo. Alguns presidentes de clubes se cansaram da exploração da entidade que, na prática, deveria apenas organizar campeonatos. Registrar jogadores, definir fórmulas de campeonatos e cuidar da Seleção Brasileira. Mais nada. Das inúteis federações, que só servem para garantir a permanência dos presidentes da CBF. E que sugam os clubes grandes com seus Estaduais, esvaziados, sem sentido. A ruptura também deveria ser da emissora que ganhou o monopólio das transmissões de futebol da Ditadura Militar seria colocada no seu lugar. Ainda mais com a concorrência real de duas potências bilionárias norte-americanas, a Fox e a Turner. Brotou o sonho de uma liga independente.

Empolgados, muitos acreditavam na fragilidade dos presidentes da CBF, cercados pela sombra da corrupção. Pelas denúncias do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ricardo Teixeira é apontado como o organizador do recebimento de propinas na América do Sul. O ex-governador de São Paulo e, também ex-presidente da CBF, está com uma tornozeleira eletrônica, detido no seu luxuoso apartamento em Nova York. Será julgado pelo recebimento comprovado de propinas. Marco Polo del Nero também é acusado pelo FBI. Não pode viajar para fora do país. Se licenciou da CBF. Colocou no seu lugar, um coronel do Pará. Antonio Nunes. A Globo tem enfrentado a decadência da audiência do futebol na tevê aberta. Mais de 22% nos últimos dez anos. A recessão e a corrupção na CBF já afastaram patrocinadores importantes do futebol da emissora. Como a Coca Cola, Volks e o Magazine Luíza. Acreditando que a CBF e a Globo estivessem abaladas, os dirigentes começaram a agir. O primeiro passo foi ousado. Decidiram acabar com torneios centenários. Mas que se tornaram obsoletos, desnecessários, insignificantes. E principalmente deficitários. Os Estaduais. O Campeonato Carioca começou em 1906. O Mineiro e o Paranaense em 1915. O Gaúcho é o mais novo, teve a sua primeira edição em 1919. Mas não se enfrenta a tradição de maneira tão fácil. Não se não houver união entre os clubes. Se os grandes de São Paulo tivessem se unido ao movimento, por exemplo. Mas a rebeldia foi domada com dinheiro. R$ 48 milhões para ser exato. Serão R$ 16 milhões por ano para Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. De 2016 a 2018, pagos pela Globo. A emissora exigiu os times principais no torneio estadual. E como o poderio econômico, os dirigentes sabem que suas equipes têm sempre muita chance de disputar a Libertadores. Por isso, mais um torneio no início do ano, seria danoso. Na verdade, a Globo comprou o apoio dos paulistas. Foi um golpe terrível na Primeira Liga.

Os dirigentes rebeldes cometeram um erro primário. Menosprezaram a força da Federação Carioca. De Rubens Lopes. As direções do Flamengo e Fluminense nunca tiveram tão unidas. Irritadas com a fórmula arcaica do torneio estadual e do favorecimento ao Vasco, do maior aliado de Rubinho, Eurico Miranda, decidiram boicotar o torneio do Rio de Janeiro de 2016. Em 2015 foram além das juras de amor. E procuraram a Liga Sul-Minas. Seria o golpe ideal. Disputaram o torneio interestadual, mais rentável, com o time principal. E colocariam o time sub-23 no Estadual. Só que não se despreza a Federação que sedia a CBF. Rubinho e Eurico se aliaram com Marco Polo del Nero e a Globo para matar a liga no nascedouro. A CBF espalhou dezenas de entraves burocráticos. Ameaçou com represálias junto à Conmebol, à Fifa. Mas o que sabotou de vez a independência da Primeira Liga foi a Globo. Ameaçando processar Flamengo e Fluminense se não colocassem seus times principais no Campeonato Carioca, como reza o contrato assinado por dirigentes dos dois clubes. Bandeira de Mello e Siemsen perceberam que não havia o que fazer. Disputariam o torneio estadual com seus principais atletas. As gargalhadas de Rubinho foram ouvidas na sede da Ferj.

A postura foi vista como uma traição por parte dos demais competidores. Desestimulou por exemplo o Grêmio e o Atlético Mineiro. No início da competição, podem usar seus principais atletas. Mas quando começar a Libertadores, usarão seus reservas e sub-23. Alexandre Kalil, que era o executivo principal da Primeira Liga, renunciou. Ele percebeu que a nova entidade não tinha força para escapar da CBF e da Globo. Ofereceu a transmissão para a Esporte Interativo (Turner), Fox e para a ESPN (Disney). Mas os clubes recuaram. Temeram represália da dona do monopólio de transmissão neste país. É para a Globo que os clubes recorrem para pedir empréstimos, adiantamentos. Há décadas. Fora que a emissora sabe manipular os egos dos dirigentes, com entrevistas oportunas. Se sentindo desmoralizado, traído, Kalil abandonou o barco. Sentindo o recuo dos dirigentes, Rubens Lopes quis mais. Só permitiu que Flamengo e Fluminense disputem a primeira rodada, hoje. Quando o Carioca começar no sábado, os dois não poderão jogar. A CBF foi na mesma linha. Não deu a oficialização ao torneio. Não reconhecerá o campeão. Quem vencer a Primeira Liga estará vencendo amistosos. Terá, na prática, o mesmo peso de um torneio fantasma de várzea. Os dirigentes dos clubes se mostraram amadores diante de tanta articulação e autoritarismo. Não reagiram. Cederam diante da primeira ameaça. Agiram como garotos. A Globo ficou com o direito de mostrar os jogos a um "preço de banana": R$ 5 milhões. Pagou o que quis. Com medo que o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, ficasse vazio, o Fluminense agiu. Bastará um quilo de alimento não perecível como ingresso. A intenção é evitar ainda mais desmoralização ao torneio. Os jogadores brasileiros, com postura tradicionalmente omissa e amedrontada, fizeram o de sempre. Deixaram o Bom Senso divulgar uma nota de apoio à Primeira Liga. E se calaram. Não foi por acaso que, quando os clubes foram maioria e poderiam causar um enorme estrago na administração Del Nero, votaram em bloco junto com as federações. Para a nomeação do coronel Nunes do Pará. Exemplo maior de submissão não existe. Está mais do que morto o impacto, a empolgação e a própria revolução prometida pelos clubes. A Primeira Liga se tornou um torneio fantasma. Por fraqueza, medo de seus próprios dirigentes. Faltaram testosterona e estratégia para enfrentar os donos do futebol neste país.

Pouca gente sabe. Os times estão divididos em três grupos. O A tem Cruzeiro, Fluminense, Atlético Paranaense e Criciúma. O B, Grêmio, Internacional, Coritiba e Avaí. O C, Atlético Mineiro, Flamengo, América Mineiro e Figueirense. Se classificam os primeiros colocados e o melhor segundo colocado para a semifinal. A data prevista para a decisão é dia 31 de março. Mas já há quem defenda semifinais e finais no meio do ano.

Não há a menor certeza que a Primeira Liga seguirá em 2017.


Se for dessa maneira, clandestina, submissa, melhor que não aconteça.

Os dirigentes brasileiros precisam ter coragem.

E encarar a realidade.

Não é de um novo torneio natimorto que os clubes precisam.

Mas de dignidade para formar uma associação.

E tomar o controle do futebol desse pais.

CBF, Federações e uma emissora de tevê estão eternizadas no poder.

E 2016 começa com tudo igual.

Estaduais arrastados, desinteressantes, deficitários.

Atrapalhando principalmente os clubes envolvidos na Libertadores.

Absurdo, estupidez.

Antes de organizar campeonatos, os dirigentes precisam de três coisas.

Estratégia, uma outra tevê especializada em futebol e o mais difícil...

Testosterona.

Comparados a Del Nero, Feldman, Rubinho, Eurico...

Os vilões de Game of Thrones são anjos do Paraíso...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Matheus Pereira. Representante da geração que domina o novo futebol brasileiro. Mimada, arrogante, inatingível. Protegida por empresários, donos dos seus direitos. Ele sabia que nada aconteceria se errasse a cavadinha contra o Flamengo...

Matheus Pereira. Representante da geração que domina o novo futebol brasileiro. Mimada, arrogante, inatingível. Protegida por empresários, donos dos seus direitos. Ele sabia que nada aconteceria se errasse a cavadinha contra o Flamengo...




Primeiro, ouviu os palavrões de companheiros revoltados. Foi fulminado pelos olhares daqueles que não tiveram coragem de xingar. Vários deles sabiam que nunca mais na carreira terão holofotes tão importantes quanto os de ontem. O Brasil acompanhava a final da Copa São Paulo. Uma conquista poderia mudar o destino de suas carreiras. O camisa 10 fingia não ouvir. Estava no seu mundo particular. Depois, tomou banho rápido. E saiu dos vestiários do Pacaembu protegido por dois seguranças. Ninguém da imprensa podia se aproximar dele. No estacionamento do estádio municipal, ficou protegido, dentro do ônibus do Corinthians. Tranquilamente ficava passagens mensagens no seu celular, como se nada tivesse acontecido. O treinador Osmar Loss e o ex-jogador Alessandro, gerente de futebol, tratavam de minimizar. Pedir que o jogador não fosse condenado pela cavadinha, maneira irresponsável de cobrar pênalti, que tirou do Corinthians a conquista da décima Copa São Paulo. Enquanto isso, a direção já estuda o caminho da redenção de Matheus Pereira. O mesmo seguido por Ronaldo quando foi pego com travestis. Neymar quando xingou até a última geração de Dorival Júnior. Ele deverá dar uma exclusiva para a Globo. Emocionado, pedirá perdão ao técnico, aos jogadores, aos corintianos. O objetivo será mostrar que ele tem apenas 18 anos. E que a hora é essa do aprendizado. Dos erros. E a maioria da população se compadecerá do menino. De sua imaturidade. Talvez, quem sabe?, um abraço de Tite. Seria ótimo para o marketing do treinador que detesta garotos... Assim caminha o futebol brasileiro. Estragando seus jogadores no nascedouro.

Matheus Pereira tem muito talento. É um jogador diferenciado. Não foi escolhido como o melhor do Mundial sub-17 à toa, em 2015. Meia habilidoso, driblador,inteligente, ótimo lançador e com excelente chute. A potência de sua perna esquerda pôde ser constatada no segundo gol corintiano contra o Flamengo. Quando bateu sério na bola. Se a diretoria do Corinthians tivesse capacidade, coragem veria na estúpida cavadinha, a possibilidade de uma lição inesquecível. Não só para ele. Mas para seus garotos. Só que ninguém pode "mexer" com Matheus Pereira. Após a partida, Matheus Pereira deveria dar uma coletiva. Explicar o que o levou a tentar dar uma cavadinha. E arriscar a chance de o Corinthians ser campeão pela décima vez do torneio mais importante da base no país. Dizer que não tinha avisado ao seu treinador, a ninguém. Quis chamar a atenção só para si e não para o time, para o clube.

A hora de pedir desculpas, fazer a transição de garoto para homem era ontem. Não hoje, 24 horas depois. Mais tranquilo. Com o afeto da família, orientação do empresário, dos dirigentes, talvez até uma conversa com psicólogo. Uma babá também poderia ser útil. Esse é um dos grandes erros na base do futebol desse país. E que corrói personalidades. Produz geração de jogadores mimados, arrogantes, egocêntricos, especialistas em selfies e fugir de assuntos pertinentes. Atletas que perdem mais tempo em esticar o cabelo do que aprimorar faltas e pênaltis. Narcisistas descontrolados. Alienados, não querem saber de brigar por calendário, torneios racionais. Se calam ou fazem graça diante do racismo, da intolerância religiosa, fingem não ver a corrupção. Não têm o mínimo de cidadania. No máximo, orientados por contadores, montam institutos para ajudar crianças carentes. E desfrutam do incentivo fiscal destas instituições. Não é por acaso que, quando chegam à Seleção Brasileira, não vão tolerar ser cobrados. Consideram um favor trocar as mordomias de seus clubes para atuar por seu país. Querem ser adulados. Jornalistas que criticam são vistos como traidores da Pátria. Mimados, se calam. Fogem das entrevistas. Mas não dos selfies. Aliás, Matheus Pereira tem jogado em seleções de base.

Não é por acaso que as equipes e selecionados deste país estejam cada vez mais desunidas. Representam a geração do "cada um por si". Como treinadores vão cobrar, se seu salário mal chega a 10% do que o atleta recebe? Em caso de rompimento entre a estrela do time ou da Seleção com o técnico, as direções optam pelo jogador. Há atletas intocáveis. E desde as categorias de base. Basta imaginar uma guerra entre Neymar e Dunga. Quem estaria na rua no dia seguinte? Jogador de futebol tem instintos apurados. Ainda mais aqueles com talento muito acima dos demais. O camisa 10 do Corinthians tentou a cavadinha ontem porque sabia que nada demais aconteceria com ele. Se errasse, poderia ser criticado. Mas seu futuro está definido. A Europa é uma questão de tempo. Nada menos do que 95% dos direitos de Matheus Pereira pertencem a Fernando Garcia. Conselheiro do Corinthians e dono da empresa Elenko. Só 5% são do clube. Garcia também tem 70% de Malcom. E é dono de Marlone, recém-contratado. O estatuto corintiano proíbe que sócios tenham envolvimento profissional com o clube. Garcia se defende dizendo que tudo que faz é como pessoa física. E a vida segue. Com Fernando tendo acesso às grandes esperanças da base, como Matheus Pereira. Aliás, o empresário mandou que o apelido Perulão, graças ao 1m82 do garoto, fosse enterrado no Parque São Jorge. Não combinava com um jogador que em breve estará na Europa. Seu desejo virou ordem.

No ano passado, Fernando se irritou pela falta de aproveitamento do meia no time principal. E o ameaçou vender para o Sporting. A diretoria pediu para que não efetivasse a transação. O jogador passou a treinar entre os profissionais, com Tite. Ou seja, ao ajeitar a bola para a cavadinha, Matheus Pereira tinha toda a convicção. Era e seguiria sendo inatingível. Ninguém teria coragem de fazer nada com ele, se errasse. Seu empresário já avisou que o mercado europeu é uma realidade. Seria bom jogar na equipe profissional do Corinthians. Mas se isso não acontecer, tudo bem. O que já fez na base garantiu alguns dvds de ótima qualidade. O menino realmente é talentoso. Quem acompanha a base o compara a Paulo Henrique Ganso. Com mais apetite para marcar gols. E maior participação nos jogos, na marcação, na vibração. Não veste a camisa 10 do Corinthians de graça.

Mas infelizmente está indo pelo caminho errado.

Está sendo estragado pela diretoria, por seu empresário.

Age com a certeza que seus atos não terão consequência.

Ele é uma das grandes estrelas do time.

Se o Corinthians quiser valorizar os 5% que possui, não o perturbe.

Depois ele virá na indefectível entrevista na Globo.

Matheus Pereira é o digno representante do futuro do futebol brasileiro.

Não é Fernando Garcia?

Não é Roberto de Andrade?

Não é Andrés Sanchez?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Flamengo e Tite venceram a Copa São Paulo de 2016. Os garotos do Corinthians mostraram falta de seriedade. E o quanto ainda estão imaturos. Cariocas são tricampeões e calam o Pacaembu...

Flamengo e Tite venceram a Copa São Paulo de 2016. Os garotos do Corinthians mostraram falta de seriedade. E o quanto ainda estão imaturos. Cariocas são tricampeões e calam o Pacaembu...




Os garotos do Flamengo vibraram, derrubaram o favorito Corinthians. Foram buscar uma desvantagem de 2 a 0. Chegaram ao empate. E venceram a decisão por pênaltis, marcada para arrogância dos corintianos, por 4 a 3. Os cariocas são tricampeões do maior torneio de garotos no Brasil. Evitaram a décima conquista do time paulistano. Mas quem respirou aliviado foi Tite. Ficou claro que os meninos do Parque São Jorge têm talento. Mas ainda estão imaturos para disputar a Libertadores. O primeiro erro: a perda da concentração. O time vencia fácil o Flamengo por 2 a 0 no primeiro tempo. Voltaram para a etapa final fazendo pose descabida. Tomaram o empate. E quase a virada. Vieram os pênaltis. Foi quando mostraram arrogância descabida. Com direito a muita pose para a tevê e para a torcida corintiana. Tentaram aproveitar os holofotes. Ficou ridículo. O goleiro Filipe havia acabado de defender a cobrança de Cléber do Flamengo. Maycon, Guilherme e Dawan haviam cobrado de maneira séria. O Corinthians vencia por 3 a 2. Foi quando Matheus Pereira pegou a bola. Parecia estar com nojo. E partiu para a batida de maneira displicente. Queria mais humilhar o goleiro Thiago do quem marcar. Bateu embaixo e sem muita força. Sua desengonçada cavadinha fez a bola subir demais e ir para fora. Lucas Paquetá, tão destaque quanto ele, mostrou responsabilidade e bateu firme, empatando para o Flamengo. Depois veio Gabriel Vasconcelos. O atacante mostrou toda o seu nervosismo, batendo fraquíssimo na bola. Thiago não teve a menor dificuldade em defender. Um menino de oito anos teria cobrado mais forte do que o corintiano. Pressionado, o reserva Claudinho "cantou o canto" antes da batida e Thiago acabou com a expectativa de festa no Pacaembu. Flamengo 4 a 3.

Ficou provada a tese de Tite. O treinador chegou dos Estados Unidos e foi para o Pacaembu. Era sua obrigação profissional ver a final. O time hexacampeão brasileiro acabou desfigurado pelo desmanche. Jadson, Renato Augusto, Gil, Ralf foram para lá. Vagner Love está na França. O treinador estuda reforços. Só que detesta jovens. Prefere atletas formados. Como manter sua filosofia, com o Corinthians colecionando títulos na Copa São Paulo, a "Libertadores" dos garotos brasileiros? Tite estava acompanhado na tribuna pelo presidente Roberto de Andrade e, de que manda e finge que não manda, o deputado federal do PT, Andrés Sanchez. Mais pressão para usar os meninos. Afinal era a 17ª vez que o clube decide o título. Com a chance do décimo título. Se dependesse do treinador, ele estaria analisando jogadores a ser comprados para a Libertadores. Mas não tinha como fugir. E já avisava aos repórteres que o volante Maycon faria parte do grupo profissional. Sua garantia era só essa. Algo teatral. Para aliviar as críticas pela troca descabida entre o talentoso Marciel e o truculento Willians do Cruzeiro.

A filosofia do Corinthians com seus garotos é ambiciosa por conquistas. E péssimo aproveitamento no time principal. As conquistas seguidas mudou a mentalidade do São Paulo, que se limitava a apenas formar garotos para o profissional. O Palmeiras também passou a ser muito cobrado. Até porque o clube nunca venceu a Copa São Paulo. No Santos, a obsessão é outra. Descobrir um grande talento. Como foram Robinho, Diego, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Gabriel. Quando há atletas diferenciados, eles passam a ser a prioridade na organização tática. O time passa a jogar por eles. Vários torneios são desperdiçados. Mas há a garantia que esses jogadores têm a porta aberta no profissional. Tite precisava mais do que nunca que o Corinthians perdesse a Copa São Paulo. Pode parecer cruel. Mas o que acaba de acontecer no Pacaembu fortalece sua tese. Não há como negar a imaturidade, a irresponsabilidade e a falta de nervos dos garotos corintianos. O que fizeram diante do Flamengo fortalece a necessidade de o clube buscar jogadores "cascudos", vividos, que o técnico tanto insiste. Não adianta disfarçar. Os garotos da base no País só são observados para valer na Copa São Paulo. Oportunista competição que se aproveita das férias dos atletas profissionais. O ótimo treinador Osmar Loss havia orientado seus atletas. Principalmente na decisão de hoje, dia 25 de janeiro, feriado em São Paulo. O país todo acompanharia a final. A Globo, dona do torneio, aproveitou que os dois clubes mais populares do país estavam envolvidos. E bombou a promoção da partida. O Corinthians fez uma campanha muito superior à do Flamengo. Tinha a melhor equipe disparada do torneio. Havia marcado 25 gols e tomado apenas oito. Vencido todas as partidas. Os cariocas venceram sete jogos e empataram um. Fizeram 20 gols e sofreram seis. A filosofia de Osmar Loss é ofensiva. Com volantes versáteis, meia habilidosos, atacantes rápidos e muitas triangulações pelas laterais. A de Zé Ricardo, nem tanto. Ele faz seu time atuar no 4-1-4-1, com muita marcação, pressão na saída de bola adversária, velocidade pelas laterais e ótima bola parada. Tem menos talento que os paulistas.

No primeiro tempo, o Corinthians se impôs. Nem a defesa excelente de Filipe, em um chute fortíssimo de Cafu, impressionou. Os paulistas dominavam as ações. Principalmente no meio de campo. E empurrados por seus torcedores no Pacaembu, marcou dois gols. Léo Príncipe cruzou. Gabriel Vasconcelos dominou de costas para o gol, girou diante da zaga carioca. Chutou fraco, mas o goleiro Thiago aceitou. 1 a 0, aos 19 minutos. O Corinthians seguiu pressionado, querendo mais. E seis minutos depois, Tocantis deixou a bola livre para Matheus Pereira. O chute saiu forte, cruzado. Golaço. 2 a 0. A torcida empolgada mexia com Tite. E apontava, mostrava os garotos. Os queria na equipe principal. O técnico fingia que não ouvia. A partir daí, os garotos corintianos diminuíram o ritmo. E o Flamengo passou a pressionar a saída de bola e criar algumas chances. Mas a alegria com que iam para o vestiário denunciava. Os paulistas pareciam que já eram campeões. A arbitragem deu uma ajuda. No primeiro minuto do segundo tempo, Rafael Gomes Felix da Silva anulou gol legítimo de Paquetá. Só que dois minutos depois, Trindade cabeceou livre escanteio e descontou 2 a 1. O gol mexeu com os nervos dos garotos. Os flamenguistas se incendiaram. E os corintianos se abateram. Desmoronaram. Cinco minutos depois, aos oito, veio o 2 a 2. Léo Jabá quis brincar, perdeu a bola. E ofereceu contragolpe ao Flamengo. Cafu deixou Matheus Sávio livre, pela direita. O chute saiu cruzado, 2 a 2.

Os dois times, desgastados pelo calor senegalesco, recuaram. E as chances de gols ficaram raras. O empate foi justo. Vieram os pênaltis. Tite mostrou à diretoria que não está tão errado. O Flamengo mostrou garra, talento, estratégia, coração. Mereceu vencer a decisão. Já os corintianos precisam amadurecer. Ou seja, a busca pelos "cascudos" prosseguirá no Parque São Jorge. Tite precisa de homens, não meninos mimados...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Derrota para o Santa Cruz e humilhante convite do Íbis viram aliados de Muricy. O Flamengo vai buscar um zagueiro de ponta que ele tanto exige. Juan e Wallace já provaram. São lentos demais para atuarem juntos...

Derrota para o Santa Cruz e humilhante convite do Íbis viram aliados de Muricy. O Flamengo vai buscar um zagueiro de ponta que ele tanto exige. Juan e Wallace já provaram. São lentos demais para atuarem juntos...




"Atenção! Em breve tem a Taça Íbis, vamos convidar o Flamengo. Quem sabe assim ele ganha uma taça. #ÍbisxFlamengo #AceitaFlamengo." A direção do Íbis foi irônica e muito oportunista. Se aproveitou de mais uma derrota do Flamengo. Desta vez para o Santa Cruz, na disputa amistosa da Taça Chico Science. Antes havia perdia para o Ceará, nos pênaltis, o troféu Asa Branca. A provocação do "pior time do mundo" foi a notícia do país, neste domingo. A partida aconteceu no estúpido horário das 11 horas em Recife, meio-dia de Brasília. Foi a maneira de os clubes faturarem com a transmissão do Esporte Interativo. Já que à tarde, o canal mostrou a vitória do Sport diante do Argentino Juniors, por 2 a 0, na disputa da Taça Ariano Suassuna. Jogo também disputado em Recife. A emissora do grupo Turner "foi dona" do amistoso diante do Ceará na quarta-feira. Os confrontos valeram R$ 1,4 milhão aos Flamengo. Atuando ao 34 graus, com a sensação térmica de 40 graus, o time de Muricy fracassou. Perdeu por 3 a 1. Diante da falta de notícias no último final de semana antes do início dos principais estaduais do país, o resultado repercutiu mais do que deveria. E principalmente a cobrança pública de Muricy Ramalho à diretoria flamenguista. Mesmo depois de nove reforços, ele não titubeou. Pediu um zagueiro para ser titular, ao lado do veterano Juan. O treinador tetracampeão brasileiro não teve papas na língua. "Para compor elenco temos vários. Mas a gente sente que precisa de jogador aí, não podemos errar. Não dá para trazer qualquer jogador. Tem que ser jogador de ponta no mercado, o que é difícil." Ele não quer saber de Wallace, Antônio Carlos. A irritação de Muricy é evidente. Perdeu dois atletas que considera fundamentais. Talvez até para atuarem juntos. Deixando Juan na reserva. E ele acompanhou as negociações de perto. Sabia que o Flamengo teve nas mãos Henrique, que acabou no Fluminense. E Cléber, ex-Corinthians, que está no Hamburgo. A transação não deu certo porque os empresários pediram aumento de salário ao atleta. De R$ 250 mil, exigiram R$ 450 mil. Na prática, o técnico viu chegar à Gávea, Antônio Carlos, garoto de 22 anos, que atuava no Avaí. Ele ainda é muito inexperiente para tanta cobrança. Daí a opção por Wallace para atuar com Juan. Mas Muricy sentiu nos treinamentos a lentidão e a insegurança da dupla. Assim como a falta de proteção de Márcio Araújo. Gustavo Cuellar chega para atuar na posição. Obcecado por modernizar a maneira que o Flamengo atua, ele quer dois volantes habilidosos que saibam sair com a bola dominada. Arão e Canteros vão brigar para jogar ao lado do colombiano. Marcio Araújo e o violento Jonas deverão ser apenas reservas. Para que isso aconteça, Muricy precisa de dois zagueiros confiáveis.

Foram contratados quatro reforços. E caros para o momento atual da Gávea. O goleiro Alex Muralha (cerca de R$ 2,5 milhões), o lateral direito Rodinei (cerca de R$ 1,5 milhão), o volante Cuéllar (cerca de R$ 8 milhões) e o polivante, lateral esquerdo, volante e meia, Mancuello (cerca de R$ 10 milhões). Juan, Antonio Carlos, Chiquinho, Arthur Henrique e Willian Arão, em final de contrato, chegaram sem custos. O clube havia reservado R$ 22 milhões para reforços. Esse valor foi atingido com o quarteto contratado. Só que, como os valores foram parcelados, Eduardo Bandeira de Mello resolveu atender Muricy. E está disposto a gastar R$ 4 milhões, no máximo, pelo novo zagueiro. O dinheiro não basta para os indicados pelo treinador. Ele indicou dois argentinos. Alejandro Donatti, do Rosário Central, ou Luciano Lollo, do Racing. São caros demais. Por incrível que possa parecer à primeira vista, perdas das duas taças, ironizadas pelo Íbis, não foram ruins para Muricy. Pelo contrário. Serviu ao treinador mostrar aos dirigentes. Ele precisa deste zagueiro. O treinador conta agora com a pressão da opinião pública, da imprensa carioca. Ficou constatada, na prática, a lentidão de Wallace e Juan. Bandeira de Mello foi questionado ainda no Recife pelos repórteres. Virou prioridade contratar o defensor.

Os ex-corintianos Anderson Martins e Leandro Castán teriam sido oferecidos ao Flamengo. O primeiro tem a multa fixada pelo Al Jaish, do Catar, em R$ 7 milhões. Martins teve ótima passagem no Vasco, ao lado do agora cruzeirense, Dedé. Castán foi campeão da Libertadores de 2012 com o Corinthians. Em 2014, ele teve de se submeter a uma operação no cérebro. Ficou quase 2015 inteiro parado. A Roma aceita emprestá-lo. O certo é que a direção flamenguista vai buscar este zagueiro. O reforço exigido publicamente por Muricy.

Bandeira de Mello quer um título significativo em 2016. Assim terá tranquilidade para seguir pagando as dívidas rubro negras. De R$ 750 milhões, em 2013, chegou a R$ 463 milhões em 2015. Enquanto o clube segue economizando, vai se modernizando. Reformando seu Centro de Treinamento. E segue sonhando com o controle do Maracanã. Mas o presidente sabe. Para tocar seus projetos, vitórias são fundamentais. E já exigiu dos seus dirigentes um novo zagueiro para Muricy. Confirmado o reforço, o treinador precisará agradecer. Seu inesperado "parceiro" deu uma imensa colaboração. O Íbis Futebol Clube, o "pior time do mundo"...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli