terça-feira, 9 de setembro de 2014

Crise, Taffarel e racismo: Jefferson não é só o novo titular

Crise, Taffarel e racismo: Jefferson não é só o novo titular

 Depois do vexame na Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira precisava definir um novo goleiro. Mas conseguiu mais que isso: Jefferson, praticamente confirmado como novo titular da posição, é um jogador de personalidade, que tem enfrentado uma grande crise no Botafogo e mostra firmeza para falar de qualquer assunto, seja o racismo ou só o próximo adversário do Brasil, a Colômbia. Não é fácil se firmar como goleiro no Brasil, já que a concorrência é forte. Diego Cavalieri, Victor, Rafael Cabral, Diego Alves e outros arqueiros poderiam estar no lugar de Jefferson. E ele ainda tem uma dificuldade extra: joga no Botafogo, clube com elenco limitado e bastidores complicados. Mesmo sendo capitão, ele detona o clube, ainda que tenha esperanças de um futuro melhor em breve. "Não tem como ignorar essa situação, mas a gente sabe que esse ano é atípico. Estamos sem comando, sem perspectiva. Mas nossa esperança é que em novembro vai ter eleições, e o projeto vai melhorar. A gente sabe que o time é grande vai almejar novos objetivos e sempre vai crescer", comentou Jefferson, refutando a ideia de que precisa mudar de clube para continuar na Seleção. O Botafogo está atualmente no 13º lugar do Campeonato Brasileiro. Dentro desse contexto de dificuldades, Jefferson tem dois desafios, a curto e longo prazo. O primeiro é enfrentar a Colômbia, nesta sexta-feira, às 22h (de Brasília). Ele vai ter que segurar o artilheiro da Copa do Mundo, James Rodríguez, e um dos atacantes mais caros do mundo, Falcao García. Para isso ele até admite fazer um estudo exclusivo dos dois, mas pede atenção geral. "Não ficamos "bitolados" com eles, porque são 11 jogadores, temos que estar atentos a todos. Não posso entrar só pensando neles porque, senão, outros poderão fazer diferença. Mas é claro que há um estudo especial para jogadores com nível acima da média", contou o novo titular do Brasil. A longo prazo a dificuldade de Jefferson será melhorar sua saída de bola, principalmente jogando com os pés e de forma avançada. Dunga já disse que vai exigir dos goleiros essa qualidade, pois entende que o alemão Manuel Neuer, que atua dessa forma, é um exemplo de como deve ser o goleiro moderno. No treino desta quarta-feira, Jefferson e o reserva Rafael Cabral já participaram de uma atividade com espaços encurtados e saída de jogo rápida. Na Seleção Jefferson conta com um reforço especial para melhorar tanto com os pés quanto com as mãos: Taffarel é o novo preparador de goleiros do Brasil e já impressionou o jogador do Botafogo: "o trabalho dele é praticamente o mesmo de outros, com uma adaptação ou outra. O que melhora com certeza é a qualidade e a batida do Taffarel. A gente ficou meio impressionando", admitiu. Jefferson também comentou sobre o episódio de racismo mais recente do futebol brasileiro. Goleiro e negro, assim como Aranha, ele se sensibilizou com a história acontecida na Arena do Grêmio. "É muito lamentável ver a situação que ele está vivendo. Mas isso só vai acabar quando tiver a punição necessária, é isso que eu espero. A gente se coloca na pele dele e da família, dos que estão envolvidos. Isso só vai acabar quando tiver punição", cobrou o goleiro, que é um dos mais ativos até em questões de fora do gramado - participa ativamente de reuniões do Bom Senso FC, por exemplo. Resta saber se em campo ele será tão bom quanto é fora dele, com as palavras.


 Depois do vexame na Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira precisava definir um novo goleiro. Mas conseguiu mais que isso: Jefferson, praticamente confirmado como novo titular da posição, é um jogador de personalidade, que tem enfrentado uma grande crise no Botafogo e mostra firmeza para falar de qualquer assunto, seja o racismo ou só o próximo adversário do Brasil, a Colômbia....

Fonte: Futebol Terra
Categoria: Futebol
Publicado em: 4 Sep 2014 14:39:29
Ler mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário