segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Para poder comandar o Corinthians em paz, Roberto de Andrade assume: não pode perder Guerrero. O clube vai ceder e pagar milhões que o peruano está pedindo para renovar. Para desgosto de Gobbi...

Para poder comandar o Corinthians em paz, Roberto de Andrade assume: não pode perder Guerrero. O clube vai ceder e pagar milhões que o peruano está pedindo para renovar. Para desgosto de Gobbi...




A cúpula da situação corintiana não comemorou o fato de Guerrero terminar com o troféu Mickey. Ele foi o melhor no torneio Florida Cup. Ele marcou os dois gols contra o Bayer Leverkusen, na vitória, de virada, por 2 a 1, no sábado. O candidato de Andrés Sanchez, Roberto de Andrade, sabe que não há condições políticas para não renovar o contrato do atacante peruano. Ainda mais faltando apenas 17 dias da estreia do Corinthians na Pré-Libertadores, contra o Once Caldas. Desde sexta-feira ele pode assinar um pré-contrato para ir embora, sem o clube receber um centavo, em julho. Mario Gobbi já afirmou ser completamente contra a pedida de sete milhões de dólares, cerca de R$ 18,3 milhões. E mais R$ 530 mil mensais por um contrato de três anos. Se dependesse de Gobbi, Guerrero que jogasse até julho. E depois nunca mais pisasse no Parque São Jorge. O presidente já era completamente contrário à renovação. Considerava um absurdo a sua pedida. Tudo ficou muito pior quando ele resolveu bloquear a contratação de Dudu. O atacante que foi parar no Palmeiras trabalha com os mesmos empresários que Guerrero. Eles haviam acertado salários e luvas com Roberto de Andrade e o ex-presidente Andrés Sanchez. Os dois falaram em nome do Corinthians. Gobbi se irritou em ser o último a saber e barrou a transação. Os agentes do peruano e de Dudu são donos da Think Ball: Marcelo Goldfarb, Marcelo Robalinho, Fernando e Bruno Paiva, filho do ex-jogador e hoje comentarista, Mário Sérgio. Eles ficaram estupefatos com o desprezo do atual presidente corintiano a Dudu. Sabiam que o velocista atacante era um pedido especial de Tite para a Libertadores. Mas Gobbi não quis nem saber. Usou a dificuldade financeira corintiana como desculpa para implodir a negociação. Andrés e Roberto de Andrade tiveram de se explicar. Até o dia seis de fevereiro, Gobbi é o presidente. Ele está rompido com Andrés desde o ano passado. Com Roberto de Andrade, antes no final de 2013, quando resolveu mandar embora Tite. E contratar Mano Menezes. Não há convivência. Se pudesse, Gobbi indicaria qualquer outra pessoa para sua sucessão. Não Roberto de Andrade. Mas acontece que o presidente corintiano está isolado. E sem influência para mudar sequer o porteiro do Parque São Jorge. Só que até por força do estatuto é ele quem assina todas as transações. E ele se recusou a fechar com Dudu. Os empresários não perdoaram. O ironizaram. Distribuíram uma nota deixando claro o quanto essa atual direção, ou seja Gobbi, não agiu como quem comanda um clube grande. E que tudo só mudará no dia 7 do próximo mês. Quando houver um novo presidente no Parque São Jorge. "Apenas desejamos ao clube, em nome de sua grandeza e tradição, que o dia 07 de fevereiro chegue depressa ante ao processo latente de apequenamento que se dá dia após dia. Aguardamos a entrada da nova diretoria para podermos voltar a sentar à mesa e lembrar que estamos lidando com um clube glorioso e centenário." Após a nota, Gobbi ficou revoltado. Mas os empresários sabiam que o máximo que ele poderia fazer seria dançar um tango. Não teria coragem de mexer com Guerrero, maior estrela do clube e representado pela Think Ball. Sem saída, ele se calou. Roberto Andrade e Andrés continuaram a reafirmar aos empresários. Não abrirão mão de Guerrero. Só esperavam que eles aceitassem a proposta de 5 milhões de dólares de luvas, R$ 13,1 milhões. Salários de R$ 530 mil por três anos. Os empresários insistiam que o Corinthians poderia pagar o peruano estava pedindo no seu último contrato com um clube do Exterior. Ele pretende em 2018, voltar ao seu país. E disputar uma última temporada com o Allianza Lima, time que deixou quando era garoto. Andrade e Andrés ficaram de conversar depois do torneio da Flórida. O time todo estava voltando de férias. A previsão é que não renderia o esperado. Até mesmo Guerrero. Foi assim contra o Colonia, na derrota por 1 a 0. Tudo dentro da normalidade. Mas eis que chega a partida contra o Bayern Leverkusen. O terceiro colocado do Campeonato Alemão havia vencido fácil o Fluminense por 3 a 0. Começou ganhando do Corinthians. Só que Guerrero mudou o destino do jogo. Marcou dois gols, deu a vitória ao Corinthians. Ganhou o troféu Mickey de melhor jogador do torneio. Aliados e conselheiros de Roberto de Andrade e Andrés insistiram. A renovação de contrato do peruano virou obrigação no Parque São Jorge. Querem que seja a grande promessa do candidato da situação à presidência. O candidato conversou muito com Andrés. E não há outra solução. O clube terá de fazer um sacrifício econômico. Mas precisa renovar com o jogador.

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 18 Jan 2015 23:52:52

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