quarta-feira, 18 de março de 2015

Guerrero mostrou sua importância. O oportunismo foi fundamental na difícil vitória contra o Danúbio por 2 a 1. Com toda a justiça, o Corinthians é o líder absoluto no Grupo da Morte da Libertadores...

Guerrero mostrou sua importância. O oportunismo foi fundamental na difícil vitória contra o Danúbio por 2 a 1. Com toda a justiça, o Corinthians é o líder absoluto no Grupo da Morte da Libertadores...




O jogo estava amarrado, travado, difícil. O Danubio era o adversário mais fácil no grupo da Morte. Mesmo com a partida em Montevidéu, a obrigação de vitória era do Corinthians. Tite foi surpreendido com o 3-5-2 de Leonardo Ramos. Superpovoando o meio de campo, tirou o oxigênio dos brasileiros. Tudo ainda ficou mais dramático depois que Renato Augusto desperdiçou um pênalti em Elias. Chutou por cima. O time desanimou. O 0 a 0 persistia. Até que aos 24 minutos do segundo tempo, o oportunismo decidiu o jogo. Fagner cruzou e o Paolo Guerrero mostrou o significado da palavra artilheiro. O homem que voltava de três partidas de suspensão, mostrou sua importância. Com personalidade, se antecipou à zaga.Em um toque seco, firme, o peruano marcou 1 a 0. O gol mudou completamente o cenário da partida. Os uruguaios se desiludiram. Se escancararam, buscando ao menos o empate em casa. E Felipe, de cabeça, confirmou o 2 a 1. Resultado obrigatório, mas fundamental para o Corinthians. O time de Tite tem nove pontos. Está disparado na liderança do grupo da Morte. São três jogos, três vitórias. Duas delas fora de casa. Campanha excelente. O triunfo de hoje transforma a partida de amanhã entre São Paulo e San Lorenzo no Morumbi, um duelo mortal pela segunda colocação no grupo 2. "Hoje foi a minha estreia na competição. A fase de pré-Libertadores não conta. Colaborei com o time. Estamos invictos. Estamos nos impondo. Sabíamos que seria difícil. O uruguaios dão muita pancada. Marcam forte. O importante foi que conseguimos o que queríamos, os três pontos", dizia, alegre, Guerrero. O peruano sentia nas canelas as dores das entradas que sofreu da zaga do Danubio. Mas seu suor denunciava todo o esforço corintiano. O time de Tite não esperava tanta dificuldade, o sofrimento que foi conseguir três pontos no Uruguai. A prova disso foi que o treinador corintiano errou. Ele preferiu colocar Renato Augusto ainda se recuperando da lesão que sofreu no tornozelo esquerdo contra o San Lorenzo. O próprio meia confidenciava estar apenas 70% de sua capacidade de jogar. Mesmo assim, Tite o escolheu. Deixou de fora, de maneira injusta, Danilo. Com a volta de Guerrero, o Corinthians entrou com o time que Tite considera ser o mais forte. Com a exceção lógica de Fábio Santos se recuperando de operação no joelho direito. O reserva Uendel herdou a vaga. O treinador quer sua equipe atuando no 4-1-4-1, de como vários times europeus. Com muita movimentação no meio. E inúmeras possibilidades ofensivas para quem estiver com a bola. O Corinthians se preparou para enfrentar um adversário que iria deveria atacar muito, tentando a sobrevivência. Não tinha nenhum ponto e atuava em casa, diante de seus torcedores. Vinha de dois resultados desastrosos. Derrotas para o San Lorenzo em pleno Uruguai, por 2 a 1, e a goleada por 4 a 0 diante do São Paulo, no Morumbi. Era o que Tite acreditava. Mas Leonardo Ramos não fez o que ele esperava. Muito pelo contrário. Reconhecendo ter pela frente uma equipe mais forte, optou pelo cauteloso 3-5-2. Sua vontade era atrair o rival para o seu campo. E buscar a vitória nos contragolpes. A inesperada covardia tática dos uruguaios surpreendeu a todos. Os jogadores corintianos não esperavam tanta marcação. O bloqueio nas intermediárias era forte demais. Não havia penetração. Fagner e Uendel estavam muito bem vigiados e intimidados. Jadson e Renato Augusto atuavam bem abaixo dos demais, lentos, previsíveis. Emerson começou a partida preso na ponta esquerda. Só quando foi liberado para se movimentar como quisesse no ataque, e mais perto de Guerrero, ficou mais produtivo. O Danúbio apelava para o ponto fraco corintiano. Os cruzamentos. Gil e Felipe têm sério problema de posicionamento. Eles não conseguem se acertar. Qualquer bola boba era motivo de muita preocupação. O lance mais agudo do disputado mas monótono primeiro tempo aconteceu apenas aos 39 minutos. Elias descobriu Guerrero livre. Assim que ele girou, se preparou para chutar, o zagueiro Cristian González o derrubou. Puxou seu ombro. Pênalti que o fraco chileno Julio Bascunãn não marcou. Tite teve os 15 minutos do intervalo para corrigir seu time. Ele confirmou para repórteres ter ficado com a postura uruguaia. O treinador exigiu mais jogadas pelas laterais do campo. Principalmente pela direita. Fagner ganhou toda a autorização para apoiar. Os uruguaios continuavam fiéis à sua postura firme, de muita pegada. Jogavam por uma bola. O futebol uruguaio é muito mais pobre que o argentino e brasileiro. O talento individual está muito escasso. O Danubio necessitava de uma jogada básica no futebol. Cruzamentos na área brasileira. Gil e Felipe tornava qualquer bola lenta aérea em segundos de tensão. Tudo seguia complicado até que, aos 17 minutos, Elias, que estava preso na intermediária, apareceu como um raio na área uruguaia. O péssimo zagueiro Cristian Gonzalez o derrubou. Pênalti claro. Renato Augusto, cansado, foi para a cobrança. Ele completou a péssima atuação de hoje com chave de ouro. Chutou por cima, muito longe do gol de Torgnascioli. Os jogadores corintianos, principalmente Renato Augusto, ficaram desanimados. Tite corrigiu seu maior erro. Danilo entrou no lugar de Renato Augusto. O Corinthians melhorou. Mas precisava marcar. Foi aí que Fagner levantou uma bola simples para a área. Guerrero, fatal, se antecipou à zaga e bateu de primeiro, fazendo 1 a 0, Corinthians, aos 24 minutos. O lance desnorteou o Danubio. Os espaço se abriram para o Corinthians. Não fosse o oportunismo do peruano, a partida seguiria amarrada. Com o jogo aberto, o time mais talentoso se impõe. Foi o que aconteceu. O Corinthians já se impunha com mais facilidade quando Jadson cobrou com perfeição uma falta. Colocou a bola na cabeça de Felipe: 2 a 0, Corinthians, aos 34 minutos. Vitória garantida, sentiram os corintianos. Ainda houve tempo para uma grande bobeada. O time todo assistiu Barreto partir com a bola dominada do meio de campo. Driblou quatro jogadores sem sofrer falta. E tocou com consciência na saída de Cássio. Gol de honra do Danubio, 2 a 1. Mas o lance foi aos 47 minutos do segundo tempo. Não havia tempo para mais nada. O Corinthians conseguiu uma vitória fundamental para sua classificação às oitavas de final da Libertadores. Está passeando no Grupo da Morte. Três jogos, três vitórias. Nove pontos. É dono de uma das vagas. A outra será disputada a ferro e fogo pelo São Paulo e pelo campeão de 2014, San Lorenzo. O Danubio está morto...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 17 Mar 2015 22:00:26

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