segunda-feira, 7 de março de 2016

Palmeiras adota a lei do silêncio. Ninguém fala uma palavra sobre os escândalos envolvendo dono da Crefisa e da FAM. Clube repete estratégia usada pelo Corinthians, na época da MSI...

Palmeiras adota a lei do silêncio. Ninguém fala uma palavra sobre os escândalos envolvendo dono da Crefisa e da FAM. Clube repete estratégia usada pelo Corinthians, na época da MSI...




"A Crefisa é uma instituição sólida, de credibilidade, tenho orgulho de presidir. E optei por patrocinar o Palmeiras por isso também. Porque é um time de extrema credibilidade, paga em dia seus compromissos, não atrasa pagamento. Não tem escândalo envolvendo o Palmeiras. Há muita coisa em comum com a Crefisa. Estamos juntos por dois anos com possibilidade de ficar mais." Essa declaração foi de José Roberto Lamacchia. No dia cinco de janeiro de 2015, o dono da Crefisa, não só comemorava o acerto com o Palmeiras, seu time "do coração". Mas também ironizava o fato de não ter fechado patrocínio com o São Paulo, o clube "com escândalos". Ele se referia às negociações quando Carlos Miguel Aidar era o presidente no Morumbi. O tempo passou e no sábado, dia 5 de março, a revista Isto É demonstrou que os escândalos podem ter chegado ao Palmeiras. Em uma matéria ampla e assustadora, a publicação revela que Lamacchia é acusado de fraude para controlar a associação que administra a Faculdade das Américas (FAM). Estabelecimento de ensino com mais de 17 mil alunos. A acusação é gravíssima. Lamacchia teria forjado assembléia geral do Centro Brasileiro dos Servidores Públicos de São Paulo. E se tornado o único sócio real. A Cebrasp foi criada em 1984 para promover cursos profissionalizantes. Voltados para pessoas humildes, simples. Mesmo com preços baixos, as mensalidades tinham de ser pagas. O dono da Crefisa era dirigente da associação. E tinha acesso às fichas cadastrais. E, de acordo com a revista, teria passado a oferecer empréstimos irregulares a essas pessoas pobres. Em 2004, a Cebrasp foi transformada na Cebrasp Ensino, que era dona de 90% do capital da FAM – os 10% eram de Lamacchia. Tudo graças teria acontecido graças à assembléia forjada. O pior viria. Uma reunião entre os "socios" confirmou a mudança de estatuto. Os cerca de 40 sócios foram chamados para conhecer novos projetos da Cebrasp. E foram obrigados a assinar uma lista de presença. Ela foi usada como consentimento dos sócios para a mudança na estrutura da entidade. Só que uma faxineira de 67 anos, Glória da Graça de Souza, foi a única pessoa que registrou seus dados corretamente. RG e CPF. E por isso conseguiu comprovar que era sócia legítima da Cebrasp. E, lógico, sócia da FAM. Com poderes até para tirar Lamacchia da presidência da faculdade. Gloria enfrentou os tribunais e derrotou Lamacchia. O empresário tem de pagar R$ 500 milhões à faxineira. A sentença não permite mais recurso. A revista acusa o empresário de fazer tudo para atrasar sua execução. Como se levasse em consideração a idade avançada de Glória. Isto É relata algo estarrecedor. Em outubro de 2011, Lamacchia teria invadido a casa de Glória e ofereceu R$ 600 mil para que ela retirasse o processo. Como não aceitou teria feito várias ameaças.

A Crefisa e a Fam, pagam R$ 66 milhões por ano para patrocinar a camisa do Palmeiras. É a camisa mais valorizada do país. O empresário deu o dinheiro para a compra e paga os salários do atacante paraguaio Lucas Barrios. O presidente Paulo Nobre tomou conhecimento ainda no sábado do escândalo. Aliás, inúmeros exemplares da revista circularam no Palestra Itália. Mas Nobre avisou conselheiros e assessores. Não se pronunciará sobre o caso. A Justiça ainda não condenou Lamacchia por nada. As denúncias são muito específicas. E a vitória da faxineira é contra o empresário. Nada que tenha a ver com o Palmeiras. A postura oficial do clube é desconhecer o fato. E continuar a receber os R$ 66 milhões. O Corinthians adotou a mesma postura em relação à MSI. Só quando a Polícia Federal processou os donos da empresa por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. E ainda invadiu o Parque São Jorge, a parceria acabou. Durou dois anos e meio. A Crefisa é uma das únicas financeiras do país a emprestar dinheiro para servidores públicos e aposentados com o nome sujo. E foi com esses serviços financeiros que Lamacchia construiu um patrimônio bilionário. O capital social da financeira, que era de R$ 60 mil, em dezembro de 2006, foi multiplicado em 2.733%, para R$ 1,7 milhão, em junho de 2015. No mesmo período, o patrimônio líquido da Crefisa, de R$ 157,8 milhões, saltou 1.522% para R$ 2,56 bilhões. A financeira especializou-se em um tipo de empréstimo pessoal bastante lucrativo, que não segue o habitual modelo de crédito consignado com desconto em folha de pagamento. Os clientes aceitam o débito automático das parcelas em suas contas correntes bancárias. Embora a inadimplência da Crefisa esteja perto de 40% do total emprestado, os juros altos garantem a lucratividade do negócio. Segundo o BC, as taxas superam 830% ao ano. De acordo com a reportagem da Istoé, o empresário, desde quando passou a ser réu nos processos movidos por Glória, tentou retirá-la da sociedade com a intenção de preservar seu patrimônio que é superior a R$ 3 bilhões. Glória só descobriu que era sócia do empresário após ser intimada pela Polícia Federal. A suspeita é de que ela tivesse sido usada como laranja. Daí, o processo.

Lamacchia está sendo processado por estelionato e formação de quadrilha. De acordo com a Isto É, Lamacchia também tem grande problema na Justiça. O escândalo da Operação Pouso Forçado, da Polícia Federal, que investiga crimes tributários na importação de jatinhos executivos. "Em 2012, a PF, a Receita Federal e o Ministério Público investigaram uma centena de empresários, banqueiros e empresas que importavam aeronaves sem pagar os impostos devidos. Na ocasião, 22 aviões foram sequestrados pelas autoridades. Lamacchia era proprietário de um Cessna Citation Sovereign C680, de prefixo VPCAV, avaliado em cerca de US$ 20 milhões, registrado nas Ilhas Cayman em nome da empresa Toby LLC. Ele não conseguiu recuperar esse jato. Desde 2011, informa a Agência Nacional de Aviação Civil, a City Táxi Aéreo, de propriedade de Lamacchia, está com o certificado de autorização suspenso. A Delegacia Fazendária da Polícia Federal, especializada em crimes tributários, continua no seu encalço e investiga a importação irregular de um Dassault Falcon 7x, avaliado em US$ 52 milhões. O jato, de prefixo PRYVL, foi adquirido em 13 de março de 2008 pela Crefipar Participações e Empreendimentos. A empresa Malaga LLC aparece como proprietária do avião, mas teve o registro suspenso nos Estados Unidos em 26 de setembro de 2014. O operador dessa aeronave é a Sedona Cobrança e Assessoria, empresa que pertence à Crefipar, conforme documento da Junta Comercial."

O empresário não fala sobre nenhum dos escândalos. Muito menos o Palmeiras. Assim como agia o Corinthians com as denúncias contra a MSI. R$ 5,5 milhões chegam ao Palestra Itália todos os meses. Vindos da Crefisa e da FAM. Pelo menos desses escândalos Carlos Miguel Aidar escapou...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Acabou a farsa do 'super-homem' irlandês. Conor McGregor volta, humilde, para sua categoria, aos penas. Um choque de realidade para a ganância descontrolada de Dana White e dos Irmãos Fertitta...

Acabou a farsa do 'super-homem' irlandês. Conor McGregor volta, humilde, para sua categoria, aos penas. Um choque de realidade para a ganância descontrolada de Dana White e dos Irmãos Fertitta...




"Frankie Edgar. Ouvi dizer que você está pedindo uma luta pelo cinturão. Respeito você como lutador, mas vamos aos fatos. Você perdeu duas vezes para o Ben Henderson nos leves. E já veio direto lutar comigo, sem nunca ter disputado uma luta no peso pena. Fizemos uma grande luta. Mas o resultado todo mundo sabe qual foi. "Não dá para chegar e sentar na janela. Espera um pouco. Você não tem direito nenhum. "McGregor, em vez de fugir para a categoria de cima e falar merda de mim, poderia aproveitar esse tempo para ir para uma verdadeira academia e treinar jiu-jitsu de verdade. Mas sem problemas. "UFC 200. Vamos tirar todas as dúvidas. Estou te esperando." O recado foi dado por Zé Aldo, no seu Instagram.

Os 13 segundos levou para o brasileiro perder seu cinturão para o irlandês estão esquecido. E com razão. Graças à ganância e manipulação de lutas de Dana White e os Irmãos Fertitta. Ensandecidos em busca de popularidade e mais dinheiro, eles seguem sugando, desesperados e sem critério, qualquer estrela que surja no UFC. Foi o que aconteceu com Conor McGregor. Um lutador midiático. Que escolheu o caminho trilhado por Chael Sonnen para ganhar notoriedade. Não por acaso escolheu o apelido "Notorious". Muito versátil em pé, misturando boxe, caratê, muay thai e até capoeira. Seu ponto fraco, o chão. A faixa marrom no jiu jitsu é exagerada, um presente. Fora detestar, assumidamente, wrestling. Da população dos Estados Unidos, 327 milhões, 12% tem origem irlandesa. Conor caiu do céu para Dana. Um campeão falastrão e irlandês. Com torcida e compradores de pay-per-view nos Estados Unidos e Reino Unido. Por isso a empolgação desmedida quando ele venceu o afobado José Aldo em 13 segundos e tomou do manaura o cinturão dos pena. Conor já reclamava da dificuldade em cortar peso. Queria subir de categoria. E cobiçou o cinturão de Rafael dos Anjos, campeão dos leves. Seria um salto de 65,8 quilos para 70,3 quilos. Pode parecer pouco, mas faz uma grande diferença no mundo das lutas. O brasileiro era favorito na disputa do cinturão. Mas ele fraturou o pé treinando.

O que fizeram Dana e os Fertitta? Como não levam em consideração o ranking que criaram ou a lógica, optaram pelo dinheiro. Não haveria disputa de título. Apenas de trash talk. Resolveram tirar da farra Nate Diaz. Sua função. Serviria de aperitivo, sparring de uma luta que deveria ser fácil para o irlandês. O fato de ser meio médio foi levado em consideração. Excelente que lute na categoria até 77,1 quilos. Um disparate. 11,3 quilos a mais que Conor está acostumado a lutar. Só a ganância para cegar. Os controladores do UFC mexeram com a família errada. Embora tenham desperdiçado grande parte da carreira com farras, provocações e maconha, impossível não destacar o talento de Nate e Nick Diaz. Excelentes, especialmente em boxe. Nate foi além do irmão mais velho no jiu jitsu. Não é faixa preta por acaso. A bolsa de US$ 500 mil, R$ 1,8 milhão, foi um grande incentivo. Mas o maior seria dar uma inesperada reviravolta na carreira, que muitos já julgavam perdida, com seu potencial desperdiçado. E Nate salvou o UFC 196. As bolsas de apostas e os críticos do UFC perceberam o golpe de Dana. O combate era um aperitivo para o UFC 200, marcado para 9 de julho. Conor teria pela frente Robbie Lawler. Seria a luta principal do evento que deverá ser grandioso. O sonho neste início de ano era ver o irlandês conquistando três cinturões consecutivos. Os dos penas, dos leves e dos meio-médios. Seria uma façanha inédita, histórica. A contusão de Rafael dos Anjos já foi uma ducha de água fria. Mas a gelada viria no sábado. Nate Diaz foi massacrado no primeiro round. Socado para valer. Além de não ter feito camp para a luta, Conor é mais rápido. Só que o irlandês seguiu pelo mesmo caminho de Anderson Silva. Não se esforçou para finalizar, acabar com o combate quando poderia. E se arrependeria amargamente.

Veio o segundo round. E aí prevaleceram os socos, os golpes de um lutador acostumado a lutar em uma categoria 11,3 quilos acima. As pancadas têm muito mais força. E os socos que recebe têm maior intensidade. O sangue que encharcava o rosto de Nate só impressionavam os ingênuos. Vinham de cortes superficiais. Logo McGregor estava cambaleando com os diretos e cruzados que recebia. Desesperado, tentou se agarrar às pernas de Nate. Pediu para ser finalizado. O faixa preta Diaz se divertiu. E acabou com a farra do falastrão. E deu um choque de realidade para Dana. Mostrou que o UFC não é manipulado. Para o show, seria muito melhor a vitória do irlandês. Foi como se os Fertitta tivessem quebrado a coluna. Acabou a possibilidade do confronto entre Conor e Lawler. Para sorte do europeu. Porque a chance de ser massacrado no primeiro round era absoluta. Mas Dana tem mais ideias do que Don King jamais imaginou. E logo tratou de reinventar o card. Quer agora a luta entre Nate Diaz e Rob Lawler. Com a disputa do cinturão dos meio-médios. Quer encaixar Conor também. Na categoria de onde nunca deveria ter saído. A sua, a de penas. Daí vem a disputa entre Frankie Edgar e Zé Aldo pelo confronto. Os dois querem a luta. Seria justo que o brasileiro fosse escolhido, levando em consideração seu histórico. Ficou dez anos invicto e com o título por quatro anos. Mas o perdeu em apenas 13 segundos para o irlandês.

Frankie poderia ter outro combate muito interessante. Contra o agressivo Max Holloway, com suas oito vitórias seguidas. O vencedor teria o direito da disputa do cinturão, com quem vencesse entre Conor e Aldo. Há ainda a esperança de um retorno de George Saint Pierre. O canadense não fez o sucesso que esperava no cinema. E está treinando sério para a volta. Dana e os Fertitta não ficaram tristes com a vitória de Miesha Tate sobre Holly Holm. E há enorme possibilidade de uma revanche já em julho. E a vencedora se encontraria com Ronda Rousey no final do ano. O UFC tem esse DNA. Sem o menor compromisso com a lógica ou justiça. O que interessa para Dana e os Fertitta é ganhar popularidade e dinheiro. E por isso escolhem as lutas que devem dar mais pay-per-view. O desprezo ao ranking, que eles mesmo criaram, continuará. Pelo menos descobriram. Cono McGregor é um excelente lutador. Mas peso pena. Talvez até faça estragos nos leves. Nunca será meio-médio de sucesso. O irlandês aprendeu da pior maneira possível. Embolsou US$ 1 milhão, R$ 3,75 milhões. Foi desmascarada a farsa de super-homem irlandês. Acabou com um belo e fácil mata-leão de Nate Diaz...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 6 de março de 2016

Lucas Lima e Ricardo Oliveira foram fundamentais no clássico. E o Santos acabou com a invencibilidade do Corinthians no Paulista. Vitória tranquila por 2 a 0, na Vila Belmiro...

Lucas Lima e Ricardo Oliveira foram fundamentais no clássico. E o Santos acabou com a invencibilidade do Corinthians no Paulista. Vitória tranquila por 2 a 0, na Vila Belmiro...




Duas certezas do clássico na Vila Belmiro. A primeira é que Tite não consegue encaixar seu sistema de marcação em Lucas Lima, o melhor jogador do Brasil. E a outra. Ricardo Oliveira superou o trauma por perder os milhões da proposta chinesa. As duas combinações acabaram a invencibilidade do Corinthians no Campeonato Paulista. O Santos fez o que quis com o Corinthians. Venceu por 2 a 0. Mas poderia ter marcado ainda mais gols. Foi sua melhor partida em 2016. Das últimas 14 clássicos entre os dois clube, o do Parque São Jorge só venceu uma. Onze vitórias santistas e dois empates. O que mostra a força da Vila Belmiro nos confrontos. "Está no meu sangue. Não existe isso de desmotivação. Nunca vou entrar para jogar sem dar o meu melhor. Respeito a minha carreira. E o Santos. ", garantia Ricardo Oliveira. "O Ricardo não precisa dar resposta a ninguém , torcida conhece qualidade e profissionalismo dele. Única coisa que lamento é que toda situação criada com a possível saída. Fico feliz pelos gols, mas mais feliz ainda pelo rendimento. O Ricardo quando está focado produz e faz a equipe produzir", admite Dorival Júnior. A motivação do capitão do Santos foi fundamental no clássico. A direção do clube sabia de sua decepção com a recusa em negociá-lo com o Beijing Guoan. Ele deixou de ganhar R$ 1,4 milhões mensais. Continuou com os mesmos R$ 150 mil. O reserva Cristian do Corinthians, ganhar R$ 500 mil. Os jogadores pediram para os dirigentes e eles articulam um aumento para o atacante da Seleção de Dunga. Estará muito longe da proposta milionária. Mas devera servir como reconhecimento a Ricardo Oliveira, melhor atacante do país. A postura de Ricardo Oliveira mudou. Não graças ao dinheiro a mais que receberá. Mas pelo apoio dos companheiros e pela convocação de Dunga. Sua motivação hoje foi bem diferente do domingo passado, quando o Santos foi facilmente derrotado pelo Red Bull, em São José dos Campos, por 2 a 0, há uma semana. E a personalidade do atacante de 35 anos tem influência marcante no time. O Corinthians foi para o clássico com jogadores importantes poupados. Felipe, Guilherme, Giovanni Augusto e Rodriguinho. Fora Elias, que o departamento médico está fazendo tratamento intensivo. Quarta-feira, o time enfrenta o Cerro Porteño pela Libertadores. O confronto é no Paraguai. Tite precisava preservar seu principal zagueiro e ainda atletas que estão longe do auge do condicionamento físico. O treinador corintiano detesta jogar na Vila Belmiro. Não só pelas cusparadas que recebe dos torcedores. Mas pela força do Santos, que encara o time do Parque São Jorge como seu maior rival. Muitas vezes, além da rivalidade, a diretoria santista reserva premiação especial em caso de vitória contra os corintianos. Tite sabia que iria passar por um sufoco. E tratou de mudar seu esquema tático. Além dos desfalques, ele tinha como obsessão travar Lucas Lima. Sabia que ele era o fator desequilibrante santista. E o técnico decidiu que não respeitaria o seu tradicional 4-1-4-1. Iria testar o 4-2-3-1. Com dois volantes, Bruno Henrique e Willians para tirar o espaço do meia. O primeiro Só que até os sorveteiros da Vila Belmiro sabiam que o Corinthians faria algo parecido. E Dorival Júnior foi muito esperto. Fez Lucas Lima se posicionar entre os zagueiros e os dois volantes, que marcavam adiantados, no meio de campo. Tite insistiu nos seus princípios. Mas até Guardiola, Luis Enrique e os grandes treinadores do mundo, de vez em quando, mandam um jogador de marcação se incumbir de perseguir o melhor jogador do adversário. Tite, não. Respeita a marcação por setor. O que foi fatal para o seu time. Dorival segue fiel aos seus princípios. Principalmente quando o Santos atua na Vila Belmiro. Coloca seu jovem time marcando forte na intermediária adversária. Solta seus laterais. E explora ao máximo os jogadores técnicos. Exige troca de passes, movimentação constante do meio para a frente. Dá a Lucas Lima espaço para exercer sua maestria. Dar o ritmo ao time. Flutuando na intermediária. A marcação frouxa de Bruno Henrique e Willians foi cúmplice para uma exibição sensacional do meia da Seleção. O melhor jogador dentro do território nacional. O Santos não demorou mais do que oito minutos para mostrar a que veio. Jogada maravilhosa. Daquelas que o curso de treinadores da CBF deve guardar. E mostrar aos seus alunos. O goleiro Vanderlei rolou a bola para Renato, o veterano volante descobre Lucas Lima, às costas de Bruno Henrique. Ele desce e serve para o eficiente Serginho. No ponto futuro, como dizia o falecido treinador Claudio Coutinho. O garoto bate forte, Cássio rebate. A bola procura o artilheiro Ricardo Oliveira, livre. 1 a 0, Santos.

O Corinthians tinha grave deficiência na armação de sua jogadas ofensivas. Danilo, Lucca e Romero davam a alma. Mas não conseguiam fazer a bola chegar em Luciano. Faltava talento. E entrosamento. Acabaram presas fáceis da marcação santista. O volume de jogo da equipe de Dorival continuou muito maior. Teve 58% de posse de bola. Lucas Lima demonstrando como um meia talentoso deve atuar. Ainda mais sem marcação. O Santos perdeu algumas chances importantes. 1 a 0 foi placar modesto demais para a primeira etapa. Vale registrar que o Corinthians foi leal ao extremo. Não fez sequer uma falta. Em compensação, chutou apenas uma bola a gol, com Danilo. No intervalo, Tite trocou Romero por Alan Mineiro. Mas a tônica do jogo prosseguiu a mesma. O treinador corintiano não corrigiu a falha fundamental no seu esquema. E Lucas Lima seguiu desequilibrante. Se Gabriel não estivesse em uma tarde tão ruim, desperdiçando dois gols fáceis, o Santos golearia. Mas viria o segundo e definitivo gol. Aos 39 minutos, Alan Mineiro, sem ritmo, perdeu para Paulinho. Ele imediatamente passa para Ricardo Oliveira. Iago tentou o bote desesperado, tomou a bola entre as pernas, e viu o frio atacante marcar seu segundo gol. 2 a 0, acabava com o clássico. As torcidas santistas e corintianas se juntaram. Com faixas, protestaram contra a Federação Paulista de Futebol, contra o preço dos ingressos. E contra o monopólio do futebol da TV Globo. Desta vez, a emissora carioca não mostrou...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 4 de março de 2016

Vitória contra o Rosario não alivia a pressão sobre Marcelo Oliveira. Depois do sufoco contra os argentinos, conselheiros querem um choque de gestão. Paulo Nobre segue paralisado, sem saber o que fazer. E o time cada vez mais inseguro...

Vitória contra o Rosario não alivia a pressão sobre Marcelo Oliveira. Depois do sufoco contra os argentinos, conselheiros querem um choque de gestão. Paulo Nobre segue paralisado, sem saber o que fazer. E o time cada vez mais inseguro...




O Palmeiras ganhou ontem do Rosario Central por 2 a 0. É líder isolado do Grupo 2. Mas por qual razão as redes sociais estão inundadas de críticas a Marcelo Oliveira? Twitter, facebook, Instagram. Na padaria, no boteco da esquina, a sensação dos torcedores é de insegurança. E não alegria. Endeusam Fernando Prass. Não Cristaldo. Allione, os autores dos gols. O motivo é um só. Acabou a ingenuidade. Todos têm acesso à informação, ao senso crítico. Os veículos de comunicação informaram. O Rosario Central veio ao Brasil com um time misto. A prioridade dos "canalhas" é vencer o Campeonato Argentino, que não vence há 29 anos. Libertadores não é a prioridade. Não é "achômetro", o clube adotou como oficial pesquisa aberta no jornal La Capital, de Rosário. Nela 67% dos torcedores priorizaram o torneio nacional. O técnico Coudet não foi liberado para colocar reservas. Foi avisado. E colocou seis reservas ontem na arena palmeirense. Esse dado era algo que incomodava. Mas veio a ilusão: o primeiro tempo. Diante de uma equipe mista e desentrosadas, o Palmeiras se comportou muito bem. Fez seus melhores 45 minutos de todo o ano. A entrada de Cristaldo foi fundamental. O argentino tem uma grande movimentação, abre espaço nas defesas adversárias.

O argentino é mais útil do que Alecsandro. Atacante limitado. Porém subestimado. Sua melhor qualidade atuar como pivô, usar o corpo e ajeitar a bola para quem vem de trás. Mas como se ela não chega até ele? Ninguém executa as funções básicas dos meias com Marcelo Oliveira. Outra troca importante foi a saída de Arouca. Jogador técnico, talentoso. Mas incrivelmente omisso, perdido com a camisa verde. Sofre pelo time desprezar o meio de campo. A bola queima. Os atacantes correm como desesperados. E os zagueiros só sabem dar chutões. Não confiam em sair jogando. Porque não têm respaldo. Confiança no seu comandante. A cabeça de Leandro Almeida foi entregue com gosto pelo técnico. Contra o time misto do Rosário Central, Marcelo Oliveira optou por três volantes. Thiago Santos, Jean e o versátil Robinho mais atrás. Assim, Dudu e Gabriel Jesus estariam liberados para se revezar pelas beiradas do campo. E o incansável Cristaldo flutuando. Lucas teria permissão para apoiar e o veterano Zé Roberto seria mais consciente, atacaria se percebesse espaço. O melhor jogador na moderna arena é sempre o mesmo. Ainda mais nos jogos importantes. Chega a ser emocionante a vibração, a sede de conquista do torcedor. Principalmente no início da partida. Dá não só seu voto de confiança, mas a alma. Com a acústica a seu favor, os gritos de apoio são ensurdecedores. Cria uma aura de motivação que contagia, empolga. Ainda mais se a equipe está bem distribuída taticamente. Além de seis reservas, o Rosário Central superestimou o Palmeiras. Coudet deve ter assistido teipes da academia com Ademir da Guia, Leivinha. Ou visto o times da Parmalat, com Rivaldo, Djalminha, Müller, Evair, Roberto Carlos, Cafu. O argentino tratou de colocar a equipe no 4-5-1. Encolheu seu time na defesa.

O Palmeiras entrou motivado, com os jogadores confiantes e bem distribuídos. Empurrados pelo bafo dos torcedores. O Rosário acovardado. Melhor cenário impossível. Dudu acertou a trave. Cristaldo fez seu gol, trombando até com o presidente Macri. O placar justo seria 2, 3 a 0 para os brasileiros. Era a redenção de Marcelo Oliveira. Mas, preste atenção, Coudet é um dos melhores treinadores da América do Sul. Percebeu a inconsistência, o espaço deixado entre os zagueiros e volantes palmeirenses. Havia uma faixa de 20 metros vazia. Trocou o zagueiro Burgos e colocou o atacante Herrera. Seu time passou a atuar no 4-2-2-2. Com uma movimentação constante. A marcação passou a ser adiantada, no campo de Marcelo Oliveira. Foi o bastou. Ao perceber a coragem adversária, os jogadores recuaram. Se encolheram. Traumatizados, não queriam saber de mais pressão da imprensa, da torcida. Assumiram a postura de time pequeno. O Palmeiras abdicou de jogar. Foi revoltante. Robinho deixou escapar o motim. "O Marcelo Oliveira pediu para a gente continuar atacando. Quando a gente fez um a zero a gente quis recuar. A gente precisava da vitória, mas precisa segurar o resultado. É complicado, sufoco, os caras vinham em cima e mais uma vez o Prass segurou o jogo e depois o Allione completou o resultado. Aquele momento é sufoco e seguramos mesmo. O importante é que a vitória veio." Robinho deixou claro o que aconteceu no indecente segundo tempo palmeirense. E é muito grave. O técnico pediu para o time manter a postura, enfrentar o adversário na frente, mas os jogadores decidiram segurar o 1 a 0 na defesa. Por isso milhões de palmeirenses pelo Brasil viram a equipe ser massacrada. Fernando Prass fez pelo menos seis excelentes defesas. Principalmente a do pênalti, que Robinho, jogando como o sexto zagueiro, fez em Cervi. Prass foi de uma esperteza marcante. Ele havia Marco Ruben cobrar contra o Cólon no domingo. Ele havia batido no canto esquerdo. E o mostrou ao argentino. Disse que sabia que ele batia lá. Marco resolveu inverter, como o goleiro queria e veio a fantástica defesa. A estatística vai esclarecer a tristeza, a incerteza que domina a alma do palmeirense nesta sexta-feira. Apesar da importante vitória, não há um pingo de confiança no futuro do time. No amaldiçoado segundo tempo foram 224 passes certos do Rosário contra 42 dos palmeirenses. Foram 12 finalizações contra duas do time de Marcelo. Os argentinos chegaram a ficar com 72% de posse de bola na etapa final. No jogo o Rosário teve 65% de posse de bola. Foi um massacre. "Sofremos um sufoco desgraçado", deixou escapar Fernando Prass.

A ala conservadora dos conselheiros que apoia Paulo Nobre segue insatisfeita com Marcelo Oliveira. Alega que Cuca está livre, deixou de negociar com o Fluminense. O presidente tem usado o resultado, a vitória por 2 a 0 para tentar calar as cobranças. Mas Nobre percebeu que está comemorando sozinho. A desconfiança do trabalho do técnico aumentou. Talvez as próprias palavras de Marcelo expliquem o motivo da incrível insatisfação sobre seu trabalho. A explicação vai muito além do que aconteceu no gramado. Sem perceber, revela Deixa explícita que não é respeitado pelo time. Os jogadores não fazem o que o comandante manda. Não confiam nas suas ordens. "Foi um sofrimento talvez desnecessário. Demos campo para o adversário e, quando retomávamos a bola, não encaixávamos o contra-ataque. O Rosario tem um grande time, toca muito a bola e se aproveitou desse espaço que não tinha, de não termos a bola quando a retomávamos. Ali fora, eu pedia para o time sair, mas perdíamos a bola rapidamente. Eu pedia para o time sair..." Em nenhum momento Marcelo Oliveira falou que enfrentou um adversário com seis reservas. Mas não precisava. Todos que estavam no estádio sabiam. "Éramos para ter vencido com três gols de diferença. Dominamos o Palmeiras na sua casa. Estou orgulhoso dos meus jogadores. De sua atitude. Saí orgulhoso da partida." A declaração é de Eduardo Coudet. Irritado por ter se preparado para um "grande" adversário. Não o time inseguro, tenso, amedrontado que teve pela frente. Atuando como pequeno dentro de sua própria casa.

Algo segue muito errado no Palmeiras. Todos no clube sabem o quanto foi mentirosa a vitória de ontem. Até os fanáticos comemoram constrangidos. Paulo Nobre está na sua última Libertadores como presidente. Visivelmente não sabe como agir. Confiar no treinador que venceu a Copa do Brasil?

Ou faz uma revolução?

Amedrontado, o presidente está paralisado.

Não apoia até a morte o inseguro Marcelo Oliveira.

E nem dá um choque de gestão, contratando outro comandante.

Esta indecisão é a raiz dos problemas palmeirenses...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 3 de março de 2016

Incoerente Dunga, convoca Renato Augusto, sem jogar desde novembro. E Gil, desde dezembro. O técnico da Seleção Brasileira não teve como abrir mão dos seus 'chineses'...

Incoerente Dunga, convoca Renato Augusto, sem jogar desde novembro. E Gil, desde dezembro. O técnico da Seleção Brasileira não teve como abrir mão dos seus 'chineses'...




Dunga não teve saída. Entre a coerência e ficar sem jogadores de sua confiança, ele preferiu a segunda opção. Por um motivo muito simples. Não há no cenário atual, um meio de campo versátil, inteligente como Renato Augusto. E também um zagueiro tão firme quanto Gil. Por isso, apesar de terem ido para a China, ambos estão na lista dos que enfrentarão os uruguaios e paraguaios pelas Eliminatórias. Dunga fez de conta que esqueceu o que seria o princípio básico de suas convocações. Chamar atletas no auge de sua forma e atuando. Definitivamente, este não é o caso dos dois ex-corintianos. O Campeonato Chinês começa apenas amanhã. E os times que levaram o zagueiro e o meia só farão sua estreia daqui oito dias, no sábado, dia 11. O Beijing Guoan, de Renato Augusto enfrentará o Hebei. Já o Shandong Luneng, de Gil, terá pela frente o Yanbian. Colocando uma lente de aumento na situação, tudo fica muito complicado. A última partida oficial de Renato Augusto foi exatamente no dia 19 de novembro. Noite em que o Corinthians assegurou o título brasileiro, contra o Vasco, em São Januário. Já Gil atuou no dia 6 de dezembro, contra o Avaí, no Itaquerão. Desde então os dois só têm jogado amistosos. O Florida Cup nos Estados Unidos foi um torneio extra-oficial. Amistoso. A dupla só vem treinando. Estão completamente fora de ritmo de competição. Dunga faz algo que não coaduna com seu discurso. Mas o técnico da Seleção não se fez de rogado. Na entrevista da convocação falou justamente o contrário do que fez. Teve a coragem de brindar a sua "coerência". "No meu cargo, tenho que tomar decisões difíceis sempre, mas não podemos esquecer que esses jogadores recentemente tiveram nível altíssimo no Brasil, jogaram na equipe que foi campeã, foram a pouco tempo para China e estiveram na ultima convocação, com rendimento muito bom. Seria injusto com eles só porque forma para China tirarmos. A coerência da comissão técnica falou mais alto." Não falou. Percebendo que não estava dando entrevistas para pessoas com amnésia, Dunga escolheu um caminho para se justificar. O de que os atletas "chineses" serão mais cobrados que os "europeus". "A China nos preocupa pela distância e a dificuldade em acompanhar a produtividade dessas equipes, mas é uma situação de mercado: primeiro era o mercado europeu, depois Ucrânia e os países da Rússia, e agora é o mercado chinês. Vai depender muito dos jogadores. "Eles sabem que, primeiro, terão que fazer algo diferente que os jogadores da Liga fazem. Segundo, eles vão ter que conviver com a cobrança de todos nós: se ele (um jogador que atua na China) comete um erro, nós vamos analisar de um jeito diferente do que analisamos do jogador europeu. Por quê? Porque ele joga num mercado que não é de primeira linha e ele tem que estar preparado pra suportar esse tipo de crítica." Gil agradeceu a confiança. E salientou que está treinando muito. "É sempre uma honra defender a Seleção e mais uma vez será. Desde a última vez que atuei, continuei trabalhando forte para poder voltar a ter uma chance e ela apareceu. Tenho me dedicado aqui no Shandong Luneng todos os dias, buscando defender o clube da melhor maneira, e a convocação é uma consequência dessa dedicação."

Diego Tardelli e Ricardo Goulart foram para a China e passaram a ser esquecidos pelo treinador. Outra novidade importante na convocação foi a presença de Diego Alves. Finalmente, Dunga e Gilmar Rinaldi terão o goleiro que consideram pronto para assumir a Seleção. Jefferson já foi deixado de lado. Assim como Cássio. Alisson e Marcelo Grohe terão pela frente o arqueiro que é de confiança da Comissão Técnica. A tendência é que o jogador do Valência volta a ter chances verdadeiras com a camisa número 1 do Brasil. Kaká fará 34 anos no próximo mês. Atua na fraquíssima liga norte-americana. Sua convocação tem mais a função de escudo, desviar o foco dos jovens jogadores. Proteger o time da pressão da imprensa. O meia perdeu a explosão muscular, os arranques. A possibilidade de ser um atleta diferenciado, fundamental para a Seleção. Infelizmente. Mas como líder positivo, segue sendo espetacular. Quase um auxiliar técnico de Dunga. Não será titular. Ficará no banco sem a obrigatoriedade de jogar. Foi chamado mais para dar apoio aos companheiros, do que qualquer coisa. E lógico que Neymar é sua grande preocupação. O melhor jogador do Brasil está enroscado com o Fisco. No Brasil e na Espanha.

"Todos nós somos seres humanos, e, de uma forma ou outra, nós sentimos. Mas, ao mesmo tempo, apesar da pouca idade, Neymar tem uma grande, grande experiência. Como técnico da seleção, eu sinto só um pouco. Só cito uma coisa: cada vez que ele se apresenta à seleção, estoura um problema. Sempre. Compreendo que cada um tem que fazer seu serviço, longe de mim ser contra essas coisas. Mas, como todo treinador, gostaria que todo jogador chegasse aqui coma as coisas serenas. Infelizmente não é assim." O coordenador Gilmar Rinaldi deverá usar a mesma estratégia dos últimos jogos das Eliminatórias. Ficará a critério de Neymar dar ou não entrevistas. Gilmar sabe que não adianta tentar proibir os jornalistas de perguntarem sobre o fisco. O que pode criar enorme constrangimento. A tendência é Neymar chegar e ir embora calado. Dunga segue sem saber o que fazer com Philippe Coutinho. As vezes o convoca, e coloca em função que não está acostumado no Liverpool, e outras, o esquece. Desta vez o chamou. Até porque Elias, contundido, teve de ficar fora.

E o técnico deu todo o apoio a um jogador que está em péssimo momento pessoal. Ricardo Oliveira. Depois que sua ida para a China foi vetada pelo Santos, ele está muito abatido. Deixou de receber R$ 1,4 milhão mensais. Segue com seu salário de R$ 150 mil. Até companheiros de time pedem para a diretoria santista aumentar o salário do atacante. Ele tem se mostrado depressivo nestes últimos dias. As partidas contra os uruguaios será na sexta-feira, 25 de março, às 16 horas, em Pernambuco. E contra os paraguaios, em Assunção, terça-feira, dia 29 de março, às 21h45. O Brasil é o terceiro das Eliminatórias, com sete pontos em quatro partidas. Roberto Firmino? Desta vez, não...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Tocaia ao presidente da Gaviões. Dois braços quebrados a golpes de barras de ferro. Aviso, punição, revide? Tudo é possível entre os vândalos. Organizadas: o paraíso da violência, que o Brasil faz de conta que não enxerga...

Tocaia ao presidente da Gaviões. Dois braços quebrados a golpes de barras de ferro. Aviso, punição, revide? Tudo é possível entre os vândalos. Organizadas: o paraíso da violência, que o Brasil faz de conta que não enxerga...




Foi uma cena tenebrosa. Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca e Cristiano de Morais Souza caminhavam distraídos. Estavam andando no estacionamento de supermercado. Iam pegar o carro que os levou ao Fórum de Santana. Eles haviam sido convocados pelo promotor de Justiça, Paulo Castilho. Era perto do meio-dia. Foi quando saíram de uma Tucson, três homens fortes. E armados com barras de ferro. Foram por trás de Rodrigo e Cristiano. E começam a espancá-los. Além de golpes com as barras de ferro, chutes e socos. Quebraram os dois cotovelos de Rodrigo. E arrebentaram vários dentes de Cristiano. Poderiam ter matados os dois. Não quiseram. Quando os viram feridos, se contentaram. Foram embora. Funcionários do supermercado acompanharam a cena com medo. Depois que tiveram a certeza que os agressores foram embora, ajudaram os feridos. Mas eles tinham pressa, queriam sair dali. Não quiseram esperar a polícia. Também rejeitaram registrar a agressão em um Boletim de Ocorrência. Fizeram questão de manter o silêncio. Essa violenta agressão de ontem está mexendo com a Polícia Militar e com o Ministério Público de São Paulo. O motivo: Rodrigo é o presidente da Gaviões da Fiel. E Cristiano, o secretário-geral da torcida. A Polícia Militar tem certeza. Foi uma tocaia planejada nos mínimos detalhes. "Diguinho" e "Cris" tinham de ser espancados, não assassinados. As investigações começaram ontem mesmo. A PM quer forçar os dois a falar. Denunciar quem os agrediu. Os três homens não vestiam camisa de torcida alguma. Há uma grande desconfiança que a covarde agressão tenha origem no que acontece no Fórum de Santana. São Paulo está vivendo um julgamento histórico. E envolve 28 pessoas. 15 integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel e 13 integrantes da torcida organizada Mancha Verde. Os corintianos foram denunciados por homicídio e os palmeirenses por associação criminosa. O motivo são as mortes de André Alves Lezo e Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira. Eles eram da Mancha Verde. E foram mortos com golpes de barras de ferro e pedaços de pau. Os assassinatos aconteceram no 25 de março de 2012, na Avenida Inajar de Souza. As circunstâncias foram terríveis. De acordo com a Polícia Militar, André e Guilherme foram mortos em represália à morte do corintiano Douglas Karim da Silva, conhecido como DKS. Ele participou de uma briga com membros da Mancha Verde em agosto de 2011. Mas se desgarrou dos companheiros da Gaviões. De acordo com o relato de policiais, ele espancado, estrangulado. E o corpo foi jogado no Rio Tietê. Tinha 27 anos. Era casado. E deixou uma filha de nove anos.

A PM relata que os corintianos juraram vingança. E se prepararam para o confronto naquele 25 de março de 2012. Descobriram o trajeto da Mancha Verde. Alugaram dois ônibus. E convocaram os que tinham carros a irem também. As armas escolhidas. Cabos de enxada e barras de metal. O ponto de encontro era um bar no Jardim Monte Kemel. Os detalhes da promotoria são impressionantes. E demonstram que nada teria sido por acaso. "Todo mundo aqui, hoje a gente vai pegar o Lezo e vingar a morte do nosso irmão, vamos pegar os porcos. Não é pra ninguém correr, vou fazer parte da linha de frente e é pra todo mundo me empurrar. Mesmo se eu apanhar, também vou estar batendo. Se ver que tamos no prejuízo, é pra empurrar e dar soco, mas não é pra correr. Vamos caçar os porcos." A determinação de um dos organizadores da tocaia foi exata. A ordem era para caçar Lezo (André Alves Lezo). A Gaviões teria a certeza que ele participou da morte de DKS. E por isso foi dada a sua sentença de morte. Em cima de uma mesa de bilhar, aos berros, por esse membro da torcida, ainda não identificado. Depois, foram distribuídas meias de seda femininas. A ordem era colocar no rosto, para evitar a identificação. Foi uma ação de guerrilha. A Mancha Verde havia sido avisada que poderia haver o confronto. Mas não esperava o tamanho da selvageria. Não estava preparada à altura. Nem a PM, que enviou poucos soldados. O comboio de 300 corintianos chegou por trás dos palmeirenses. De surpresa, como havia sido combinado. Já com os cabos de enxadas e barras de ferro na mão, saíram batendo nos rivais e caçando Lezo. A PM relata que, quando o acharam, ele foi cercado por vários membros da Gaviões. Eles o espancaram. E deram o máximo de golpes que puderam na sua cabeça. O mataram lá mesmo. Ele tinha 21 anos.

Guilherme Vinicius Jovanelli também acabou caindo diante dos corintianos. E acabou tendo sua cabeça esfacelada por golpes dos cabos de enxadas e barras de ferro. A Polícia Militar não tem a menor dúvida que foram execuções. Depois desse conflito, as 23 pessoas foram indiciadas. Há 22 testemunhas de acusação. O clima entre as organizadas de São Paulo é de muita tensão. E selvagem agressão a Diguinho é algo que pode não ser tão simples quanto parece. Uma óbvia vingança de palmeirenses. O presidente da Gaviões estava incomodando muita gente. Fazia campanha aberta contra a Federação Paulista de Futebol, contra a CBF, contra a Globo. Contra o deputado do PSDB, Fernando Capez, investigado por recebimento de propina em fraude de merendas escolares.

A relação com Diguinho e outras torcidas também não era boa. A PM também quer investigar a própria Gaviões. Para checar informações que há descontentes na organizada com sua proximidade com o promotor Paulo Castilho, justo quando 15 membros da torcida estão sendo julgados por assassinato. A proximidade de Paulo Castilho com os presidentes das organizadas paulistas não é unanimidade no Ministério Público. Nem na própria Polícia Militar. Muitos soldados acreditam que as organizadas são formadas por "marginais". Não há cabimento a reunião de Castilho com os chefes das torcidas. Há muito privilégio. E nunca é autorizada uma devassa verdadeira nessas organizadas. Não é investigada a presença de criminosos entre os torcedores. Não há a exigência de identificação dos membros nos estádios. Fora o dinheiro que é dado pelos clubes. Tudo é facilitado para os vândalos. Há ainda outro lado. Que é grave, nos bastidores das organizadas. O código de honra foi quebrado, no estacionamento do supermercado. Houve uma tocaia para espancar o presidente da Gaviões. Não há dúvida que Diguinho foi o alvo. O membro mais importante de maior torcida corintiana de São Paulo. A tendência é que haja resposta. Isso não acontecia desde 22 de outubro de 1988. Quando o então presidente da Mancha Verde, Cléo Sostenes, foi assassinado com dois tiros na sede da torcida. Os criminosos nunca foram capturados.

A morte de Cléo acabou com a "ingenuidade" nas brigas das organizadas. Acabaram os confrontos "na mão". Cabos de madeira, barras de ferro, revólveres, facas, bombas caseiras. Nestes 28 anos, tudo foi ficando cada vez mais selvagem. Em São Paulo e no Brasil. Mesmo com as mortes aumentando, os julgamentos e condenações eram raros. Por isso o que acontece no Fórum de Santana é histórico. 28 pessoas podem ser condenadas. A repercussão seria um golpe importantíssimo nas organizadas. Nos vândalos infiltrados. Por isso, a Polícia Militar tem enorme responsabilidade. Precisa capturar e mostrar para a sociedade quem fez a tocaia. Quem agrediu o presidente e o secretário da Gaviões. Se não fizer valerá a lei entre as organizadas.

Será "olho por olho".

Como vem acontecendo nestes últimos 28 anos.


Agressões, espancamentos, assassinatos.

Por culpa da omissão das autoridades.

Preocupadas em preservar as organizadas.

Por quê?

Porque cada torcedor tem título de eleitor.

E vota.

São milhares que usam as cores de milhões.

E políticos não querem correr o risco de medidas impopulares.

Como extinguir as organizadas.

Ou exigir a identificação de quem entra no estádio.

Ou se filia a cada facção.

Para quê?

Correr o risco de perder eleições?

De jeito algum.

Tem sido melhor fechar os olhos.

E deixar esses jovens se matarem.

Não atrapalha carreira política alguma.

Nada é por acaso neste país chamado Brasil...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

O Corinthians sofreu. Mas se impôs diante do forte Santa Fé. 1 a 0, gol do oportunista Guilherme. Dois jogos, duas vitórias. Arrancada e liderança isolada na Libertadores...

O Corinthians sofreu. Mas se impôs diante do forte Santa Fé. 1 a 0, gol do oportunista Guilherme. Dois jogos, duas vitórias. Arrancada e liderança isolada na Libertadores...




O Corinthians sofreu muito no Itaquerão. Mas conseguiu se superar e ganhou do competitivo Santa Fé. Venceu os colombianos por 1 a 0, gol de Guilherme. Foi a segunda vitória em dois jogos na Libertadores. O apoio dos torcedores acabou sendo fundamental. Era fortíssima a marcação adversária. O time, que ainda busca entrosamento, sentiu a ausência de Elias. O grande trunfo foi a paciência, a consciência da equipe. "No jogo passado, tive uma oportunidade de gol de cabeça e perdi o tempo de bola. Fizemos alguns treinamentos. Claro que sei cabecear, mas depois desse gol o Tite vai ter que pagar um churrasco para nós. Jogo após jogo, entrosamento, foco de todos, linha de trabalho do Tite. Qualidade nós temos, jogo após jogos vamos conquistar a confiança do torcedor", garantia Guilherme. O resultado acabou sendo importantíssimo na luta pela classificação para as oitavas de final. O time de Tite já é o líder isolado do grupo B, com seis pontos. A partida foi muito difícil para o Corinthians. O time de Tite ainda padece por falta de entrosamento dos novos jogadores. Não bastasse isso, ainda perdeu Elias, contundido. O uruguaio Gerardo Pelusso adora jogar como Tite. Sua equipe é montada da mesma maneira que a corintiana. Um espelho do desenho tático do hexacampeão brasileiro. 4-1-4-1. Foi um espelho para os brasileiros. E por isso mesmo, tinha uma dinâmica muito parecida. A obsessão pelo preenchimento dos espaços. A forte marcação na saída de bola. A busca por triangulações nas laterais. O exaustivo treinamento nas bolas paradas. Tudo era muito parecido. Havia,no entanto, dois grandes diferenciais. O primeiro era óbvio. O desentrosamento dos corintianos. Enquanto o Santa Fé manteve grande parte dos seus atletas há três anos, o Corinthians, não. Tite viu partir seis titulares e ainda não pôde contar com Elias, contundido. O segundo era a força física do Santa Fé. Seus atletas pareciam gladiadores diante dos brasileiros. A intenção dos colombianos era se redimir. Começaram a Libertadores apenas empatando em casa contra o Cerro Porteño. Precisam somar pontos no Brasil. Um empate seria muito bem-vindo. E Pelusso tratou de congestionar o meio de campo. Impedir a troca de passes, a pressão do time da casa. Para isso, a marcação era forte. A partir da intermediária corintiana. Só a zaga de Tite tinha espaço para respirar. O meio de campo paulista sofria demais com a ausência de Elias. Bruno Henrique esteve muito afobado, errando passes fáceis. Proporcionando contragolpes. Ele teve de se desdobrar, marcando e saindo com a bola dominada. Foi um dos piores do time. Giovanni Augusto e Rodriguinho tentavam mostrar versatilidade. Apoiando e marcando. Mas ambos mostravam lentidão e falta de movimentação para abrir espaço diante das duas linhas de quatro adversária. O Corinthians lutava muito. Mas individualmente não conseguia jogar bem. Guilherme outra vez só se mostrava à vontade na área. Na intermediária, seu rendimento sempre foi limitado. Lucca fazia o que se esperava. Atacava em velocidade pela esquerda. Ajudava na recomposição. Só que faltava objetividade ao seu futebol. André se mostrava inseguro, sacrificado pelo esquema, pouco incomodou a zaga colombiana.

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 2 de março de 2016

O Comitê Organizador da Olimpíada no Rio resolve faturar com a dengue, zica e chikungunya. E coloca à venda o 'repelente olímpico'. Aproveita a incompetência das autoridades brasileiras. Deprimente...

O Comitê Organizador da Olimpíada no Rio resolve faturar com a dengue, zica e chikungunya. E coloca à venda o 'repelente olímpico'. Aproveita a incompetência das autoridades brasileiras. Deprimente...




Parece provocação. Mas é a triste verdade. O Brasil resolveu assumir para o mundo sua incompetência para combater a Dengue, Zika e Chikungunya. E da pior maneira possível, tentando ganhar dinheiro. Colocou entre os centenas de itens oficiais da Olimpíada 2016, um repelente para insetos. Ao custo de R$ 35,00. Nunca na história da Olimpíada houve nada parecido. O repelente é para tentar preservar o público e os competidores do mosquito Aedes Aegipty. Há uma enorme preocupação mundial com a epidemia que o Brasil enfrenta. São cerca de 170 mil casos de dengue. Zika, 4.017 casos. E 17 mil de Chikungunya. "Quem tem mil olhos? A população. E ela também pode nos ajudar para que a gente, enquanto não temos a vacina, enquanto não podemos fazer um combate mais agressivo a ele [vírus], que a gente tire as condições de reprodução do mosquito", discurso a presidente Dilma Rousseff, tentando passar para a população a responsabilidade do fracasso governamental no controle do Aedes Aegipty. O presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, explica. É chocante. Deixa claro o quanto o governo tem responsabilidade na epidemia. "No Brasil, 50% da população não conta com coleta de esgoto. O Brasil achou que o importante era só levar água encanada e esqueceu do esgoto. Esse esgoto, que corre a céu aberto e se acumula em poças, mistura-se à água de chuva e vira mais criadouros para o mosquito." No Brasil, 80% da população tem água encanada. Por falta de competência no planejamento do governo, em relação à falta de água, a situação ficou caótica.

Com a irregularidade no abastecimento, as pessoas aproveitam quando há a água para guardá-la em reservatórios que viram criadouros. Isso aconteceu no ano passado no Estado de São Paulo, que viveu sua pior epidemia de dengue, com 649 mil casos. Diante da crise hídrica, muitos cidadãos passaram a armazenar água para os períodos em que as torneiras secavam. O governo nunca fiscalizou, educou e puniu com regularidade os que permitem o surgimento de criadouros de mosquito em seus imóveis. Fracasso que cabe ao governador Geraldo Alckmin. A colaboração do prefeito do Rio, Eduardo Paes, é comovente. Lembrar que mais gente morre de gripe do que dengue. E torcer para agosto ser seco e frio. "O período das Olimpíadas é o período que o mosquito transmissor não está procriando, não está no ambiente. O mês de agosto e o mês de julho são meses mais secos. São meses menos quentes, então você tem menos incidência do mosquito transmissor. Cabe a gente tomar as precauções devidas, mostrar que a gente está fazendo de tudo para evitar o perigo de qualquer atleta ou visitante que venha ao Rio tenha esse problema com o vírus da zika. Eu acho um certo exagero. Morre muito mais gente de gripe todo ano do que por dengue."

Eduardo Paes foi além. E em uma coletiva teve a coragem de declarar, perguntado sobre a dengue. "Temos que tratar do problema, mas não podemos transformar em um tema olímpico. Não é um tema olímpico. Isso é um tema nosso, de nós brasileiros e da cidade do Rio de Janeiro." Tanto não é que as delegações do mundo inteiro foram alertadas sobre a epidemia. E da necessidade de os atletas olímpicos usarem repelentes. Mas o medo é latente. "Se eu tivesse que fazer uma escolha hoje, eu não iria para as Olimpíadas. Eu nunca correria o risco de ter uma criança sem saúde. Eu não sei quando esse momento chegará para mim e Jerramy (namorado), mas eu pessoalmente reservo meu direito de ter um bebê saudável. Nenhum atleta competindo no Rio deveria encarar esse problema. Atletas mulheres já enfrentam tantas considerações diferentes e têm que fazer escolhas que atletas homens profissionais não precisam." O medo da microencefalia por conta do vírus da zika incentivou o contrabando de pílulas abortivas no país. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de junho a novembro de 2015, mês em que foi declarada emergência nacional de saúde, foram confiscados 36 pacotes da pílula Misoprostol, conhecida no Brasil como Cytotec. Já de dezembro a fevereiro desde ano, foram 57 remessas.

Diante de tudo isso, por que não faturar? A organização dos jogos do Rio está vendendo seu repelente. E se a pessoa quiser, pode ainda comprar um kit. Ele vem com protetor solar, não é bom? Por R$ 75,00. A pessoa respira tranquila sem dengue, zika e chikungunya. E ainda se bronzeia. A organização dos Jogos Olímpicos está animada. Espera faturar R$ 1 bilhão com os produtos licenciados. O repelente deverá ser um dos campeões de venda. Para vergonha das autoridades deste país...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Lucas Barrios e Cristaldo contratam seus preparadores físicos. Fazem como Valdívia. E expõem problema inaceitável no Palmeiras. Situação amadora. Para quem sonha em ganhar a Libertadores...

Lucas Barrios e Cristaldo contratam seus preparadores físicos. Fazem como Valdívia. E expõem problema inaceitável no Palmeiras. Situação amadora. Para quem sonha em ganhar a Libertadores...




Valdivia era um alvo fácil. Excelente jogador, mas arrogante. Visado por pontapés adversários e amante de festas, teve várias contusões. Elas demoravam a ser curadas. Por não obedecer aos médicos, gostava de tomar vinho, o que afetava a ação de antibióticos e anti-inflamatórios. Pesquisas provam que o álcool diminuiu o potencial dos remédios. Os abusos do meia eram a desculpa ideal dos departamentos médico, físico e fisiológico palmeirenses. Mas Valdivia jurava que sua fama de "chinelinho" tinha outra origem. Reclamava dos aparelhos ultrapassados usados pelo clube. E do trabalho dos profissionais. Foi massacrado quanto trouxe do Equador, o fisioterapeuta cubano José Amador. Ele prestava serviço à Seleção Chilena. O jogador avisou à diretoria palmeirense que estava pagando do próprio bolso. O clube não precisava gastar um tostão. Foi a demonstração mais evidente de o quanto não confiava nos profissionais do Palestra Itália. Quando o meia foi para os Emirados Árabes houve uma comemoração. Ele era detestado pelos médicos, fisioterapeutas e preparadores físicos. Rancoroso, o chileno seguiu acompanhando a vida no Palmeiras. E ironizou, feliz, no seu twitter, os inúmeros problemas físicos do time. "Ué, problema de lesão não era só comigo? Ah, que era muito, que era migué, não se cuidava? Tempo ao tempo que dá razão!", postou na semana passada. E ninguém ousou responder. Agora, surge Lucas Barrios. O nômade de 31 anos tem recorrentes problemas musculares. O blog revelou no ano passado que ele tem seus próprios aparelhos. Para onde vai, os utiliza. Só que eles não estão sendo suficientes para deixá-lo em condições de jogo. Muito menos os do Palmeiras. Assim como os profissionais do clube. O jogador mais caro do elenco, R$ 700 mil mensais, resolveu trazer um preparados físico particular, o argentino Claudio Borges. Está claro que o jogador não confia apenas no trabalho comandado por Juvenilson de Souza, homem de confiança que Marcelo Oliveira trouxe do Cruzeiro.

O argentino naturalizado paraguaio já atuou em 12 equipes. Argentino Junior, Tigre e Tiro Federal da Argentina; Temuco, Cobreloa e Colo Colo, no Chile; Atlas, do México; Borussia Dortmund, Alemanha; Guangzhou Evergrande, da China; Spartak Moscou, da Rússia; e Montpellier, da França. O investimento total da Crefisa com o atleta é de R$ 37 milhões. O blog também publicou que ele havia confessado a amigos que chegou ao Palmeiras com 50% de seu potencial físico. Precisava de férias, por divergência no calendário brasileiro. Não teve. Jogou e nunca foi o artilheiro que se esperava. Começou o ano da mesma maneira. Sem conseguir se livrar das dores musculares. O Palmeiras passou a não divulgar os locais de suas lesões. Ele não entrava em campo e pronto. Até que nesta semana, Barrios disse que faria um trabalho com Borges. Só que não é bem assim. O preparador já esteve em São Paulo no mês passado. Se encontrou com o jogador. E até trabalharam. Tudo foi sigiloso. Não veio a público. Agora surge a revelação que Cristaldo está complementando a preparação física do clube com um personal trainer. Não acha suficiente o que faz no Centro de Treinamento da Barra Funda. Além de Juvenílson, o Palmeiras conta com Marco Aurélio Schiavo e Thiago Maldonado. São três preparadores físicos. A questão já chegou até o executivo de futebol, Alexandre Mattos. A solução estudada é o Palmeiras contratar um preparador físico importante e fixo. E que o próximo treinador que substitua Marcelo Oliveira terá de aceitar trabalhar com esse preparador. Como acontecia no São Paulo, por exemplo. A questão não é menor, como Mattos tenta passar adiante. É gravíssima. Porque todos no clube sabem que o CT precisa ser modernizado. A Crefisa iria investir R$ 8 milhões nas instalações.

"Há uma negociação para ficarmos com o naming rights do ginásio da Academia, que passaria a se chamar Centro Crefisa. Estamos fazendo uma reforma bem ampla em todo o CT, garantindo conforto aos jogadores por anos. Haverá uma arquibancada, melhor iluminação, um centro de recuperação e fisioterapia, uma concentração com 44 quartos… Queremos tudo pronto até dezembro", dizia Leila Pereira, proprietária da empresa. Ela disse isso antes de uma grave briga política com Paulo Nobre. O presidente deixou claro que não aceitaria ingerência na administração do futebol. Não seria como nos anos da Parmalat. E desde então, houve discussões públicas. E tudo segue apenas em relação ao patrocínio de uniforme. O que acaba sendo muito ruim. O balanço de 2015 mostra um prejuízo de R$ 30 milhões. E Paulo Nobre, que já havia colocado mais de R$ 153 milhões, foi obrigado a emprestar mais R$ 9 milhões neste ano. Apesar de jurar, em 2015, que não usaria mais seu patrimônio pessoal para "tapar buracos" no orçamento do clube. Jogadores cansam de falar em off que o Palmeiras está defasado. São Paulo e Corinthians têm Centro de Treinamento muito mais desenvolvidos. Isso reflete na preparação dos atletas. Nada menos do que 11 jogadores estavam com problemas físicos na semana passada. O que valeu a provocação de Valdivia. Não adianta Mattos disfarçar.

O problema é sério. Não é normal o que está acontecendo no Palmeiras. Atletas tendo de recorrer a profissionais fora do clube. Mesmo tendo preparadores, fisiologistas, fisioterapeutas pagos mensalmente. Também fazer de conta que não o CT não está defasado. O preparo físico dos atletas é base de qualquer conquista. O reflexo é óbvio no time. Situação inaceitável para quem quer ganhar a Libertadores. Há algo muito errado no Palestra Itália. Todos sabem. E ninguém toma atitude. Ou melhor, quem tem dinheiro contrata seus próprios preparadores. Um exemplo que talvez deva ser seguido...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Última chance no Nado Sincronizado

Última chance no Nado Sincronizado



Olá galera. As Olimpíadas estão se aproximando. A expectativa aumenta a cada dia. Enquanto não chega o maior evento esportivo do planeta, os eventos-teste não param, pela Cidade Maravilhosa. No Parque Aquático Maria Lenk, depois das acrobacias dos Saltos Ornamentais, chegou a vez da elegância do Nado Sincronizado. De hoje até domingo, teremos o Torneio Pré-Olímpico. Será a última chance de classificação pra quem ainda não se garantiu no Jogos, nesta modalidade. Vamos prestigiar pessoal, a entrada é gratuita. Atletas de trinta países estarão testando todas as operações, neste evento. Para a prova de equipes, faltam apenas três vagas para as Olimpíadas. Brasil (país-sede), Egito, Austrália, China e a poderosa Rússia, já estão classificadas. De Sidney, em 2000, até Londres, em 2012, as russas ficaram no lugar mais alto do pódio todas as vezes. As concorrentes pelas vagas restantes são Canadá, Ucrânia, França, Chile e Espanha. Que seja um grande evento, para os atletas e para o publico. Vamos lá. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

terça-feira, 1 de março de 2016

"Estávamos esperançosos." Presidente do Cruzeiro deixa escapar o que todos sabem em Belo Horizonte. Ele errou. Deivid ainda é imaturo para ser o técnico do Cruzeiro. O barato saiu caro...

"Estávamos esperançosos." Presidente do Cruzeiro deixa escapar o que todos sabem em Belo Horizonte. Ele errou. Deivid ainda é imaturo para ser o técnico do Cruzeiro. O barato saiu caro...




"Ele não era treinador de ponta, mas resolvemos dar uma oportunidade. Os jogadores gostavam e queriam a presença dele. Estávamos esperançosos. Foi uma aposta nossa. Mas não vou fazer juízo pela imprensa. Vamos conversar internamente sobre o desempenho de todos. Se não der certo, ele sai." Gilvan Tavares finalmente deixa claro o óbvio erro que cometeu. O presidente do Cruzeiro quis economizar, aproveitar que o clube não disputa a Libertadores. E dar a chance para Deivid começar sua carreira na Toca da Raposa. Afinal, disputaria apenas o insignificante Campeonato Mineiro e a imprevisível Primeira Liga. Só que o Cruzeiro não nasceu para servir de laboratório para um iniciante que "os jogadores gostam". É preciso muito mais. Uma torcida tão apaixonada e um clube com uma história tão importante não é o lugar para ninguém começar. Só comanda o time azul celeste quem está no auge. Gilvan deixou escapar ao Estado de Minas o que todos em Belo Horizonte já sabem. O seu arrependimento em ter acreditado nos conselhos de Mano Menezes. Enquanto arrumava as malas para ir, feliz, ganhar seus milhões na China e abandonar seu projeto na Toca da Raposa, Mano encorajou Tavares. Poderia apostar em Deivid. O presidente também fez uma leitura equivocada. Subestimou a presença do treinador. Acreditou na excelente infraestrutura do clube. Seu centro de treinamento, departamentos de fisiologia, fisioterapia. Os mais modernos métodos de avaliação, de preparo da equipe. Se esqueceu que é preciso um comandante vivido para que tudo funcione de maneira perfeita. Deivid começou como auxiliar do decadente Vanderlei Luxemburgo em 2014. Como parou de jogar apenas há dois anos, tem grande proximidade dos atletas. Esse é o seu maior trunfo. Embora seja estudioso, tenha recebido conselhos de Luxemburgo e Mano, ele se ressente da firmeza da experiência. Mesmo com uma ótima base, seu trabalho não impressiona.

Bastaram oito partidas e a pressão para que o clube contrate um técnico experiente, calejado é enorme. Embora tenha conseguido quatro vitórias, três empates e uma derrota, não consegue fazer com que a equipe tenha uma postura firme. Sua normal insegurança tem chegado até o time. Subido até as arquibancadas. A pressão já atingiu a diretoria, conselheiros pedem a troca de comando. O pior é que o auxiliar de Deivid é tão imaturo quanto ele. O ex-jogador Pedrinho. Ambos fizeram juntos o curso de treinador na CBF. São grandes amigos. Mas só a amizade e a vivência como atleta têm sido suficientes. A pressão fica maior porque, do outro lado da cidade, o Atlético Mineiro mostra um treinador vivido e que está sabendo aproveitar a base deixada por Levir Culpi. O uruguaio Diego Aguirre transformou a equipe em uma das favoritas à conquista da Libertadores. Gilvan Tavares conseguiu ótima economia. Mano Menezes ganhava R$ 500 mil. Em Belo Horizonte, circula a informação que Deivid ganha cerca de R$ 100 mil. Só que esse dinheiro que sobra nos cofres cruzeirenses não vale a pena. Um elenco importante está estacado. Sem confiança. Desacreditado. Seus atletas começam a ser questionados, desvalorizados. As vaias, as críticas pesadas da imprensa mineira e o óbvio fraco futebol do Cruzeiro mexeram com Gilvan Tavares. Sua ideia de segurar Deivid de qualquer maneira, não existe.

"Estávamos esperançosos", uma frase perdida resume o sentimento do presidente. A alça de mira está apontada para Deivid e ele sabe disso. Quer ficar. Procura pacto com jogadores, mudança de esquema, tudo o que está a seu alcance. Mas falta o fundamental em um clube com tanta cobrança, pressão. Experiência. Não é por acaso que nomes já circulam como seu substituto. Levir Culpi fez questão de desmentir. Assim como Cuca. Há quem sonhe com o retorno de Marcelo Oliveira. Mas a verdade é que a saída de Deivid parece ser uma crônica anunciada. Finalmente Gilvan se convenceu que forçou a situação. E que o barato está saindo caro. Deivid parece ter potencial como treinador. Que o desenvolva. Clube da importância do Cruzeiro precisa de técnico pronto. Não é o caso do ex-auxiliar de Mano e de Luxemburgo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Atlético Paranaense toma decisão histórica. Rompe com a Globo e fecha com o Esporte Interativo. O Bahia promete fazer o mesmo, hoje. A revolução começou. Fim do monopólio no futebol brasileiro...

Atlético Paranaense toma decisão histórica. Rompe com a Globo e fecha com o Esporte Interativo. O Bahia promete fazer o mesmo, hoje. A revolução começou. Fim do monopólio no futebol brasileiro...




O Atlético Paranaense tomou uma decisão histórica. Quebrou a hegemonia da Globo na tevê fechada, depois de duas décadas. O Conselho Deliberativo convocou uma reunião extraordinária, ontem à noite. 160 conselheiros aprovaram,de forma unânime, a proposta do Esporte Interativo. A emissora, que pertence à Turner, ficará com o direito de transmitir as partidas entre 2019 e 2024. A decisão é oficial e não haverá reviravolta. A tendência é que o Bahia seja o próximo clube a aderir à Turner. O clube fará hoje também uma reunião para definir a questão. Pode ser um rastilho de pólvora. Além dos dois clubes, o Santos, Coritiba, Internacional, Santa Cruz, Ceará e Figueirense estão apalavrados com a Turner. Os paranaenses viraram as costas para o Sportv. Sem arrependimento. O motivo alegado é a injusta distribuição de cotas. A Turner vai pagar imediatamente luvas de R$ 40 milhões. Pelos quatro anos, R$ 560 milhões foram oferecidos aos clubes contra os R$ 60 milhões que a Globosat propôs. A divisão é proporcional àqueles que fecharem. Se dez equipes aderirem à Turner, R$ 225 milhões serão divididos. A cúpula da Globo sentiu o golpe. Executivos acreditaram que todos os clubes iriam aceitar a antecipação da renovação de contrato até 2024. E fez a proposta de uma maneira geral, como sempre fez. Somando tevê aberta, tevê fechada e pay-per-view. Nada menos do que R$ 1,1 bilhão a serem divididos. O que fez a Turner? Separou o quanto a emissora carioca propunha para a tevê aberta. E seria "apenas" R$ 60 milhões. Ofereceu nove vezes mais. Com direito a antecipação das luvas. Desde então está havendo uma briga ferrenha e cruel nos bastidores. Apesar da lógica indicar aos clubes assinarem com o Esporte Interativo, há vários fatores. O primeiro é o medo de represálias na tevê aberta. Ou seja,ficarem marginalizados nas transmissões para o grosso da população brasileira. O que afastaria patrocinadores importantes. A retaliação é algo mais do que provável para quem fechar com a Turner.

Há a certeza que a maioria dos clubes continuará com o Sportv. Assim, o EI mostraria pouquíssimos jogos. Só entre os que fecharem com a Turner. A legislação brasileira impede que clubes que assinarem contrato de exclusividade com uma emissora enfrente outro que fechou com outra rede. Outro fator é a tradição. O Sportv estabeleceu seu o padrão de qualidade de transmissão há mais de vinte anos. Além disso, está na Sky e na Vivo TV. O alcance é maior. Há um temor real entre os dirigentes que este projeto da Turner seja algo esporádico. E que não tenha continuidade. Seja uma aposta de aventureiros. Houve várias reuniões, com a emissora norte-americana mostrando sua força nos Estados Unidos. No Brasil, a investida no futebol é relativamente recente. Executivos globais sabe do poder bilionário da Turner. E não querem correr o risco de perder o monopólio do futebol. Decidiram atingir o principal ponto de reclamação das equipes. A divisão das cotas. As propostas das duas emissoras foram expostas de maneira explícita pelo vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro. "Globo: contrato de 2019 a 2024. Luvas 60 milhões (não é empréstimo). Não reduzir os contratos atuais como os outros clubes assinaram. A partir de 2019 acabar com os privilégios do Corinthians e do Flamengo. A distribuição da tv aberta e tv fechada de 1 bilhão e 100 milhões será assim 40% pelos 20 clubes igualmente , 30% pela classificação no campeonato e os outros 30% pela exposição na tv. Esporte Interativo 40 milhões de luvas. 560 milhões apenas para a tv fechada com a seguinte distribuição: 50% dividido igualmente entre os 20 clubes, 25% na classificação no campeonato, 25% exposição na tv medida pelo Ibope."

O São Paulo ganhou a antecipação de R$ 60 milhões e fechou com a Globo. Assim como o Corinthians, Atlético Mineiro, Botafogo, Cruzeiro, Fluminense, Sport, Vasco e Vitória. Flamengo e Palmeiras já estão apalavrados com a emissora carioca. Ainda não assinaram. A Globo está fazendo uma enorme pressão sobre Santos, Internacional e Grêmio. Não quer perder esses três clubes. A guerra se aproxima do seu maior momento. O fim de privilégios de Flamengo e Corinthians está sendo fundamental para segurar os revoltosos. Vale lembrar a atual divisão de cotas na tevê aberta. Flamengo e Corinthians, R$ 170 milhões São Paulo, R$ 110 milhões Vasco e Palmeiras R$ 100 milhões Santos, R$ 80 milhões Cruzeiro/Galo/Grêmio/Inter/Flu/Botafogo R$ 60 milhões Outros ex-integrantes do Clube dos 13, R$ 35 milhões. Clubes que não eram integrantes, R$ 20 milhões.

A Turner não quer brigar pela tevê aberta ou pela transmissão por pay-per-view. Só pela tevê fechada. A noite de ontem foi histórica. Pela primeira vez, um clube teve coragem de anunciar oficialmente. Não renovará com o Sportv. O Bahia promete fazer a mesma coisa hoje à noite. A não ser que haja traições, a Turner espera contar com pelo menos oito clubes. O que causaria um profundo mal estar na Globosat. O ruim é que, neste duelo entre esses dois impérios, o prejudicado pode ser o fã de futebol.

Com o racha, inúmeros confrontos deixarão se ser transmitidos na tevê fechada.

Os confrontos entre os times "da Globo" contra os "da Turner".

Esse pode ser um grave efeito colateral.

Mas que a revolução começou ontem, em Curitiba, ninguém pode negar.

Nada será como antes...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli