terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Desnorteado, São Paulo sofre sem a liderança de Rogério Ceni. E a diretoria não reserva um lugar como dirigente para o ídolo. Tem medo da força de seu eterno capitão...

Desnorteado, São Paulo sofre sem a liderança de Rogério Ceni. E a diretoria não reserva um lugar como dirigente para o ídolo. Tem medo da força de seu eterno capitão...




A greve do silêncio foi o melhor exemplo. A diretoria do São Paulo devia salários, direitos de imagem e premiação pela classificação à Libertadores. Os jogadores estavam irritados. Mas ninguém teve coragem de cobrar o presidente Carlos Augusto Barros e Silva. Foi quando os atletas decidiram que o caminho seria não dar entrevistas, a partir da partida contra o Strongest no Pacaembu. A previsão era de uma vitória fácil. E os jornalistas atônitos pelo silêncio. Ninguém supôs a possibilidade da derrota. Ela veio. E deixou tudo patético. O time perdeu para os bolivianos e os jogadores calados. O capitão Michel Bastos e Ganso queriam que o plano fosse mantido. Lugano percebeu a bobagem e furou a greve. E incentivou outros. Esteve longe, no entanto, de ser unanimidade. Sem condições físicas de atuar em todos os jogos, com alto nível, o uruguaio não é ainda o grande líder do elenco. Longe disso. Ele sofre resistências. Outro vazio claro está em relação às simples cobranças de faltas. Denis treina como um alucinado. Ganso também. Michel Bastos idem. Assim como Alan Kardec. Thiago Mendes. Durante as partidas a indefinição atrapalha. Tira a concentração de quem se dispõe a bater. Quem não cobra, se incomoda. O mesmo vale para os pênaltis. Contra o Cesar Vallejo, Calleri decidiu cobrar. Se dirigia à bola. Mas Michel Bastos não deixou. O argentino, acabrunhado, obedeceu. O meia perdeu, acertou a trave. O São Paulo sofre com a abstinência de Rogério Ceni. O clube vive a ressaca da ausência do maior ídolo de todos os tempos. E ainda tateia como viver sem ele. Por mais que Lugano tenha a personalidade forte, não é tão respeitado pela diretoria como Ceni. Leco, Ataíde e Gustavo Vieira ouviram seu pedido para que não haja mais atrasos de salários. Mas seu apelo não teve a ressonância do que dizia Rogério. Todo o elenco sabia que o ex-goleiro não precisava de visitas dos dirigentes aos vestiários. Ele ia até a sala da presidência para colocar seus pontos de vista. Reivindicar, cobrar. As portas eram escancaradas para o jogador. Os dirigentes o mandavam chamar diante dos outros atletas. Por isso seu apelido era de "presidente".

Michel Bastos acreditou que seria o herdeiro natural de Ceni. Por causa de sua vivência na Europa, na Seleção Brasileira. Mas, egocêntrico, acabou rejeitado pelo grupo. Lugano seria a escolha mais óbvia. Campeão mundial e da Libertadores no Morumbi, capitão por sete anos da Seleção Uruguaia. Com o apoio do próprio Ceni, o veterano jogador está tentando se impor. Só que também não é unanimidade. Ninguém no atual elenco foi seu companheiro em 2005. Sua avaliação para muitos é o de atleta que tem o respaldo da imprensa e da torcida. Mas, aos 35 anos, não exerce uma liderança técnica, com a bola nos pés. Rodrigo Caio tenta se impor. É dedicado, tem personalidade forte, espírito competitivo. Mas é muito jovem. Aos 22 anos, ele não consegue se fazer ouvir por atletas rodados como Paulo Henrique Ganso, Michel Bastos, Carlinhos, Mena. Muito menos pelos dirigentes. Há um vazio. Sem querer, Edgardo Bauza aumentou essa sensação. Esperto, soube que vazou para a imprensa que Michel Bastos foi o líder da greve do silêncio. E que Lugano furou o movimento. Rachou o grupo. O treinador argentino tomou uma decisão salomônica. Nenhum dos dois foi capitão da equipe. Escolheu Denis. O goleiro que ficou por sete anos na reserva de Rogério Ceni não tem personalidade para o cargo. Mas ocupa a postura neutra. Não toma partido de lado algum. Não incomoda ninguém. Só que não é o líder que o São Paulo precisa. Até ele mesmo sabe. Tanto que estranhou demais receber a importante faixa.

Foi exageradamente teatral a chegada da tarja para o goleiro. Com Lugano sendo escolhido para colocá-la. A cena acabou registrada, fotografada pelo clube. E a imagem divulgada. Inocentes comprariam a ideia de pacificação. O que está longe de ser verdade. Há uma divisão de postura. Falta alguém com capacidade para unificar time, dirigentes e torcida. Mas e Rogério Ceni? O ex-goleiro segue em férias. Repartindo seu tempo entre os Estados Unidos, tem casa na Flórida. Mato Grosso, onde vive seu pai. E esporádicas vindas a São Paulo.

Seu futuro está longe de estar definido. Sua maior tendência é ser treinador de futebol. Amigos garantem que ele já tem prometido um estágio com Guardiola. Como o espanhol está no final de seu período no Bayer, seria mais simples aprender seus métodos no Manchester City, na Inglaterra, no segundo semestre. Rogério pode fazer o curso de treinador em Portugal ou na CBF. Ao contrário do que poderiam supor seus fãs, se ele quiser ser dirigente, seu caminho não está tão aberto no São Paulo. Os homens que comandam o clube sabem da força política do maior ídolo da história. Leco, por exemplo, conhece profundamente sua personalidade forte. Há sérias dúvidas se Ceni obedeceria ordens com as quais não concordasse. Sempre foi transparente e pouco maleável. Não há nenhuma ansiedade. E nenhum cargo reservado na atual diretoria do São Paulo para o ex-goleiro. Leco está satisfeito com Gustavo Vieira na gerência. Não vê a necessidade de ter um coordenador. Um elo entre o time e os dirigentes. Não um que não possa controlar.

Outro fator também é financeiro. Rogério Ceni por anos foi o maior salário do clube. Encerrou sua trajetória de 25 anos recebendo R$ 700 mil mensais. Hipoteticamente, um coordenador não ganharia muito mais do que R$ 100 mil mensais. O goleiro sabe que seu nome seria escudo valioso. Desviaria o foco de crises envolvendo treinadores, dirigentes, jogadores. Suas presença valeria muito mais do que R$ 100 mil. Mas há sérias dúvidas na cúpula do Morumbi. Se valeria contratar alguém com tanta influência na mídia e entre os torcedores. Ainda mais caro e difícil de controlar. No cenário atual, não há lugar reservado para ele. Enquanto ainda aproveita as férias, Rogério Ceni só tem uma decisão tomada. Deverá começar a fazer palestras pelo Brasil. Em faculdades e empresas. Luiz Felipe Scolari, Bernardinho, Gustavo Kuerten, Tite cobram mais de R$ 50 mil para duas horas de conversa. Deve também participar de esporádicas aparições na tevê. Mas não deseja ser comentarista efetivo, apesar do interesse de grandes redes.
E ainda aproveita sua idolatria. Recebe dinheiro sobre a venda de inúmeros objetos. Chaveiros, bolas, troféus, relógios, bustos, camisas. Soube amarrar esses contratos. Enquanto isso, o São Paulo sofre. Tenta aprender a viver sem Rogério Ceni. Está mais difícil do que se poderia esperar. Sua sombra ainda é gigantesca...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Andrés Sanchez acredita que será chamado para depor na Lava Jato por causa do Itaquerão. Justo quando o Corinthians teria o naming rights do estádio no 'forno'. Será que Andrés será convocado apenas para a Polícia Federar ter mais "Ibope"?

Andrés Sanchez acredita que será chamado para depor na Lava Jato por causa do Itaquerão. Justo quando o Corinthians teria o naming rights do estádio no 'forno'. Será que Andrés será convocado apenas para a Polícia Federar ter mais "Ibope"?




Andrés Sanchez, ex-presidente e homem que manda no Corinthians desde 2005. Deputado federal pelo PT. Ele alimenta uma desconfiança há tempos em Brasília. E a revelou nesta edição da revista Isto É. A certeza que os investigadores da operação Lava Jato chegará ao estádio corintiano. O que sediou a abertura da Copa do Mundo de 2014. Há semanas esses boatos crescem na capital do país. Andrés não se segurou e deixou escapar sua apreensão na entrevista. Por que acredita que o Itaquerão será incluído na Lava Jato?
Andrés Sanchez - Estão querendo incluir de qualquer jeito, por causa de minha amizade com o Lula. E eu quero que ponham. Quero que o estádio vá para Lava Jato. Investiguem. Me chamem e vou falar tudo. Dá um Google em 2009, 2010, e veja quanto falavam que custava para botar os dutos da Petrobras no Estádio do Corinthians para ter a Copa do Mundo. 60 milhões de reais, 80 milhões. Sabe quanto foi? Apenas R$ 8,8 milhões. Tem contrato. Minha conta tá aberta, sigilo telefônico. Vivemos num País de hipócritas. Estou muito triste. Eu não to inocentando Lula, não. Mas o estádio foi o mais barato do Brasil. Istoé - Por que?
Sanchez - Vai olhar o Maracanã, o estádio de Brasília... Por que o Corinthians? Por que dá Ibope ser amigo do Lula. Custou R$ 4.780 reais o metro quadrado, com mármore e tudo. Total de R$ 985 milhões. Mas querem escândalo e o Andrés vai ter de depor. Falavam que o estádio era de graça e agora o clube não consegue terminar pagar. A resposta talvez seja outra. E nada tenha a ver com Ibope. Foi dada por dada por ele mesmo. Em 2011 à revista Época. Andrés Sanchez– O estádio do Corinthians custa 780 milhões. É mais de 1 bi, e vamos pagar 780. Ponto. A parte financeira ninguém mexeu. Só eu, o Lula e o Emílio Odebrecht (presidente do Conselho de Administração da Odebrecht e pai de Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato). ÉPOCA - O dia em que essa história vier a público, vai ficar feio para quem? Sanchez - Não vai ficar feio pra ninguém. Vai ficar, talvez, não imoral, mas difícil para o Lula.
Porque vão falar: “Pô, como é que uma empreiteira se submete a fazer isso? Por que o presidente pediu?”. É o que insinuam até hoje. Se vier a convocação para que Andrés deponha será uma "questão de Ibope"? Será que a Polícia Federal busca Ibope? Ou pela transação ser estranha?

Como é que um estádio custaria "R$ 1 bilhão de reais" e a construtora aceitaria apenas R$ 780 milhões. E o resto? Como esses supostos R$ 220 milhões chegariam ao caixa? Que outra vantagem ela poderia ter? De quem? Em 2013, o então presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, revelou que Andrés Sanchez implodiu o Clube dos 13 em 2011. Por um singelo motivo. Tinha a promessa de "ganhar um estádio para o Corinthians". O deputado federal nunca negou essa acusação de Kalil.
Quem daria um estádio estaria interessado na implosão do Clube dos 13? Quem lucrou foi com o fim da união dos clubes? A CBF de Ricardo Teixeira e TV Globo. Os Marinho são poderosos, mas não a ponto de dar estádio de um bilhão de reais a quem quer que seja. Já Teixeira e a corrupta cúpula da Fifa fizeram do Brasil o que quiseram na Copa de 2014. Se Ricardo quisesse um estádio para cem mil pessoas em Fernando de Noronha, ele seria erguido. Teixeira participou, com o maior prazer, do nascedouro do estádio corintiano. Ele cumpriu a promessa ao amigo. Inviabilizou politicamente o Morumbi. Recusou oito projetos de modernização do estádio do São Paulo. E confirmou a abertura da Copa em Itaquera. Talvez não por milagre, a Odebrecht foi muito gentil. E se ofereceu para fazer a obra. O interessante nisso tudo é que o medo de Andrés da Lava Jato se revela agora. Justo quando o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, afirma que o famoso naming rights está para sair. "No forno", brinca com jornalistas amigos. Seria uma operação envolvendo o plano de sócio torcedor, patrocínio master e o batismo do estádio. O Bradesco estaria por trás dessa movimentação. E por isso não houve renovação com a Caixa Econômica Federal. Os boatos aumentaram porque houve a convocação para uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. Será no dia 7 de março, às 18h30. Conselheiros estão com palpitação no coração. Garantem que "desta vez, vai".

Será que, antes da tal reunião, chegará um convite a Andrés? Para depor na Lava Jato? Será que os interessados em pagar pelo "batismo" não se importam? Ligar sua imagem à maior investigação de corrupção da história do país? O marketing dessas empresas considerá boa propaganda a Lava Jato? Se ele for depor, que fale também o que sabe sobre o Mané Garrincha... Sobre o Maracanã. Andrés Sanchez sempre foi muito bem informado. E relacionado...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Um vexame chamado Maracanã. Odebrecht quer devolver. Governo do Rio não aceita. Olimpíada serve para disfarçar o fracasso do consórcio falido. Fla-Flu, pelo Carioca, é jogado em Brasília. É muita pouca vergonha...

Um vexame chamado Maracanã. Odebrecht quer devolver. Governo do Rio não aceita. Olimpíada serve para disfarçar o fracasso do consórcio falido. Fla-Flu, pelo Carioca, é jogado em Brasília. É muita pouca vergonha...




É a vitória da hipocrisia. Do fingimento. A 31ª Olímpiada começará no dia 5 de agosto. No Rio de Janeiro. O principal palco será o Maracanã. Onde acontecerão a abertura e a cerimônia de encerramento, no dia 21 de agosto. Mas o estádio que representa o futebol brasileiro está fechado. Em 2016 só Carnaval, "Fextinha" de música eletrônica. E Rolling Stones. Em abril, Coldplay. A previsão é que o Maracanã só volte a ser usado por clubes brasileiros em outubro. O Comitê Olímpico assumirá o estádio a partir de março. O grande incentivador para espantar o futebol do estádio é justamente quem deveria brigar por ele. A concessionária que ganhou o controle do estádio. Mas ela não tem o menor interesse. Os motivos são importantes. A Odebrecht está por trás dessa concessionária. A construtora está implodindo graças às acusações da operação Lava-Jato. Não tem mais o menor interesse em seguir administrando o estádio. Já avisou ao governo estadual do Rio de Janeiro. Só que o contrato assinado em 2013 tem validade por 35 anos. O sonho de grande faturamento acabou há muito tempo. Administrar o estádio foi um péssimo negócio. O prejuízo em 2013 foi de R$ 48 milhões. E em 2014, chegou a R$ 77 milhões. A Odebrecht tem 95% do consórcio e a AEG, os outros 5%. A AEG acaba de se desligar da arena do Palmeiras. Negociava com o Morumbi. Mas seus representantes se mostram desanimados com a recessão brasileira e pensam em abandonar o país. A estimativa no balanço de 2015 é de enorme prejuízo. Talvez atingindo a marca de R$ 100 milhões. O governo do Rio de Janeiro desde 2014 vem repetindo que não aceita simplesmente o Maracanã de volta. A Odebrecht e a AEG garantem que não há multa estabelecida em caso de devolução. O que seria uma estranha omissão no contrato. O governo carioca também não confirma a obrigação de multa.

Para a construtora, o problema é simples. A recessão fez o futebol brasileiro pobre de ídolos. E a população não tem dinheiro para desperdiçar. Rejeita pagar caro por espetáculos pobres. Os clubes alegam que os gastos são inviáveis com o Maracanã. Precisam gastar em média R$ 600 mil. E tentar ficar com o lucro. Mesmo nos clássicos isso deixou de valer a pena. Melhor levar para arenas como Brasília, onde os organizadores garantem R$ 1 milhão no mínimo para os clubes envolvidos. Como aconteceu entre Flamengo e Fluminense neste domingo. Válido pelo Campeonato Carioca, foi disputado no Distrito Federal. Fosse em Portugal, seria piada. Aqui é "gestão". A Odebrecht e a AEG se dizem traídas pelo governo do Rio. O acordo previa construiria estacionamentos e lojas nos locais onde hoje permanecem o Museu do Índio, o Parque Aquático Júlio Delamare, o Estádio de atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Arthur Friedenreich. As demolições, previstas no edital de licitação, acabaram depois sendo suspensas pelo então governador Sérgio Cabral. Com as lojas e os estacionamentos, a previsão de lucro anual era de R$ 19 milhões. Mas devido à repercussão política negativa, o governo carioca voltou atrás. E proibiu as demolições, que estavam combinadas. Os gastos de manutenção do Maracanã chegam a R$ 32 milhões anuais.

Por isso a hipocrisia de entregar o estádio em março. Mesmo com a Olimpíada marcada para agosto. O estádio está pronto. Foi reconstruído há três anos. Não haverá mudanças radicais para a competição. Só o ajuste político para que a construtora não perca mais dinheiro. "É o maior espetáculo do planeta. A maior audiência esportiva da história é a cerimônia dos Jogos de Londres. Então, precisamos preparar essa cerimônia do jeito certo e com antecedência. Assumindo o Maracanã mais cedo, podemos fazer os ensaios maiores para a cerimônia de abertura. Desde 2014, estamos tentando negociar com o governo do estado para assumir o Maracanã mais cedo com foco na cerimônia", diz o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada. Andrada faz seu trabalho bem. Por anos ele foi o responsável pela Nike na Seleção Brasileira. E sabe como usar as palavras para tentar disfarçar crises. Joga o jogo. As cúpulas de Flamengo e Fluminense ficaram mais do que satisfeitas com a partida de ontem no Mané Garrincha. Os organizadores também. A renda foi de R$ 2.388.360,00. E 32.024 pagantes. Os preços cobrados foram entre R$ 60,00 e R$ 360,00. Para efeito de comparação. Fluminense e Tigres, pelo mesmo Carioca, levaram 799 pagantes a Volta Redonda. Os preços dos ingressos? R$ 20,00 e R$ 10,00. A direção do Botafogo já avisou que também coloca à venda seus clássicos pelo Carioca. Joga onde for. Desde que a taxa chegue perto do R$ 1 milhão pago a Flamengo e Fluminense. O Vasco é o único que, por enquanto, não aceita sair do Rio de Janeiro no estadual. Clássicos fora do estado de origem no Campeonato Nacional já é indecente. Por um torneio estadual é bizarro.


O presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, era contrário em janeiro a esses clássicos do Estadual fora do Rio. Mas teve de ceder. A Globo não queria mostrar os jogos em Macaé, Volta Redonda ou em São Januário. Transmissão difícil, estádios pequenos, ultrapassados. Péssima propaganda do torneio. Rubinho apenas não quer o que seria a desmoralização total do Carioca. A disputa das finais e semifinais fora do Rio de Janeiro. Como em Manaus, Belém, Teresina, Brasília. A Odebrecht e a AEG não querem nem pensar em tirar o Maracanã do controle do Comitê Organizador da Olimpíada. A solução está na liberação do Engenhão, que também servirá à competição. A situação da organização do futebol do Rio de Janeiro é caótica. Mistura incompetência com ingerência política. E afasta o estádio mais representativo do Brasil do futebol.

Há a esperança que, depois da Paralimpíada (não se escreve mais Paraolimpíada) o governo carioca aja. E promova uma nova concorrência para o estádio. Livre a Odebrecht e a AEG do compromisso de mais 32 anos. Sem multa. Seria fundamental que Flamengo e Fluminense se unissem de verdade. E se comprometessem a administrar o estádio, já que não possuem os seus. Esse é o sonho. Para banir grupos aventureiros da administração do maior estádio do Brasil. Fla-Flu, pelo Carioca, disputado em Brasília... Maracanã fechado em fevereiro para Olimpíada em agosto. É muita pouca vergonha...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Pressionada por clubes e pelo Esporte Interativo, Globo recua. E promete acabar com privilégio de Corinthians e Flamengo a partir de 2019. E adotar estilo inglês na divisão das cotas...

Pressionada por clubes e pelo Esporte Interativo, Globo recua. E promete acabar com privilégio de Corinthians e Flamengo a partir de 2019. E adotar estilo inglês na divisão das cotas...




Luis Augusto Simon é um dos jornalistas esportivos mais sérios do país. Nos conhecemos há décadas. Fomos colegas no extinto Jornal da Tarde. Assim como o destino me reservou 17 anos cobrindo o Corinthians, grande parte de sua carreira foi dedicada ao São Paulo. Normal que eu tenha melhores fontes no Parque São Jorge. E ele no Morumbi. O vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro está pressionado. Sabe que oposição e situação querem que deixe o cargo. Os motivos são variados. Os principais. Sua relação com o ex-presidente Carlos Miguel Aidar. As várias denúncias que fez, revelada por e-mail, por esse blog, precipitaram a renúncia do ex-dirigente. Mas as críticas são que Ataíde demorou muito para agir, com o futebol cercado de sujeira. E também há os famosos "cardeais", dirigentes que consideram fundamental qualquer sócio seguir o estatuto do clube. E, para eles, é inaceitável um vice presidente agredir, tentar enforcar um presidente. Como ele mesmo assumiu ter feito com Aidar. Além disso, os fracos resultados do futebol também contam. A falta de dinheiro, herança de Juvenal e Aidar, trava o clube. E atrapalha o polêmico dirigente. Carlos Augusto Bastos e Silva sonhou em ser presidente. E já aspira a reeleição. Ele era da ala do falecido Juvenal. Ligado a Aidar. Leco não quer escândalos no clube. Tanto que as várias denúncias gravíssimas levantadas por Ataíde estão abafadas. Ele espera que um título apague a memória de todos. Mas Leco não está conseguindo escapar da pressão pela demissão de Ataíde. E o vice de futebol do São Paulo age como se estivesse nos últimos dias de comando. Tanto que tem resolvido abrir a Caixa de Pandora do Morumbi. Ao contrário do discreto Leco, ele resolveu escancarar os problemas. Assumiu os atrasos de direito de imagem, salários e premiação da Libertadores. Falou de forma estranhamente aberta sobre a greve dos jogadores. Sobre Michel Bastos. E também falou à Transamérica sobre a briga entre Globo e Esporte Interativo (Turner) sobre a transmissão do Brasileiro na tevê fechada. "O São Paulo não decidiu ainda, mas quando tomar uma decisão, garanto que não receberá empréstimo, será dinheiro de luvas. Não sabemos se assinamos com a Globo ou o Esporte Interativo. Existe um pré-contrato aprovado com a Globo, que só poderá entrar em vigor quando for aprovado pelo conselho deliberativo." Mas Menon não se conformou. E teve a chance de questionar Ataíde sobre essa guerra particular. Como quem já se tornou adepto da expressão "dane-se", o dirigente escancarou a questão. E Luis Augusto colocou no seu blog, no UOL. Mensagem escrita pelo próprio dirigente. "A Globo assinou com CORINTHIANS – Atlético Mineiro – Cruzeiro - Vasco – Botafogo- Vitória e Sport Recife assim:
Empréstimo de 40 milhões com devolução à partir de 2019 com juros e correção. Redução de 25 por cento nos contratos de tv aberta em 2.016:7/8.

" (A Globo) Fez esta mesma proposta para o SPFC.
Não aceitamos e estendemos a negociação inclusive com o Esporte Interativo.
Hoje não decidimos ainda, a decisão será terça no Conselho Deliberativo, temos duas propostas: Globo:
Contrato de 2019 a 2024
Luvas 60 milhões (não é empréstimo)
Não reduzir os contratos atuais como os outros clubes assinaram
A partir de 2019 acabar com os privilégios do Corinthians e do Flamengo. A distribuição da tv aberta e tv fechada de 1 bilhão e 100 milhões será assim: 40 por cento dividido pelos 20 clubes igualmente , 30 por cento pela classificação no campeonato e os outros 30 por cento pela exposição na tv. Esta distribuição e a maior vitória do SPFC. Esporte Interativo 40 milhões de luvas. 560 milhões apenas para a tv fechada com a seguinte distribuição: 50 por cento dividido igualmente entre os 20 clubes
25 por cento na classificação no campeonato
25 por cento exposição na tv medida pelo Ibope Se houver retaliação da Globo na tevê aberta o Esporte Interativo nos indenizará . A decisão será terça no Conselho Deliberativo." A revelação tem pérolas importantíssimas. Sempre levando em consideração que é a palavra de Ataíde. A primeira e mais importante. A Globo está disposta a acabar com o privilégio ao Corinthians e Flamengo. Situação que nasceu em 2011, com a implosão do Clube dos 13. A distribuição das cotas de tevê passaria a ser democrática, imitando o sistema inglês. 40% dividido pelos 20 clubes igualmente , 30% pela classificação no campeonato e os outros 30% pela exposição na tevê. O Esporte Interativo vai pelo mesmo caminho. Mesmo se tratando apenas de tevê fechada. 50% dividido igualmente entre os 20 clubes
25% na classificação no campeonato
25% exposição na tv medida pelo Ibope Isso é um avanço incrível na relação entre os clubes e a tevê. Atinge o coração da "espanholização", privilégio a Flamengo e Corinthians igual ao que Real e Barcelona têm no campeonato nacional espanhol. Ou seja, os clubes brasileiros venceram. Com o auxílio da bilionária Turner, dona do Esporte Interativo, eles conseguiram fazer com que a Globo revertesse a grande injustiça que é a distribuição de cotas no futebol deste país. Vale lembrar como ela é atualmente. Na Série A, lógico. Flamengo e Corinthians, R$ 170 milhões São Paulo, R$ 110 milhões

Vasco e Palmeiras R$ 100 milhões

Santos, R$ 80 milhões

Cruzeiro/Galo/Grêmio/Inter/Flu/Botafogo R$ 60 milhões

Outros ex-integrantes do Clube dos 13, R$ 35 milhões.

Clubes que não eram integrantes, R$ 20 milhões.

Ataíde garante que a Turner indenizará os clubes se houver retaliação da Globo, na Série A. Por exemplo, se clubes optarem pelo Esporte Interativo na tevê fechada e, a emissora que detém o monopólio do futebol deste país, não mostrar mais nenhum jogo na aberta. Eles ganhariam dinheiro da Turner.

O desgaste de Ataíde no São Paulo teve efeito colateral inesperado.

Mostrou que o futebol brasileiro está perto de ser mais justo, democrático.

A distribuição das cotas de tevê são fundamentais para a vida dos clubes.

As equipes mais populares, Flamengo e Corinthians, devem ganhar mais. É justo.

Mas não tanto a mais como acontece atualmente.

A justiça e o bom senso parecem que vão prevalecer.

A fase dos "amigos dos amigos" vai acabar...






Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Michel Bastos tenta negar sua liderança na greve por salários no São Paulo. A diretoria não acredita. Para evitar protestos da torcida, foi tirado da reestreia de Lugano, o novo capitão. Michel foi 'poupado'...

Michel Bastos tenta negar sua liderança na greve por salários no São Paulo. A diretoria não acredita. Para evitar protestos da torcida, foi tirado da reestreia de Lugano, o novo capitão. Michel foi 'poupado'...




"Iria me pronunciar apenas na hora certa sobre tudo o que tem sido falado nos últimos dias, mas, como estou sendo alvo de inúmeras acusações e especulações que não são verdadeiras, prefiro esclarecer logo o que tem acontecido para que isso não tome uma proporção maior. "Em primeiro lugar, eu não fui o idealizador de movimento nenhum dentro do São Paulo e nunca fiz uso da minha posição de capitão para colocar meus companheiros contra a diretoria ou quem quer que seja. A questão do pacto de silêncio foi algo decidido pelo GRUPO, sem nenhuma liderança específica. "Como capitão, achei que tinha o dever de tomar a posição que a maioria acreditava ser a certa e foi isso o que fiz. Teria falado se não houvesse esse comprometimento, como aconteceu quando estive na coletiva no dia seguinte da derrota para o Corinthians, sem ter recebido nenhum elogio e reconhecimento por isso. "Seguindo na linha de desmentir algumas coisas que estão sendo faladas, não tenho nenhum tipo de rivalidade pessoal com o Lugano, muito menos sou chefe de "panela" dentro do São Paulo. O que houve foi uma divergência de opiniões dele em relação ao que o GRUPO, não o Michel Bastos, decidiu, mas isso foi um assunto que tratamos internamente, assim como estamos tratando a questão dos salários. "Algo que também tem me incomodado é estarem insinuando que estou jogando de má vontade. Por mais que alguns estejam fazendo um esforço enorme para tentar mostrar o contrário, não sou mau caráter ao ponto de descontar no torcedor qualquer tipo de insatisfação que eu venha a ter. Isso seria ir contra as milhares de pessoas que abrem mão do pouco que tem para ir aos jogos prestigiar o São Paulo e essa atitude não faz parte da minha índole. "Se as críticas tiverem que recair somente sobre mim para que meus companheiros tenham mais tranquilidade para trabalhar, não tem problema. Só não vou tolerar mentiras e as coisas que eu vejo que são ditas apenas para me colocar contra o torcedor. Dito tudo isso, eu acho que agora é a hora de nos fecharmos ainda mais, de buscar solucionar os problemas aqui dentro, para que o São Paulo volte a conquistar resultados do tamanho de sua grandeza."

Essa foi a explicação que Michel Bastos deu na tarde deste sábado. Desde ontem à noite havia a expectativa que ele iria dar a sua versão. Tentar desmentir que não era o articulador da greve do silêncio por atrasos de pagamento no São Paulo. E que a decisão foi do "grupo". Como se fosse uma entidade. Ele usou seu instagram. Só que ele "estava" capitão do São Paulo. E lógico que sua voz teve enorme ressonância no movimento. Até porque, no ano passado, Michel Bastos deixou bem claro que não tolerava clube que não paga em dia. Bauza se reuniu com os jogadores ontem, quando a greve vazou. E exigiu união dos atletas. Não iria permitir que o grupo se rachasse. Ele sabia muito bem que Lugano se colocou contra a decisão da greve. E não levou em consideração a capitania, a liderança de Michel Bastos. Ele falou, assim como Alan Kardec e Denis. Com o vazamento e divulgação de inúmeros veículos de comunicação que, Michel Bastos foi um dos líderes do movimento, a diretoria do São Paulo tomou uma decisão. Para evitar o confronto com os revoltados torcedores, que já se manifestaram nas redes sociais, o jogador não atuará amanhã. Está fora da partida contra o Rio Claro no Pacaembu. Ficou a versão de que será "poupado". O que não combina com o treinamento da sexta-feira. Ele estava no time titular. O jogador tem contrato até o final de 2017. Dizia que queria se aposentar no Morumbi. Mas isso dificilmente ocorrerá.

As confusões envolvendo o seu nome estão cansando a maioria dos conselheiros. Irritados com seu fraco futebol e com a greve do silêncio, vários deles estão insistindo com o presidente Leco. Querem a sua rescisão de contrato. Não acreditam que ele seja uma liderança positiva. Indeciso por natureza, Leco apenas protela. Ganha tempo porque sabe que a voz de Michel Bastos será calada. O novo capitão do time vai reestrear amanha. E se chama Diego Alfredo Lugano Moreno. A sua postura furando a greve, depois da derrota para o Strongest, foi muito elogiada. Conselheiros da situação e da oposição disseram que teve uma "postura de homem". E recriminaram Michel Bastos e Ganso, atletas que deveriam ter a obrigação de explicar o vexame. Lugano vai tomar de vez a faixa de capitão. E quando ele não estiver, Michel não terá de novo a honraria. Membros das organizadas já haviam programado protestos contra Michel Bastos. Como a diretoria continua com forte ligação com a principal delas, a Independente, o melhor para o time foi tirar o atleta do jogo de amanhã. A diretoria assumiu a dívida com os atletas. Dois meses de direito de imagem. E salário de janeiro. A premiação pela classificação para a Libertadores, conquistada no ano passado, foi paga na semana passada. Bauza deve dar mais uma chance a Centurión.

Michel Bastos deu sua versão. E negou ser o líder da greve. Mas suas explicações não convenceram os dirigentes. Eles sabem da sua força como veterano e capitão do time. E que poderia ter travado o movimento. O ressentimento continua forte. O ambiente para Michel Bastos está péssimo no Morumbi. E já nasce uma certeza. Ele não cumprirá seu contrato até 2017. A tendência é que saia muito antes disso...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A patética crise no São Paulo. Greve do silêncio nasceu da falta de pagamento aos jogadores. Movimento rachou o time em dois grupos. O radical, liderado por Michel Bastos, e o conservador, do novo capitão, Lugano...

A patética crise no São Paulo. Greve do silêncio nasceu da falta de pagamento aos jogadores. Movimento rachou o time em dois grupos. O radical, liderado por Michel Bastos, e o conservador, do novo capitão, Lugano...




Está mesmo confirmado. O problema do São Paulo é pior do que se imaginava. E explicado o porquê de o assessor do presidente, Rodrigo Gaspar, taxou Michel Bastos de "erva daninha". Ele é apontado, em off, por conselheiros e membros da diretoria. Foi o organizador da greve do silêncio após a partida contra o The Strongest. Os jogadores não falariam à imprensa, fosse qual fosse o resultado. Motivo: atraso de três e dois meses de direito de imagem, dependendo dos atletas. O salário de janeiro segue atrasado. E também há jogadores que ainda não receberam toda a premiação pela classificação para a Libertadores, conseguida no ano passado. "Nós atrasamos mesmo os direitos de imagem. O erro foi nosso. O São Paulo tinha de pagar em dia. E não estava pagando. Infelizmente. Só conseguimos pagar a premiação da Libertadores há alguns dias. "E é verdade em relação ao que aconteceu no vestiário do Pacaembu. Um grupo de jogadores não queria dar entrevista, fazer greve de silêncio. O outro, não. Queria falar e falou. "O Michel Bastos está certo em reivindicar. O São Paulo deve mesmo. E jogador tem de receber em dia." As confirmações foram feitas pelo vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, à rádio Transamérica. Ataíde está muito irritado com a falta de pagamento. A responsabilidade não é dele. E do presidente Leco. Paulo Henrique Ganso colaborou com Michel Bastos na tentativa pelo silêncio. Já no intervalo, quando a partida estava empatada em 0 a 0, repórteres da Globo e da Fox Sports estranharam ninguém aceitar falar uma palavra sobre o jogo. Depois veio a derrota. Os atletas saíram do gramado calados, como haviam combinado. Foi quando Lugano entrou em ação. E deixou claro que isso só pioraria as coisas. Criaria enorme crise no clube. E decidiu enfrentar os organizadores da greve do silêncio. E convenceu outros atletas a darem entrevistas. Ele, Denis e Kardec falaram. E deixaram claro que não se submeteriam à liderança de Michel Bastos. O que provoca um perigoso racha no elenco. Edgardo Bauza fez sua parte. Tentou ganhar tempo enquanto a diretoria arrumava dinheiro para pagar os atletas. Ele deu entrevista na terça-feira, um dia antes do confronto com os bolivianos. Já que alguém do São Paulo era obrigado a falar, até pelo regulamento da Libertadores.

Como a situação envolve dinheiro dos atletas, ele procurou apenas acalmar os jogadores. Mas não poderia obrigar ninguém a dar entrevista. Tanto que foi irônico na sua coletiva após a derrota para o Strongest. "Vocês (jornalistas) devem perguntar a eles. Não falaram nada para mim. Eu não tenho problema em falar." A situação se tornou pública à tarde. Pessoas ligadas ao presidente Carlos Augusto Barros e Silva confirmaram o movimento. O presidente sabia que não conseguiria esconder a situação. E que seu assessor tinha tomado as dores da diretoria. E chamado, sem meias palavras, Michel Bastos de "erva daninha". Com as entranhas do problema expostas, tudo que era ruim, ficou muito pior. A pressão aumentará.

O assessor do presidente sabia o que Michel Bastos queria. Jogar a imprensa contra a diretoria. Afinal, o São Paulo, clube grande que é, tem a obrigação de pagar seus funcionários em dia. Como ex-jogador da Seleção Brasileira, atleta da Copa do Mundo de 2010, com passagens por clubes da Itália, Holanda e França, sua palavra tem um peso enorme. Foi escolhido por Bauza como seu capitão, enquanto Lugano não entrava em forma. O mesmo jogador que mandou a torcida calar a boca em 2015, agora organiza o silêncio dos seus companheiros. Postura lastimável. A diretoria considera uma traição a postura de Michel Bastos. Há até quem defenda a rescisão de contrato. O que poderia tornar tudo ainda pior. Atrapalhar ainda mais o time na Libertadores, depois da desastrosa estreia. Já há uma grave crise política no clube. Guerra entre o conselheiro Abílio Diniz e o presidente Leco. De acordo com o empresário, o dirigente não permite que seja feita uma auditoria real no departamento de futebol. E que nada mudou em relação aos tempos de Aidar na presidência. O blog já havia denunciado que Leco faria de tudo para abafar os escândalos provocados pela passagem de Aidar. O que Abílio confirma por e-mail passado a conselheiros. A briga atingiu Milton Cruz, encostado, afastado do time. Por ser considerado um "espião" de Abílio Diniz. A situação dos bastidores do São Paulo é constrangedora.

Bauza, assim como o ex-treinador Juan Carlos Osorio, não esperava esse atraso na falta de pagamento aos jogadores. Esse é um erro gravíssimo. Conturba o ambiente. Ainda mais para um técnico recém-chegado. Tite contornou o problema no Corinthians por conhecer os intestinos do Parque São Jorge há anos. Lugano foi confirmado. Fará sua reestreia contra o Rio Claro, domingo no Pacaembu. Sua presença é a certeza que Michel Bastos perderá o status de capitão. A tarja deverá ficar no braço do uruguaio. O vazamento da greve do silêncio não aconteceu da forma que os atletas esperavam. Com uma fácil vitória diante dos bolivianos. Veio com a derrota. O que enfraqueceu o movimento. Aumentou a raiva dos dirigentes contra os autores da ideia. Michel Bastos e Ganso são apontados, por conselheiros, como os líderes do movimento.
A situação é muito complicada.

Para amenizá-la, o time só jogará na Libertadores no dia 10 de março.

Contra o River Plate em Buenos Aires.

Até lá, há os fracos adversários no Paulista.

Rio Claro, Novorizontino, Ponte Preta e São Bernardo.

Enquanto isso, o clube deverá pagar o que deve aos atletas.



Jogadores sem coragem de falar abertamente o que acontecia.

Não esperar que seus assessores deixassem vazar a notícia.

Greve do silêncio já é ridícula.

Mesmo de times vencedores.

De atletas que perdem para o Strongest, no Pacaembu, é ridícula.

E dirigentes incapazes de pagar salário em dia no São Paulo Futebol Clube?

Incompetentes é o adjetivo mais brando...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Bandidos desmoralizam o troféu do Campeonato Catarinense de 2015. Mais uma situação bizarra no país da impunidade. Alguém se lembra da roubada e derretida Jules Rimet?

Bandidos desmoralizam o troféu do Campeonato Catarinense de 2015. Mais uma situação bizarra no país da impunidade. Alguém se lembra da roubada e derretida Jules Rimet?




Os bandidos celebram mais uma vez a impunidade neste país. A incompetência da autoridades. E usam o futebol para a desmoralização. Desta vez em Santa Catarina. Vale a pena lembrar. No ano passado, o campeão estadual de 2015 só foi declarado depois de dois meses e meio da competição definida. No gramado, o Joinville foi campeão. Com direito a levantar o troféu, fazer a festa tradicional. Volta olímpica. Aliás, o troféu, era especial. Confeccionado em metal fundido, com tons de dourado e prateado, pela empresa Griims Gravação em Metal, de Joinville, o Troféu Hemmer 100 Anos mostrava com destaque o número 100. Poderia confundir torcedores mais inocentes. Pensariam que se tratava de cem anos do futebol catarinense. Mas na verdade era uma homenagem aos centenário da empresa Hemmer, que pagou pelo naming rights da fase decisiva do estadual. E o troféu teria repetia o estilo usado no Campeonato Alemão. A indústria de alimentos foi fundada pelo alemão Heinrich Hemmer. Daí a homenagem à Bundesliga. O troféu foi apresentado com orgulho. O presidente da Federação Catarinense, Delfim Pádua Peixoto Filho, e o diretor presidente da Hemmer e vice presidente da própria Federação Catarinense, Ericsson Luef, posaram para as fotos. "É uma obra de arte", comemorava Delfim, vice presidente da CBF. E o troféu fez mesmo sucesso. Os jogadores do Joinville o veneraram quando foram declarados campeões. Acontece que os advogados do Figueirense, até então vice, recorreram. Descobriram que o lateral direito André Krobel, que ficou no banco de reservas e não entrou na partida final, não tinha sua situação regularizada com o Figueirense. Com apenas 20 anos, não era ainda profissionalizado. Houve uma imensa e barulhenta disputa jurídica. Mesmo sem André ter jogado um minuto sequer, o pleno do STJD confirmou a irregularidade. E o título passou para o Figueirense. E também o troféu deveria sair da sede do Joinville onde estava exposto. Ir ao clube rival. Houve um clima de revolta não só no clube, mas na cidade de Joinville. O presidente Delfim anunciou em tom solene. "Vou entregar a taça ao Figueirense". Só que não haveria troféu para entregar.

A decisão aconteceu no final da tarde dia 15 de julho. Na madrugada do dia 16 de julho, a "obra de arte" sumiu da sede do Joinville. Apesar das 64 câmeras que vigiam o clube, nenhuma delas registrou um roubo até tosco. Alguém com um pé de cabra arrombou a sede do clube. Quebrou vidraças. Teve à disposição inúmeros bens para roubar. Mas escolheu justo o troféu. A Kronos, empresa de segurança paga pela prefeitura de Joinville para cuidar da arena, não conseguiu registrar sequer um vulto. Nem a Vejoaovivo, responsável pelas câmeras do estacionamento, nada registrou. Fantasmas, Homem Invisível, Mister M, Madrake. Eles eram os principais suspeitos. Depois que ficou constatado que havia dinheiro e computadores à disposição, e não foram tocados, Robin Hood se tornou o criminoso mais provável. O sumiço do troféu foi uma desmoralização. Não só para o futebol de Santa Catarina. Mas para o poder público. Porque policiais investigaram a sério a Toca do Coelho e não acharam nada. Nem um indício sequer de quem praticou o roubo. O caso foi arquivado. A Federação ficou de fazer outro troféu e entregar ao Figueirense. Só que pela Internet o troféu reapareceu.

E, de forma desmoralizante. Tudo indica que o ladrão não é tão romântico quanto Mister M ou o saudoso Mandrake. Em uma singela foto, a "obra de arte" reapareceu. Mas sobre o troféu, um revólver. Ou seja, bandidos fazendo propaganda de sua façanha. O disco está riscado, desgastado. Tudo indica que seja o verdadeiro. Não era essa imagem que a Hemmer gostaria de ver divulgada pelo país. Nem a Federação Catarinense. Nem a polícia de Joinville. Mas a realidade é essa. Joinville e Figueirense duelaram nos tribunais pelo troféu. Quem ganhou foram os bandidos. Qualquer lembrança da roubada e derretida Jules Rimet, na sede da CBF? Não é mera coincidência.

O país é o mesmo...






Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Depois do vexame contra o Strongest, Bauza pressionado. Conselheiros e torcedores exigem que Michel Bastos não seja mais capitão do São Paulo. E que Centurión volte à reserva...

Depois do vexame contra o Strongest, Bauza pressionado. Conselheiros e torcedores exigem que Michel Bastos não seja mais capitão do São Paulo. E que Centurión volte à reserva...



Após o vexame contra o Strongest, conselheiros do São Paulo já iniciaram duas campanhas ferrenhas. Querem que Michel Bastos deixe de ser capitão do time. Antes de Lugano assumir a faixa, eles exigem que fique com Rodrigo Caio. Outra reivindicação. Centurión volte a ser reserva. E Calleri titular. Ao lado de Alan Kardec. Membros da própria diretoria também pensam da mesma maneira. A pressão já chegou ao presidente Leco. A derrota contra os bolivianos, em pleno Pacaembu, pode custar caro. Até mesmo a desclassificação para a sequência da Libertadores. E mesmo com pouco tempo de Morumbi, Bauza já percebeu que comprou uma briga inglória. Após a derrota, no Pacaembu, alguns membros das organizadas "caçavam" Michel Bastos. Por sorte, ele ficou fazendo exames antidoping. E demorou para sair do estádio. Quando estava indo para o estacionamento, tinha seguranças ao seu lado. Michel Bastos ficou marcado pelos torcedores. Não só por sua falta de garra, falta de vibração. Mas por ter exposto o clube no ano passado. "Todos falavam que o São Paulo não atrasava", ironizou, quando seus direitos de imagem estava atrasado. Conselheiros vão pelo caminho da omissão. Egocêntrico, ele só pensa nele. Não se preocupa com os companheiros.

Além disso, mandou os são paulinos "calarem a boca" quando marcou um gol contra o Sport em outubro, no Morumbi. Depois, pressionado pela direção do clube, pediu desculpas. E Bauza só teria dado a tarja de capitão pela carreira internacional de Bastos. Por ter atuado na Holanda, França, Itália. Ter disputado a Copa de 2010. Acreditou que teria respeitabilidade. Entre jogadores, dirigentes e torcedores. Lugano é o caminho ideal para a faixa de capitão. Até Bauza já concordou. Mas enquanto isso, a cobrança é que Rodrigo Caio a use. O jovem zagueiro, prata da casa, é muito mais participativo, sua entrega em campo impressiona. Bem diferente da atitude conformista de Michel Bastos. Perder a capitania pode ser o primeiro passo. E o jogador de 32 anos perder a posição no time. A outra questão é técnica. A presença de Centurion no time titular. O treinador quis apostar em um atleta que já foi apontado como grande revelação do futebol de seu país. Centurión saiu do Racing para o Genoa. Não se firmou no pequeno time italiano, o que já poderia ser um indício. Mesmo assim, o ex-treinador Muricy Ramalho deu seu aval. Como o clube passava por dificuldades financeiras, o empresário Vinicius Pinotti deu do próprio bolso nada menos do que 4,2 milhões de dólares, R$ 12 milhões, em janeiro de 2015. E o São Paulo ficou com 70% de seus direitos. O argentino assinou contrato por quatro anos.

Além da timidez, teve a péssima notícia que sua namorada estava com câncer. Deprimido, seu futebol caiu. Jogadores, dirigentes e treinadores tentaram lhe ajudar. Bauza soube da situação e assumiu uma postura paternal. Garantiu que começaria o ano como seu titular. Daria todo o apoio. Só que o futebol do atacante só regride. Piora a cada partida. Virou uma situação onde o protecionismo não se justifica.

Ele tentou se justificar no Instagram. E foi massacrado pelos torcedores do próprio São Paulo. Se tornou injusto com o elenco. O ataque pode ser formado por Alan Kardec centralizado e Calleri aberto pelos lados do campo, como gosta de jogar. Ou então, Rogério merece mais ser titular do que Centurión. A torcida também se cansou do fraco do seu fraco futebol. E começou a vaiá-lo, xingá-lo, ameaçá-lo. A situação está insustentável. E tem reflexos no elenco. Bauza é conhecido na Argentina por sua teimosia. Ficar ao lado dos jogadores em todas as situações. Mas os casos de Michel Bastos e Centurion romperam os limites. A cobrança interna imensa. E o técnico terá de agir...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

A estreia do Corinthians na Libertadores não poderia ser melhor. Venceu o Cobresal no Chile. E Tite ainda agradou seus reservas. Nos próximos jogos, os caros contratados assumirão seus lugares no time...

A estreia do Corinthians na Libertadores não poderia ser melhor. Venceu o Cobresal no Chile. E Tite ainda agradou seus reservas. Nos próximos jogos, os caros contratados assumirão seus lugares no time...




A sorte premiou a psicologia de Tite. O treinador sabia que iria sofrer no deserto chileno, em El Salvador. Enfrentando o ar rarefeito, a altitude de 2.300 metros. E o entusiasmo dos adversários do Cobresal, time marcado para acabar. Foi um sufoco. Mas um gol contra do zagueiro Escalona, aos 45 minutos do segundo tempo, assegurou a importante vitória no início da caminhada na Libertadores. "O jogo tecnicamente foi abaixo daquilo do que eu imaginava. Dos jogos que eu vi, o Cobresal tem uma melhor qualidade técnica, e nós também. O primeiro tempo não teve o nível que eu imaginava. Devemos levar em consideração uma série de aspectos. O Cobresal faz na sua casa uma marcação leal, porém, agressiva, para haver um desgaste do adversário e uma dificuldade numa troca de passes que é característica da nossa equipe." Na expressão "série de aspectos", se encaixa o golpe psicológico de Tite. O treinador sabia que o mais difícil na partida de ontem era o desgaste da viagem até o deserto de Atacama, na Cordilheira dos Andes. Enfrentar os 2.300 metros de altitude. Pelos vídeos que assistiu do Cobresal sabia que poderia colocar em prática seu plano. O técnico queria manter a fidelidade dos jogadores que restaram do desmanche. E não escalou como titular nenhum dos novos contratados. Era um passo calculado. O adversário não assustava. E, se desse errado, seria apenas a primeira partida da fase de grupos da Libertadores. Com os reforços, haveria como o time se recuperar. Os atletas que perderão seu lugar no time, como Danilo, Romero Rodriguinho e Lucca se sentiram valorizados. Atitude inteligente do treinador para unir o grupo para a Libertadores. Dentro do campo, Tite e Dalcio Giovagnoli pensaram a mesma coisa. Foram espelhos táticos. Ambos apelaram para a segurança. E atuaram nitidamente no 4-1-4-1. A marcação chilena era mais avançada. Procurava travar a saída de bola do Corinthians. Sufocar Fagner e Uendel. Faltava ao Cobresal talento nos seus meias e atacantes. O sistema de marcação corintiano era entrosado e eficiente. O problema foi mesmo o ataque. Danilo, como falso centroavante, não tinha espaço para jogar. Nem arranque, velocidade. E Romero se mostrava tímido, aceitando a marcação. Apenas Lucca mostrava ao menos confiança. Rapidez de raciocínio. Tite também não contava com a agilidade normal de Elias. Ele foi dúvida até o jogo começar. Reclamava de dores na coxa esquerda. Jogou. Mas não conseguiu ter uma atuação normal. O Corinthians é muito dependente do volante para manter seu ritmo. O acanhado El Cobre ficou 16 minutos escuro, graças a uma falha no sistema de iluminação. Aliás, muitos dos estádios que a Conmebol aprova para a disputa da Libertadores são vergonhosos. Só 3.617 pessoas pagaram para ver a partida.

A paralisação deixou ainda mais tenso o jogo. Faltou emoção. Sobraram divididas e briga nas intermediárias. Os goleiros praticamente só trabalhavam em cruzamentos inócuos. O Cobresal tentava se aproveitar da altitude. Seus jogadores chutavam de fora da área para tentar surpreender Cássio. O ar rarefeito acelera a trajetória da bola. Mas faltava pontaria aos chilenos. O Corinthians tinha sérios problemas de criação. A marcação forte atrapalhava. Menos do que a ausência de inspiração dos seus jogadores. A melhor chance que o time paulista teve na primeira etapa foi com Lucca. Ele bateu falta e quase surpreende o goleiro Cuerdo. No intervalo, Tite foi obrigado a tirar Romero. Sua atuação comprometia o restante da equipe. Era como se o Corinthians tivesse dez em campo. Giovanni Augusto entrou. Com a missão de ajudar na coordenação do meio de campo. E prender um pouco mais a bola. Os chilenos perceberam que o adversário não era tão forte assim. E passaram a marcar forte, pressionar a saída de bola brasileira. Obrigavam a zaga a dar chutões para a frente. Mas a maior posse de bola do Cobresal se mostrava improdutiva. Não levava a nada. Danilo não aguentava mais flutuar à toa à frente da zaga chilena. Tite se cansou do sacrifício inútil. O trocou por André. A partida seguiu brigada, feia. Yago quase muda o rumo do jogo, acertando forte cabeçada na trave de Cuerdo, aos 21 minutos. O sacrifício de Elias vai até aos 34 minutos, quando finalmente sai. Willians entrou no seu lugar. Estava claro que para Tite, o empate estava ótimo. Só que a sorte iria ajudar o Corinthians. Aos 45 minutos, a firme zaga do Cobresal vacilou. E Lucca invadiu a área pela direita. Quis cruzar para o meio da área. Foi quando Escalona tentou o corte. Mas mandou para suas redes. Clássico gol contra. Corinthians 1 a 0. Presente dos deuses para Tite.

Injusto para o Cobrasal, equipe que irá terminar nos próximos anos. O time só existe por conta do cobre da região de El Salvador. Ele se tornou escasso e perdeu seu valor. A cidade artificial deverá acabar. Assim como o clube. O Corinthians não tem nada a ver com isso. Apenas quer seguir seu caminho na Libertadores. E conseguiu importantes três pontos na estreia. Com Tite valorizando seus reservas. A próxima partida será contra o Santa Fé, em Itaquera. Até o dia 2 de março, muita coisa mudará. Como os reservas virarem reservas. E os contratados assumirem os lugares que são seus. Na Libertadores não há lugar para agrados a jogadores. Ainda mais para um clube com pretensão de ser campeão novamente. Tite já deu sua colaboração ontem...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

São Paulo merece vexame histórico diante do boliviano Strongest. Complica sua vida na Libertadores. E torcedores trocam apoio no Pacaembu por palavrões e ameaças a Centurion e ao capitão Michel Bastos...

São Paulo merece vexame histórico diante do boliviano Strongest. Complica sua vida na Libertadores. E torcedores trocam apoio no Pacaembu por palavrões e ameaças a Centurion e ao capitão Michel Bastos...




Foi um desastre. O fraquíssimo futebol do São Paulo conseguiu transformar o apoio integral da torcida em raiva, vaias, palavrões. A inesperada derrota para o Strongest da Bolívia, em pleno Pacaembu, revoltou os são paulinos. A ponto de um grupo de torcedores, ligados à Independente, cercar o ônibus dos jogadores. Xingaram, lembraram da apatia na goleada por 6 a 1 para o Corinthians. E ameaçaram o novo capitão do time, Michel Bastos. Mais xingado do que ele, só Centurion. O ídolo Lugano, que ainda se prepara fisicamente para reestrear, resumiu o que a diretoria, jogadores e o próprio técnico Bauza pensavam antes do confronto. "Era obrigatório vencer o Strongest. Se você começa uma fase de grupo perdendo em casa contra um rival direto, obviamente que fica complicado. Temos cinco jogos e temos de ganhar quase todos. Essa é a realidade, mas também não é impossível. "É o momento de todo mundo aparecer, se unir. São dois resultados ruins, dois jogos decisivos, todo mundo tem de manter tranquilidade. E reagir." Lugano deixava claro que a derrota para o Corinthians no domingo ainda incomodava o grupo. E que seus companheiros queria vencer o The Strongest também tentando apagar o que aconteceu em Itaquera. Como não conseguiram e, perderam novamente, só mostraram entrosamento após a derrota sacramentada. Os jogadores não derem entrevistas. Quem tentava explicar aos repórteres os motivos do fracasso, era puxado aos vestiários por um companheiro. Mas eles não puderam fazer o mesmo com Bauza. Talvez se pudessem, seria melhor. Não saberiam que o treinador resumiu sem piedade o que aconteceu. No seu ponto de vista, o time não teve qualidade. "O time hoje não fez uma boa partida. Não teve qualidade para, nos últimos 20 metros do campo, tomar boas decisões. Teve a bola 75 minutos, mas criou poucas chances de gol. Aí esteve o nosso maior erro: a falta de qualidade para finalizar a jogada que começamos."

Bauza estava desconfortável. Ele mesmo havia declarado que exigia os nove pontos que o São Paulo disputaria dentro de casa. Seriam obrigatórios nesta fase de grupos da Libertadores. Com a derrota de ontem, o time só poderá chegar a seis. Precisa se recuperar ganhando nos 3.600 metros de La Paz, ou em Buenos Aires, diante do River Plate. Ou ainda contra o Trujillanos, na Venezuela. O medo do treinador argentino é o The Strongest fazer valer sua altitude e o River Plate, campeão da Libertadores de 2015, seu melhor time. "Esse resultado complica muito para a classificação. Estamos muito tristes, mas vamos seguir acreditando na classificação. O primeiro objetivo é se classificar. Perdemos três pontos importantes, mas seguiremos a lutar." Bauza não está isento de culpa neste incrível vexame do São Paulo. O Strongest não vencia uma partida da Libertadores fora de casa há 32 anos. E fizeram uma festa emocionante no Pacaembu, com o time ajoelhado, agradecendo aos céus o resultado. Estava claro que os próprios bolivianos acreditavam que perderiam o jogo. Mas o São Paulo fez por onde passar vergonha. Apesar de atuar em casa e diante de um adversário retrancado, Bauza manteve seu esquema 4-5-1. Os bolivianos de Mauricio Soria atuavam no 3-5-2. Tornavam inútil o lento Alan Kardec. E, com um preparo físico invejável, se compactavam. Impediam que Ganso respirasse. E também travaram a saída de bola de Thiago Mendes e Hudson. Cortada a artéria principal, a bola não chegava com qualidade à frente. Michel Bastos era bem marcado e omisso. Centurion, não. O argentino tinha liberdade pelo lado direito. Mas seu principal marcador era sua afobação. Falta de talento mínimo para definir as jogadas mais simples. A insistência de Bauza com o atacante foi um erro gravíssimo. Assim como deixar Calleri no banco. A desculpa que estava desgastado se mostraria frágil. Já que ele entraria no desespero, no segundo tempo. Lucão foi a boa surpresa. Mesmo pressionado pelos erros gravíssimos contra o Corinthians, o jovem zagueiro teve personalidade. E foi firme. Sem mostrar a indecisão de Itaquera. Não foi motivo de preocupação. O São Paulo foi engolido pela marcação boliviana. Que não ficou restringida à sua intermediária. A ordem era travar os brasileiros ainda na sua intermediária. O esforço físico foi admirável. Ao contrário do que falou Bauza, faltou ao seu time talento, iniciativa na armação das jogadas. Triangulações pelas laterais não existiram. Bruno e Mena não deram o desafogo que o time tanto precisava. Logo no primeiro tempo, Ramallo acertou a trave de Denis. O que trouxe enorme susto à torcida. A única grande chance do São Paulo foi uma cabeçada de Lucão, que Vaca defendeu. Muito pouco para quem se colocou a obrigação da vitória.

No intervalo, Bauza trocou Hudson por Calleri. E fez o São Paulo adiantar suas peças, para o 4-1-3-2. O time esboçava uma melhora. Só que foi quando o The Strongest marcou seu gol. Após raro escanteio, a bola sobrou para Chumacero, às costas de Mena. Ele cruzou para Afonso, livre, cabecear para o fundo do gol são paulino. O gol aos 17 minutos acabou com os nervos dos jogadores brasileiros e com a paciência da torcida. O ambiente ficou caótico. O São Paulo nervoso, raivoso, afobado. Só aos 22 minutos, Bauza tirou Centurion, o pior disparado em campo. Ele está prova a cada jogo que não adianta o apoio do seu treinador compatriota. Não merece ser titular do time. Logo Kardec foi trocado por Kieza. Os bolivianos faziam de tudo para tentar segurar a inesperada vitória. Passaram a atuar no 4-6-0. Ninguém fixo no ataque. O importante era travar o São Paulo. Estava dando certo. Diante da equipe presa na teia tática do The Strongest, a torcida passou a cantar contra seus atletas. "Estou cansado de time amarelão." "Quanta saudade, quando o time jogava com vontade." E pedia. "Mais respeito com a camisa tricolor." Kieza teve uma chance de alterar o clima, acabar com a pressão. Recebeu ótimo passe, na melhor jogada de Bruno no jogo. E, sozinho, diante de Vaca, o atacante teve a coragem de chutar para fora.

O lance ficou na memória de quem viu o jogo. E Bauza o usa, sem citar, como desculpa. A tal "falta de qualidade na hora de definir". Mas esse foi apenas só um ingrediente. O time todo foi muito mal. Suas substituições não surtiram efeito. O São Paulo lutou mas não produziu. Mereceu perder. Passar pelo vexame histórico. E complicar sua vida na Libertadores. Logo no jogo que seria mais fácil. Aquele que a equipe não poderia nem empatar. Mas perdeu, com toda a justiça. E agora terá de juntar os cacos para tentar sobreviver. Sem união, será impossível...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Enquanto WTorre e AEG assumem o rompimento, o São Paulo age. E articula para tomar a parceira do Palmeiras. Show dos Rolling Stones foi o primeiro passo. Acordo está encaminhado...

Enquanto WTorre e AEG assumem o rompimento, o São Paulo age. E articula para tomar a parceira do Palmeiras. Show dos Rolling Stones foi o primeiro passo. Acordo está encaminhado...




O indício foi indecente, enorme. E a diretoria do Palmeiras ficou atônita, não entendeu. Os dois shows mais aguardados, e lucrativos, de 2016 não seriam realizados na novíssima arena da Água Branca. Os Rolling Stones confirmavam no seu site que tocariam nos dias 24 e 27 de fevereiro no Morumbi, estádio que o próprio ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, taxava como ultrapassado. Os Rolling Stones são a principal atração da AEG, Anschutz Entertainment Group. A maior empresa de entretenimento do planeta. Além de ter os grandes ídolos pop como Beyoncé, U2, Madonna, Coldplay sob contrato, ela também descobriu enorme fonte de renda. As arenas. Tem as suas, como a Manchester Arena, na Inglaterra. Ou a Los Angeles Galaxy, nos Estados Unidos. Ou a 02 em Berlim. E ainda fez parcerias com estádios na Turquia e outros nos Estados Unidos e Europa. Desembarcou no Brasil com a parceria com WTorre. Assegurava que traria os melhores shows do planeta para o gramado do Palmeiras. Foi assim que Paul McCartney, Rod Stweart, Katy Perry, Muse tocaram no estádio. E ainda estão programados Coldplay, Iron Maiden, Maroon 5 e Andrea Bocelli. A previsão era que o Palmeiras teria pelo menos 12 shows de primeira grandeza no seu estádio. Com público liberado para 60 mil pessoas. Esse total é a soma das pessoas que acompanham em pé com as arquibancadas, os lucrativos camarotes.

O acordo entre a WTorre e AEG foi assinado em 2011. A empresa ficou de trazer artistas, promover festivais e ainda atrair patrocinadores. O grosso do faturamento nos ingressos ficaria com a promotora. O Palmeiras ficaria com 20% do aluguel do estádio. Essa porcentagem aumentará 5% a cada cinco anos. Só que a recessão no Brasil e a desvalorização sangrenta do real acabaram com os sonhos. E a troca de acusação é mútua. A AEG diz que a WTorre não estaria pagando em dia taxas de administração, patrocínio e reembolso. Entrou com uma ação cobrando R$ 5,1 milhões. A WTorre alega que a AEG não estaria trazendo patrocinadores para bancar festivais e shows no estádio do Palmeiras. Oportunista, o departamento de marketing do São Paulo soube dessa crise. E ofereceu o Morumbi para os shows do Rolling Stones. Ofereceu melhores condições financeiras que a WTorre. O articulador dessa negociação foi o empresário Vinicius Pinotti. Ele foi quem deu o dinheiro para a contratação do argentino Centurion. Como prêmio, o então presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, o nomeou diretor adjunto. Aidar teve de renunciar diante das denúncias do vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro. Seu vice de marketing, Douglas Schwartzmann, também. José Francisco Cimino Manssur assumiu o seu lugar, acumulando marketing e comunicações. Vinicius ganhou o cargo de diretor de marketing. E é quem efetivamente conduz a pasta no clube. E faz parte de suas prioridades não só atrair os shows da AEG para o Morumbi. Mas aproveitar o rompimento com a WTorre e firmar uma parceria entre o São Paulo e a multinacional. No dia seguinte do anúncio no site dos Rolling Stones, Vinicius comemorava no seu twitter.

Diretores do São Paulo brincam. Dizem que, se Pinotti conseguir essa parceria com a AEG, estará perdoado. Absolvido por fazer Centurion vestir a camisa tricolor. O contato direto entre clube e a empresa é mais lucrativo para os dois lados. Cada um dos shows dos Rolling Stones deverá dar R$ 1,5 milhão ao clube. A AEG também quer a parceria. Mas sem a obrigação de buscar patrocinadores, fazer festivais. Se conseguir, ótimo. Mas não quer a necessidade de arrumar. Por conta da crise e da valorização do dólar frente ao real. Já há a parceria entre AEG e São Paulo. De forma extraoficial. Só se tornará oficial, quando não houver qualquer ligação entre a empresa e a WTorre. No momento, há várias pendências. Quem acaba sendo prejudicado com essa briga é o Palmeiras. Pouco importa ter a arena mais moderna para shows do país. E nem ser a melhor localizada de São Paulo.

A AEG é a mais poderosa neste ramo no planeta. O estádio do Palmeiras perde relevância internacional. Prestígio. E o clube perde dinheiro. Mas Paulo Nobre não pode fazer absolutamente nada. Talvez comprar dois ingressos do show dos Rolling Stones. E ir, com Marcelo Oliveira, cantar Satisfaction...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli