quinta-feira, 12 de março de 2015

Primeiro foi Pato. Depois, a renovação de Sheik. Vagner Love. E agora a tentativa por Bernard. Guerrero cansou de esperar. Sente que o Corinthians tem dinheiro para outros. Menos para ele...

Primeiro foi Pato. Depois, a renovação de Sheik. Vagner Love. E agora a tentativa por Bernard. Guerrero cansou de esperar. Sente que o Corinthians tem dinheiro para outros. Menos para ele...




Guerrero fica cada dia mais arredio no Corinthians. Antes era Alexandre Pato e seu salário de R$ 800 mil e mais R$ 40 mil de auxílio-moradia. Depois, Emerson Sheik e seus R$ 520 mil mensais. Aí chegou Vagner Love, R$ 500 mil a cada 30 dias. Agora o clube cogita bancar metade do salário de R$ 950 mil de Bernard, R$ 425 mil. Tudo isso acontece enquanto o peruano ganha R$ 360 mil. E quer renovar seu contrato por mais três anos. Mas seguindo a sua pedida: US$ 7 milhões de luvas e mais R$ 520 mil mensais. Se ele até estava disposto a conversar sobre redução de valores, agora não quer nem pensar na possibilidade. A desculpa que falta dinheiro nos cofres do Parque São Jorge não o convence. Pouco importa ao atacante se houve uma desvalorização do real. Acredita não ser problema seu se a luva exigida agora valha R$ 21,8 milhões. Em janeiro, não passava dos R$ 18 milhões. Paolo Guerrero acreditava que o grande inimigo de sua renovação era o ex-presidente Mario Gobbi. Repetia a conselheiros e jornalistas acreditar ser absurdo gastar tanto dinheiro com um só jogador. Mas o atacante lembrava que o Corinthians havia gasto R$ 43 milhões na contratação e mais R$ 800 mil em salários, além de R$ 40 mil de auxílio moradia a Alexandre Pato. O atacante emprestado ao São Paulo fracassou no clube, enquanto ele fez os gols da semifinal e decisão do Mundial de 2012.

Só que já descobriu que o recém-eleito Roberto de Andrade mudou seu discurso. Como candidato se mostrava completamente disposto à renovação do compromisso. Só que, de uma hora para outra, as declarações mudaram. Há uma aberta pressão para que o atacante abaixe, e muito, suas pretensões. Roberto sofre a influência do seu mentor: Andrés Sanchez. Embora tenha sido eleito deputado federal, ele continua definindo as principais questões no Corinthians. E Guerrero é uma delas. Para ele, a situação é simples. O jogador precisa reduzir drasticamente o valor de suas luvas. Reduzi-las quase pela metade. O clube até aceitaria pagar US$ 4 milhões, cerca de R$ 12 milhões. Outra saída estudada por Andrés é oferecer um acordo menor. Em vez de três anos, apenas dois. Só que o atacante não é nada bobo. Ele já tem 31 anos. Não é vantagem para ele sair do Corinthians com 33 anos para procurar clube. Seus planos seriam ficar no Brasil até os 34 anos e depois encerrar sua carreira no Peru, no Allianza Lima. A postura irritadiça de Guerrero já chegou nos ouvidos de Roberto de Andrade. O presidente corintiano adota a estratégia usada quando trouxe Vagner Love. Divulgar pela imprensa que, se Bernard chegar, será um negócio de ocasião. Com o Shakthar bancando mais da metade do salário e nada cobrando pelo empréstimo. A situação pode ser apressada por causa do vexame que o time ucraniano passou ontem diante do Bayern de Munique. A derrota por 7 a 0 deve provocar uma reformulação no elenco. Jogadores que não estão sendo utilizados como Bernard, deverão ser negociados. O Corinthians largou na frente no pedido de empréstimo. O empresário Giuliano Bertolucci está à frente da transação. O Atlético Mineiro é rival, deseja o retorno de seu meia.

Após a vitória magra por 1 a 0 ontem contra o São Bernardo, Tite pressionou publicamente a diretoria. Disse que precisa de um meia. Cobrou a saída de Lodeiro. A atitude do treinador corintiano não foi aleatória, sem propósito. Muito pelo contrário. Ele não assume, mas está fascinado com a possibilidade de ter Bernard. Acredita que possa recuperar o meia e fazê-lo jogar como em 2013, quando foi peça fundamental na conquista da Libertadores pelo Atlético Mineiro. Acompanhando tudo isso estão Guerrero e seus empresários. O narcisista peruano de uma hora para outra sente que deixou de ser prioridade no Parque São Jorge. Sua vontade de voltar para a Europa continua firme, como demonstrou no começo do ano à uma rádio espanhola. O problema nas últimas janelas é que seus direitos pertenciam ao Corinthians. A partir de julho, ele estará livre. Desde janeiro, o peruano já pode assinar um pré-contrato com outra equipe. Mas não houve uma proposta efetiva. Muito menos oferecendo os 7 milhões de dólares que exige como luvas. Por isso, Guerrero espera. Dá tempo ao tempo. E convicto que há dinheiro para que permaneça no Corinthians. Tem Alexandre Pato, Sheik, Vagner Love e agora Bernard como argumentos. Enquanto isso, do outro lado, Andrés Sanchez insiste. Nem pensar em pagar R$ 21,8 milhões a um só jogador. Seja ele Guerrero ou quem for. Não com as dívidas com o Itaquerão atormentando o clube. Ultrapassando o bilhão de reais. A guerra continuará silenciosa. Guerrero não aceita falar diretamente sobre o tema. Se cansou. Vai buscar aproveitar o máximo as chances de valorização. Ainda mais na Libertadores, já que está livre dos jogos de suspensão. É presença garantida contra o Danubio, na próxima terça-feira, no Uruguai. Paolo acredita que, já que o Corinthians não o valoriza, a sua missão é marcar gols. Despertar a atenção dos clubes europeus, principalmente os alemães, e pensar no futuro. Cansou de esperar. Ainda mais agora com a chance de Bernard desembarcar no Parque São Jorge. A sua análise é simples: há dinheiro. Apenas o homem que manda em tudo, Andrés, só não aceita pagar o que pede para continuar no Corinthians. Por isso sua irritação. E decepção com Roberto de Andrade. Cada vez mais, Guerrero pensa em sua vida longe do clube que ajudou a ser campeão do mundo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Mar 2015 05:54:49

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