domingo, 5 de abril de 2015

O cansado Corinthians e o esforçado Santos empataram no Itaquerão, 1 a 1. Mas a notícia mais importante foi a proximidade de renovação de Guerrero. Falta pouco para o que todos os corintianos querem...

O cansado Corinthians e o esforçado Santos empataram no Itaquerão, 1 a 1. Mas a notícia mais importante foi a proximidade de renovação de Guerrero. Falta pouco para o que todos os corintianos querem...




A melhor notícia no Itaquerão não foi o empate entre 1 a 1 entre Corinthians e Santos. A 30ª partida invicta do time de Tite nos seus domínios. E muito menos a coragem da equipe de Marcelo Fernandes, que se impôs no segundo tempo. A grande novidade foi a proximidade entre Guerreiro e diretoria. A renovação de seu contrato está muito próxima. Dirigentes garantem que ela deve acontecer na próxima semana. O dinheiro viria de patrocinadores do calção e da omoplata. Há até quem diga que o naming rights, com atraso de três anos, pode acontecer. Acabar a incrível série de invencibilidade de 29 jogos do Corinthians no Itaquerão. Ganhar respeito da torcida, da mídia e da própria diretoria que o vê como um interino. Essa a missão que se impôs Marcelo Fernandes. Aliás, esse seria o maior atrativo no clássico entre o time de Tite e o Santos. Do lado prático, os dois já estão classificados para a fase decisiva do Campeonato Paulista, como era mais do que previsível. Nesta interminável, previsível e monótona fase de classificação do estadual de São Paulo fica difícil promover qualquer partida. Por isso o fracasso de público e audiência. Mas nos clássicos sempre se impõe. Principalmente entre os dirigentes. Daí os dois times entrarem com seus titulares. Marcelo Fernandes não tem nem um mês como técnico do Santos. E precisa de apoio. Há muita gente ainda na Vila Belmiro inconformada por ver o time nas mãos de um novato. Sem grandes arroubos, seu maior trunfo é ter o apoio irrestrito dos jogadores. Sua campanha é instável. Vitórias contra o Botafogo, Palmeiras, Marília, Audax. Perdeu para a Ponte. E empatou, em casa, com o São Bento. Essa partida de hoje, diante do time que está jogando melhor futebol no país seria importantíssima para o técnico novato. Tanto que estudou com todo o cuidado uma maneira de travar o Corinthians. Chegou à óbvia conclusão que precisava travar o meio de campo. Espelhar o esquema 4-1-4-1 de Tite. Para superpovoar o meio de campo, não teve dúvidas. Tirou o ágil, rápido e ofensivo Geovânio. Colocou no seu lugar, o veterano Elano. A ordem era marcar muito forte na intermediária e buscar contragolpes em velocidade com Robinho e Ricardo Oliveira. O problemas é que os dois veteranos não são tão mais rápidos como um dia já foram. O Santos não dava espaço para as triangulações pelas laterais, Valencia vigiava os passos de Renato Augusto e Victor Ferraz os de Sheik. Elias também não tinha como ser elemento surpresa. O rodado Renato não o deixava respirar. Mas o grande trunfo santista estava na falta de intensidade corintiana. Os jogadores atuais estão longe se ser burros. Sabem muito bem a importância de cada torneio e em suas respectivas fases. Os corintianos sabiam que não havia a necessidade de se desdobrar como cansam de fazer na Libertadores. A dedicação e espantoso volume de jogo dos comandados de Tite transformou o grupo da Morte em um mero passeio à beira do lago. Os 32 mil e quinhentos torcedores no Itaquerão estranhavam. Estava claro que o Corinthians desejava vencer a partida. Mas não iria se desgastar mais do que o necessário. O plano tático de Tite era exatamente o que está dando mais do certo na Libertadores. Mas faltava algo essencial: vontade, gana, sede de vitória. A falta de importância do Campeonato Paulista contagiou o time. A marcação santista era boa. Mas não intransponível. Tivesse mais espírito de competição, o Corinthians seria outro. Mesmos desinteressados, os corintianos dominaram como quiseram o primeiro tempo da competição. Encurralaram o Santos. Tanto que colocaram, com certeza, Vladimir em todos os noticiários esportivos de amanhã. Aos 20 minutos, Renato Augusto acertou a trave, na sobra, Guerrero cabeceou o goleiro fez excepcional defesa, a bola foi no travessão e na sobra, o próprio peruano chutou e Vladimir conseguiu espalmar. Lance maravilhoso.

Guerrero teve ainda duas excelentes chances, mas as desperdiçou. Só faltava o gol para fazer justiça. E ele veio. Graças ao trabalho incessante de Tite nas bolas paradas. Jadson levantou na cabeça de Felipe. O zagueiro corintiano contou com a colaboração de David Brás, que perdeu o tempo de bola, de maneira infantil. Corinthians 1 a 0 aos 42 minutos. Se não fosse por Vladimir que ainda fez outras ótimas defesas, o Santos iria para o intervalo perdendo de 2 ou 3 a 0. No segundo tempo, o desgaste da Libertadores. Toda a energia gasta na goleada contra o Danubio veio à tona. Ainda mais porque o Santos ficou descansando. Uma semana toda se preparando para este jogo. Tite recuou a equipe, queria o Santos mais aberto, atacando. Deu espaço de propósito nas intermediárias. Mas acontece que seus jogadores não chegavam inteiros nas jogadas. Os santistas ganhavam no melhor preparo físico. Superavam a melhor qualidade do rival que atuava em casa. Aos sete minutos, o veterano Elano mostrou porque estava em campo. Bateu uma falta muito bem. A bola lambeu a trave de Cássio que ficou apenas rezando para que ela não entrasse. Só que Elano era apenas isso. Um cobrador de faltas e escanteios. Não conseguia acompanhar o ritmo de jogo. Marcelo Fernandes fez muito bem em trocá-lo por Geovânio. A mexida deu um ânimo a mais aos santistas. A marcação corintiana já afrouxava e as chances de gol mudaram de lado. E elas se concretizaram aos 13 minutos. A jogada foi muito bonita e treinada. Em troca de bola veloz, Robinho descobriu Chiquinho. Da linha de fundo, veio o cruzamento perfeito para Ricardo Oliveira. Ele se aproveitou de desatenção do miolo de zaga. A cabeçada foi indefensável para Cássio: 1 a 1.

Com o empate, os dois times perderam o ímpeto. Sabiam que o resultado agradava a todos. Afinal, os clubes fazem as melhores campanhas desta fase de classificação. O Corinthians, a melhor e o Santos, a segunda melhor. Os treinadores trataram de fechar suas intermediárias e garantir o satisfatório ponto, que não significa quase nada. Mas não perder para um rival, sim. Foi muito bom para os fatigados corintianos e excelente para o novato Marcelo Fernandes. Quanto a Guerrero, houve um encontro entre os procuradores do jogador e a direção corintiana neste final de semana. De acordo com conselheiros influentes, teria acontecido uma redução na pedida das luvas. Elas não seriam mais de 7 milhões de dólares, R$ 21 milhões. Estaria em 6 milhões de dólares, cerca de R$ 18 milhões. Quanto ao salário, ele seria de R$ 520 mil. O prazo da renovação, três anos. Os dirigentes corintianos só estariam fechar os patrocinadores do calção e da omoplata do uniforme. E todo o dinheiro iria para o peruano. Além de uma parte do naming rights, que estariam encaminhados. A renovação estaria muito mais próxima do que jamais esteve...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Apr 2015 17:59:48

Nenhum comentário:

Postar um comentário