sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Diante da vingança de R$ 75 milhões do 'pobre' Leandro Damião, diretoria do Santos entra em desespero. Sem saída, o presidente Modesto Roma Júnior pede bênção de frei...

Diante da vingança de R$ 75 milhões do 'pobre' Leandro Damião, diretoria do Santos entra em desespero. Sem saída, o presidente Modesto Roma Júnior pede bênção de frei...




"Leandro Damião da Silva dos Santos, brasileiro, casado, declaro sob as penas da lei e para que produza seus jurídicos e legais efeitos, atendendo ao disposto na lei número 7.115 de 29/09/1983, especialmente para obter os benefícios da Gratuidade da Justiça, pelo que dispõe a Lei número 1.060 de 05/02/1950, que não disponho de rendimento suficiente para pagar as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio e da minha família, visto que não venho recebendo salários, sendo, desta forma, considerado pobre, na acepção jurídica do termo. Por ser essa a expressão da verdade, firmo a presente. Santos, 9 de janeiro de 2015. Leandro Damião da Silva dos Santos" Este é o trecho mais interessante do processo que Leandro Damião move contra o Santos Futebol Clube. Seus advogados resolveram que ele assumisse "ser pobre" para a 4ª Vara do Trabalho da cidade de Santos. Atolados na mais profunda crise da história do Santos, com dívidas que ultrapassam R$ 300 milhões, os dirigentes ainda tiveram momentos de gargalhada. Ao lerem a declaração de pobreza feita por Leandro Damião. Na frieza das palavras, ele seria um dos homens mais perdulários do país. Desde 2009, ele recebe mais de R$ 50 mil mensais. Em 2010, passou a receber R$ 150 mil. Em 2012, R$ 250 mil. Em 2014, R$ 500 mil. Neste ano, R$ 650 mil. "Como é que pode ser considerado pobre a ponto de não poder pagar pelo processo?", perguntavam conselheiros, irônicos. Foi apenas um recurso jurídico, evidente. Seus advogados querem caracterizar os atrasos de três meses de salários e quatro de imagem. Aliás, deixam claro no processo que o termo "direito de imagem" é fraude. O jogador não fez qualquer propaganda ou algo parecido para o Santos. Seus vencimentos foram divididos, a maior parte virou "direito de imagem" para fraudar a justiça. Já que, na teoria, o clube não perde direito aos atletas quando deve os tais "direitos de imagem". No salário marcado na Justiça do Trabalho, a lei é clara. Ao atingir três meses de atraso, o clube perde direito ao atleta. Leandro Damião é representado pelo advogado Henrique José da Rocha. E o "pobre" atacante quer bem mais do que seus salários atrasados. Quer uma indenização que passa dos R$ 33 milhões. O jogador teria combinado com o Santos que receberia em 2015, R$ 500 mil. Em 2016, R$ 700 mil. Em 2018, R$ 800 mil. Mais 13º e R$ 1 milhão em luvas, que não caiu na conta do atacante.

Para o Santos, usar Leandro Damião por um ano pode atingir o absurdo número de R$ 75 milhões. Isso porque a Doyen Sports emprestou R$ 42 milhões para o clube tirar o atacante do Internacional. Modesto Roma Júnior jurou que fará de tudo para defender o clube. E tentar reverter a situação. Só que advogados do clube afirmam ser o contrato uma "herança maldita" da antiga diretoria. Se apostou em um jogador de potencial limitado, pagando muito acima do seu real valor. Odílio Rodrigues jurava que, em um ano, equipes europeias fariam fila para tentar contratar o atacante. Mas os empresários que representam clubes do Velho Continente acompanharam com atenção suas 44 partidas e 11 gols marcados em 2014. Ficou claro para todos que não valeria a pena investir no atacante. Tanto que nenhuma equipe europeia sequer sondou a direção santista para levar o jogador. No mercado nacional, apenas o Corinthians e o Cruzeiro efetivamente quiseram o atleta. Emprestado. E com o clube do Litoral pagando parte do salário. Em Belo Horizonte, o clube de Gilvan Tavares arca com R$ 500 mil. Os outros R$ 150 mil são obrigação santista. Leandro Damião não está fazendo nada forçado. Muito pelo contrário. Como já foi revelado no blog, ele não quer nunca mais atuar no Santos. Não perdoa o ex-presidente Luís Álvaro o ter comparado a um "pangaré". "Um centroavante que não faz gol, pula a dez centímetros do solo, não ganha essa coisa toda. Começou bem no Inter, no ano seguinte ficou mais tempo na enfermaria do que em campo e ano passado era banco. Você comprar um jogador desse por R$ 42 milhões não faz sentido. A ideia do fundo maltês era colocá-lo em uma vitrine como o Santos, um dos poucos com prestígio internacional. Mas é você apostar em um pangaré, não vai ganhar um prêmio nunca. Se ganhar, ganha uma fortuna. Que é esquisito, é", afirmou e ainda riu, Laor.

O candidato derrotado à presidência do Santos criticava a contratação. "Não entendo como o clube contrata um atleta de R$ 42 milhões que está bichado." Leandro Damião chegou à Vila Belmiro com pubeíte, inflamação no púbis. Mas foi tratado e jogou completamente curado o ano todo. Só que o atacante foi perseguido pela torcida e pela imprensa. As alegações de que o "prata da casa" Gabriel era muito mais produtivo ao time o atormentavam. Na cidade de Santos, ele não teve paz. Onde saísse, inclusive com a esposa, era ofendido por torcedores raivosos. Ele ficou calado diante de tudo o que viveu. Mas seu empresário Vinícius Prates acompanhou de perto. E apenas pediu paciência e profissionalismo de Leandro Damião para que acabasse 2014. Em 2015, Prates jurou a ele que seria tudo diferente. E foi o que aconteceu. O agente não teve o menor constrangimento em afirmar que o atacante só pensava no Cruzeiro, assim que houve o interesse. A decisão era mesmo forçar a situação. Tornar insustentável a manutenção do seu atleta na Vila Belmiro. Foi o que aconteceu.

Ainda candidato, Modesta Roma Júnior criticou duramente a parceria com a Doyen Sports de Renato Duprat. O empresário é o mesmo que levou a MSI para o Corinthians. Roma parecia prever que o Santos poderia pagar caríssimo pelo negócio envolvendo Leandro Damião. E ainda tem medo em relação a Lucas Lima. A Doyen tem 80% dos direitos do atleta. E quer fazer dinheiro com o atleta. Espera uma proposta ainda nesta janela para a Europa. "A situação que encontrei o Santos é bem difícil. Muito mais do que eu imaginava. Tenho casos dificílimos nas mãos. O que posso tentar fazer é remediar. Buscar minimizar as perdas. Não vou mentir, está bastante complicado", confidencia Modesto Roma. A sua maior providência até agora foi receber o Frei André, famoso religioso do Litoral, para benzer a sala presidencial. Orientado por advogado e empresário, Leandro Damião não fala sobre o caso. Sabe do processo de R$ 33 milhões. E também do empréstimo de R$ 42 milhões fez junto à Doyen Sports. Não se importa se passar 2014 na Vila Belmiro poderá custar R$ 75 milhões ao Santos. Só uma coisa ele tem certeza. Não será mais chamado de "pangaré" e "bichado" na Toca da Raposa. Ou em qualquer clube que passar na sua carreira. A torcida santista buscou uma infantil vingança nas redes sociais. Caracterizando Leandro Damião como "pobre". A graça termina ao lembrar o quanto ele pode custar ao Santos Futebol Clube...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Jan 2015 12:02:09

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