segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Os empresários ridicularizaram o Corinthians e atropelaram o São Paulo. Colocaram Dudu no Palmeiras. E não vão implorar para Guerrero continuar no Parque São Jorge...

Os empresários ridicularizaram o Corinthians e atropelaram o São Paulo. Colocaram Dudu no Palmeiras. E não vão implorar para Guerrero continuar no Parque São Jorge...




"Sobre o Sport Club Corinthians Paulista, que também negociou conosco para contar com Dudu, não há muito o que ser dito. Apenas desejamos ao clube, em nome de sua grandeza e tradição, que o dia 07 de fevereiro chegue depressa ante ao processo latente de apequenamento que se dá dia após dia. Aguardamos a entrada da nova diretoria para podermos voltar a sentar à mesa e lembrar que estamos lidando com um clube glorioso e centenário. "(...)Pesou a vontade de nosso cliente, que mesmo após declarar publicamente que não via no São Paulo sua melhor escolha, continuou sendo procurado insistentemente pelos dirigentes do clube até a citada reunião de sexta, quando pessoalmente agradeceu e recusou o convite. Por esse esforço sem medidas e surpreendente, agradecemos em nome do atleta e desejamos sorte ao São Paulo nos desafios de 2015..." Esses são trechos da nota oficial de Bruno e Fernando Paiva, os homens que levaram Dudu ao Palmeiras, dando fim ao duelo entre São Paulo e Corinthians, Andrés Sanchez e Carlos Miguel Aidar. Viraram com prazer as costas para a Libertadores. Nunca na história desse país, dois empresários mostraram tanta arrogância. Desprezaram as atuais diretorias de Corinthians e São Paulo sem o menor medo de retaliações. Não são insanos camicazes. Sabem que a partir de 7 de fevereiro, Mario Gobbi será um quadro amarelado na parede. Seu mandato terminará. E voltarão a negociar. Provavelmente com Roberto de Andrade, favorito na eleição presidencial, mesmo com toda oposição ameaçando criar um bloco único reunindo Paulo Garcia, Roque Citadini e Ilmar Schiavenato. A raiva dos Paiva em relação a Gobbi é enorme. Eles haviam dado a preferência ao Corinthians. Tinham negociado com Andrés Sanchez, Roberto de Andrade e Edu Gaspar. Estava tudo certo. Só faltava o clube fechar com o Dínamo. A proposta autorizada por Gobbi: quatro milhões de euros, cerca de R$ 12,4 milhões, por 60% dos direitos do jogador. Com a primeira parcela, 500 mil euros, em maio. Tudo praticamente fechado. Mas Gobbi detestou o que seu ex-secretário e hoje diretor de futebol, Ronaldo Ximenes, descobriu. O envolvimento de Andrés e do candidato Roberto de Andrade na transação. O troco nos dois veio a cavalo. A direção do Dínamo recebeu de maneira surpreendente uma proposta do São Paulo. Carlos Miguel Aidar quis atravessar a negociação. Dar um "chapéu" no Corinthians. E deixou tudo acertado com o clube ucraniano. Daria três milhões de euros, R$ 9,7 milhões, por 50% dos seus direitos. E pagaria a primeira parcela, 500 mil euros, imediatamente.

Só que aí entraram em ação os Paiva. Eles perceberam que o chapéu seria nos dois. E trataram de travar o negócio. Fizeram Dudu confirmar publicamente sua vontade de jogar pelo Corinthians. "Quebraram as pernas" dos dirigentes são paulinos. Não havia mais condições políticas para a transação se efetivar. Conselheiros e torcedores ficaram revoltados com a preferência assumida pelo Parque São Jorge. Do lado do Parque São Jorge, Gobbi anunciava publicamente que desistia do negócio. Deixava mal o jogador, os empresários e, principalmente, Andrés e Roberto de Andrade. O Lance! publicou ontem o teor de um telefonema do ex-presidente corintiano a um membro da diretoria. Nele, teria mostrado toda sua ira com a desistência. "Vocês são uns b...! Vetam tudo (negociações)! Dinheiro não pode ser problema para o Corinthians." A declaração tinha a força de uma declaração de guerra a Gobbi. Da pior espécie. Mal a declaração foi divulgada, a assessoria de imprensa de Andrés entrou em ação. "Não fiz ligação nenhuma. Não participo de negociação nenhuma do futebol do Corinthians desde que saí da presidência", era o desmentido do deputado federal. Quando Aidar já começava a comemorar a vitória, os Faria agiram rápido. Aceitaram de pronto o convite de Alexandre Mattos para conversar sobre Dudu. O novo diretor de futebol do Palmeiras precisava de uma contratação de impacto. Mostrar que havia sido o homem que montou o Cruzeiro campeão dos dois últimos Brasileiros. Com o desejo de vingança do São Paulo de Paulo Nobre e com o dinheiro do Avanti!, programa sócio-torcedor, Mattos não levou dois dias para fechar a transação.

A participação dos empresários foi efetiva. Eles bloquearam qualquer possibilidade de o jogador acertar financeiramente com o São Paulo. Fecharam contrato de quatro anos com o Palmeiras, com o salário de R$ 400 mil mensais. E bônus em caso de classificação para a Libertadores e títulos de Paulista, Copa do Brasil e Brasileiro. Animados, não tiveram trabalho para convencer os ucranianos a aceitar R$ 9,3 milhões por 50% do jogador, oferecidos pelo Palmeiras imediatamente. Os outros 50% serão pagos em um ano. Os Paiva, com o aval dos sócios Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho, compraram briga com Aidar. Sabem que não deverão colocar jogador no Morumbi enquanto ele for o presidente. Mas não se importam. Com a direção do Corinthians, acreditam que voltarão a conversar em fevereiro, quando Mario Gobbi voltar para Jaú. E houver um novo presidente no clube. Até porque precisam. Paolo Guerrero não renovou seu contrato com o clube.

A partir de fevereiro, o peruano poderá acertar um pré-contrato com qualquer outra equipe. E sair sem render um centavo ao Corinthians. Se Roberto de Andrade for eleito, os Paiva têm certeza que ele continuará no clube. Desejam 7 milhões de dólares como luvas, cerca de R$ 18,5 milhões. Mais R$ 570 mil de salários por três anos. Atualmente, ele recebe menos do que Alexandre Pato, Sheik e Elias no atual grupo. Gobbi já havia avisado que não daria esse dinheiro ao peruano. Andrés e Roberto de Andrade querem a redução. Aceitam pagar no máximo 5 milhões de dólares como luvas, R$ 13,2 milhões. Aceitam R$ 570 mil. Alexandre Mattos já avisou aos Faria. Caso o impasse continue, o Palmeiras está pronto para ficar com o jogador. Basta os empresários o convencerem a esquecer sua promessa. A de não atuar em outro clube no Brasil a não ser o Corinthians. Algo, no entanto, está claro. Os Faria não vão implorar para Guerrero continuar no Corinthians. Depois que Dudu fechou com o Palmeiras há um clima de comemoração na OTB Sports. Por parte de Bruno e Fernando Farias, especialmente. Mostraram que não cederam à desvalorização de Dudu que Mario Gobbi queria fazer. E atropelaram Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, que o desprezaram, fechando com o Dínamo. Com o maior prazer levaram o jogador para o Palmeiras. Os empresários nunca estiveram tão fortes e prepotentes neste país de nome Brasil...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Jan 2015 10:40:23

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