domingo, 31 de agosto de 2014

Juninho tem a melhor fórmula para que o Palmeiras evite o rebaixamento. Ficar de joelhos e rezar todos os dias. Só o sobrenatural pode salvar o clube da sua terceira visita à Segunda Divisão em 12 anos...

Juninho tem a melhor fórmula para que o Palmeiras evite o rebaixamento. Ficar de joelhos e rezar todos os dias. Só o sobrenatural pode salvar o clube da sua terceira visita à Segunda Divisão em 12 anos...




O jogador que representa o Palmeiras no ano do seu centenário se chama Juninho. Após a derrota para o Internacional, ontem no Pacaembu, a 11ª em 17 jogos, a revelação. "Todo dia eu ajoelho no chão e peço a Deus para não passar o que eu passei." Com companheiros com futebol tão fraco como o dele; com um treinador argentino sem a menor ideia como montar um time com o elenco ruim que lhe deram; com um presidente bilionário, vaidoso e inexperiente, que deu carta branca a dirigentes ultrapassados, a solução que restou é essa. Rezar para o clube não ser rebaixado. Seria a terceira vez em 12 anos. Desta vez com um grau de crueldade maior: no ano de seu centenário. Tivesse Barcos, Henrique, Alan Kardec, a equipe teria muito mais personalidade. Referências técnicas. Só que não houve o mínimo de habilidade de José Carlos Brunoro e Paulo Nobre. A dupla não conseguiu segurar o trio. Foi passada para trás pelo Grêmio. Fabio Koff empurrou jogadores fraquíssimos para o Palestra Itália. Convenceu os dois ainda a pagarem R$ 16 milhões por Leandro. E ainda mandaram Barcos definitivamente a Porto Alegre. Sem rumo, ficaram magoados quando Henrique se cansou de esperar e entrou na Justiça para receber luvas que o clube lhe devia. Ficou dois anos cobrando R$ 1,2 milhão. O que fez Nobre. Apesar de todo potencial do zagueiro. Aceitou despachá-lo para o Napoli por 4 milhões de euros. Mesmo que sua multa fosse de 5 milhões de euros. O desconto ficou por conta da irritação do presidente por Henrique ousar cobrar o clube. Pior foi Alan Kardec. Nobre fez Brunoro negociar por meses uma difícil renovação de contrato. Com tudo certo, o dirigente quis diminuir R$ 20 mil do que já estava acertado. E o atacante foi para o São Paulo. Valdivia foi liberado para fechar com o Al Fujairah dos Emirados Árabes. Chegou a ser apresentado. Mas não assinou contrato. Em vez de voltar ao clube, foi visitar o Pateta. Estava na Disney. Foi readmitido normalmente, sem qualquer questionamento formal. Multa, punição. Incrível...

Ridículo foi Ronaldinho Gaúcho fazer o clube passar três vezes pelo mesmo vexame. Deixar vazar na imprensa que o meia estava contratado no dia do banquete do centenário. Com o fracasso na negociação, acabou o clima de festa. É muita incompetência acumulada. Um " business case", como gosta de dizer Nobre, para ser estudado no futuro. O clube também não conseguiu renovar o contrato de Wesley. O jogador que fez o Palmeiras pedir esmola publicamente. O ex-presidente Arnaldo Tirone acreditou que os torcedores pagariam a contratação, luvas e salários do jogador. O volante custaria R$ 15 milhões. Mas o pedido foi de R$ 21,5 milhões. A resposta foi uma bofetada na pretensão de Tirone: a campanha não chegava a R$ 300 mil. Acabou aumentada artificialmente por então dirigentes palmeirenses só para que o vexame fosse menor. "Ofereceram" sabendo que não teriam de pagar na prática. O ex-presidente avisou que Nobre precisaria renovar o contrato urgentemente de Wesley. Nobre e Brunoro outra vez fracassaram. Desde a semana passada, o jogador pode acertar sua saída sem render um centavo ao Palmeiras. Sim, o clube gastou os R$ 21 milhões com ele. Ele tem a obrigação de ficar no Palestra Itália só até fevereiro de 2015. A partir daí deve rumar para o São Paulo. Já recebeu proposta de R$ 350 mil e luvas de R$ 3,8 milhões. O Palmeiras não tem como oferecer tanto.

Mais de 30 mil torcedores foram ontem ao Pacaembu. Muitos participaram de uma promoção desesperada. Pague um e leve dois. Quem pagou para ver o time contra o Coritiba teve acesso ao estádio de graça contra o Internacional. Mais uma vez Gareca mostrou que também tem culpa na campanha vexatória. Ele montou uma equipe desequilibrada, extremamente ofensiva, sem poder de marcação. O irregular Internacional de Abel Braga poderia ter goleado. Desperdiçou vários gols. Mas o destino foi cruel com Fábio. O jovem goleiro falhou novamente. Permitiu a antecipação primária de Jorge Henrique depois de um chutão de Dida, desviado por Rafael Moura. Outra derrota. Desta vez por 1 a 0. A primeira providência de Gareca foi avisar a diretoria que voltaria a poupar jogadores contra o Atlético Mineiro, quarta-feira, no Independência. Ele abre mão de uma possibilidade real de disputar a Copa do Brasil. É melhor sair da competição para focar na sua principal missão: evitar o rebaixamento para a Segunda Divisão. Em um caso raríssimo no futebol brasileiro, o bilionário Paulo Nobre já avisou que haverá premiação caso o Palmeiras não caia para a Segunda Divisão. Isso ainda na disputa do primeiro turno, atestado da incompetência da diretoria e falta total de confiança no elenco Mercosul que montou. No Pacaembu ontem um conselheiro tentou agredir Omar Feitosa, o gerente contratado por Brunoro. Ele foi xingado e protegido do inconformado Stefano Américo Jesus Giordano. Teté, como é conhecido no Palmeiras, é fanático pelo time. E tem amizade com muitos conselheiros antigos, do tempo em que o clube acumulava títulos. Hoje acumula dívidas. São mais de R$ 300 milhões. R$ 105 milhões ao bilionário e vaidoso Paulo Nobre. Com seu poderio financeiro, ele quer novo mandato no Palmeiras. Seus concorrentes também não despertam entusiasmo. Há um ano e três meses o clube não tem patrocinador. Está passando esse ano marcante sem qualquer empresa disposta a liga sua marca ao Palmeiras atual. Clube que renega seu passado vitorioso. E acumula derrotas, vexames. Com os fracassos vai perdendo novas gerações de torcedores desde o começo deste novo século. Enquanto isso continua a disputa judicial com Walter Torre pelas cadeiras do novo estádio. Arena que está atrasada há um ano e dois meses. Por causa da pendência no contrato, não houve interesse em apressar as obras para que ficassem prontas no dia 26 de agosto, dia em que o Palmeiras completou 100 anos. Um absurdo. Por tudo isso, você está certo, Juninho. Continue de joelhos. Reze muito. Quem sabe o Céu o escuta e livra o Palmeiras de novo vexame. Só o sobrenatural pode salvar o clube de um terceiro rebaixamento em 12 anos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 31 Aug 2014 08:51:25
Ler mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário