terça-feira, 31 de maio de 2016

Tocha Olímpica em clima de São João

Tocha Olímpica em clima de São João



Olá galera. A Tocha Olímpica segue viajando pelo Brasil. Ontem ela chegou em Pernambuco. Nesta semana passará por diversas cidades, entre elas, Campina Grande e Caruaru, que disputam o título de principal Festa de São João, do país. Na região Nordeste, as Festas de São João são bastante tradicionais. O evento costuma atrair muitos turistas de todo Brasil, chegando a mexer de forma significativa com a economia local. Só pra se ter uma ideia do tamanho dos festejos, a Prefeitura de Campina Grande espera receber cerca de 1,5 milhão de pessoas, entre os dias 4 e 29 de junho. Em Caruaru não deverá ser muito diferente. Em pouco tempo feras do esporte como Stephen Curry, que teve uma atuação brilhante ontem à noite, estarão aqui. Mas enquanto os Jogos não chegam, a Tocha Olímpica vai passeando pelo país, e nesta semana vai curtir bastante o clima de São João. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Tite faz uma acusação gravíssima. "O Felipão entregou o jogo contra o Fluminense no Brasileirão de 2010." A atitude seria para evitar o Corinthians campeão. O massacrado futebol deste país precisa da verdade...

Tite faz uma acusação gravíssima. "O Felipão entregou o jogo contra o Fluminense no Brasileirão de 2010." A atitude seria para evitar o Corinthians campeão. O massacrado futebol deste país precisa da verdade...




"O Felipe Scolari entregou o jogo contra o Fluminense no Brasileirão de 2010. É uma boa pessoa, mas é um profissional que se transforma. O Felipe é malandragem, é ganhar de qualquer jeito. É uma pessoa de família e admiro ele por isso. Mas entra em campo e se esquece da vida. Acabou ali a relação." Com estas palavras, publicadas na sua biografia,lançada ontem, Tite expõe de maneira crua, direta. Para o treinador do Corinthians, o homem que comandou a Seleção Brasileira na Copa de 2002 e 2014, mandou o Palmeiras entrar em campo e ser derrotado. Perder para o Fluminense para prejudicar o Corinthians, que brigava com o time carioca pelo título nacional de 2010. Naquele ano, o Fluminense acabou campeão. Com 71 pontos. Três pontos a mais que o Corinthians de Tite. Quantos pontos valeram a vitória contra o Palmeiras? Três... O jogo valeu pela penúltima rodada do Brasileiro. No dia 28 de novembro de 2010, na Arena Barueri. O Palmeiras perdeu de virada. Dinei marcou, depois Carlinhos e Tartá fizeram para o time carioca. Após dessa vitória, o Fluminense de Muricy enfrentou e derrotou, sem trabalho, o já rebaixado Guarani no Engenhão. E comemorou o título.

Tite rompeu um código de honra. E terá de arcar com isso. A repercussão extrapolará o Brasil. Na China, comandando o Guangzhou Evergrande, o pentacampeão mundial Luiz Felipe Scolari terá a obrigação de se explicar. Se defender. A acusação é gravíssima. O treinador corintiano que aspira a Seleção Brasileira precisará ter o ônus da prova. Sempre cuidadoso com as palavras, ético nas entrevistas, não falaria na sua biografia algo que não pudesse comprovar. Tite também expôs os jogadores palmeirenses. Se Felipão realmente mandou o time perder para o Fluminense, que tipo de atletas são esses que aceitam entrar em campo para serem derrotados? Deola; Márcio Araújo, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Gabriel Silva; Pierre, Marcos Assunção (Fernando) e Tinga; Dinei (Vinícius), Kleber e Luan (Lenny).

Naquele jogo, a própria torcida palmeirense pediu para o time entregar o jogo. Perder para prejudicar o Corinthians. Comemorou a derrota. Felipão, nos vestiários, negou. E a vida seguiu. Até hoje. O futebol brasileiro, tão massacrado, precisa da verdade...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

O drama de Ricardo Oliveira. Há três meses, o Santos não quis R$ 26 milhões pelo atacante de 36 anos. Agora, foi constatada artrite nos dois joelhos. Que clube o contrataria nestas condições?

O drama de Ricardo Oliveira. Há três meses, o Santos não quis R$ 26 milhões pelo atacante de 36 anos. Agora, foi constatada artrite nos dois joelhos. Que clube o contrataria nestas condições?




Há três meses e cinco dias, o Santos recusou R$ 26,2 milhões por Ricardo Oliveira. O presidente Modesto Roma só faltou amaldiçoar os representantes do Beijing Guoan. O dirigente não se conformava por eles terem procurado o jogador e oferecido R$ 1 milhão mensais. "Os chineses precisam aprender que clube brasileiro não é mercado chinês. Não é chegar e levar. Estamos fazendo notificação à Fifa. Chega dessa palhaçada!", bradou Roma. Ricardo ficou tão transtornado com a decisão que chegou a revelar que R$ 17 milhões oferecidos pelos chineses sairiam do seu bolso. Implorou para a direção santista que desejava sair. Lembrou que chegou de graça à Vila Belmiro, recebia R$ 150 mil mensais. E o Beijing Guoan oferecia dois anos e meio de contrato. Seria o reconhecimento pelo bom desempenho. Foi artilheiro do país, se transformou em jogador da Seleção Brasileira. Modesto Roma havia renovado seu contrato e fixado a multa por rescisão em 50 milhões de euros, R$ 198 milhões. Valor completamente impraticável. Enquanto travava a venda, o presidente santista foi alertado por companheiros de direção. O jogador estava para completar 36 anos. Precisava fazer trabalhos específicos antes dos jogos. Conseguia atuar, mas tinha problemas. Normais para um atleta na sua idade. A preocupação sempre esteve nos joelhos. Mas mesmo assim, Modesto Roma não quis a venda. Virou as costas aos R$ 26 milhões, queria R$ 52 milhões, no mínimo. Os chineses desistiram. O jogador ficou arrasado. Mas prometeu que seguiria se dedicando ao máximo pelo clube. Foi o que fez. Outra vez se tornou peça fundamental na conquista de mais um Campeonato Paulista.

O dirigente estava eufórico. Acreditava que conseguiria até mais dinheiro no meio do ano. Tinha convicção que os chineses voltariam para levar o atacante. Afinal, havia sido campeão e continuava sendo convocado por Dunga. Disputaria a Copa América. Só que Modesto Roma deveria ter se informado com seu departamento médico. A situação de Ricardo Oliveira se agravou com a sequência de jogos do Campeonato Paulista. A ponto dele mesmo ligar para Dunga e Gilmar Rinaldi. Explicou que estava com problemas nos dois joelhos e não haveria como se recuperar a tempo de jogar a Copa América. Os médicos santistas confirmaram o diagnóstico. O quadro é péssimo. Artrite nos dois joelhos, edema ósseo e desequilíbrio muscular. Por enquanto, os médicos vão optar por fortalecimento muscular e tratamento convencional. Não está descartada a chance de uma operação no direito, joelho que está pior. Há mais de um mês Ricardo Oliveira não joga. Não treina no gramado. Não há previsão de volta. Que clube no mundo compraria um atleta nestas condições? O Beijing Guoan não tem mais a fixação em Ricardo Oliveira, que Modesto Roma previa. O motivo. Gastou oito milhões de euros e contratou Burak Yilmaz, artilheiro turco, por 8 milhões de euros, R$ 31,7 milhões. Burak tem 30 anos. Não há a menor previsão que o atacante santista se dará tempo para Ricardo se recuperar para a próxima janela de transferência chinesa. Entre 21 de junho e 15 de julho. Ela costuma ter muito menos investimento do que a do início de temporada. O pior é que havia tanta certeza da saída de Ricardo Oliveira, que o Santos comprou o atacante Rodrigão do Campinense. Inclusive impediu que ele disputasse as finais do Campeonato da Paraíba. Seria uma grande aposta para a reposição da saída do veterano atacante.

Para disfarçar o discurso é que ele chega já com a previsão de venda de Gabriel. Ninguém tem coragem de cobrar abertamente Modesto Roma. Mas a sensação na Vila Belmiro é de grande desperdício. R$ 26 milhões por um jogador de 36 anos. E, como revelado pela imprensa santista, com problemas crônicos nos dois joelhos. Artrite. Quando o problema é "crônico" toda ação é paliativa. Apenas ameniza os sintomas. Ricardo Oliveira já havia ficado arrasado com a negativa santista. Quem acompanha o dia-a-dia santista diz que está deprimido. Não dá entrevista. Há a certeza. Perdeu a última grande transferência da carreira. E o Santos virou as costas a R$ 26 milhões...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

segunda-feira, 30 de maio de 2016

A terrível história da torcedora que ousou processar o São Paulo. O camarote em que estava torcendo desabou e machucou sua sobrinha. Mesmo com razão, teve de voltar atrás. Com medo dos próprios torcedores são paulinos. Que país é esse?

A terrível história da torcedora que ousou processar o São Paulo. O camarote em que estava torcendo desabou e machucou sua sobrinha. Mesmo com razão, teve de voltar atrás. Com medo dos próprios torcedores são paulinos. Que país é esse?




No Brasil é algo muito comum de acontecer. Por denunciar ou ir atrás dos seus direitos, a vítima vira vilã. Mulheres estupradas sentam no banco dos réus. Usar short curto e ir para a favela namorar seria a desculpa para ser violada por 33 criminosos. Uma aberração. Algo também lastimável acaba de acontecer. Desta vez ligada ao futebol, ao São Paulo. No dia 11 de maio, o São Paulo venceu o Atlético Mineiro por 1 a 0. O gol de Michel Bastos provou uma comoção generalizada. Os torcedores vibraram, sabiam o que significa vencer aquela partida das quartas de final da Libertadores. E 16 são paulinos, que estavam em um camarote do anel inferior do Morumbi, se aglomeraram, ao verem que Michel Bastos correu para comemorar perto deles. A estrutura metálica que deveria cercar o camarote rompeu. E eles se feriram, caindo de uma altura de dois metros e meio. Três passaram por cirurgia. "Foi corrosão. É uma solda, a gente não sabe o tipo de corrosão. Vai ser feito o teste no laboratório. A princípio, é corrosão, isso é evidente. Todas (as soldas) estão comprometidas. Estão todas iguais. O material não é feito para suportar a pressão que ele suportou. Mas se tem 20 pessoas empurrando isso... Um fator evidente é a corrosão. Toda solda leva a corrosão. Tem que refazer. O trabalho que fizeram não foi bem feito. É evidente que isso aqui está frágil." As palavras foram do perito criminal Edwar Folli. Dos 16 feridos, sete foram encaminhados aos hospitais mais próximos. Campo Limpo, Bandeirantes e São Luiz. A diretoria do São Paulo se antecipou e disse que pagaria o tratamento dos feridos. E ainda jogadores os visitaram e deram camisas autografadas de presente. A Polícia Militar interditou o estádio. Em seguida, o liberou, mantendo interditado o setor de camarotes do anel inferior, onde caíram as pessoas. Todos os feridos se contentaram com a "atenção" dada pela direção do São Paulo. Com o carinho dos jogadores. Milene Nunes Adipietro decidiu que não seguiria o mesmo caminho. Ela havia ido ao Morumbi e levou filha e sobrinha. Milene e a sobrinha, Amanda, caíram no fosso do estádio depois do gol. Amanda ficou caída, com dores. Por pura sorte não teve ferimentos graves. O jogador Wesley a auxiliou, acalmou a menina depois do tombo. Ela sofreu lesões no queixo e fratura no pulso Milene resolveu agir. Encarar a realidade. Não é possível que pessoas vão assistir a um jogo de futebol e o camarote desaba. Peritos apontam ferrugem, corrosão em emendas que deveriam proteger os torcedores. Ela tomou coragem diante da situação caótica. Procurou um advogado e entrou com um processo civil contra o São Paulo. Pediu indenização por danos morais. O valor fixado, R$ 20 mil. Mas queria uma audiência de conciliação. Nela poderia haver um acordo. O ato que deveria ser de civilidade foi motivo de revolta. A ESPN divulgou a notícia. Foi o que bastou para inúmeros torcedores do São Paulo, como ela, começaram a criticá-la nas redes sociais. Nos fóruns era classificada como "aproveitadora". Foram inúmeras ofensas. De repente, Milene virou ré. Diante da repercussão, voltou atrás. Tirou o processo. A direção do São Paulo fez logo questão de divulgar. Para que outros pais ou feridos não tomassem a mesma atitude. E vários outros processos fossem abertos contra o clube.

Como se não fosse obrigação da entidade que promove o espetáculo oferecer segurança ao público. É o mínimo exigido no mundo civilizado. O que houve foi uma completa inversão de valores. Os torcedores que ofenderam Milene comemoram. Não há mais processo contra o São Paulo Futebol Clube. Não pensam que podem ser eles ou seus filhos as próximas vítimas. O descaso dos dirigentes com o estádio ultrapassado foi imenso. Havia corrosão, ferrugem no camarote que desabou. Pessoas tentam alegar que a culpa foi dos torcedores. Eles se espremeram comemorando o gol do São Paulo. Deveriam ter ficado sentados como estátuas. Em estádios do mundo todo a reação dos torcedores é a mesma. Só que eles são projetados para suportar essa comemoração. O Morumbi talvez fosse. Em outubro de 1960, quando foi inaugurado.

54 anos depois, há pontos de insegurança. Camarotes que desabam. Mas ninguém pode reclamar. É preciso classificar como fatalidade. No dicionário Michaelis o significado da palavra fatalidade. "1 Qualidade do que é fatal. 2 Acontecimento funesto, imprevisível, inevitável, marcado pelo destino ou fado. 3 Sucesso desastroso; desgraça." Uma palavra deveria resumir o significado.

Imprevisível.

Manter barras de ferros enferrujadas em um camarote e depois classificar como "imprevisível" quando se rompem é pura hipocrisia.

Mas ninguém pode tomar atitude alguma.

Afinal, torcedor tem de preservar o clube do coração.



Processar pelo desleixo não é atitude de quem ama a entidade.

Milene está fazendo exatamente o que a diretoria queria.

Será mais um dos que caíram no camarote que irá se calar.

Por pressão de quem deveria apoiá-la.

Cobrar competência de quem administra o São Paulo.

E colocou vidas de pessoas em risco por desleixo.

Mas no Brasil, o culpado do estupro é o short curto.

Não o estuprador.

As grades do camarote que desabaram não é culpa do São Paulo.

Da falta de manutenção competente.



De pessoas minimamente competentes para garantir a segurança do público.

Mas dos torcedores.

Quem manda vibrar pelo gol do São Paulo?

Que despenquem.

Sofram fraturas.

O clube leva para o hospital.

Paga as despesas, leva jogador, dá camisa.

Tira fotografia, coloca no site.

Mostra a "preocupação" com os são paulinos.

Por isso, ninguém ouse procurar a justiça.

Os dirigentes podem ser incompetentes, mas são bonzinhos.

Esse é o país do futebol.

Que não oferece segurança nem para vibrar com um gol.

E se volta contra quem resolve cobrar competência dos dirigentes.

A lógica é simplória.

A culpa do acidente é sua, Milene.

Quem manda ir para o Morumbi torcer para o São Paulo?

E ainda levar sua filha e sobrinha?

A diretoria deveria processá-la...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

As Feras do Futebol Feminino

As Feras do Futebol Feminino



Olá galera. Uma das modalidades que deve ter uma disputa bem intensa pelo lugar mais alto do pódio, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, é o Futebol Feminino. Entre as diversas jogadores de talento que estarão aqui, cinco merecem bastante destaque. Marta, do Brasil, Carli Lloyd e Alex Morgan, dos Estados Unidos, Amandine Henry, da França, e Kadeisha Buchanan, do Canadá, são as principais feras do futebol feminino, que deverão brilhar pelos sete estádios brasileiros, nos Jogos Olimpicos. Nós sabemos que o futebol é um esporte coletivo, e que por isso nem sempre a equipe favorita vence, mesmo contando com o maior número de jogadores capazes de decidir uma partida. Recentemente vimos o jogo coletivo da Alemanha vencer a Copa do Mundo, aqui no Brasil. A Seleção Brasileira fará dois amistosos contra o Canadá (dias 4 e 7 de junho). O Brasil conta com nomes importantes como Cristiane, Érika e Formiga. Mas é Marta, nossa camisa dez, quem enche a torcida de esperança pela conquista da tão desejada medalha de ouro. beijim Mylena

Fonte: Esportes R7
Autor: mciribelli

Na vitória contra o fraco Panamá, o Brasil mostra o time da Copa América. Sem o talento, e os privilégios, de Neymar. Dunga montou uma equipe competitiva, previsível. De coadjuvantes esforçados...

Na vitória contra o fraco Panamá, o Brasil mostra o time da Copa América. Sem o talento, e os privilégios, de Neymar. Dunga montou uma equipe competitiva, previsível. De coadjuvantes esforçados...




Dunga mostrou versatilidade tática. Fez o Brasil entrar 4-1-4-1, passar para o 4-4-2 e terminar a partida contra o Panamá no 4-2-3-1. Na preparação esdrúxula da CBF, venceu o único amistoso antes da Copa América Centenária por 2 a 0, em Denver, nos Estados Unidos. Mas mostrou que, sem Neymar, o time é absolutamente comum. Mediano. Sem brilhantismo. Representa a atual geração de jogadores nascidos boa, mas com um grave defeito. Sem protagonistas. Só coadjuvantes. "Eu vivi na pele (essa cobrança). Falavam que minha geração não era tão boa, só que minha geração ganhou Sul-Americano, Mundial, Copa América, Copa das Confederações, primeira medalha olímpica. Essa geração está faltando ganhar título para se confirmar. São todos jogadores de grande qualidade, tanto na parte defensiva quanto ofensiva, que têm qualidade técnica", dizia Dunga, tentando valorizar, de qualquer maneira, seu time sem brilho. Sem Neymar. Dunga sabia que seria assim. Desde que o Barcelona mandou a CBF escolher levar Neymar para a Copa América ou Olimpíada, o treinador tinha certeza que sofreria. Teria que enfrentar uma competição sem o principal jogador brasileiro. Desde 2010, os técnicos da Seleção sofrem dessa dependência assumida. Em nome do seu talento, se submeteram, principalmente Dunga, aos caprichos de um garoto milionário de 24 anos, completamente mimado. Ao contrário do que acontece no Barcelona, quando tem orgulho de jogar pelo time. Faz a Seleção jogar por ele. Qualquer esquema cuidadosamente estudado é mudado. A equipe atua em função do capitão, camisa 10, cobrador de todos as faltas e pênaltis. É o preço... Dunga e Gilmar Rinaldi preferiram preservá-lo para a Olimpíada. Na luta pela inédita medalha de ouro, que o Brasil não possui. Com os Jogos acontecendo no Rio, a conquista pode até compensar a fraquíssima participação nas Eliminatórias e até um eventual fracasso na Copa América Centenária. O presidente Marco Polo del Nero já foi convencido por Gilmar Rinaldi que a competição é menos importante. E que a avaliação se Dunga deve ou não continuar merece ser feita na Olimpíada. Até porque será a primeira competição desde 2010 que Neymar não participa. Ou seja, até que o presidente da CBF mude de ideia, o treinador tem o direito de errar.

Mas desconfiado da própria sombra, quando o assunto é sobreviver no comando da Seleção, Dunga está seguindo suas convicções para tentar vencer seu primeiro título desde que retornou. E no único amistoso antes da Copa América, demonstrou o que se pode esperar do Brasil, órfão de Neymar. Gilmar Rinaldi escolheu os fraquíssimos panamenhos, 52º no ranking da Fifa. Participaram dez vezes de Eliminatórias e nunca conseguiram participar de uma Copa do Mundo. Seriam sparrings perfeitos para uma vitória que desse confiança às vésperas do início do torneio. Dunga deixou claro que agora a aposta é no conjunto. Ninguém tem privilégios. O seu Brasil não tem brilho, não empolga, não faz ninguém vibrar de emoção. Pelo contrário. É um time burocrático. Que deseja vencer sendo competitivo. 4-1-4-1 foi o primeiro esquema que utilizou. E o que pretende seguir utilizando na Copa América. O Brasil pretende marcar forte primeiro. Ganhar as intermediárias. Atuar de forma compacta. Com rápida recomposição. Velocidade nos contragolpes, principalmente pela direita, com Daniel Alves. Apostar na visão de jogo de Renato Augusto, nas arrancadas de Philippe Coutinho, nos dribles, sem exagero, de Willian. Na frente, Gabriel deverá ser titular. Tem muito mais recursos que Jonas. Como se pôde notar no amistoso em Denver, os jogadores se submetem a fazer exatamente o que Dunga pretende. Marcam com afinco a saída de bola adversária, ninguém fica parado, sem função, esperando a bola chegar. Sem Neymar, não há privilégios. Mas também não há surpresas. As trocas de passes são previsíveis. As infiltrações de Elias são raríssimas. Ele e Luiz Gustavo precisam marcar.

Dunga não encontrou lugar para Lucas Lima no time titular. Ele quer jogadores com maior poder de marcação sem a bola. Uma heresia. Por falar em escolhas que não se sustentam, há a de Jonas. Embora tenha brigado pelo título de maior artilheiro da temporada pelo Benfica, Gabriel tem muito mais recursos. Mesmo assim, Jonas não só começou o jogo de ontem, como fez o primeiro gol, no segundo minuto de partida. Daniel Alves levantou, Douglas Costa evitou que a bola saísse. Ele fez um cruzamento venenoso, Elias não conseguiu o desviou, mas a bola sobrou para Jonas encher o pé. Brasil 1 a 0. O gol não era a perspectiva de uma goleada. Pelo contrário. Os panamenhos comandados pelo veterano técnico colombiano Hernán Gomez, trataram de seguir marcando forte. Atuaram quase o tempo todo em um 4-5-1 clássico. O Brasil não teve repertório para buscar uma goleada. O time brigou muito. Correu. Dunga buscou variáveis táticas. Philippe Coutinho trocava de lado com Willian, Renato Augusto era o mais cerebral da equipe, buscando lançamentos e inversões. Daniel Alves e Douglas Santos (ótima surpresa) apoiavam e reforçavam o ataque. Jonas corria, corria, corria... No intervalo, Dunga tirou Luiz Gustavo e colocou Hulk. O esquema passava a ser o tradicional 4-4-2. Com Elias preso à frente da zaga. O Brasil seguiu criando muito pouco. Pior, se irritando e retribuindo os pontapés dos panamenhos. A Seleção sentia enorme falta de imaginação, variáveis. O treinador aproveitou para testar outro esquema. Colocou Lucas Lima e Gabriel. Forçou um 4-2-3-1. O placar seguia magro demais para Dunga não ser contestado. Só que Baloy quis retribuir os dois anos que passou pelo Grêmio e Atlético Paranaense. Ele falhou de forma bizarra em cruzamento de Daniel Alves. Acabou ajeitando a bola para Gabriel marcar 2 a 0, aos 27 minutos. Presente que deve ser agradecido, o Brasil estava com um problema crônico de montagem ofensiva.

Ao final do amistoso, Dunga estava aliviado com a vitória. Animado com Gabriel. Mas a imagem que sua Seleção deixou é de um time competitivo. E absolutamente normal. A marcação forte deverá ser suar marca na Copa América. Contra Equador, Haiti e Peru deverá bastar na primeira fase. Depois, quando começarem os mata-matas será o problema. Falta talento. O Brasil ainda sofre abstinência de Neymar. Por maior que seja seu egocentrismo. Mas é o que os jogadores deste país têm a oferecer. Luta, disposição, gana, correria, dedicação. Variação tática. Competitividade. Nada de privilégios. Só que nenhum brilho. Muito menos empolgação. Esse é o Brasil que disputará a Copa América Centenária. Equipe de coadjuvantes esforçados. Previsível.

O time de Dunga sem Neymar...






Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

domingo, 29 de maio de 2016

O São Paulo mostrou quem manda no Morumbi. Com raça, coração e seriedade fez o que quis com o bipolar Palmeiras. 1 a 0 foi muito pouco. Acabou o tabu de não vencer clássicos...

O São Paulo mostrou quem manda no Morumbi. Com raça, coração e seriedade fez o que quis com o bipolar Palmeiras. 1 a 0 foi muito pouco. Acabou o tabu de não vencer clássicos...




Duas certezas depois do jogo empolgante. No Morumbi quem manda é o São Paulo. Como Bauza tanto queria, o time se transforma. Supera suas limitações e se impõe no coração, na luta. Obriga o adversário a se encolher. E consegue resultados que tanto buscava. De time desacreditado é semifinalista da Libertadores e hoje quebrou um importante tabu. Depois de dez clássicos, finalmente voltou a vencer. A seriedade tricolor é tanta, que mesmo ganhando a partida por 1 a 0, gol de Ganso, Maicon quase bateu em Rogério. O zagueiro queria seriedade do atacante reserva. Não se conformava quando ele teve a chance de passar a bola e, talvez, o time ampliar o placar, mas preferiu chutar. Desperdiçou a jogada. Se Maicon não fosse contido, finalizaria o frágil e assustado Rogério. A sua segunda constatação. O Palmeiras de Cuca modifica completamente a sua maneira de jogar quando se vê obrigado a atuar fora de sua arena. Por mais que tenha um elenco importante e que possibilita várias formações, falta confiança, personalidade. Sente demais a falta de apoio de seus torcedores. Ainda mais quando o Morumbi teve torcida única, na demonstração da incompetência da Polícia Militar para proteger a cidade dos vândalos das organizadas. Se não fosse Fernando Prass, os palmeirenses teriam sido goleados. Desde março de 2002, o Palmeiras não vence o São Paulo no Morumbi. De lá para cá, foram sete vitórias tricolores e cinco empates. Se não mudar sua atitude, o time de Cuca continuará perdendo... Bauza e Cuca são experientes, rodados. Têm muito bem a noção do que significam os clássicos. Ainda mais para treinadores que chegaram este ano no Morumbi e no Palestra Itália. Ambos têm muito bem a noção do que significa a rivalidade entre os dois clubes. Os dois tinham muito motivos para tentar vencer. Autoestima de seus atletas, confiança no Brasileiro, agradar seus dirigentes, torcedores. Ganhar mais respeito da imprensa. Mas a dupla sofria com desfalques importantes. O São Paulo não tinha Rodrigo Caio, Mena, Hudson, Michel Bastos e Bauza precisava descansar Calleri. Sua equipe perdia juventude na defesa, poder defensivo na lateral, entrega e técnica no meio de campo e poder de finalização na frente. Já o Palmeiras mostrava pela centésima vez o quanto precisa contratar mais uma meia talentoso. Sem Cleiton Xavier, Cuca fica sem opções importantes. Egídio também é importante do meio do campo para a frente, por seus cruzamentos. Matheus Sales começa a se impor à frente da zaga. Mas cada treinador escolheu suas armas. O São Paulo formou uma dupla de zagueiros de força, personalidade e garra. Maicon e Lugano. Matheus Reis entrou para não se expor. Wesley está redescobrindo seu futebol, ainda mais jogando com raiva de uma torcida que o odeia. Centuríon e seu eterna correria de cabeça baixa, como um touro bravo. E a incrível história de um atacante que esqueceu de jogar futebol, Alan Kardec. Já Cuca cometeu o pecado que teve grande influência na decapitação de Marcelo Oliveira. Caiu na conversa de Dudu. O improvisou onde ele acha que sabe, mas não joga, na meia. A escolha foi péssima. Tiago Santos é muito mais limitado do que Matheus Sales. O Palmeiras tinha problemas enormes no meio de campo. Antes mesmo de a partida começar. O Palmeiras começou de forma ilusória. Pressionou o São Paulo por dez minutos. Criou chances na base da correria, se aproveitou do espaço que o rival dava nas intermediárias. Alecsandro e Dudu tiveram boas oportunidades. Bauza encaixou os setores, a marcação passou a ser mais rígida, o time mais compacto. Mal o São Paulo passava a controlar o ímpeto do Palmeiras, marcou seu gol. Em um contragolpe rápido, fulminante, mortal. Kelvin tabelou com Thiago Mendes e Bruno cruzou. O jovem zagueiro Thiago Martins calculou muito mal o pique da bola. Falha bizarra, infantil.

A bola chegou limpa para a cabeçada fulminante de Ganso: 1 a 0, São Paulo, aos 11 minutos. Era a primeira vez que o meia conseguia marcar um gol contra o Palmeiras. O gol teve efeito instantâneo dos dois lados. Deu total confiança e vibração para os donos da casa. Já os palmeirenses se enervaram, a tensão era nítida. O time se encolheu de maneira assustadora. E o pior. Não era apenas o lado emocional. Não havia neurônios no meio de campo. Porque Dudu não conseguia servir o trio de atacantes: Roger Guedes, Gabriel Jesus e Alecsandro. Era constrangedora a falta de criatividade. Ser meia não é carregar a bola, driblar até abrir espaço na intermediária. Não. É antever a jogada. Ter visão privilegiada da movimentação do ataque. Algo que decididamente Dudu nunca teve. Bauza percebeu que tinha um adversário com bons jogadores. Mas sem cérebro. E intimidado. O que fez? Adiantou sua marcação. Não deixou o rival respirar. Dominou a partida. Impôs seu ritmo. Muita vibração e pouca técnica, porque o elenco são paulino também não tem grandes talentos. Paulo Henrique Ganso, o mais técnico entre todos os jogadores, mostrava vontade, gana de vencer. Esse é um dos grandes milagres de Bauza no Morumbi. Foi incrível, mas depois do gol do São Paulo, o Palmeiras não conseguiu chutar nenhuma bola ao gol de Denis no primeiro tempo. Essa demonstração de abatimento é algo surreal. A prova de que a partida foi brigada e quase não jogada, só cinco finalizações nos primeiros 45 minutos. Três do São Paulo e duas do Palmeiras. Aquelas do Alecsandro e do Dudu... Maicon e Lugano tiveram ótima atuação. Bem protegidos por Thiago Mendes e Wesley.

A esperança para o lado verde estava em Cuca. Contra o Fluminense, ele transformou o time no intervalo. Fez duas substituições. Colocou Moisés e Rafael Marques nos lugares dos improdutivos Tiago Santos e Roger Guedes. Só que o resultado foi pífio. O problema, o cerne da questão está no meio de campo. Faltam neurônios. O bilionário Paulo Nobre e seus amigos não menos ricos da Crefisa que se virem. É preciso contratar... Tanto Palmeiras como São Paulo estavam desgastados. Havia mais espaço para chutes a gol. Denis foi obrigado a trabalhar. Mas Fernando Prass teve se desdobrar diante de Ganso, Centurión, Maicon, Kelvin. Ytalo, que entrou no lugar do figurativo Alan Kardec, perdeu gol incrível, chutando para fora. O goleiro e líder do time verde, se desesperava.

E Rogério ainda desperdiçou dois contragolpes importantíssimos no final da partida. Por isso quase é socado por Maicon. Foi um massacre do São Paulo no segundo tempo. Mais vibrante, lutador, guerreiro. E com consciência do que estava fazendo, o que é fundamental. O clássico deixa lições importantes. O Palmeiras precisa de personalidade e meias. Se quiser sonhar em disputar o título do Brasileiro. Bauza mudou a perspectiva a respeito do Morumbi. Fez o São Paulo entender que a casa é sua. E quem manda é o time das três cores...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

A China já quer se livrar dos decadentes Mano Menezes e Luxemburgo. Para evitar a demissão, os ex-técnicos da Seleção Brasileira se agarram às multas milionárias. Constrangedor...

A China já quer se livrar dos decadentes Mano Menezes e Luxemburgo. Para evitar a demissão, os ex-técnicos da Seleção Brasileira se agarram às multas milionárias. Constrangedor...




Mano Menezes e Vanderlei Luxemburgo estão conseguindo manchar ainda mais a imagem do treinador de futebol brasileiro no Exterior. Os dois só não foram demitidos na China por causa de multas milionárias. Os dois ex-técnicos da Seleção passam vexame do outro lado do mundo. Decadentes, estão conseguindo a façanha de fechar um mercado milionário e promissor. Mano Menezes está fazendo um papelão. O bicampeão da Segunda Divisão, só acumulou fracassos depois que chegou à Seleção Brasileira. Levado graças à amizade de Andrés Sanchez e Ricardo Teixeira. Decepcionou, não teve estrutura psicológica, técnica ou tática nem para comandar o time principal ou o Olímpico. No Flamengo era odiado pelos jogadores, por sua arrogância. Pagou do próprio bolso multa para ir embora. Os atletas festejaram e em seguida ganharam a Copa do Brasil. Voltou ao Corinthians onde havia vencido a Copa do Brasil, a Segunda Divisão, e um Campeonato Paulista. Ficou todo 2014. Não conseguiu um título. Não teve seu contrato renovado. Só depois de nove meses parado, voltou a trabalhar. Garantiu ter estudado, se reciclado na Europa. Mas nada de prático foi perceptível. No Cruzeiro. Nada de útil. Nem sequer uma vaga à Libertadores. Dizia que renovaria a equipe para 2016. Os dirigentes acreditaram. Foi procurado por empresários chineses, representavam o Shandong Luneng. Ofereceram R$ 2 milhões mensais. Mano negou, disse ser especulação. Mas ao mesmo tempo fechou contrato de dois anos. E com multa rescisória. Se demitido, receberia seu salário até janeiro de 2018. Nada menos do que R$ 48 milhões. Os chineses aceitaram. E o técnico virou as costas ao planejamento no Cruzeiro. Com a triste constatação. Suas entrevistas não devem ser levadas tão a sério. Afinal, ele havia sido muito claro ao chegar na Toca da Raposa. Perguntado sobre trabalhar em mercados periféricos do futebol, esta foi sua resposta. "Nunca fui um técnico que acha que tem de sair a qualquer custo. Não acho que acrescente ao técnico brasileiro ir para qualquer lugar. Se for para um nível muito baixo, receberá excelente salário, mas não terá condições de fazer um trabalho que te projete como técnico no mundo, que acho que é o mais importante." Três meses depois estava fazendo as malas. Deixou Gilvan Tavares na mão. O máximo que fez foi indicar o seu auxiliar Deivid como treinador. Sua indicação fez o Cruzeiro perder o semestre.

Mano chegou com status de estrela do futebol brasileiro. O time milionário está descobrindo que, se for estrela, é cadente. Ele se cercou de jogadores que conhece. O volante Jucilei, o armador Montillo e os atacantes Diego Tardelli e Aloísio. Mandou contratar Gil. E deixou tudo adiantado com Elias. Pela cota de estrangeiros, Montillo deverá ser descartado. E poderá voltar ao futebol brasileiro. Isso se Mano continuar. A campanha que faz é vexatória. Em dez jogos: cinco derrotas, três empates e duas vitórias. O time tem nove pontos. E é penúltimo colocado, ocupa a zona do rebaixamento. Está a 18 pontos do líder Guangzhou Evergrande. O objetivo da direção do Shandong é ser campeão chinês. Ou, no mínimo, disputar a Copa dos Campeões da Ásia, reservada aos três primeiros dos 16 times que disputam o Chinês. A distância já é de 11 pontos. Pela prepotência de Mano, a situação é caótica. O descontentamento com seu fraco trabalho é imenso. O clube está nas oitavas de final da Copa dos Campeões da Ásia. Empatou em casa com o Sidney FC em 1 a 1. A partida decisiva será na Austrália. Se houver a eliminação, a situação de Mano deverá ficar insustentável no comando do time. Seu maior escudo é a multa rescisória.

Pior só Vanderlei Luxemburgo. Esse já estava assumidamente decadente no país. Só acumulava vexames e demissões. Oito demissões seguidas e fracassos desde 2008. Estava com as portas dos grandes clubes fechadas. Foi quando caiu do céu uma proposta coerente com seu atual potencial. A Segunda Divisão Chinesa. Os desavisados dirigentes do Tianjin Quanjiang não conheciam as promessas vazias de Luxemburgo. As que tem coragem de batizar como "projetos". O plano, óbvio, subir para a Primeira Divisão nesta temporada. Depois, o céu seria o limite. Vencer a Liga principal e Copa dos Campeões da Ásia, disputar o Mundial de Clubes... Mas a direção do Tianjin Quanjiang não foi tão ingênua. Condiciou o contrato de três anos à subida de divisão ainda em 2016. Só que o início de temporada já mostrou a decadência de Vanderlei.

De acordo com o site Transfer Markt, o Tianjin Quanjian gastou 40,60 milhões de euros na janela de transferência (cerca de R$ 160 milhões). Geuvânio foi a contratação mais cara. Atrás dele aparecem Lu Zhang (goleiro), Ke Sun (meia) e Jadson. A lista ainda conta com o volante Xuri Chao, do Guangzhou Evergrande, que custou 4,2 milhões de euros. O time não vence há cinco partidas. É o nono colocado entre 16 equipes. Venceu quatro partidas, empatou três e perdeu três. De muito pouco tem adiantado as contratações de Jadson, Luís Fabiano e Geuvânio. O clube tem apenas 15 pontos. O líder Qingdao Huanghai tem 24 pontos. E o vice, Guizhou Zhicheng, 23. Os chineses que levaram Luxemburgo ficaram revoltados. Estão descobrindo que erraram em acreditar nas suas promessas. Mas há uma multa altíssima para mandá-lo de volta ao Brasil: R$ 40 milhões. Trataram então de desmoralizá-lo. Afastaram seis membros de sua imensa Comissão Técnica de 11 pessoas.

Foram dispensados o gerente de futebol Gabriel Skinner, o fisiologista Cláudio Pavanelli, o preparador físico Daniel Félix, o fisioterapeuta Tarson, o médico Flávio e o massagista Mumu. Wagner Miranda, o preparador físico Diogo Linhares, o fisioterapeuta Fabiano Bastos, o auxiliar Maurício e próprio Luxemburgo ficaram. O treinador sabe que está sendo minado, forçado a ir embora. Só que não vai virar as costas para R$ 40 milhões. Se os chineses quiserem mandá-lo embora, que paguem. Jadson, Luís Fabiano e Geuvânio estão apavorados. Esta é a constrangedora situação de Mano e Luxemburgo. Dois ex-técnicos da Seleção Brasileira. Decadentes. E que estão conseguindo o que parecia impossível. Fechar o mercado para treinadores brasileiros na China. Felipão, o técnico dos 7 a 1, se tornou mera exceção...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sábado, 28 de maio de 2016

O sofrimento do Atlético de Madrid. Tomou gol impedido, desperdiçou pênalti. Pela terceira vez foi vice. O Real Madrid, de Zidane e Cristiano Ronaldo, conquistou sua 11ª Champions League em Milão...

O sofrimento do Atlético de Madrid. Tomou gol impedido, desperdiçou pênalti. Pela terceira vez foi vice. O Real Madrid, de Zidane e Cristiano Ronaldo, conquistou sua 11ª Champions League em Milão...




Só restaram lágrimas para tentar aliviar a tristeza, a frustração, o destino. Outra vez o Atlético de Madrid não conseguiu vencer a Liga dos Campeões. O Real Madrid novamente foi seu carrasco. Como em 2014, o grande rival da mesma cidade acabou com os sonhos. Em Milão, depois de um épico 1 a 1, nos 90 minutos. Com direito ao time de Simeone tomar gol impedido de Sergio Ramos e o francês Griezmann desperdiçar uma penalidade. 0 a 0 na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Coube a dois ídolos dos lados rivais o destino do título mais importante de clubes de 2016. O Real Madrid havia acertado quatro cobranças. O Atlético, as suas três. O incansável Juanfran foi para a cobrança. Acertou a trave direita de Navas. Oblak teria de defender a batida justo de Cristiano Ronaldo. O português que visivelmente jogou contundido, não iria perder a oportunidade de entrar mais uma vez na história. Cobrou com convicção, força. Não dá a menor oportunidade ao goleiro. E cruel, como em 2014, tira a camisa para comemorar. 5 a 3 para o Real Madrid na decisão por pênaltis. A Europa se dobra pela 11ª vez ao seu maior conquistador. Ao valente Atlético de Madrid só restaram as lágrimas. Pela terceira vez na sua história tem o amargo gosto do vice campeonato. O jogo foi de uma dramaticidade incrível. Cercado de teorias e expectativas, os dois grandes rivais da capital da Espanha chegavam a Milão. São dois clubes muito ricos, com dois grandes elencos. O Real Madrid tem o elenco mais valorizado do mundo. O Atlético, o 13º. Está longe de ser um "pobre coitado". A maior estrela da partida, Cristiano Ronaldo foi para o jogo com dores na coxa direita. Estava em campo mais pelo carisma, por ter feito incríveis 16 gols nesta Champions. Um só a menos que o seu recorde de 2014. Tinha de jogar. Era importante pelo lado psicológico. Zinedine Zidane mostrava o poder de sua estrela. Em apenas cinco meses já chegava à decisão da Champions League. Consertou o rumo de Rafa Benitez, treinador excepcional que perdeu o brilho nos últimos anos, até se tornar um burocrata. O grande ídolo francês foi esperto. Ficou cúmplice dos jogadores. Decidiram juntos a melhor maneira de o Real Madrid atuar. Embora seu ataque seja excelente, muitas vezes soube defender e usar a velocidade dos contragolpes mortais.

Além disso, inúmeras jogadas ensaiadas em bola parada. É uma equipe poderosa. Com ótima recomposição. Intensidade e poder de marcação. Vai muito além do clichê de grandes jogadores espalhados no campo. Taticamente o Real Madrid tem grandes recursos. Mas o trabalho de Diego Simeone no Atlético de Madrid é brilhante. Em cinco anos, ele conseguiu impor um padrão impressionante. Conseguiu mesclar estrelas, jogadores competitivos, revelações da base. Usando os recursos táticos que também rompem a fronteira do mero defensivismo. Sua equipe marca sim forte demais, valoriza cada centímetro do gramado, seus atletas têm obediência tática e dinâmica de jogo impressionante. Sabe como sufocar o adversário no seu campo. Tem velocidade nas triangulações pelas laterais. E também muitas jogadas ensaiadas. Preparo físico invejável. Não é um trabalho vitorioso por acaso. Não vem derrubando grandes equipes tradicionais por sorte. Merecia estar na final da Champions em Milão. Quem não merecia estar na final de hoje eram Mark Clattenburg e o auxiliar Simon Beck. O Real Madrid começou muito melhor o jogo. Se impunha no toque de bola. E contava com a colaboração do Atlético de Madrid, recuado demais, o que deu confiança para os comandados de Zidane. Mas tudo ainda estava sob controle. Foi quando Simon Beck interferiu no jogo. Teve a coragem de não enxergar impedimento claro. E em bola parada. Kroos cobrou falta. Em jogada ensaiada, Bale desviou. E o sempre truculento Sergio Ramos empurrou a bola para as redes. Estava à frente, sozinho, impedido. Mas Simon Beck não enxergou. E sabotou a arbitragem de Clattenburg. 1 a 0 Real Madrid, aos 14 minutos. Gol irregular. O lance é mais um argumento que a Fifa ganha para introduzir de vez a tecnologia no futebol. É algo insano a multimilionária Champions League correr o risco de ser decidida em um gol em impedimento. Quando sobram recursos tecnológicos. Não é justo. Beira a estupidez.





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A terrível suspeita de envolvimento de um jogador no hediondo estupro de choca o Brasil, o mundo. Luquinhas, revelação de Seedorf, estaria entre os 33 acusados de violentar uma adolescente. E colocar o vídeo na Internet...

A terrível suspeita de envolvimento de um jogador no hediondo estupro de choca o Brasil, o mundo. Luquinhas, revelação de Seedorf, estaria entre os 33 acusados de violentar uma adolescente. E colocar o vídeo na Internet...




É um dos casos mais revoltantes neste país de tanta impunidade. Trinta e três homens teriam dopado e estuprado uma adolescente de 16 anos no Morro da Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá. O crime hediondo aconteceu na noite do sábado passado, dia 21 de maio. Os criminosos foram além com a barbárie, filmaram a menina desmaiada, com close na sua genitália sangrando. Ele teve uma forte hemorragia e ruptura da bexiga. Fizeram questão de divulgar a façanha. Postaram o vídeo no facebook e no whatsapp. Os estupradores foram cruéis, desumanos nas legendas do vídeo. "Olha como que tá. Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta." "Essa aqui, mais de 30 engravidou. Entendeu ou não entendeu?" "Fizeram um túnel na mina." O grupo se batizou de "Trem Bala do Marreta", depois do covarde crime. O vídeo chegou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. A princípio houve a desconfiança que o vídeo fosse verdadeiro. Nem os policiais acreditaram em tamanha crueldade. Mas as 800 denúncias que chegaram ao Ministério Público e a localização da jovem, três dias depois, confirmaram a veracidade. Os dados são alarmantes. De acordo com o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um estupro acontece no país a cada 11 minutos. Os dados mais recentes são de 2014. Naquele ano, 47 mil e seiscentas pessoas foram estupradas aquele ano. Detalhe, apenas cerca de 35% dos estupros são denunciados no país.

No ano passado, quatro adolescentes foram tirar fotos em cima de um morro na cidade de Castelo, no Piauí. Quatro menores e um homem de 40 anos a abordaram. As amarraram. Obrigaram a beber enorme quantidade de aguardente. As estupraram. Encheram suas bocas de isopor para não gritar. E as atiraram do alto da ribanceira. Queriam matá-las. Um só morreu, a estudante Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos. As outras sobreviveram. E delataram a barbárie. Os adolescentes ficaram na mesma cela. O que confessou ser verdade o estupro acabou morto pelos companheiros. Tanto o caso do Piauí como o do Rio de Janeiro ganharam manchetes nos portais, nos jornais, nas tevês do mundo todo. O Brasil agora ganha a fama de país dos estupros coletivos. O que tem a ver essas barbaridades com o futebol? A polícia do Rio de Janeiro ouviu o depoimento de C.B.T.P. E ela confirmou que foi envolvida em uma vingança. Foi chamada para o Morro do Barão para reencontrar um ex-namorado. Estaria conversando e bebendo com ele. Quando acordo seu viu nua cercada de homens com fuzis e revólveres. Foi dopada pelo ex e oferecida ao grupo de bandidos envolvido no tráfico de drogas na favela. Entre os que teriam participado do estupro, um jogador de futebol. De acordo como o Globo Esporte, se trata de Lucas Perdomo Duarte Santos. Atleta do Boa Vista. Ele está foragido desde que o estupro coletivo virou notícia. Luquinhas tem 20 anos e foi descoberto por Clarence Seedorf. O holandês via muito potencial no seu futebol. A Polícia do Rio de Janeiro está atrás de Lucas.

O departamento jurídico do Boa Vista quer rescindir o contrato do jogador. O gestor do clube carioca se mostrava revoltado. "Estou chocado. Oficialmente, o Boavista, assim como todo o Brasil, espera que todos os culpados paguem por essa coisa horrível sem precedentes que aconteceu", disse ao site. O estupro coletivo com a divulgação pela Internet tomou proporções imensas. O presidente em exercício, Michel Temer, vai criar um departamento na Polícia Federal só para cuidar da violência contra a mulher. Temer divulgou uma nota oficial sobre o caso. "Repudio com a mais absoluta veemência o estupro da adolescente no Rio de Janeiro. É um absurdo que em pleno século 21 tenhamos que conviver com crimes bárbaros como esse. O ministro da Justiça convocou reunião com os secretários de segurança pública de todo país, nesta terça-feira, quando tomaremos medidas efetivas para combater a violência contra a mulher.

Vamos criar um departamento na Polícia Federal tal como fiz com a delegacia da mulher na Secretaria de Segurança Pública do governo Montoro, em São Paulo. Ela vai agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo país. Nosso governo está mobilizado, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, para apurar as responsabilidades e punir com rigor os autores do estupro e da divulgação do ato criminoso nas redes sociais." A presidente afastada Dilma Rousseff também se manifestou. "Presto minha total solidariedade à jovem, menor de idade, estuprada por vários homens. Além de cometerem o crime, os agressores ainda divulgaram fotos e vídeos da vítima, desacordada, na internet. Uma barbárie." A menor estuprada resumiu seu sentimento. "Não me dói no útero. Me dói na alma." A situação atinge em cheio a sociedade como um todo. A fama que Luquinha esperava chegou. Não com seu futebol, como apostava Seedorf. Mas da maneira mais cruel, vil possível. Que a justiça seja feita. Pelo menos desta vez. No Brasil, o país da impunidade...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Cuca dá aula de modernidade. Palmeiras mostra que é possível ter uma, duas, três maneiras de jogar durante 90 minutos. O futebol brasileiro pode ir além de só copiar esquemas europeus...

Cuca dá aula de modernidade. Palmeiras mostra que é possível ter uma, duas, três maneiras de jogar durante 90 minutos. O futebol brasileiro pode ir além de só copiar esquemas europeus...




Há muito tempo o futebol brasileiro não assistia uma revolução tática. Os treinadores desse país, tão fãs da filosofia europeia de jogo, costumam repetir o modus operandi. Dissecam, dois ou três anos depois, o que um grande time está fazendo. E, com muita dificuldade, tentam repetir por aqui. Foi assim que desembarcaram o 3-5-2, o 4-2-3-1, o 4-3-3 com dois atacantes de velocidade pelos lados, o 4-1-4-1, o 4-2-2-2... Fora todos os mais antigos. Por curiosidade vale a pena saber que o futebol registra como seu primeiro esquema tático, o 1-1-8, quando todos pensavam em marcar gols. Aos poucos, o esporte foi ganhando racionalidade. 1-2-7, 2-2-6. O 2-3-5, desenvolvido na Inglaterra foi conhecido como pirâmide e acabou usado em todos os clubes, considerado o ideal, definitiva tática para o futebol. Isso nos anos 10 do século passado. Veio a revolução do impedimento, criado na década de 20. Aí surgiu o WM. Três zagueiros, dois médios (volantes), dois meias e três atacantes. Visto pelo alto, o desenho tático forma as duas letras. O Brasil, campeão de 1958, deve muito ao húngaro Béla Guttmann, que treinou o São Paulo. Já com visão de preenchimento de espaço, foi campeão paulista de 1957, com seu 4-4-2. Quem era seu auxiliar? Vicente Feola, treinador da Seleção na Suécia. E que implantou o mesmo sistema de jogo. E que também foi copiado, lógico. O Ferrolho Suíço, em 1938, já havia eliminado a Alemanha. No 5-3-2, considerado indecentemente defensivo, havia a figura do líbero. Depois a Itália e a Alemanha o consagraram. O Brasil foi utilizá-lo com Lazaroni em 1990. Foi um desastre. Os esquemas se sucedem. Guardiola é o treinador mais ousado do planeta. Misturou o futebol total da Holanda, com a movimentação da Seleção Brasileira de 1970. Aboliu as posições fixas do meio para a frente. E priorou a posse de bola de forma absurda. Esse foi seu Barcelona histórico. No Bayern forçou o 4-1-4-1, com muita intensidade, versatilidade. Acabou eliminado três vezes de forma consecutiva por times espanhóis, nas semifinais da Champions. Por isso não influenciará a história.

O defensivista José Mourinho, o versátil Jürgen Klopp, o rei da intensidade, Diego Simeone. O defensor da ofensividade e do refinamento e da velocidade nos contragolpes, Zinédine Zidane. A pressão impiedosa na saída adversária e a maneira compacta dos times de Ancelotti. Exemplos não faltam de homens com visões de como distribuir um time de futebol com eficiência. Usar os onze jogadores, sim incluído o goleiro, novo líbero dos tempos modernos, da melhor maneira possível. Uma pena que esta linha de trabalho se restrinja à Europa. Por filosofia, racionalidade dos dirigentes e calendário condizente com a realidade. No Brasil, seguimos copiando o que dá certo. O esquema dos vencedores. Mas o grande detalhe é que os técnicos e os times param em um só esquema. Se é para copiar o 4-1-4-1 acabou. O jogo pode estar como estiver, não há variação. Não há plano B, plano C. A desculpa, sempre a mesma. Os jogadores brasileiros são limitados. Conseguem desenvolver bem uma só função. E ponto final.

Desculpa esfarrapada. Porque quando vão para a Europa, são treinados. Fazem duas, três funções durante o mesmo jogo. "Na Europa entendi a importância dos treinos. Entendi o futebol." A declaração é de Neymar. No Barcelona de Luis Enrique, joga como ponta, meia, centroavante, desenvolveu o poder de marcação, fecha o lado esquerdo do time catalão com Jordi Alba, seu parceiro de triangulações. Neymar na Catalunha é um. Com a camisa da Seleção é outro. Por falta de companheiros, sim. Mas também porque taticamente a exigência é muito menor. Dunga oferece a intermediária ofensiva para flutuar e ponto final. Encaixado em um esquema tático definido, como era o Chile com o argentino Sampaoli. Passava do 4-1-4-1, para o 4-4-2 ao 3-4-3 na mesma partida. Desnorteava a zaga adversária, mas prevalecia nas intermediárias, onde se decidem os jogos.

Não é só a Seleção que se tornou refém de um só esquema. Os times daqui também. Por isso o que aconteceu ontem na arena palmeirense merece ser destacado. Cuca é mais um grande observador do futebol europeu. Tudo que desenvolveu taticamente veio de lá. Não fosse seu lado supersticioso seria levado ainda mais a sério. Afinal, os deuses do futebol protegem a todos da mesma maneira. Ele não se torna especial, diferente de ninguém vestindo uma camiseta, se ajoelhando. Ele deve ter sua fé. Mas o estádio de futebol não é o lugar para demonstrá-la. Também não deveria seguir a lei de Gerson, tentar levar vantagem em tudo. Está proibido o uso de comunicadores. O Palmeiras já foi flagrado no Campeonato Paulista, contra o Rio Claro, Omar Feitosa ouvia as determinações do suspenso Cuca, por rádio. E ontem, contra o Fluminense, novamente. Sandro Meira Ricci não percebeu. Mas outra vez o Sportv mostrou que Cuca se comunicava com o banco por conta de um ponto eletrônico. É algo ilegal, imoral. Foge às regras do futebol. Uma pena porque a superstição e o ponto eletrônico vão desviar o foco do excepcional trabalho tático que o Palmeiras realizou. Cuca utilizou dois sistemas completamente diferentes. Mostrou como se lida com um elenco grande como o compulsivo Alexandre Mattos trouxe para o Palestra Itália. Cuca queria explorar a lenta zaga do time carioca. E apostou em jogadores rápidos, leves no ataque. O surpreendente Roger Guedes, o talentoso Gabriel Jesus e o instável, mas ágil, Dudu. Só que Levir Culpi está longe de ser burro. Ele travou o Palmeiras superpopulando a intermediária. Cleiton Xavier não conseguia respirar. E a bola não chegava em boas condições para o endiabrado ataque palmeirense.

No intervalo, usando seu proibido poder de comunicação, Cuca mudou a partida. Foi ousado demais. Fez duas trocas. Tirou Egídio e Cleiton Xavier. Acabou com seu 4-2-1-3. Com Moisés e Alecsandro, transformou o time. Passou a atuar no 3-3-2-2. Tchê Tchê deixou de ser volante, virou lateral. Não direito como no Audax, mas esquerdo. Trocava de posição com Matheus Sales, na saída de bola. Moisés passou a jogar como segundo volante, equilibrando a intermediária. Gabriel Jesus passou a atuar recuado pela esquerda. Dudu foi centralizado passando a ver de frente a zaga carioca. Alecsandro ora atuava como pivô, ora saia da área, atraia os zagueiros e abria espaço para quem vinha de trás. Roger Guedes se fixou na direita. Depois entrou Zé Roberto no lugar de Gabriel Jesus, atuando como volante pela esquerda, sem preocupação desesperada em marcar. Apenas armando. É onde joga muito melhor. Levir não esperava a transformação. Tanta versatilidade tática do rival. A derrota por 2 a 0 foi menor do que deveria. Escapou de uma goleada no segundo tempo. Cuca mostrou que é possível utilizar dois esquemas táticos diferentes. Jogadores podem fazer mais do que uma função. Basta treinar. E elenco grande dá a possibilidade de tirar o melhor de cada atleta, dependendo do adversário. Basta controlar sua superstição. E também parar de burlar a lei com pontos eletrônicos. O Palmeiras pode dar enorme contribuição para o futebol brasileiro. Dar um passo à frente. Mostrar que os times podem ir além de apenas copiar um esquema. É possível mudar a maneira de atuar durante 90 minutos. Isso é o que as outras seleções do mundo fazem com o Brasil. E Dunga ainda não percebeu...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli

Muricy não é mais o técnico do Flamengo. Sua saúde não suportou. O clube em crise, não quer mais um revolucionário. Busca apenas um técnico de futebol. Abel Braga pode ser anunciado ainda hoje...

Muricy não é mais o técnico do Flamengo. Sua saúde não suportou. O clube em crise, não quer mais um revolucionário. Busca apenas um técnico de futebol. Abel Braga pode ser anunciado ainda hoje...




"Não vou fazer como o Telê. Ele trabalhou até perder a saúde. A vida é muito mais que o futebol." Foi com essa convicção que Muricy Ramalho avisou à direção do Flamengo que não voltará para a Gávea. Exames mais apurados mostraram que a fibrilação auricular, forte arritmia cardíaca, poderia ter implicações. E que o treinador de 60 anos precisa descansar, se afastar da tensão, da pressão. Descansar. Ou seja, os médicos o obrigaram, em nome de sua saúde, a desistir de seguir trabalhando no Flamengo. Como também queria a sua família. O presidente Eduardo Bandeira de Mello fará o anúncio oficialmente nesta quinta-feira. E há a possibilidade de o clube já anunciar o novo treinador. Abel Braga é o grande favorito. Ele já manifestou interesse. Se for feito o convite, ele deverá aceitar. Teria até recusado convite do Atlético Mineiro tendo como alvo seu retorno à Gávea, onde trabalhou em 2004, ganhando o Carioca. A notícia de que Muricy Ramalho não continuará vazou nesta madrugada. Foi importantíssima para desviar o foco do caos que aconteceu em Volta Redonda. Jogando muito mal, o time apenas empatou com a Chapecoense em 2 a 2. A torcida vaiou, xingou o time. O presidente Eduardo Bandeira de Mello discutiu com torcedores. O ônibus do time foi apedrejado por membros das principais organizadas. A Polícia Militar teve de dar escolta ao time depois de mais um fracasso. O clima era de muito medo da revolta dos torcedores. Havia o boato de que as organizadas fariam tocaia, invadiriam a Gávea para cobrar os dirigentes e os jogadores. Por isso a PM seguiu escoltando a equipe.

O sonho de Muricy revolucionar o Flamengo não durou seis meses. Ele foi anunciado como treinador no dia 8 de dezembro. Tinha o sonho de modernizar o futebol do clube. Se preocupou com coisas demais. Quis ser manager, executivo de obras e técnico. O desgaste foi imenso para quem, aos 60 anos, acabava de ficar quase um ano afastado do futebol. Por problemas graves de saúde. Teve de se submeter a uma operação para a retirada da vesícula. Seu desejo era fazer o Flamengo atuar como o Barcelona. Com posse de bola e toque de bola curto, efetivo. Time com intensidade. Uma revolução. Para conseguir tudo isso, precisava de resultados, vitórias, conquistas. E elas não vieram. O time fracassou na Primeira Liga. Passou vexame no Campeonato Carioca, assumindo sua freguesia diante do Vasco. Não conseguiu sequer chegar à decisão do título. Na Copa do Brasil já estava perto da eliminação. A derrota no Ceará para o Fortaleza, obrigava o Flamengo a uma vitória de qualquer maneira, no Rio. Ou então, o clube teria confirmada a sua pior campanha na história da competição. Foi trabalhando, nos treinamentos, que Muricy Ramalho começou a passar mal. Seu coração começou a sinalizar que não estava bem. Teve de ser internado às pressas. Depois da situação estabilizada, os médicos recomendaram uma bateria de exames mais específicos. O medo é que seu organismo ainda estivesse debilitado pela retirada da vesícula no ano passado. Muricy é um treinador muito estressado. Se deixa consumir nos momentos de dificuldades, como este que vivia na Gávea. A família já estava muito preocupada pelo tensão que vivia na Gávea.

Eduardo Bandeira de Mello era muito cobrado pela falta de resultados de Muricy. Tudo ficou perto do insuportável com a eliminação em casa para o Fortaleza. O Flamengo confirmava sua pior campanha na Copa do Brasil. Terceiro fracasso no ano. A oposição e membros importantes da situação concordavam. Era hora de mudanças no futebol. Bandeira de Mello desistiu até de chefiar a delegação da Seleção na Copa América dos Estados Unidos. Teria de mudar o rumo do futebol. E já havia confidenciado às pessoas mais próximas que não esperaria por Muricy. Se ele precisasse de um tempo para se recuperar, o Flamengo contrataria outro técnico. Muricy soube dessa decisão de Bandeira de Mello.

E decidiu seguir os conselhos dos médicos e cedeu à pressão da família. Principalmente da esposa Roseli. Ao lado do marido, ela acompanhou a isquemia cerebral de Telê Santana, em janeiro de 1996. A doença, falta de irrigação no cérebro, é associada ao stress. Telê nunca mais voltou a trabalhar. E os efeitos da isquemia foram terríveis. Muricy já tem sua vida financeira resolvida. São 23 anos como treinador. Foi campeão da Libertadores. Tetracampeão brasileiro. Ganhou três Paulistas, dois Gaúchos e dois Pernambucanos. Além de outros títulos. Já não precisa do futebol para viver. A aposentadoria pode ser o caminho. Será muito difícil um clube bancar todo seu planejamento em Muricy, como o Flamengo acabou de fazer. Sua condição de saúde não recomenda essa aposta. Quanto ao Flamengo, o sonho de se tornar um pedaço da Catalunha acabou. Bandeira de Mello quer um treinador tradicional. Que tenha como meta trabalhar o time. Fazer a equipe ganhar jogos, buscar vaga para a Libertadores é a prioridade. A infraestrutura do clube, a reforma do CT, do do Departamento Médico, da Fisiologia, da Fisioterapia, ficarão a cargo dos dirigentes. Técnico cuidará de jogadores, de esquemas táticos, de bola. E só. Por isso, alguém como Abel Braga é o ideal. O clube espera anunciar seu nome ainda hoje. O fato novo tem potencial para estacar a crise. Acalmar a ira dos torcedores. A descrença da imprensa. Muricy não é mais o técnico do Flamengo. Sua saúde não permitiu. O contrato até o final de 2017 não existe mais. O projeto de modernização do futebol foi arquivado. O que o clube precisa é de vitórias para seguir em paz...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli