domingo, 13 de março de 2016

Cuca contratado. Tratamento de choque para o Palmeiras tentar salvar a Libertadores. Diretoria quer foco total no futebol. E discrição na religiosidade e superstições...

Cuca contratado. Tratamento de choque para o Palmeiras tentar salvar a Libertadores. Diretoria quer foco total no futebol. E discrição na religiosidade e superstições...




Foco no futebol e discrição com suas superstições e religiosidade. E garantia de renovação de contrato até o final de 2017, se o Palmeiras conseguir o título do Campeonato Brasileiro ou da Copa do Brasil. Mas o principal foco é mesmo a reação imediata. Salvar o time na Libertadores da América. Comandar o famoso "tratamento de choque" com a troca do treinador durante uma competição. Esses os aspectos fundamentais da contratação de Cuca pelo Palmeiras. O acordo foi fechado na noite de ontem, a princípio, por nove meses. Até o último dia do mandato de Paulo Nobre. Conselheiros ligados à ala que mantém o presidente no poder garantem: seu salário ficará entre R$ 500 mil e R$ 600 mil. Com bônus especiais por conquistas. Marcelo Oliveira recebia R$ 400 mil. Cuca ganhava cerca de R$ 1,3 milhão no Shandong Luneng. Na China, acabou dispensado. Não conseguiu os objetivos: vencer a Copa Asiática e nem o Campeonato Chinês. Foi trocado por Mano Menezes. Teve proposta do Fluminense. Mas abriu mão ao saber que o clube negociava também com Levir Culpi. Ele já declarou várias vezes que desejava um dia trabalhar no Palmeiras. Foi jogador do clube em 1992. O executivo Alexandre Mattos garantiu ao treinador. Se ele detectar a necessidade de reforços, o clube poderá buscar um ou dois atletas importantes. A busca de um meia é algo mais do que garantida.

Cuca evoluiu muito como treinador nos últimos anos. Enquanto ajoelhava, rezava e comandava os jogos do Atlético Mineiro com uma camisa com a imagem de Nossa Senhora, o time mostrava uma ótima distribuição tática. Não era o 4-2-3-1 fixo de Marcelo Oliveira no Cruzeiro. O time campeão da Libertadores de 2013 e bicampeão mineiro empolgava pela vibração da equipe. A compactação, a recomposição. E, principalmente, por transformar o estádio Independência em um "caldeirão", um "inferno" para o adversário. Com o time marcando pressão no campo adversário, não deixando o rival respirar. Deverá tentar fazer o mesmo na moderna arena palmeirense. Foi projetada para que a acústica e a proximidade do torcedor do gramado incendeiam o time da casa. Bem ao gosto de Cuca. Seu time prioriza o toque de bola do meio de campo. Foi com ele que Ronaldinho Gaúcho teve a sua última grande passagem no futebol. O que será ótimo, se conseguir no Palestra Itália. O time, com Marcelo Oliveira, ficou viciado nos chutões de Fernando Prass e dos zagueiros. A pobre "ligação direta". Cuca já sabe que o elenco palmeirense se ressente de pelo menos um meia talentoso, habilidoso, inteligente. Jogadores velocistas pelos lados do campo, como Dudu, também ganham muito espaço no esquema do técnico. Assim como dois laterais ofensivos, vibrantes. Volantes destrutivos e com capacidade de sair jogando são fundamentais. Além de meias, ele também é adepto de atacantes fortes, com potencial para fazer o pivô, cabecear ou empurrar a bola para o gol, usando sua força física. Foi assim que Jô renasceu para o futebol na Cidade do Galo. Chance para Alecsandro. Ele usa muito as bolas paradas. Jogadas de escanteio e faltas são treinadas à exaustão. Uma das queixas silenciosas da diretoria contra Marcelo Oliveira era o pouco número de treinos. O novo técnico palmeirense vai pelo caminho contrário. Trabalha até demais, de acordo com a imprensa mineira.

Para o sucesso de Cuca, um excelente preparador físico será fundamental. O Palmeiras está buscando um grande nome no mercado. E ele trabalhará fixo do clube. Poderá vir qualquer técnico, ele será mantido. O novo treinador chega ao clube com seu irmão Cuquinha, como auxiliar, e o analista de desempenho, Eudes Pedro. O ponto fraco das equipes de Cuca são os contragolpes adversários. O Atlético Mineiro passou por incríveis sufocos na Libertadores de 2013. Victor salvou a equipe por diversas vezes. Cuca sabe o quanto ficou em débito com o goleiro.

Ao contrário de Marcelo Oliveira, Cuca costuma ser muito próximo dos jogadores. Não mantém distância. Costuma fazer pactos emocionais. Se torna cúmplice do grupo. Consegue maior entrega, parceria. Atitudes como a do ex-treinador, responsabilizar um jogador por uma derrota e afastá-lo do time, avisando primeiro a imprensa, não acontecerão. O que se passou com Leandro Almeida é algo representativo. Exemplo do que o treinador não irá fazer. Na intimidade do Palmeiras, muita gente importante sabe que Marcelo Oliveira perdeu a confiança do grupo. Ao jogar nas costas de Leandro Almeida a derrota contra o São Bento. E anunciar para os jornalista que ele, além de perder a posição, seria afastado do time. Há um código de honra no futebol. Esse tipo de decisão deve ser avisada ao atleta antes dos repórteres. Cuca é muito bom "de vestiário". A situação do Palmeiras na Libertadores é complicada. Depois de três jogos, está em segundo no grupo 2, com quatro pontos. O ruim é que os dois adversários mais fortes serão enfrentados fora. O Nacional no Uruguai. E o Rosario Central na Argentina. Só o River Plate do Uruguai será em São Paulo. A mudança de filosofia começará a ser imposta a partir desta segunda-feira, quando será apresentado à imprensa. Ele deverá já começar a trabalhar. O confronto contra os uruguaios será na quinta-feira. Não será surpresa se Cuca antecipar a concentração. E ele mesmo se juntar ao elenco para começar a formar uma espécie de "família Scolari" moderna.

Cuca já foi avisado que a imprensa paulista é muito rígida em relação. Deverá ser discreto em relação às superstições como evitar que o ônibus que leva o time dê marcha-ré, para não dar má sorte. Assim também como sua religiosidade deve ser controlada. Como acompanhar decisões de pênalti ajoelhado, rezando, com camiseta com a imagem de Nossa Senhora e agarrado a um terço, como cansou de fazer no Atlético Mineiro. O treinador deve acompanhar ao clássico de logo mais, as 11 horas, contra o São Paulo, no Pacaembu. O time será comandado pelo auxiliar fixo palmeirense, Alberto Valentim. Começará amanhã sua nova vida como técnico palmeirense. É o sétimo treinador que Paulo Nobre contrata desde janeiro de 2013. Chegou o "tratamento de choque" para tentar salvar a Libertadores...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Mar 2016 05:40:55

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