quarta-feira, 30 de julho de 2014

Felipão, Parreira e Murtosa receberam mais de R$ 9 milhões pela demissão da Seleção. A revelação deste valor absurdo é ótimo para Marin. A opinião pública entenderá a dispensa. E esquecerá a 'traição'...

Felipão, Parreira e Murtosa receberam mais de R$ 9 milhões pela demissão da Seleção. A revelação deste valor absurdo é ótimo para Marin. A opinião pública entenderá a dispensa. E esquecerá a 'traição'...




Nos bastidores do futebol não há lugar para amadores. Ainda mais quando estão envolvidas pessoas que militaram na política brasileira. Aprenderam que perdão é fraqueza. Como o atual presidente da CBF. O ex-governador biônico de São Paulo, José Maria Marin. Ele já percebia uma onda favorável a Felipão na imprensa. Não pelo desempenho do Brasil nos jogos decisivos na Copa do Mundo. Mas pela maneira como foi dispensado da Seleção Brasileira. Logo após da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, ele se reuniu com Marin e com o seu sucessor eleito, Marco Polo del Nero. Recebeu dos dois a promessa que continuaria, seguiria na Seleção. Fosse qual fosse o resultado contra a Holanda. Mas veio outra derrota desmoralizante por 3 a 0. E o discurso raivoso de Galvão Bueno na TV Globo exigindo uma reformulação na Seleção Brasileira. Marin e Marco Polo decidiram que seria melhor esquecer a promessa feita a Scolari. E seguir a vontade da opinião pública. Fazer mudanças. Desde que não fosse um treinador estrangeiro. Optaram por um representativo e que, de tão satisfeito pela escolha, se submeteria aos planos dos dois. Aceitasse ser um funcionário encaixado na engrenagem. Que não questionasse calendário, qualidade dos amistosos, Gallo na Seleção Olímpica, Gilmar Rinaldi na coordenação. Dunga aceitou feliz da vida retornar à Seleção. Mas havia a história da 'traição' a Felipão. Era necessária jogar a pá de cal na questão. Só havia um caminho para ganhar a opinião pública. Revelar com todos os centavos quanto a CBF gastava com a Comissão Técnica que fracassou na Copa de 2014. Um velho golpe que sempre costuma dar resultados.

E os documentos de quanto Felipão, Parreira e até Murtosa ganhavam chegaram à Folha. Coincidência oportuna. Capaz de mostrar de vez o acerto na dispensa do trio. Juntos, os três receberam cerca de R$ 9 milhões com a demissão. Scolari ganhou em junho R$ 902.014,79 como salário. Estava computada uma premiação de quase R$ 300 mil. Seu vencimento mensal anterior era de R$ 612.154,43. Ao ser mandado embora ganhou R$ 4.197.000,00. O valor cobre multas e FGTS já que tinha registro na carteira de trabalho e foi demitido 'sem justa causa'. O coordenador Parreira embolsou R$ 4.197.000,00 milhões. Ele recebeu em junho R$ 901.538,75. Seu salário era de R$ 612.154,43, o mesmo de Felipão. Murtosa, o auxiliar técnico, também não tem o que reclamar. A demissão lhe rendeu R$ 751,700.00. Ele recebia R$ 82.785,50. Em junho, foram depositados na sua conta R$ 372.169,82. Ou seja, a CBF pagou R$ 9.135.000,00 como indenização ao trio que comandava a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. A divulgação dos valores tem um efeito colateral imediato. Chocar a opinião pública. Mostrar o quanto Marin apostou no trabalho dos três. E que não há motivo algum para que eles reclamem de nada. Nem da eventual 'traição'. Realmente, até agora, 9 horas da manhã desta quarta-feira, nenhum dos três reclamou de Marin. Não publicamente. Todos acataram a decisão do presidente da CBF. Mas o trio não esperava que sua vida financeira fosse tão escancarada. Sem dúvida alguma, a partir de hoje, Dunga terá mais paz para trabalhar. Do outro lado da discussão, mas também sem um pingo de ingenuidade, está Fábio Koff. O ex-juiz de Direito e ex-presidente do Clube dos 13 comanda o Grêmio. E acertou ontem a volta de Felipão ao clube depois de 18 anos. Para dar um ar de parceria com o técnico fez questão de avisar à imprensa gaúcha. Os dois acertaram os valores até o final de 2016 em um guardanapo. Tamanha a confiança entre os dois. Mas fique a lição que mata a ingenuidade do leitor. Nada do que acontece no futebol brasileiro é por acaso. Principalmente envolvendo dinheiro. Os salários, os custos em manter uma derrotada Comissão Técnica da Seleção deixaram de ser segredos hoje. Quando daqui a pouco haverá a primeira entrevista coletiva de Felipão depois da sua dispensa. Como falar em traição de Marin recebendo tanto dinheiro da CBF? É preciso parar alguns segundos e perceber o que está por trás de uma revelação jogada no ar. Perceber o porquê e quando ela se torna pública. Qual seu objetivo...





Categoria: formula-1
Autor: cosmermoli
Publicado em: Wed, 30 Jul 2014 09:22:16 -0300
Ler mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário