domingo, 27 de julho de 2014

O Corinthians jogou como grande e venceu seu primeiro clássico no Itaquerão. Ganhou do triste e acovardado Palmeiras. Elias desequilibrou. 2 a 0 foi até pouco...

O Corinthians jogou como grande e venceu seu primeiro clássico no Itaquerão. Ganhou do triste e acovardado Palmeiras. Elias desequilibrou. 2 a 0 foi até pouco...




Muito melhor time, o Corinthians se impôs como quis. Venceu com toda a justiça o primeiro clássico contra o Palmeiras na história do Itaquerão. O domínio da equipe de Mano Menezes foi total. Do primeiro ao último minuto. 2 a 0 foi até pouco. Elias foi o grande jogador. Mas o resumo é simples: venceu quem quis jogar futebol, ganhar o jogo. Perdeu o mais fraco, que se acovardou na defesa. O argentino Gareca tem um elenco limitado nas mãos, mas precisa ter mais personalidade, coragem. Não é por acaso que perdeu as três partidas que disputou no Brasileiro. E está congelado com 13 pontos. A situação é bem preocupante, mas Paulo Nobre e Brunoro fingem não ver. O clube vive um ano de centenário lamentável. É a sexta partida sem vitórias no Campeonato Nacional. Enquanto isso, o Corinthians, há oito jogos sem perder, assume o segundo lugar, atrás da equipe mais moderna do futebol brasileiro: o Cruzeiro. A qualidade do elenco de Mano Menezes é muito superior à do grande rival histórico. Mesmo sem Jadson, ele não teve o menor problema em montar uma equipe competitiva, firme, ofensiva. Já Gareca lamentava não poder colocar Diogo. Deixou o indolente no banco. Tratou de montar o mesmo esquema que utilizava com o Velez na Libertadores, quando atuava fora de casa. Tratou de colocar o Palmeiras no 4-5-1. Apenas Henrique ficava enfiado na frente. Mouche ajudava na marcação. O treinador queria de qualquer maneira travar as intermediárias. Segurar, amarrar o jogo. O Corinthians assumiu a iniciativa da partida desde o início. Mano, ao contrário, preparou seu time como se fosse enfrentar um pequeno, não um clássico. Adiantou o seu meio de campo. Ralf, Elias, Petros, Renato Augusto. Os quatro estavam perto de Guerrero e Romero. Fábio Santos e Fagner estavam liberados para apoiar. Era a partida de um time encurralado, sonhando com o 0 a 0, com o outro querendo se impor. Para se ter uma ideia, o Palmeiras não chutou uma bola ao gol no primeiro tempo. Postura inaceitável de um time grande. O Corinthians pouco concluiu. Apenas pelo desespero da marcação palmeirense, não como o rival, satisfeito em jogar atrás. Os primeiros 45 minutos foram disputados no meio de campo palmeirense. A grande falha que Mano precisa resolver é a falta de arremates dos seus jogadores. Há um certo preciosismo, toques a mais desnecessários. Petros precisa ter um pouco mais de ambição. Teve oportunidades para bater, mas preferiu tocar a bola a um companheiro. Romero também ainda está intimidado. Ainda precisa pedir licença a Guerrero.

O segundo tempo começou com Mano fazendo uma mudança importante. Adiantou Elias. Não havia preocupação. O meio de campo palmeirense só queria marcar. O versátil volante desequilibrou a partida. Aos cinco minutos, ele enxergou espaço precioso entre a defesa rival. E deixou Guerrero livre diante do bom Fábio. O toque foi elegante, tirou a bola do goleiro. 1 a 0, aos cinco minutos. Gareca tratou de colocar Leandro e Erik no lugar do inútil Mendieta e do improdutivo Henrique. Mas faltava talento para alguém levar a bola para os atacantes. O Corinthians continuou compacto, firme na frente. Não deixava o Palmeiras reagir. A vitória corintiana nunca correu risco algum. Apenas estava injusta a diferença no placar. Foi quando Elias no finalzinho da partida surgiu novamente. Jogando na frente, ele descobriu Petros livre no lado direito da grande área. Enfim ele decidiu chutar. A bola foi forte na trave direita, caprichosa, bateu no goleiro Fábio e voltou para as redes. Corinthians 2 a 0, aos 46 minutos. Partida decidida. "Nós não criamos. Só ficamos cuidamos da marcação. Assim fica difícil", reconhecia o preocupado Wesley. "Nós estamos no caminho certo. Conseguimos nos impor diante de um adversário tradicional, importante. Estamos sabendo o que queremos no campo", resumia, orgulhoso, Elias. Palmeiras e Corinthians realmente vivem momentos completamente diferentes. Um age e ambiciosa como time grande: deseja a conquista do Brasileiro, a volta à Libertadores em 2015. O outro, desonra o seu glorioso passado: se contentará apenas em não ser rebaixado para a Segunda Divisão, no ano do seu centenário...





Autor: cosmermoli
Publicado em: Sun, 27 Jul 2014 18:12:54 -0300
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