domingo, 21 de setembro de 2014

Mano deixou o Corinthians ser Corinthians. E Muricy travou covardemente o São Paulo. Vitória justa, merecida do dono do Itaquerão por 3 a 2. Guerrero desequilibrou o jogo...

Mano deixou o Corinthians ser Corinthians. E Muricy travou covardemente o São Paulo. Vitória justa, merecida do dono do Itaquerão por 3 a 2. Guerrero desequilibrou o jogo...




O Corinthians teve ambição, coragem. Nem parecia time treinado por Mano Menezes. Atacou do início ao final do clássico. E venceu o São Paulo no Itaquerão por 3 a 2. Muricy Ramalho montou sua equipe de maneira decepcionante. Atrás, buscando apenas contragolpes e gols em bolas paradas. Muito pouco para quem deseja se campeão do Brasil. Foi sua segunda derrota seguida em um momento importante do Brasileiro. Como o próprio Mano já abriu do mão título, o prazer sádico foi atrapalhar e muito o rival na briga para conseguir seu sétimo título nacional. Não adianta tentar repassar a culpa do fracasso ao árbitro Luiz Flávio de Oliveira. O medo sabotou seu time. "Nós tínhamos de ganhar do São Paulo, rival, na nossa casa. Conseguimos nos impor na raça, na vontade de ganhar. O Corinthians foi Corinthians e venceu", dizia, feliz, Guerrero. O peruano marcou um gol, sofreu um pênalti e esteve envolvido em outro. Além do que, provocou a expulsão de Alvaro Pereyra. Desequilibrou o jogo. Mostrou o que pode fazer quando tem companhia no ataque. "Nós não estamos aproveitando as características do nosso time. Não estamos atacando. Por isso perdemos os dois últimos jogos. Precisamos alterar a nossa maneira de jogar", desabafou o experiente Michel Bastos. Ele tocava na ferida. O São Paulo perdeu para o Coritiba e para o Corinthians abrindo mão de seu potencial ofensivo. Tomo seis gol, fez três e não fez um ponto sequer. Rogério Ceni fez tratamento intensivo para tentar disputar sua última partida contra o maior rival. Não conseguiu. Foi uma perda enorme. O líder da equipe fez falta nesse importante jogo. A proposta de Muricy sem poder escalar Pato frustrou quem esperava o São Paulo comprando a briga, tentando vencer para chegar mais perto do Cruzeiro. Nada disso. O time pisou no Itaquerão para tentar aproveitar os espaços que o Corinthians deveria deixar. O jogo ainda começou da melhor maneira possível para o São Paulo. Marcou 1 a 0 logo aos cinco minutos. Kaká cobrou falta, a defesa corintiana falhou e permitiu que a bola sobrasse livre para Souza fazer 1 a 0. O gol foi um choque para o time de Mano. Fez o Itaquerão se calar por alguns momentos. Só que bastaram alguns minutos e ficou claro que o São Paulo abdicaria de jogar. Queria apenas se defender. Apesar de ter escalado Luís Fabiano no lugar de Pato, impedido de jogar pela troca com Jadson, Muricy cometeu um pecado mortal. Deixou o veterano e lento atacante na frente. No mais, tratou de prender Kaká, Ganso e Alan Karde ao lado de Souza e Denilson. A formação do São Paulo eram duas linhas de marcação. Um com quatro zagueiros e outra com cinco atletas, volantes e meias. E apenas um atacante.

Muito pressionado com a sombra de Tite e certo que não ficará em 2015, Mano tratou de montar seu time ofensivamente. Entrou com quatro zagueiros, Ralf e Bruno Henrique e Renato Augusto. A surpresa Danilo foi. Ele entrou no lugar de Elias, barrado por uma amigdalite. O veterano meia entrou como elo entre os volantes e os atacantes Guerrero e o jovem e promissor Malcom. Mano ainda liberou Fagner e Fábio Santos para atacar. Nem parecia Mano Menezes. O Corinthians buscou a vitória do início ao final da partida. Incrível como Muricy travou sua equipe. Faltou ambição. Enorme desperdício assistir Kaká e Alan Kardec correndo atrás de Bruno Henrique e Ralf. Uma inversão total e descabida de valores. O São Paulo atuava como time pequeno. Auro e Álvaro Pereira muito travados, cuidando apenas da marcação. Mano já queria seu time no ataque, com o campo oferecido pelo rival, tudo ficou mais fácil. Bastou colocar os nervos no lugar. Ainda mais perdendo a partida logo de cara. O frio Danilo e o explosivo Guerrero foram fundamentais para o Corinthians se impor. A ajuda da torcida também foi impressionante. O treinador corintiano acertou na mosca ao optar pelo veloz e desinibido Malcom, vindo da base. Como teve uma passagem ainda garoto no São Paulo, o menino atuou com raiva, querendo provar o erro que seu ex-clube cometeu ao não aproveitá-la. Fez uma grande partida. Estava claro que o São Paulo não suportaria a pressão corintiana. O time se ressentia de Rogério Ceni. O veterano goleiro não pôde atuar, contundido. Denis não passa a mesma confiança, segurança à zaga. Tudo piorou aos 21 minutos, quando Tolói teve uma distensão na coxa esquerda. Entrou o instável Antônio Carlos para atuar ao lado afobado Edson Silva. A missão corintiana ficava facilitada. E não demorou para o Corinthians se aproveitar da troca. Guerrero se antecipou a Antônio Carlos, matou no peito e deu excelente passe para Malcom. O menino chutou, Dênis fez grande defesa, mas a bola voltou e o mesmo Antônio Carlos tocou a bola com a mão. Pênalti. Fábio Santos pediu para cobrar e bateu firme, no meio do gol, contra seu ex-clube. 1 a 1. A impressão era que a virada não tardaria. Guerrero fazia o que queria contra a fraca zaga são paulina. Denílson e Souza também davam muito espaço para Danilo coordenar a intermediária. Mas houve uma falta no final do primeiro tempo para o time de Muricy. E outra vez a zaga corintiana, que piorou demais com Anderson Martins, deixou um são paulino livre. Desta vez a bola sobrou para Edson Silva chutar para as redes de Cássio. 2 a 1, São Paulo, aos 44 minutos do primeiro tempo.

Muricy trocou a inutilidade de Luís Fabiano na frente por Michel Bastos no intervalo. Adiantou Alan Kardec. Mas deveria ter também mandado Kaká e Ganso passar da intermediária. Eram meros ajudantes de volantes. Absurdo. O Corinthians voltou ainda mais ofensivo e vibrante. A raça de Guerrero era contagiante. E outra vez foi ataque contra defesa. Mas, ironia do destino, em uma das pouquíssimas vezes que o São Paulo buscou o ataque, sofreu o empate. Em um contragolpe, Malcom deu passe excepcional para Guerrero. O peruano entrou na área são paulina em velocidade. Álvaro Pereira se arriscou, deu um carrinho. Derrubou o corintiano. Pênalti e ainda cartão vermelho. O São Paulo ficava com dez. Fábio Santos bateu com convicção no canto esquerdo: 2 a 2. O Corinthians dominava a partida de vez. E em um lance de sorte de Mano, Danilo decidiu a partida. O veterano meia iria sair para entrar Luciano. Mas o treinador resolveu esperar um pouco. Foi tempo suficiente para Danilo receber de Guerrero e em um toque deixá-la na cara de Dênis. Tabelinha básica mas de puro talento. O peruano não desperdiçou. 3 a 2, Corinthians aos 28 minutos. Foi quando o São Paulo tentou atacar. Mas com um a menos ficou muito difícil. Fábio Santos facilitou um poucos as coisas. Buscou expulsão infantil ao dar carrinho violento em Osvaldo no meio de campo. Com dez contra dez, os corintianos mostraram mais raça e conseguiram manter a importante vitória. Foi um clássico emocionante e que fez o São Paulo pagar caro pela covardia tática do seu treinador.

Foi absurda a briga entre as facções Pavilhão 9 e Gaviões da Fiel. Duas organizadas do próprio Corinthians. O embate aconteceu no local que a diretoria havia retirado as cadeiras. Já que em quase todas as partidas elas eram vandalizadas pelos próprios corintianos... Outro ponto inaceitável foi a homofobia dos dois lados. As organizadas do São Paulo ridicularizaram a torcida gay Gayvotas da Fiel, abortada pelo próprios corintianos. E ainda cantaram músicas chamando os rivais de homossexuais. Os corintianos retrucaram gritando "bicha" cada vez que Dênis batia o tiro de meta. O STJD promete punir tanto Corinthians como São Paulo pelas manifestações. O tribunal tem de agir. Estádio de futebol não comporta racistas e também não é o paraíso de homofóbicos. O ser humano precisa ser respeitado em todo lugar neste país. Até em campo de futebol...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 21 Sep 2014 18:08:18
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