quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Jardel só aumenta o preconceito contra jogadores na política. Sua entrevista revelava sua alienação, despreparo. Mesmo assim, foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.

Jardel só aumenta o preconceito contra jogadores na política. Sua entrevista revelava sua alienação, despreparo. Mesmo assim, foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.







Os políticos são o retrato de qualquer país. E os nossos são os do Brasil. Há categorias que são mais marcadas do que outras. Infelizmente a dos esportistas é uma delas. Os jogadores de futebol são muito questionados. Por usar sua popularidade junto a clubes populares. Muitos recebem votos pelo que fizeram nos gramados. Não por suas propostas. São exceção aqueles que conseguem estudar enquanto jogam futebol. A porcentagem é ínfima. Mas a tentação de ingressar na política é algo muito presente. São ainda mais raros os que têm realmente projeto de governo. Os que defendem um ideal. Romário eleito senador com mais de quatro milhões e meio de votos é um dos mais comprometidos. Não foi eleito à toa. Usa seu carisma e o fato de ter sido um dos melhores do mundo em prol da causa dos deficientes. Também exige um legado decente para o Rio depois das Olimpíadas. Promete brigar por uma política de drogas. Jura que brigará pelos royalties do petróleo. Além de propostas para o aposentado, pesquisas. Não deixou nada no campo das palavras. Está tudo publicado. Para ser cobrado. Foi além do que muitos políticos tarimbados. Danrley, Bebeto, Bobô, Deley foram eleitos, André Sanchez . Nesta eleição, Dinei, Raul Plassmann, Paulo Rink, Zé Augusto, Washington, Reinaldo, Dinho, Tarciso, Marcelinho Carioca e Mazaropi não foram eleitos. Mas quem vem chamando a atenção no território nacional é Jardel. O ex-atacante do Grêmio foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul. Teve 41.227 votos. Mal foi divulgada a sua eleição começaram os ataques. O primeiro foi o seu ex-companheiro gremista. Ele tentou também ser deputado, não conseguiu. Mas se tornou vereador porque era suplente de Any Ortiz, eleita. O ex-volante não queria saber de comemorar. Só detonar a eleição do ex-atacante. "Moro aqui (em Porto Alegre) há 20 anos e, de repente, vem um cara do Ceará e se elege sem saber nem o que fala, nem onde ele tá na vida dele. E as pessoas votam numa pessoa dessas! Por isso que o Brasil não vai para frente!" A raiva era tanta que Dinho se esquecia que é sergipano. Quem acompanha um pouco o futebol sabe o que Dinho insinuou. Ele se referia ao problema da séria dependência da cocaína que Jardel enfrentou. Além disso, ele nunca se interessou por estudo. O cearense mostrou sua falta de profundidade política em uma entrevista que já se espalhou nas redes sociais. Ele gravou uma entrevista chocante para o programa Na Chincha para o jornal Zero Hora. Infelizmente, Jardel não tem o preparo que o cargo de deputado estadual exige. Ele não é o único. Basta lembrar de Tiririca foi reeleito deputado federal com mais de um milhão de votos por São Paulo, a cidade mais desenvolvida da América Latina. Aqui a entrevista que só reafirma o estereótipo contra jogadores de futebol que optam por ingressar na política. Lembra muito o caso histórico de Biro Biro do Corinthians. Ele foi eleito vereador por São Paulo, entre 1989 e 1992. Sua atuação foi fraquíssima. Mesmo assim tentou ser deputado federal. Não conseguiu. Em 2004, decidiu tentar ser vereador por Monguaguá, cidade do litoral paulista. Sua péssima atuação como político já era mais que conhecida. Não foi eleito. Teve dois votos. Um foi dele e até hoje ele não sabe quem foi a outra pessoa que o escolheu...


imagens no youtube

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Oct 2014 20:12:37
Ler mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário