sábado, 25 de outubro de 2014

Outra vez o Palmeiras foi castigado. Vencia, com justiça, o Corinthians. Mas aos 45 minutos do segundo tempo, Danilo empatou para o Corinthians. Quem falou que a vida é justa?

Outra vez o Palmeiras foi castigado. Vencia, com justiça, o Corinthians. Mas aos 45 minutos do segundo tempo, Danilo empatou para o Corinthians. Quem falou que a vida é justa?




O Palmeiras outra vez foi castigado. O time de Dorival Júnior fazia uma partida na medida. Vencia, com justica, o Corinthians por 1 a 0. A torcida comemorava no Pacaembu, como fez no Mineirão. E outra vez, como foi com o Cruzeiro, a vitória escapou pelos dedos. Aos 45 minutos do segundo tempo, Danilo pegou o rebote da zaga e chutou. A bola iria para fora. Mas desviou em Juninho, que estava caído, e entrou 1 a 1. Inacreditável. "Futebol é assim. Um lance muda o jogo. Eu nem entraria. Ainda bem que o professor (Mano) optou por mim", comemorava, Danilo. "Não podemos cometer erros no final de uma partida. Outra vez. Fica o gosto amargo. Esses erros têm sido muito prejudiciais para a nossa equipe." Henrique lamentava muito. Sabia que o Palmeiras se superou diante de Cruzeiro e Corinthians. Mas por injustiça, quatro pontos importantíssimos pontos escaparam nos últimos minutos das duas partidas. A ausência de Guerrero, suspenso, teve um enorme peso antes de começar o clássico. Dorival e Mano escolheram suas peças no tabuleiro de xadrez. Precisaram de convicção. O palmeirense teve de mostrar firmeza. Sabia que sem o peruano, os corintianos buscaram compensar com correria, movimentação. Daí ter peito para colocar Lúcio no banco. E manter na equipe o garoto Nathan. Escolha corajosa, mas certeira. Do seu lado, o treinador corintiano escolheu Luciano. O individualista jogador atuaria abrindo espaços. E, novidade, Renato Augusto mais à frente. Tentando ocupar fisicamente na área o lugar onde sempre esteve presente Guerrero. A ideia era segurar os zagueiros palmeirenses. Abrir espaço para Petros e Jadson, de frente para o gol. Também não quis colocar Ralf no clássico para perseguir Valdivia. Acreditou que não seria necessário. Errou. Outra vez o meia teria liberdade para jogar. Valdivia era a grande esperança de Dorival Júnior. Ele teria de colocar técnica no meio de campo onde havia adrenalina, dedicação em vez de talento. Principalmente porque Wesley vive uma fase horrorosa. Perturbado com o assédio do São Paulo. Mazinho e Victor Luis corriam por quatro jogadores. E na frente, Henrique lutava sozinho com a zaga corintiana. O Palmeiras entrou para o jogo no 4-2-3-1. Marcando a saída de bola corintiana. O time de Mano cometia um pecado mortal. Tentava de toda a maneira diminuir o ritmo de jogo. Parar a correria do rival. Só que mesmo com melhor visão tática, os corintianos eram travados pelo espírito de luta palmeirense. Jadson outra vez era figura decorativa. Renato Augusto não conseguia se livrar da marcação. Faltava explosão muscular, agilidade. Fernando Prass também era um personagem importante. Ele trouxe confiança à zaga. E firmeza em bolas que complicaram a vida de Bruno, Deola e Fábio. Além disso, o goleiro orientava Nathan e o afobado Tobio. O jogo estava equilibrado quando Elias se chocou com Valdivia. O chileno sentiu muitas dores no quadril. Perdeu sua movimentação em todo o primeiro tempo. Mas se recusou a sair. Mesmo assim, o Palmeiras conseguiu o que Dorival Júnior sonhava. Sair na frente do placar. Em um lance sem técnica alguma, apenas esperteza. Valdivia conseguiu dominar a bola na entrada da área. Brigou com a zaga corintiana. E rolou para Wesley fora da área. Ele armou o chute e errou. Ele iria passar à direita do gol de Cássio. Mas como a bola foi fraca, deu tempo para Henrique surgir de surpresa e empurrar para as redes. Falha absurda de Fagner que não reparou no único atacante rival. Palmeiras 1 a 0, aos 25 minutos.

O gol mexeu psicologicamente com o clássico. O Corinthians tentou aumentar sua velocidade e perdeu consciência. Ficou tenso. Buscava empatar a partida de qualquer maneira. O que só ajudava a missão palmeirense de marcar. Faltavam ataques pelas laterais do campo. O erro clássico. Jadson, Renato Augusto e Petros centralizavam as avançadas corintianas. E encontravam um congestionamento de jogadores vestidos de verde em frente ao gol de Fernando Prass. O jogo ficou como o Palmeiras queria. Brigado, truncado. Estava equilibrado tecnicamente o clássico. Melhor para o time mais fraco. "Perdemos consciência depois que tomamos o gol. Ficamos desconcentrados. Temos de arrumar isso", confessava o veterano Fábio Santos. Mano não quis mexer no intervalo. Acreditava que com mais movimentação dos seus meias, adiantando a marcação na saída de bola palmeirense e liberando os laterais, tudo seria resolvido. Não foi bem assim. O Palmeiras voltou ainda mais concentrado na marcação. Disposto agora a aproveitar os contragolpes na velocidade. Explorando justamente o espaço deixado pelos lados. Valdivia já estava recuperado da contusão. Pronto para ser o articulador desses contragolpes. Como havia acontecido em Belo Horizonte contra o Cruzeiro...

Aos seis minutos, João Pedro desceu em velocidade pela direita. E cruzou para Mazinho livre pela esquerda. O meia não conseguiu chegar na bola que poderia ter definido o jogo. O castigo quase veio em seguida. Sem ver seu time conseguir invadir a área, Bruno Henrique usar seu forte chute. E da intermediária acertou em cheio a trave esquerda de Fernando Prass, aos oito minutos. Outra vez Jadson se omitia do jogo. Se conformava em bater faltas, escanteios. Mano perdeu a paciência com o meia. O tirou do clássico. Malcom entrou no seu lugar. Logo Petros também saía. Entrava outro atacante. Romero. O esquema corintiano deixava de ser o 4-2-3-1 para um simplório 4-3-3. O que era um presente para o congestionado meio de campo palmeirense. Tudo era travado longe da meta de Prass. Enquanto o Corinthians insistia nos chuveirinhos, os contragolpes palmeirense passavam a encaixar. Se tivesse um pouco mais de talento, seus jogadores teriam ampliado o placar. Mesmo assim em um chute longo, Wesley acertou a trave direita de Cássio. Dorival cometeu seu pecado ao trocar o velocista Mazinho pelo lento Diogo. Mouche seria o nome correto. Deixaria o Palmeiras com rapidez nos contragolpes. Mano já tinha colocado Danilo no lugar de Fábio Santos. Era o desespero. A partida caminhava para o seu final, quando o acaso e a falta de concentração da defesa palmeirense agiram juntos. Em um levantamento para a área, feito por Bruno Henrique, Juninho afastou mal. A bola sobrou para Danilo. Ele errou o chute. O arremate iria para fora. Mas acertou, caprichosamente, Juninho caído. E entrou no gol do Palmeiras. O Corinthians empatava aos 45 minutos do segundo tempo. O Palmeiras deixava escapar novamente uma vitória em seguida. Quatro pontos eram desperdiçados na sua luta contra o rebaixamento. Já os corintianos tinham de festejar. Ganharam um ponto importantíssimo na luta pela Libertadores. A fisionomia de alegria de Mano contrastava com a tristeza de Dorival. Foi um empate amargo, com gosto de derrota. Há três anos o Palmeiras não vence o Corinthians, seu maior rival. Quem falou que o futebol é justo? Quem falou que a vida é justa?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Oct 2014 18:21:53
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