quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O vergonhoso acordo palmeirense para ter o irresponsável Valdivia contra o Corinthians. Nobre, Brunoro e Dorival o tiraram contra o Cruzeiro. Aceitam perder o jogo no Mineirão. O medo é a derrota para o maior rival no Pacaembu...

O vergonhoso acordo palmeirense para ter o irresponsável Valdivia contra o Corinthians. Nobre, Brunoro e Dorival o tiraram contra o Cruzeiro. Aceitam perder o jogo no Mineirão. O medo é a derrota para o maior rival no Pacaembu...




Paulo Nobre, José Carlos Brunoro e Dorival Júnior vão negar. Mas a vergonhosa manobra que o clube fez para não ter Valdivia contra o Cruzeiro é medo do Corinthians. Os dirigentes e o treinador aceitam perder hoje. E jogaram fora a maior chance de vitória no Mineirão, a presença do meia chileno. Tudo para garantir que atue no final de semana no Pacaembu, diante do maior rival. Para Nobre, candidato à reeleição, e Dorival, que sonha ficar em 2015, perder para os corintianos como mandantes teria um peso enorme. Muita cobrança interna. Principalmente dos insatisfeitos conselheiros e sócios. Ainda mais quando 90% da torcida será palmeirense no Pacaembu, domingo. Conselheiros estão nas tribunas. Os mesmos que ouviram dele que em 2015, se reeleito, comprará menos jogadores que os 36 que Brunoro o convenceu a comprar. Só que muito mais talentosos. A derrota seria um balde gelado que o bilionário presidente não quer levar. Passou pela sala da presidência o acordo do departamento jurídico do Palmeiras com o STJD. Nobre autorizou a proposta que não houvesse novo julgamento de Valdivia. As duas partidas de suspensão que ele tomou por pisar no flamenguista Amaral, caído no gramado, foram mantidas. A procuradoria do tribunal exigia novo julgamento. Mas o STJD resolveu levar em consideração os "bons antecedentes" do chileno. Acredite se quiser... Dorival Júnior foi a favor da ideia desde o início. Ele quer continuar no Palmeiras em 2015. É sobrinho de um dos melhores volantes da história do clube, Dudu. Foi jogador do clube. Sabe muito bem o peso de perder para o Corinthians. Como também tem a noção de quanto faz bem ao técnico vencer o grande rival. O técnico palmeirense não vai confessar nem amarrado, de cabeça para baixo, que considera quase impossível voltar de Belo Horizonte com um ponto sequer. No planejamento para as últimas nove partidas deste Brasileiro, a derrota diante do líder Cruzeiro é encarada com naturalidade. A presença de Valdivia não alteraria muita coisa no Mineirão. Já contra o Corinthians, não.

Com o Pacaembu lotado, no sábado, a presença do meia será a grande esperança de vitória. Vivendo uma ótima fase, pode conduzir a equipe. Incendiar os torcedores. Nos tempos em que nem palmeirenses ou corintianos sonhavam com a Segunda Divisão, havia um ditado. Tanto no Palestra Itália como no Parque São Jorge. "Pode até perder o campeonato. Mas não pode perder para o nosso maior inimigo", repetiam Vicente Matheus e Delfino Facchina. Valdivia acompanhou toda a movimentação. Se sentiu valorizado, como nos bons tempos. E já assegurou a Dorival que "dará a vida" contra o Corinthians. Quer fazer valer a pena o Palmeiras não brigar para entrar o mais forte possível em Belo Horizonte. Nem passou pela sua cabeça que foi um gesto irresponsável que obrigou o clube a esta "escolha de Sofia". Se ele não pisasse de propósito em Amaral, o chileno poderia tanto atuar hoje no Mineirão quanto no sábado no Pacaembu. O mais irônico é que Nobre, Brunoro e Dorival tiveram o apoio da maior parte dos conselheiros influentes no Palestra Itália. Todos consideram que os três pontos em jogo no clássico valem mesmo muito mais do que os da partida de hoje. Sem Valdivia, todos dão a partida contra o Cruzeiro como perdida. Se vier um ponto será um presente dos céus. A derrota, até por goleada, será aceita normalmente. Tamanha a diferença técnica e de elenco entre os dois times.

Para Brunoro, ter Valdivia contra o Corinthians é a esperança de alívio. O executivo que recebe R$ 120 mil mensais, tem direito a usar um carro de R$ 100 mil, com direito a gasolina paga pelo Palmeiras, sabe. Não ficará no clube em 2015. Ninguém o quer. A começar de Paulo Nobre que, finalmente, deu o braço a torcer para Mustafá Contursi. A volta do dirigente que trabalhou na Parmalat foi um desastre. Brunoro se mostrou ultrapassado 17 anos depois. Além das 36 contratações para formar um time medíocre é o maior defensor do chileno no clube. Seu talento é desculpa para acumular atos irresponsáveis. Os próprios jogadores duvidam que ele tenha sido multado pelo clube, como alardeou a assessoria de imprensa. A diferença de tratamento dispensada ao meia não é nem disfarçada. A sombra do rebaixamento é enorme. Brunoro acredita que a premiação oferecida por Paulo Nobre e o esforço de Dorival Júnior serão suficientes para o clube escapar da degola. Mas não perder para o Corinthians é obrigatório neste final de Brasileiro. Principalmente para ele, que até tem evitado frequentar o clube. Se limita ao Centro de Treinamento para evitar cobranças e até palavrões de sócios. Perder para o rival tiraria o pouco sossego que ainda tem. Nobre, Brunoro e Dorival entraram em acordo e deram a cartada. Se tudo sair dentro do script que bolaram, o Palmeiras perde hoje e ao menos empata no sábado, com esperança de vitória. Agora, se o time for derrotado tanto para o Cruzerio como para o Corinthians, o castelo de areia pode desmoronar. E tornar as últimas sete partidas do Brasileiro um inferno. Sabotar emocionalmente o time que luta para não voltar à Segunda Divisão. No ano que deveria desfrutar seu novo estádio. Tudo por causa da irresponsabilidade de um jogador veterano, de 31 anos, chamado Jorge Luis Valdivia Toro. Ele já xingou dirigentes palmeirenses, sumiu, foi pivô do rompimento da diretoria com as organizadas, criou problemas para os médicos, demorando o dobro do previsto para contusões sérias que teve. Fez o que quis desde que voltou como grande estrela. Além de tudo que já aprontou, foi capaz de pisar em um jogador do Flamengo caído, de costas. Mesmo sabendo que poderia ser expulso e severamente punido. Com seu clube ameaçado de voltar à Segunda Divisão. Obrigou a diretoria a um acordo vergonhoso no STJD. Assim age o maior salário disparado do clube. Desde 2010, R$ 475 mil a cada 30 dias. A dependência palmeirense do seu camisa 10 é constrangedora. Dá pena até nos adversários. Que ele justifique tanto sacrifício no sábado...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 22 Oct 2014 11:38:33
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