segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Não é só Inter e Grêmio exigindo que o Corinthians perca quatro pontos no Brasileiro. É Federação Gaúcha contra a Paulista de Marco Polo. Será uma guerra hoje no STJD. Vale vaga na Libertadores...

Não é só Inter e Grêmio exigindo que o Corinthians perca quatro pontos no Brasileiro. É Federação Gaúcha contra a Paulista de Marco Polo. Será uma guerra hoje no STJD. Vale vaga na Libertadores...




Será uma guerra entre o futebol gaúcho contra o paulista no STJD. Não haverá meio termo. Um lado sairá vitorioso e o outro lamentará, contestará, protestará. Buscará recursos. A questão é delicadíssima. O julgamento de Petros poderá alterar resultados conquistados em campo. E fazer com que o Corinthians perca quatro pontos. Despenque da quinta para a sétima posição. Ficando fora da zona de classificação para a Libertadores. "O dia em que o Inter e o Grêmio afinarem suas forças para defenderem seus interesses, pela distância que têm da CBF, o futebol gaúcho vai ter muito mais representatividade, mais força, muito mais condições de que seus interesses sejam ouvidos. Com esse objetivo, foi isso que nós fizemos." Esta é a explicação do diretor do futebol do Internacional, Marcelo Medeiros. Ele explica a ação conjunta que Grêmio e Inter fizeram entrando como interessados no julgamento de hoje à tarde no STJD. Ninguém na cúpula da CBF esperava essa decisão. A compra da briga publicamente. Os gaúchos colocaram muita pressão nos auditores. O julgamento de Petros é complicado. O próprio departamento de Registro e Transferência da CBF denunciou o que considerou irregularidade. Apesar de o vínculo iniciar no dia 2 de agosto, o registro de Petros no BID (Boletim Informativo Diário da CBF) foi efetuado no dia 1º, um dia antes do início da vigência. Portanto ele não poderia ter atuado contra o Coritiba, dia 3, já que seu contrato só passou a valer no primeiro dia útil seguinte à data do registro, segunda-feira, dia 4. A pena por um clube colocar um atleta sem contrato é a perda de três pontos e mais o que o time tenha conseguido em campo. No caso, mais um. O empate contra o Coritiba.

O Corinthians alega que fez tudo corretamente. E quem errou foi a Federação Paulista de Futebol. O presidente da FPF e também da CBF a partir de janeiro, Marco Polo del Nero, comprou a briga. Assumiu que foi sua entidade que errou. Disse que foi uma funcionária que errou. Só por isso o BID aceitou o registro um dia antes do contrato efetivamente entrar em vigor. Os advogados corintianos têm um precedente que irão usar hoje no STJD. Em 2013, a Federação Mineira de Futebol assumiu um erro que poderia tirado quatro pontos do Cruzeiro no Brasileiro. Relacionado para o jogo contra o Vasco com a camisa 40, Elisson teria ficado sem contrato no dia do jogo. A FMF garantiu que uma falha no seu sistema de registros não detectou a irregularidade. Com isso, o clube não foi punido com a perda de pontos. Só que no ano passado não havia o peso de dois clubes tradicionais como Grêmio e Internacional unidos, pressionando pela punição. O presidente da Federação Gaúcha, Francisco Novelletto Neto, também garantiu que apoiará seus filiados. Atlético Mineiro e São Paulo também podem à última hora entrar como outros dois clubes interessados. E até o líder Cruzeiro. O título deverá ficar na Toca da Raposa, não é segredo para ninguém. O que está em disputa, na prática, é as três vagas restantes para a Libertadores. Tirando quatro pontos a essa altura do Brasileiro, o Corinthians ficaria muito prejudicado. O presidente Mario Gobbi não quer nem pensar nessa possibilidade. Disputar a principal competição sul-americana é a garantia de dezenas de reais em 2015, se o clube fizer uma boa campanha. O mesmo vale para os outros grandes clubes do país. E nesta disputa renhida, Grêmio e Internacional não quiseram deixar escapar a chance. O processo esteve a ponto de ser arquivado, com a FPF de Marco Polo del Nero assumindo a culpa. Mas a interferência gaúcha já pesou. E ele será julgado hoje no STJD. O embate será pesado. De um lado, a legislação que foi desrespeitada. Erro de quem quer que seja: secretária ou até presidente da República. Petros não poderia jogar. Assim como também o goleiro Elisson não poderia ter sido incluído na partida do Cruzeiro contra o Vasco em 2013. O STJD engoliu a desculpa da Federação Mineira. Agora a tendência é que engula a da Federação Paulista, se houver coerência. Mas os gaúchos garantem que não será assim. Se houve um erro de avaliação dos auditores em 2013, ele não poderá ser repetido em 2014. A tendência é que haverá uma batalha jurídica envolvendo o caso. O Corinthians manter ou perder quatro pontos vale muito para o clube paulista e aos seus concorrentes. A situação em si é lamentável. Mostra onde chega o amadorismo do futebol brasileiro. Com a CBF e federações incapazes de registrar um jogador de futebol. "Nós tínhamos a liberação da Federação Paulista para colocar o Petros em campo. O Corinthians não fez nada de errado", alegava Gobbi no Parque São Jorge a seus companheiros de diretoria. Qualquer decisão que o STJD tomar hoje abrirá espaço para forte contestação. Busca de recurso. Os dirigentes brasileiros conseguiram mais uma vez. O Campeonato Brasileiro outra vez será decidido fora de campo, no tribunal. Em 2013, a Portuguesa não foi páreo para a força do Fluminense e do Flamengo. Agora tudo está muito mais equilibrado. Grêmio, Internacional e Federação Gaúcha de um lado. Do outro, Corinthians, Federação Paulista. E o futuro presidente da CBF, Marco Polo del Nero, e mentor do atual, José Maria Marin. Será uma guerra, sem direito a ingênuos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 27 Oct 2014 07:47:44
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