quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O deputado Andrés Sanchez já começou a trabalhar em Brasília. Primeiro ato: apoiar a criação do Dia do Corinthians. Esse é o candidato dos sonhos de Lula para prefeito de São Paulo...

O deputado Andrés Sanchez já começou a trabalhar em Brasília. Primeiro ato: apoiar a criação do Dia do Corinthians. Esse é o candidato dos sonhos de Lula para prefeito de São Paulo...




"A população clama por mudanças na política. As manifestações que tomaram as ruas em junho de 2013 mostraram isso. E só há uma forma de transformar essa realidade: a Reforma Política. Na Câmara Federal, Andrés Sanchez vai defender projetos que signifiquem uma ampla reforma no sistema político e eleitoral e que garantam mais transparência nas ações do governo e rigor no combate à corrupção. Como deputado federal, Andrés não terá medo de fazer o debate da Reforma Política, enfrentando interesses que ainda permeiam alguns setores da política brasileira." Esta era a primeira das seis promessas do então candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, Andrés Sanchez. Feitas na página na Internet do então candidato número 1354. Todas estarão neste texto. A expectativa sobre sua candidatura era enorme. Amigo íntimo e apadrinhado por Lula. O operário que virou presidente da República nutre um sonho em relação a Andrés. O considera em condições de fazer excelente carreira na política. Como já aconteceu muito neste país, pessoas que conseguem projeção no futebol, costumam se aproveitar da popularidade do clube que defendem e acabam eleitas pelos torcedores das equipes. Não é necessário projeto algum. Lula convenceu a cúpula do PT que Andrés é um fenômeno natural. Com a proteção do manto corintiano, o ex-presidente acredita que ele fazer muito pelo partido. A começar pelos votos que deveria trazer. Ele foi o homem que conseguiu modernizar o Corinthians. Contratou Ronaldo. Montou uma base política que está há dez anos mandando no Parque São Jorge. A comanda com mão de ferro. Andrés apoia a renovação na política. Defende ideias diferentes e projetos inovadores. Por isso, é contra a reeleição. Enquanto presidente do Corinthians, Andrés liderou a reforma do estatuto que proibiu a sua própria recondução ao cargo no clube. Para ele, se sangue novo é bom no futebol, na política também será! Na Câmara, Andrés vai atuar para que os mandatos passem de quatro para seis anos, mas trabalhará pelo fim da reeleição." A maior conquista de Andrés é, sem dúvida, o Itaquerão. Ele conseguiu, com a ajuda do indefectível Lula, a sonhada construção de uma arena moderna, digna de um dos grandes clubes do mundo, que o Corinthians é. Com Ricardo Teixeira, Lula e o discreto, mas significativo apoio da Globo, o dirigente tomou a abertura da Copa do Mundo do Morumbi. Viabilizou a construção da arena de mais de um bilhão. Como o Corinthians vai pagar a Odebrecht? Isso é assunto para depois, mas o estádio está lá.

Hoje, o esporte representa apenas 1,9% do PIB brasileiro. Em um país com um povo apaixonado pelo futebol e outras modalidades esportivas, esse número tem condições de crescer muito mais. O esporte é uma cadeia produtiva importante e deve ser organizada, planejada e potencializada. Hoje, é a área da prestação de serviços que mais cresce economicamente no país. Como deputado federal, Andrés defenderá o incentivo e fomento à indústria esportiva como forma de gerar empregos e renda e qualificação profissional, além do apoio a novos atletas nas diversas modalidades esportivas existentes. Carismático, populista, dono de frases de efeitos e centralizador, ele virou uma figura adorada pela mídia. Suas entrevistas são sarcásticas, contundentes, explosivas. Pouco importa se muito do que diz é raso, sem profundidade. Porém ser politicamente incorreto dá Ibope. Andrés percebeu e capricha nos palavrões, no mau humor. Dirigentes do PT acreditavam que, pelo Itaquerão, pelos títulos da Libertadores e do Mundial, que Andrés encaminhou para Mario Gobbi, seria histórica sua votação como deputado federal. Os cálculos dos petistas era que chegaria a um milhão de votos. Mas sua campanha não decolou. Aceitavam 500 mil. Não conseguiu nem chegar perto. Ficou com 169.834 votos. Em 20% lugar geral. Atrás de Celso Russomano, Tiririca, Marco Feliciano... Foi uma enorme decepção. O socialista ex-presidente do Corinthians, que Lula sonhava em ver como prefeito de São Paulo, não decolou. Nem com o Itaquerão nas costas, conseguiu impressionar o eleitorado. Muitos corintianos souberam separar o ex-presidente do político inexperiente. Andrés sabe do potencial do esporte e da cultura como instrumentos de inclusão social e de combate ao crime e às drogas. Para ele, nada dialoga mais com as crianças e os jovens. Na Câmara Federal, vai defender a ampliação de parcerias com estados e municípios e até mesmo com agremiações e clubes amadores para colocar em prática projetos esportivos e culturais nas comunidades, especialmente aquelas mais carentes. Também é possível aliar esporte e cultura às questões de saúde e educação.

Mesmo com o decepcionante número de votos, Andrés não se fez de rogado. Deu várias entrevistas. Cansou de repetir que iria brigar para acabar com a desigualdade social no país. O futebol ficaria em segundo plano. Mas ao mesmo tempo, com a eleição de mais um pupilo seu para a presidência do Corinthians, Roberto de Andrade, Andrés foi convocado oficialmente. Será o superintendente do futebol. O cargo é apenas uma satisfação aos sócios, aos conselheiros. Na verdade, desde 2005, Andrés é o presidente de fato do Corinthians. São dez anos de muito poder. Mario Gobbi só se revoltou no final do seu mandato com tanta influência de Andrés. Em absolutamente todas as decisões importantes do clube. Com a eleição de Roberto, Andrés ganhou voltou a ter o poder de decidir o futuro do clube. Andrés sabe a transformação que a Arena provocou na ZL de São Paulo. A construção foi planejada a fim de alavancar o desenvolvimento, e o resultado não podia ser diferente: vários investimentos em mobilidade e transporte, instalação de órgãos públicos e novas empresas, polo educacional, geração de muitos empregos e a melhoria da autoestima de quatro milhões de pessoas. Na Câmara, Andrés quer propor projetos para diagnosticar o potencial de cada região e trabalhar para que recursos públicos sejam destinados, estimulando o desenvolvimento regional e melhorando a qualidade de vida da população. O salário mensal de um deputado federal é de R$ 33,763,00. Tem ajuda de custo de R$ 1.113,46. R$ 33.010,33 de "Cotão": são passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, cota postal e telefônica, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança. Há uma verba de R$ 78 mil mensais para até 25 funcionários. Mais auxílio-moradia, R$ 239,85. O custo de Andrés e de cada deputado federal em Brasília por mês chega a R$ 147.659,96. Por ano a despeja atinge, impressionantes R$ 1.919.579,48. Como são 513 deputados federais, o Brasil gastará ao final de 2015, nada menos do que R$ 984.744.273,24. Nada menos do que R$ 75.749.559,48 por mês.

Andrés, que começou a trabalhar muito cedo, sabe da importância do investimento público nas áreas da saúde e educação para que o país possa crescer e se fortalecer cada vez mais. Na Câmara, vai apoiar expansão de programas como o Mais Médicos, Rede Cegonha, Prouni, Pronatec, Ciências Sem Fronteiras, entre outros que geram igualdade de oportunidades para todos, além de fiscalizar a destinação correta dos recursos do pré-sal para essas duas áreas. Mesmo recebendo essa enormidade de dinheiro público, Andrés continuará comandando o Corinthians. Aliás, o primeiro projeto que ele efetivamente se envolveu em Brasília terá uma relevância inacreditável. Vai mudar o rumo da política nacional, acabará com a desigualdade, será uma dádiva ao saneamento público, à combalida educação, à saúde. Andrés e o representante da Gaviões da Fiel em Brasília, Goulart, trabalharam em fazer do dia 1º de setembro, o Dia do Corinthians. O projeto foi formulado por Goulart, mas contou com todo apoio do ex-presidente. Ou seja, o primeiro projeto que o deputado federal Andrés se envolveu foi dar ênfase nacional ao dia em que seu clube foi fundado. Quem sabe, se os outros deputados aprovarem, o país não ganhe mais um feriado por causa do Corinthians? Assustado com a péssima repercussão, Andrés se apressou em colocar no seu facebook que não é autor do projeto. Só apoiou Goulart, se justificou. Depois de 25 dias que tomou posse, essa foi a primeira ação efetiva no cargo. O ex-presidente corintiano garante: esse será seu único mandato como deputado federal. Não concorrerá à reeleição. Resta saber se não brigará para se tornar prefeito de São Paulo, como sonha seu grande amigo Lula...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Feb 2015 02:37:17

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