segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Toda falta de consideração de Luxemburgo com Leonardo Moura. O capitão do Flamengo sofre como Edmundo, Romário, Ronaldo, Petkovic, Neto, Marques... Nenhuma novidade...

Toda falta de consideração de Luxemburgo com Leonardo Moura. O capitão do Flamengo sofre como Edmundo, Romário, Ronaldo, Petkovic, Neto, Marques... Nenhuma novidade...




Marcelinho Carioca, Edmundo, Romário, Ronaldo Fenômeno, Neto, Djalminha, Ronaldo goleiro, Felipe, Ronaldinho Gaúcho, Petkovic, Marcelo Moreno, Marques e vários jogadores importantes do futebol brasileiro sabem. Vanderlei Luxemburgo não gosta de ninguém despertando a atenção do que ele. Nos clubes em que trabalha, sua palavra é absoluta. Ele faz parte de uma ultrapassada escola de técnicos que usam a idolatria de um jogador a seu favor. Muito além da neurolinguística, da psicologia autodidata, Luxemburgo repetiu à exaustão o mesmo truque. Ao assumir uma nova equipe, coloca na alça de mira o ídolo ou o atleta que tem maior espaço na imprensa. Apelo junto aos torcedores. Luxemburgo trata de enquadrá-lo publicamente. É uma demonstração de força, prestígio e um aviso ao grupo de atletas quem é que manda. Se for um ídolo do time com sua aposentadoria encaminhada, ou que não viva mais a melhor fase da carreira, não há pena, não há consideração. "Foi surpresa muito grande, decepção ainda maior, porque meu projeto como profissional era levar a carreira até o final do ano, mas ele decidiu dessa forma, paciência, a gente ficou frustrado, mas a vida segue. Ele justificou que está trazendo outros jogadores, atacantes, e que não contava comigo. Mas, por tudo que a gente representa para o clube, eu sinceramente tinha convicção que a gente iria prorrogar esse vínculo por mais seis meses no máximo. Não foi possível." A lamentação é de Marques, ídolo no Atlético Mineiro. Em maio de 2010, foi avisado pelo ex-presidente Alexandre Kalil. Não teria seu sonho de encerrar a carreira com uma grande festa no clube que amava, no final do ano. O treinador o despachou. Três meses depois era o técnico que seria despachado, após derrota vexatória por 5 a 1 diante do Fluminense. Os conflitos com jogadores importantes continuaram. No Flamengo os atritos com Ronaldinho Gaúcho foram públicos. O treinador conseguiu um vídeo mostrando o meia levando uma mulher para o quarto, em plena concentração. O vídeo acabou sendo "vazado" para a imprensa. Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, tinha certeza que havia a participação do treinador neste vazamento. Coube a então presidente Patricia Amorim decidir com quem ficar. Optou pelo jogador, Vanderlei acabou demitido.

Nem mesmo após a sua saída da Gávea, tudo ficou tranquilo. E o seu nome esquecido. Muito pelo contrário. Setoristas, jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Flamengo, garantem que muitos atletas comemoraram a saída do técnico. E que teria havido até um churrasco festivo. O nome do goleiro Felipe ficou marcado. Ele seria um dos que mais festejaram o adeus ao técnico. Só que o mundo girou. E depois de quase um ano desempregado, queimado por péssimos trabalhos, Luxemburgo foi reconduzido justo ao Flamengo. Ronaldinho já havia deixado o clube. Mas Felipe, não. O goleiro tratou de jurar publicamente que não esteve em churrasco algum, que nunca teve nada contra Vanderlei. Mas acabou não só perdendo a condição de titular absoluto, como foi afastado do grupo. Para nunca mais voltar. Era Luxemburgo impondo a sua maneira de trabalhar. Com a filosofia direta. Se o popular goleiro era banido, todos deveriam tomar cuidado. No reformulado Flamengo, há outro ídolo. Jogador que está há dez anos no clube. Conquistou Brasileiro, duas Copas do Brasil e cinco Campeonatos Cariocas. Foi quatro vezes escolhido como o melhor lateral direito do país. Mais de 500 partidas com a camisa rubro negra. Capitão da equipe e muito respeitado pela torcida, pela diretoria, pela imprensa: Leonardo Moura. Aos 36 anos, ele tinha um desejo. Renovar contrato com o Flamengo até o final deste ano. E provavelmente encerrar sua carreira. Mas a conselho de Luxemburgo, o clube ofereceu apenas seis meses de contrato. Mais. O jogador recebia R$ 250 mil. Teve uma redução para R$ 150 mil. Sua irmã, Livia mostrou a revolta da família com a situação. "Fazer uma proposta de redução de salário e renovação por seis meses para um jogador que foi fiel a uma só camisa por dez anos, é no mínimo uma covardia! Se sentindo perplexa."

Ao mesmo tempo, Luxemburgo, com moral por ter evitado o rebaixamento do Flamengo, ganhou status de manager. Teve o direito a ligar para jogadores que estava interessado. Foi assim com Pará, do Grêmio. Lateral esforçado, mas que devota uma adoração ao técnico. O treinador o escolheu como herdeiro da vaga do veterano Leonardo Moura. E lhe deu a vaga de titular. O antigo capitão flamenguista, passou a ser um mero reserva, sem a atenção do técnico, da diretoria, da imprensa. Ele que usufruísse de mais seis meses na Gávea no banco, quietinho. A falta de consideração por tudo o que Leonardo Moura representou e representa é inaceitável. Quem ficou revoltado com a situação foi Ronaldo. O ex-atacante sabe bem como Luxemburgo trabalha. Após alguns resultados ruins no Real Madrid, o ex-atacante acabou escolhido por ele um dos culpados. Foi para o banco de reservas. Os dois discutiram e nunca mais tiveram a mesma amizade. Ronaldo não se incomodou quando Vanderlei foi mandado embora do clube espanhol. Nunca demonstrou a menor solidariedade. Ronaldo é um dos donos do Fort Laudardele Strikers, que disputa a liga NASL, nos Estados Unidos. E convidou Leonardo Moura para ir jogar lá. A notícia vazou. O acordo está praticamente selado. Luxemburgo ficou revoltado. Avisou a imprensa que deseja a definição. Se está negociado, quer o jogador imediatamente fora da Gávea. A saída poderia acontecer tranquilamente, com muito mais respeito. Só que não é a caraterística de veteranos ídolos que cruzam com Luxemburgo pela frente. Leonardo Moura parecia antecipar o que aconteceria na Gávea. E fez questão de postar logo após a renovação de seu contrato, ainda em dezembro. Mandou um recado direto a uma pessoa que batizou como ingrato. Muita gente na Gávea e fora de lá sabe muito bem quem é esse seu "amigo". "O ingrato geralmente chega de mansinho, fazendo papel de boa praça! Vai colhendo os frutos que não plantou e vivendo uma vida melhor que merecia pelo fato de estar se passando por uma pessoa do bem! Coisa que não é! Aproveita, se deleita, chora, jura fidelidade, e continua comendo do que não plantou e nadando de braçadas no Rio do Amor! Recebe, recebe, recebe, e só recebe até que um resolve dar! Dar um tapa na cara de quem o amou, expor quem o protegeu, e dar uma de suas caras mais feitas! Ele finalmente mostrou quem ele realmente é! A vida do alvo fica marcada, sofrida, desacreditada do próximo! E a do ingrato? Segue, esperando uma outra oportunidade pra colher, nadar, curtir, absorver pra depois pisar! Disfarçado de amor, disfarçado até de si mesmo, porque nem ele sabe quem ele é, ele vai seguindo a vida mendingando acolhimento! Mendiga daqui, mendiga dali até o dia que a casa cai! Por cima dele e de quem estiver perto! Apresento meu amigo: o ingrato." Por coincidência, lógico, Leonardo Moura foi quem fez questão de abraçar Vanderlei Luxemburgo publicamente na sua volta ao Flamengo. O técnico estava ferido por demissões seguidas e meses desempregado. O capitão do time disse em frente ao elenco que contasse com todo o seu apoio. Isso faz sete meses... A diretoria acaba de confirmar, Leonardo Moura ficará na Gávea só até domingo. O desejo de Luxemburgo foi satisfeito. Mas ele avisa, não é obrigado a escalar o jogador contra o Botafogo. Pode ser que negue até a despedida do ídolo dos torcedores flamenguistas. Existem situações na vida que não mudarão jamais...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Feb 2015 12:10:50

Nenhum comentário:

Postar um comentário