sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Kaká não deverá nem estar jogando na Copa de 2018. Dunga só pode ter feito uma homenagem. Pelo meia ter atuado machucado na África, em 2010. Chamar Ganso seria muito mais racional...

Kaká não deverá nem estar jogando na Copa de 2018. Dunga só pode ter feito uma homenagem. Pelo meia ter atuado machucado na África, em 2010. Chamar Ganso seria muito mais racional...




Kaká terá 36 anos na Copa de 2018, na Rússia. Nem ele espera estar jogando futebol até lá. O meia acertou o que espera ser seu último contrato como jogador de futebol com o Orlando City dos Estados Unidos. Assinou até 2017. Ganhará R$ 17,3 milhões por ano. Será o maior salário da liga norte-americana. Sua passagem até o final do ano no São Paulo foi programada para ser a despedida do clube que ama. Depois de uma operação delicada no joelho esquerdo em 2010 e um tratamento intenso no púbis, o meia nunca mais foi o mesmo. Suas arrancadas, dribles em velocidade, ficaram no passado. Nos tempos que foi escolhido, com todos os méritos, como o melhor do mundo em 2007. Mesmo assim, nutria alguma esperança de ser chamado por Felipão para a Copa das Confederações ou mesmo para a Copa. Foi deixado de lado. Felipão e Parreira haviam chegado à uma triste conclusão. Kaká não tem mais físico para suportar o intenso ritmo do futebol da elite mundial. Tanto era verdade que o Real Madrid não criou problema algum para ele ir atuar no Milan. E muito menos o clube italiano quando ele acertou sua ida para os Estados Unidos. Kaká está na fase final de sua brilhante carreira, o que não é nenhum demérito. Voltou ao São Paulo empolgado. Se sentia na obrigação de cumprir a palavra. Ao ser vendido em 2003 jurou que retornaria. Seria um agradecimento ao clube que o lançou para o mundo. Tentaria fazer o time campeão. Se não conseguisse, pelo menos a vaga para a Libertadores de 2015. Em dezembro, malas arrumadas para começar a viver nos Estados Unidos, país que sempre admirou. E só.

Não esperava de jeito algum que Dunga o chamasse para a Seleção Brasileira. Ainda mais agora quando a promessa do treinador é começar a montar um novo time para 2018. A convocação de hoje pela manhã, graças à dispensa de Ricardo Goulart, contundido, mostra que o treinador fala uma coisa e age completamente diferente. Já havia convocado o rodado Robinho. Aos 30 anos e sem a mesma mobilidade e velocidade do passado, o atacante santista faz a festa por aqui, no futebol brasileiro. Tanto que não desperta mais a cobiça dos grandes clubes europeus. Kaká, nem isso. Ele tem tido grandes dificuldades para se impor no Campeonato Brasileiro. É mais um componente no tal "quadrado mágico" criado por jornais tentando sair da crise. Seu futebol tem alternado entre bom e regular. Nada demais. Tem mostrado muito esforço, amor à camisa, vibração. Mas não é mais o mesmo jogador. Ou Dunga resolveu fazer uma homenagem a Kaká, por seu sacrifício na Copa da África, ou então não o está vendo atuar. O chamou pelo nome. Para ser mais uma atração nos confrontos contra a Argentina e Japão. Descabida, fora de hora a convocação do veterano meia. Para a Seleção de Felipão ele poderia ter sido útil com sua experiência, vivência. Um reserva, homem de grupo. Alguém para acalmar, servir de referência para o inexperiente grupo. Nada além disso. Não tem cabimento se Dunga decidir fazer agora isso com o meia do São Paulo. São apenas duas partidas amistosas. Se o chamou é porque o quer ver em campo. Ter um atleta que está longe de seu auge e não chegará a 2018, incoerência absoluta. O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, reclama, critica a CBF. Perderá seu meia em jogos do Brasileiro, que não irão parar enquanto a Seleção fará os dois amistosos. Lamenta não ter o experiente meia. De nada adianta para o clube a chamada. O atleta é do Orlando, a valorização, se houver será para o clube norte-americano.

Seria muito mais coerente, Dunga dar uma chance para Paulo Henrique Ganso. Atleta de 24 anos e com potencial para chegar no auge na Rússia, com 28 anos. Só que o treinador brasileiro escolheu o veterano Kaká. Perde uma chance de ouro em nome de algo incompreensível. Apenas terá cabimento se for mesmo um agradecimento pelo jogador ter atuado toda a Copa de 2010 com dores incríveis no joelho. Toda a festa da mídia com a convocação de Kaká é por causa do seu carisma. Do talento competitivo que mostrou até 2010. Agora, infelizmente para o futebol brasileiro, ele se tornou um jogador que caminha para o final de carreira. E que suporta sequer o calendário da CBF. A alegria por imaginar de novo Kaká com a camisa da Seleção se esvai. Basta uma pergunta simples: para quê?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Oct 2014 14:07:59
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