sábado, 28 de março de 2015

Leonardo, Seedorf, Sabella, nomes comentados no Morumbi para substituir Muricy. Se o São Paulo for eliminado da Libertadores haverá um 'choque de gestão'. O técnico deverá vir de fora do Brasil...

Leonardo, Seedorf, Sabella, nomes comentados no Morumbi para substituir Muricy. Se o São Paulo for eliminado da Libertadores haverá um 'choque de gestão'. O técnico deverá vir de fora do Brasil...




Abel Braga, Mano Menezes e Vanderlei Luxemburgo podem esquecer o Morumbi, em caso de demissão de Muricy Ramalho. Pelo menos se prevalecer a opinião de Carlos Miguel Aidar e o vice Ataíde Gil Guerreiro. Os dois disfarçam, desmentem, tentam não se aprofundar nas respostas. Mas conselheiros ligados aos dois espalhavam neste sábado. Basta o São Paulo ser eliminado da fase de grupos da Libertadores e haverá uma revolução no futebol do Morumbi. Essas pessoas ligadas a Aidar confirmam que a ideia do presidente, em caso de saída de Muricy, é buscar um treinador estrangeiro. De preferência, europeu. Deseja repetir Cícero Pompeu de Toledo, que contratou, em 1957, o húngaro Béla Guttmann. E com quem foi campeão paulista daquele ano, revolucionando a forma do futebol brasileiro atuar. Essa ideia o dirigente acalantaria desde que voltou a ser presidente do São Paulo, em abril do ano passado. Mas àquela altura, Muricy estava firme no cargo. Havia acabado de salvar o clube do rebaixamento em 2013. Mesmo não jogando de maneira animadora, o time se classificou para a Libertadores da América. E o treinador foi mantido para esse ano, quando em dezembro termina o seu contrato. Só que a situação se reverteu. E de maneira rápida. Conselheiros que aplaudiam Muricy hoje imploram a Aidar pela demissão. Não é segredo que o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto Barros e Silva, é um dos que mais defendem a troca. Não suporta Muricy porque um dia ele pediu que deixasse os vestiários para conversar com os jogadores. Foi Leco quem trabalhou pela troca do atual treinador por Ricardo Gomes. O ressentimento continua. As torcidas organizadas, principalmente a Independente, quer a saída imediata de Muricy. Vai protestar contra ele amanhã, no Morumbi, durante a partida contra o Linense. Aidar é ligado ao presidente da Independente, Negão. Ou seja, sabe muito bem o quanto o técnico é visto sem energia pelos são paulinos.

Diante desse quadro, Carlos Miguel pensa seriamente na possibilidade de dar um choque de gestão no futebol. Lógico que o sonho de Guardiola, Ancelotti, Mourinho, Simeone é irreal. Mas há treinadores possíveis e de impacto, como tanto gosta o presidente. Seedorf não teria problema de idioma, conhece a realidade do futebol brasileiro, o ex-jogador do Botafogo treinou o Milan. Tem muita personalidade, gana de vencer na profissão. E nenhuma ligação com Juvenal Juvêncio. Há um brasileiro europeizado que está no coração de muita gente. A começar pelo presidente do Conselho Deliberativo, Leco. Leonardo. O ex-jogador do próprio São Paulo e ex-treinador da Inter e do Milan, além de também ter trabalhado como executivo do PSG. Sócio de Raí no belíssimo projeto social Gol de Letra. Não há nada que o desabone. A dificuldade é a sua resistência em trabalhar no futebol brasileiro. Ele cansou de dar entrevistas dizendo que o treinador não é respeitado no país. O próprio vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, já deixou escapar que, quando Muricy deixasse o clube, seria sim possível a investida em treinador de fora. "O contrato do Muricy vai até dezembro. Se ele não renovar, acho que chegou a hora de o São Paulo fazer uma experiência com um técnico de ponta europeu .Lógico que não vou ter condições de contratar um Ancelotti, um Guardiola, um Mourinho, mas existem outros, na Holanda, em outros lugares", disse Ataíde, na TV Gazeta.

Há certa resistência a técnicos sul-americanos. As experiências de Gareca no Palmeiras e de Aguirre no Internacional não estimulam. Três nomes, no entanto, são citados por conselheiros. Alejandro Sabella, treinador que não quis renovar contrato com a Argentina, depois do vice-campeonato mundial. Jorge Sampaoli, argentino, técnico da Seleção Chilena. E também outro argentino, Marcelo Bielsa, técnico do Olympique de Marselle. Tudo ainda é muito prematuro. Mas o descontentamento em relação a Muricy Ramalho é enorme. Como ele mesmo sabe. Marco Aurélio Cunha, ex-genro de Juvenal, e ex-gerente de futebol, revelou que o abatimento do treinador tem explicação. Na sua rejeição dentro do próprio São Paulo, clube que sua família frequenta. Há enorme expectativa para o que irá acontecer na Argentina. Na partida contra o San Lorenzo. Uma derrota deixaria a situação dramática na Libertadores. Dependendo do último jogo no grupo 2, contra o Corinthians no Morumbi. O clube foi derrotado duas vezes este ano pela equipe de Tite. Novo dissabor poderia custar a eliminação do torneio mais desejado. Em compensação, ninguém contestaria a demissão de Muricy. Carlos Miguel Aidar ficaria à vontade para trazer o treinador que bem desejasse. Até porque há a certeza que a decisão da saída partiria do próprio técnico. Há uma cena que foi muito lembrada hoje no Morumbi. E que demonstraria que o técnico perdeu o comando do time. Quando ele tentou segurar a bola para instruir seus jogadores contra o Palmeiras. E não pôde. Porque Michel Bastos a tomou do treinador e ainda esbravejou. Hierarquicamente foi enorme desrespeito.

As conversas hoje no Morumbi, entre conselheiros, eram sobre um técnico estrangeiro. Ou de fora, no caso de Leonardo. Era a única hora que a esperança dominavam os são paulinos. Muricy é quase unanimidade. São pouquíssimas pessoas que acreditam em uma reviravolta do clube sob o comando do treinador. O clima para o "choque de gestão" está preparado. Carlos Miguel Aidar não será pego de surpresa se precisar contratar um novo técnico. Os "de sempre" Mano Menezes, Abel Braga e Vanderlei Luxemburgo, estão no fim da fila. A vontade é alguém de fora, com outra mentalidade. Conselheiros garantem que ele saberá escolher...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 28 Mar 2015 16:07:19

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