quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Para se vingar de décadas de pirataria de produtos chineses, o cruel troco brasileiro. Mandar Vanderlei Luxemburgo para sabotar o espantoso projeto do futebol chinês. Os vexames já começaram...

Para se vingar de décadas de pirataria de produtos chineses, o cruel troco brasileiro. Mandar Vanderlei Luxemburgo para sabotar o espantoso projeto do futebol chinês. Os vexames já começaram...




Relatório oficial que foi remetido à Assembleia Nacional Popular da China, revelou que 41,3% dos produtos vendidos nos sites chineses de comércio eletrônico em 2014 eram falsificados ou de baixa qualidade. A notícia foi publicada em novembro, jornal"China Daily". A pirataria chinesa domina o mundo todo. E infesta o comércio popular de todos os países. No Brasil, são décadas de reclamações. E bilhões de prejuízos. Shopping "orientais" estão espalhados pelo território nacional. Muitos sem a menor fiscalização. Ou protegidos pela corrupção. O que é terrível, com o país mergulhado na recessão. Domínio de máfias, desrespeito total às leis trabalhistas, utilização de mão de obra infantil e até escrava. Várias empresas, como a Samsung, já chegaram a romper com fornecedores chineses. Constatou que utilizavam crianças que trabalhavam 11 horas diárias. E quase sem remuneração. A exportação desses produtos é um problema crônico aos países que o recebem. Por não pagar impostos e nem direitos autorais, tudo é barato demais. Não há como os legalizados concorrerem. os produtos piratas, por não realizarem testes de segurança, geram riscos aos usuários, que quando danificados não têm onde recorrer, pois os produtos são ilegais. A China produz até remédios falsificados. A abundância de mão de obra barata, o apoio econômico dos Estados Unidos que recebeu durante a Guerra Fria, política industrial de exportação, lucro acima da média para investidores estrangeiros. Tudo isso fez com que a China se tornasse a segunda economia do mundo. Só atrás dos norte-americanos. A China tem 1,4 bilhão de habitantes. E está rompendo tradições. Acabou com a política do filho único. Prática que impedia uma família de ter mais de um filho por causa do avanço populacional. Criada na década de 70, quando havia o medo de não haver recursos para muito mais gente. Essa prática criou o terrível costume de assassinatos de bebês, quando nasciam meninas. Os meninos eram preferidos pelas famílias pobres porque podiam trabalhar. Agora cada família pode ter duas crianças. No máximo. A China quer utilizar o esporte como propaganda. Fechada no seu regime comunista, só passou a disputar Olimpíadas em 1984. Já 1988, ganhou quatro ouros e conseguiu o 11º no ranking. Bastaram vinte anos e, em 2008, os chineses sediaram sua Olimpíada. Alcançaram a marca histórica de cem medalhas, com 51 de ouro. Chegaram ao primeiro lugar geral, desbancando os Estados Unidos pela primeira vez desde o fim da União Soviética. Mas havia o esporte mais popular do mundo e que também desperta paixões na China. O futebol. O governo decidiu usá-lo como propaganda.

"O que aconteceu na China é o que aconteceu na Ucrânia, encontrou-se no futebol uma chance de se usá-lo para se posicionar na sociedade. Os grandes investimentos no futebol chinês são privados. Um bom exemplo é o [dono do Chelsea, o russo Roman] Abramovich. Por mais rico que fosse, ele jamais seria respeitado, conhecido como foi/ficou após comprar o Chelsea. A mesma coisa é o xeque Mansour [bin Zayed Al Nahyan, emiradense e dono do Manchester City], o dono do PSG [xeque catari Nasser Al-Khelaifi]", resume Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva para a ESPN. O presidente Xi Jinping se deixa fotografar a todo instante jogando futebol. Ele gosta da modalidade. Mas pretende utilizar o esporte. Transformar a China em uma potencia mundial. Hoje há um trabalho de incentivo ao futebol em todo o país. O governo patrocina um ambicioso programa para oito milhões de crianças treinarem. Em vinte mil escolas. O acaso não tem vez. Estatísticas apontam que surgem um grande jogador a cada 200 mil. Ou seja, a esperança é que no futuro despontem 40 atletas com nível internacional. A China só disputou uma Copa do Mundo, a de 2002. Mas é o povo que mais consome futebol. Até pelo número de habitantes. A decisão entre Alemanha e Argentina, em 2014, foi acompanhada por 87 milhões de chineses. Número absurdo. Foram 34,7 alemães. 26,5 norte-americanos. E 24 milhões de brasileiros. O investimento no futebol chinês em 2015 chegou a 2015. O governo incentiva as grandes empresas. Em vez de pagar impostos, são aceitos investimentos no esporte. Tanto que os 16 clubes da Primeira Divisão são controlados por indústrias.


Com a desvalorização do real diante do dólar, o mercado brasileiro ficou muito mais atraente aos chineses. Vale a pena ver a lista dos que estão por lá. Guangzhou Evergrande Taobao - Alan, Paulinho, Ricardo Goulart, e o técnico Felipão; Shanghai SIPG, os meias Elkson e Davi; Shandong Luneng - Jucilei, Júnior Urso, Diego Tardelli, Aloísio, Gil e o técnico Mano Menezes; Beijing Guoan - O atacante Kléber, Ralf e o meia Renato Augusto; Henan Jianye - o meia Ivo;Chongqing Lifan - o atacante Fernandinho;Jiangsu Sainty - o zagueiro Eleílson; Hangzhou Greentown - o atacante Anselmo Ramon; Tianjin Teda - o zagueiro Lucas Fonseca e o meia Wagner; Guangzhou - o meia Renatinho; Hebei Zhongji - o atacante Edu; Jiangsu Suning, o meio campo Ramires. SEGUNDA DIVISÃO: Nei Mongol Zhongyou - O atacante Dori; Xinjiang Tianshan Leopard F.C. - O atacante Vicente; Meizhou Kejia- o atacante Japa. Mas é o Tianjin Quanjian que merece destaque. Os chineses contrataram Vanderlei Luxemburgo como treinador e manager. O técnico está realizando o sonho da sua vida. Comprando e vendendo jogadores. O clube foi fundado em 2006 e comprado no ano passado pelo bilionário Shu Yuhui. Dono de rede de hospitais especializados em câncer, ele comercializa remédios. Tem um patrimônio avaliado em R$ 16 bilhões. Ele quer fazer da equipe a melhor maneira de divulgar seu hospital. Para o mundo. Por isso quer saltar da Segunda Divisão para a Primeira da China. Ganhar a Champions Asiática. Tornar seu clube conhecido e vencedor. Contratou Vanderlei Luxemburgo. Ofereceu primeiro contrato de um ano. Renovável por mais dois, em caso de acesso em 2016. O treinador tem a obrigação de fazer a equipe subir. Ou será dispensado. Pensando isso, o treinador fez o clube gastar. Jadson custou cinco milhões de euros (R$ 21,2 milhões) e vai receber salário de mais de R$ 1 milhão por mês. Geuvânio custou 11 milhões de euros (R$ 48 milhões), a 11ª contratação mais cara de 2016, e vai receber 2,7 milhões de euros por ano (cerca de R$ 12 milhões). Luís Fabiano era dono dos seus direitos. Acertou por um ano, recebendo R$ 1 milhão mensais. Seu contrato será renovado, caso o clube suba e ele tenha um bom desempenho. Além do trio, o site Transfer Markt revela mais quatro contratações. Lu Zhang (goleiro), Ke Sun (meia) e o volante Xuri Chao. No total foram gastos R$ 160 milhões de reais com esses seis jogadores, já que Luís Fabiano não tinha vínculo com clube algum.

O problema é que a passagem de treinamento no Brasil está assustadora. Foram quatro partidas. Quatro derrotas. Três contra times pequenos. Só ontem enfrentou um médio do futebol do país, o Vitória. Primeiro o time de Luxemburgo foi goleado pelo Taubaté, time da Segunda Divisão paulista por 4 a 2. No segundo jogo, nova derrota contra o Bragantino, equipe também da Segunda Divisão de São Paulo. Por 4 a 0. Aí veio o XV de Piracicaba. Fracasso por 2 a 1. Contra o Vitória, ontem, foi um massacre. Apanhou por 5 a 1,na estreia de Geuvânio. São nada menos do que 15 gols tomados e quatro gols a favor. A disposição tática do Tianjin Quanjian foi deplorável. Equipe aberta, sem a menor estrutura defensiva. Ninguém coloca R$ 160 milhões à toa. Os relatórios dos vexames no Brasil chegam à China. Tudo está sendo analisado. Principalmente o comportamento do treinador. Os chineses estão percebendo a decadência de Luxemburgo. Técnico ultrapassado e sem espaço nos clubes grandes do país.

E que colecionava demissões até conseguir esse grande emprego. O Campeonato Chinês começa em março. Mas o início do trabalho de Luxemburgo é péssimo. E precisa melhorar. Para não ser mandado embora até de lá. O cenário não deixa dúvida o que acontece. O Brasil sofreu décadas com a pirataria. Perdeu bilhões. Mas arrumou uma maneira cruel de se vingar. Deu o troco. Mandou Luxemburgo para sabotar o futebol chinês...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 27 Jan 2016 17:58:19

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