quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Erro inacreditável do presidente Mario Gobbi expõe o Corinthians. O time de Tite na Pré-Libertadores depende de Felipe. O inseguro zagueiro que estava na lista de dispensas de 2014...

Erro inacreditável do presidente Mario Gobbi expõe o Corinthians. O time de Tite na Pré-Libertadores depende de Felipe. O inseguro zagueiro que estava na lista de dispensas de 2014...




Tite avisou a direção do Corinthians. Não podia perder Anderson Martins. Não pelo talento exagerado do zagueiro. Mas porque não havia no elenco um jogador experiente, vivido, para disputar a Libertadores da América. E na defesa, o técnico não abre mão de atletas "com o couro marcado". Principalmente à frente de Cássio. Gil é incontestável. Pelo planejamento, Anderson Martins seria o outro. Só que o treinador não contava com a estúpida cláusula do empréstimo do Al-Jaish. O clube catariano o cedeu com uma ressalva. Se o desejasse de volta no início do ano, não haveria discussão. O Corinthians teria de aceitar. Foi o que aconteceu. De uma hora para outra, Tite ficou sem seu zagueiro titular, que começava a se encaixar com Gil. A pedido dele, o Corinthians sondou Cléber. O antigo titular que, em outra negociação absurda, foi para o Hamburgo sem render um centavo ao Parque São Jorge. Na Alemanha ele está com dificuldade para se firmar como titular. Tite sabia disso. E pediu para a direção tentar seu retorno. Não houve liberação por parte dos germânicos. Foi quando o gerente Edu Gaspar soube que Edu Dracena iria se desligar do Santos. Tinha três meses de salários e quatro de direito de imagem atrasados. Foi fácil garantir a prioridade. E assim que o veterano de 33 anos acertou sua liberação, acertou com o Corinthians. Fisicamente ele já estava atrás dos demais companheiros. Não fez a pré-temporada nos Estados Unidos. O que já estava ruim piorou ontem com uma entorse no tornozelo direito. Ficou clara a sua disposição, vontade de jogar. Mas ele precisa de mais treinamentos. E não deverá jogar na fundamental primeira partida da Pré-Libertadores contra o Once Caldas no Itaquerão. Confronto marcado para daqui sete dias.

Quem será o companheiro de Gil no miolo de zaga? Um jogador que não tem a confiança de grande parte da diretoria, dos conselheiros, da torcida. E que estava na lista de dispensa que Mano Menezes havia elaborado para seu amigo, Mario Gobbi: Felipe. O zagueiro foi contratado do Bragantino em 2012. E não conseguiu se impor no Parque São Jorge. Virou apenas um pacato reserva que nunca foi sombra para os titulares. Parece que deixou toda a firmeza e parte da personalidade forte em Bragança. Marco Chedid, presidente do clube interiorano, garantia que Felipe tinha potencial para chegar à Seleção jogando com a camisa corintiana. Mas ele não conseguiu transformar em realidade a previsão de Chedid. Até agora se deixou intimidar pelas cobranças, pressão e responsabilidade por atuar no clube mais popular de São Paulo. O mais cruel é que um jogador de futebol percebe quando o seu ambiente não é favorável. Quando as pessoas desconfiam profundamente do que possa fazer em campo. Infelizmente para Felipe é o que acontece com ele. Tite já teve várias conversas reservadas. Insistiu que aposta e que o escala como titular sem medo.

Neste início de 2015, o caminho estava aberto para o jogador. Os companheiros mais experientes, Cássio, Ralf, Fábio Santos e, principalmente, Gil tratam de animá-lo, incentivá-lo. Tentam passar confiança, firmeza. De personalidade afável, ele é muito querido no elenco. Só dependia do seu futebol. Mas logo no torneio da Flórida, Felipe mostrou a sua velha companheira com a camisa corintiana: a insegurança. O gol de Peszko do Colonia nasceu do seu péssimo posicionamento com Gil. No gol do Bayer Leverkusen, quem ficou para trás antes da batida de Yurchenko? Sim, Felipe. Nas duas partidas, ele foi o calcanhar de Aquiles do time. Chegando atrasado em cruzamentos, se colocando mal e sendo facilmente driblado. O Once Caldas não é mais o melhor time da Colômbia. Mas o espião corintiano, o ex-jogador Mauro, já avisou Tite que o grande perigo é a velocidade dos seus atacantes. Ou seja, a zaga precisa estar muito bem protegida. Com Edu Dracena mal fisicamente, Felipe não tem concorrentes. Yago e Pedro Henrique são atletas jovens. O treinador corintiano nem pensa em colocá-los neste confronto na Libertadores.

A saída será mesmo apostar em Felipe na próxima quarta-feira. O treinador manterá o mesmo time que estreia no Paulista contra o Marília, no domingo, na Libertadores. A incompetência administrativa de Mario Gobbi jogou o futuro do Corinthians nos pés do inseguro zagueiro de 25 anos. É absurdo, mas o Corinthians apostou na sorte. Acreditava que o time catariano não levaria Anderson Martins de volta. Mesmo existindo essa possibilidade em contrato. Pagou para ver. Acreditou que a vontade do atleta de disputar a Libertadores acabaria prevalecendo. Foi só os árabes ameaçarem levar o caso para a Fifa e o jogador estava fazendo as malas. Fazer uma excelente Libertadores é obrigação para o Corinthians em 2015. Obrigação porque o clube está amarrado financeiramente ao Itaquerão. Precisa começar efetivamente a pagar o estádio de mais de R$ 1 bilhão. Gobbi sonha com dezenas de milhões de reais com o clube chegando, pelo menos à semifinal. Mas se arrisca a não passar da Pré-Libertadores por um problema gravíssimo no elenco. Com muito otimismo, Tite prevê que Edu Dracena possa atuar contra o Palmeiras no Paulista e fazer o jogo decisivo diante do Once Caldas na Colômbia. Para chegar aliviado na partida decisiva da Pré-Libertadores, o confronto da próxima quarta-feira é fundamental. E o resultado passará, sem dúvida alguma, por uma posição fundamental: a zaga corintiana. Ou seja. Por Felipe. Ninguém assume publicamente a enorme preocupação em relação ao jogador. Mas internamente, conselheiros e dirigentes estão muito preocupados. Sabem do gravíssimo erro de Mario Gobbi em relação à liberação de Anderson Martins. Como ele não queria a volta de Tite e, sim a continuação de seu amigo Mano, não houve diálogo entre o presidente e o treinador. Pior para a equipe. A responsabilidade de Felipe ficou imensa. O Corinthians brinca com fogo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 28 Jan 2015 10:58:46

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