domingo, 25 de janeiro de 2015

O lutador que Dana White expulsou, impediu a lucrativa revanche entre Jones e Gustafsson. Johnson massacrou Alexander em dois minutos e 15 segundos.Fez a Suécia e a cúpula do UFC chorarem...

O lutador que Dana White expulsou, impediu a lucrativa revanche entre Jones e Gustafsson. Johnson massacrou Alexander em dois minutos e 15 segundos.Fez a Suécia e a cúpula do UFC chorarem...




"Como é que ele não conseguiu bater o peso? É muita irresponsabilidade. Anthony Johnson vai ser multado e nunca mais luta no UFC." A promessa feita aos gritos no Rio de Janeiro foi de Dana White. O norte-americano chegou para o combate com Vitor Belfort com cinco quilos a mais do que os 84 permitidos. Um vexame. Foi obrigado a dar 20% de sua bolsa para o brasileiro. Acabou derrotado no primeiro round. Vitor deu um mata-leão clássico. Sem dó, Dana White dispensou Johnson do UFC. Só que muita coisa mudou desde 14 de janeiro de 2012. Três anos e 11 dias depois, ele é o desafiante ao título dos meio pesados. Entristeceu a Suécia hoje com um nocaute impressionante no grande favorito Alexander Gustafsson em Estocolmo. As lágrimas de frustração de Gustafsson foram impressionantes. Ele chorava de maneira incontrolável. Viu seu sonho ruir em apenas dois minutos e quinze segundos. Não terá a merecida revanche contra Jon Jones. Sonho da cúpula do UFC e dos fãs de MMA que gostam de justiça. O sueco já deveria envergar o cinturão. Ele venceu o polêmico combate, mas a vitória ficou para Jones. Mostrando controle, personalidade e confiança, Gustafsson não esmoreceu. Foi injustiçado. Mas se controlou. Sabia que o mundo do UFC queria a revanche. Ela aconteceria. Precisava apenas de duas lutas até encontrar novamente o campeão pela frente. Na primeira, foi para Londres e não levou em consideração a invencibilidade do nigeriano naturalizado inglês, Jimi Manuwa. Gustafsson era a grande esperança pessoal de Dana White. Se ele pudesse, daria, sem a necessidade de luta, um cinturão para a Europa. É um dos grandes desejos do expansionista presidente do UFC. White perdeu tempo com o inglês Michael Bisping. A sua aposta era no sueco de 1m95 e envergadura de 2m06. De estilo agressivo. O sueco sempre foi bem em pé, na trocação. Nenhuma luta sua pode ser chamada de meramente técnica ou monótona. Ele compra a briga. Suas combinações de socos e chutes altos já deixaram vários lutadores nocauteados. O sueco estava nas nuvens para a luta de hoje. Com o combate no seu país. Tinha a certeza que conseguiria a chance de ter pela frente Jon Jones. Bastaria se livrar de Anthony Johnson. O papel do norte-americano era de mera escada. Deveria apanhar, ser nocauteado. E Gustafsson desafiar Jon Jones ao vivo. As casas de apostas colocavam o Johnson como o coadjuvante. A estrela da noite no Tele2, arena com capacidade para mais de 26 mil suecos. Gustafsson se tornou um dos esportistas mais conceituados no seu país. A estratégia da luta era fácil de definir. O sueco deveria usar a sua estatura. Deixar o explosivo norte-americano longe. Com socos e pontapés. Cansá-lo. E depois nocauteá-lo. Roteiro previsível.

Mas o destino quis que o Tele2 se transformasse em um cenário digno de um dos filmes de utilize o Ingmar Bergman. O maior cineasta sueco e um dos melhores diretores de todos os tempos teria um material instigante. O que aconteceu hoje no octógono pode ser comparado à cena de Sétimo Selo. Quando um cavaleiro medieval aceita disputar uma partida de xadrez com a Morte. Foi exatamente o que Gustafsson acabou fazendo. Se deixou empolgar pela pressão dos compatriotas, da mídia mundial. E fez tudo de errado. Desde os primeiros instantes deixou que Johnson encurtasse a distância. Propôs um duelo franco demais. Entrou na zona de alcance dos cruzados, diretos e chutes altos do norte-americano. O centro do octógono tinha dono e não era Alex, como desejavam os suecos. Anthony já perseguia o dono da festa quando recebeu seu olho foi atingido, sem querer, por um toque de Gustafsson. Enquanto se recuperava, Johnson sabia o que viria pela frente. Havia estudado muito seu adversário. E tinha certeza que quando o árbitro Marc Goddard recomeçasse a luta, viria um chute alto. Com a intenção de acertar de acertar seu rosto. Foi o que o sueco tentou fazer. E levou um cruzado fortíssimo. O golpe o deixou completamente tonto.

O americano sentiu que havia chegado o momento e o perseguiu. Deu, sem dó, uma saraivada de golpes. Marc Goddard esperou até mais do que deveria. Mas não havia jeito de Gustafsson se recuperar. Sua cabeça parecia um saco de areia louro. Ia para um lado e para o outro, empurrada pelos socos do rival. O público estava chocado. O silêncio na arena era incrível. Goddard resolveu acabar com o massacre. Foram apenas dois minutos e quinze segundos de luta. Mas a surra que o sueco tomou fez o tempo se tornar relativo. Parecia que apanhou por horas. Seu supercílio esquerdo estava inchado, cortado. Assim como seu rosto inchado. Mas o que doía eram as lágrimas, o choro que não conseguia controlar. Ele sabia que a derrota matava o sonho de revanche com Jon Jones. De número um dos meio pesados, deverá cair para quinto ou sexto. Sua derrota foi feia demais. Alexander pediu desculpas aos compatriotas. E terminou muito aplaudido. Terá muito trabalho para poder voltar a sonhar com o cinturão. Mas tem apenas 28 anos. Há tempo demais pela frente.

A felicidade estava estampada no rosto de Johnson. Ele bateu não apenas no sueco. Mas também na cúpula do UFC. Dana White cortaria uma orelha para promover a revanche entre o sueco e Jon Jones. Só que justamente o lutador que expulsou do seu amado evento voltou e atrapalhou seu sonho. Perambulou pelo Titan, foi para o Xtreme e lutou no WSOF, eventos muito menores. Só que suas seis vitórias seguidas animou White. Ele resolveu dar uma última chance para Johnson. O presidente do UFC acreditou que ele seria um bom coadjuvante para Phil Davis. Se enganou. Anthony primeiro o irritou, ao não bater o peso. Mas ganhou o combate e Dana fez questão de esquecer o que parecia uma provocação. Anthony também surrou sem pena, Antônio Rogério Nogueira, o Minotouro. Foram apenas 44 segundos. Foi então colocado como escada, apenas o último obstáculo de Gustafsson antes da revanche contra Jon Jones. Ao contrário da Morte no Sétimo Selo, de Bergman, Anthony não precisou se disfarçar de padre para saber a estratégia de seu adversário. Já a tinha decorado. E o derrotou de maneira inapelável. Agora, o homem que deveria ser um mero coadjuvante chegou longe. E terá o seu prêmio. Jon Jones que se prepare. Anthony Johnson não aceita servir de escada de lutador algum. Principalmente os favoritos a vencê-lo. Por essa razão, a Suécia chora...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Jan 2015 02:57:55

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