terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Até que enfim a CBF acerta uma decisão. Palmeiras e Atlético Paranaense confirmado no novo Palestra. Marco Polo enfrentou o medo dos vândalos infiltrados nas organizadas...

Até que enfim a CBF acerta uma decisão. Palmeiras e Atlético Paranaense confirmado no novo Palestra. Marco Polo enfrentou o medo dos vândalos infiltrados nas organizadas...




O promotor do Ministério Público, Paulo Castilho, fez um estardalhaço. Campanha para que a partida entre Palmeiras e Vitória saísse do novo Palestra Itália. Foi à tevê, convocou coletiva. Argumentava que o jogo deveria ser no Pacaembu. Temia pela segurança dos jogadores, dos torcedores. O dono da casa pode ser rebaixado para a Segunda Divisão logo na segunda partida na arena. As organizadas palmeirenses já foram acusadas de vários atos violentíssimos. Como a destruição da sala de troféus do clube. Incendiar a antiga loja oficial palmeirense. Várias brigas, com direito a mortes. O novo estádio tem o desenho de estádios de países civilizados. Sem alambrados, fosso. O torcedor mais próximo do gramado fica a apenas oito metros. Entre ele os times, seguranças e policiais.

Paulo Castilho também lembra o caos de rua reservada para a entrada e saída do ônibus palmeirense. A Turiassu. As organizadas a dominam em dias de jogos há décadas. Há subsedes de torcidas. E bares que ficam superlotados de membros organizados bebendo, comendo, esperando o jogo começar. Na primeira partida entre Palmeiras e Sport, o policiamento sofreu. A Turiassu estava superlotada. O ônibus palmeirense teve de entrar, de forma improvisada, pela rua Padre Antônio Tomaz. "O estádio é muito bonito, maravilhoso, mas quem projetou isso aqui não conhece a torcida que tem", desabafou para as rádios, o major Gonzaga, responsável pelo comandante do Segundo Batalhão de Choque. Paulo Castilho lembra muito bem o que aconteceu no Couto Pereira, quando o Coritiba foi rebaixado em 2009. Houve um conflito inesquecível, com os torcedores invadindo o gramado com pedras, paus. Tentavam agredir os jogadores. Os policiais tiveram uma atuação histórica, firme. Vários deles saíram machucados do embate selvagem, mas protegeram os atletas. Discretamente, o Ministério Público contava com o apoio da diretoria palmeirense. O presidente Paulo Nobre não queria correr o risco da nova arena danificada. Muito menos a tentativa de invasão por parte das organizadas, com quem é rompido. Mandou recados ao presidente da FPF e conselheiro vitalício palmeirense, Marco Polo del Nero. A princípio ele estava disposto a ajudar a tirar o confronto contra o Atlético Paranaense de lá.

Mas Marco Polo mudou de ideia. Pelo simples motivo que haverá jogos decisivos no Itaquerão, na Fonte Nova, na arena do Grêmio, no Maracanã... E assim por diante. Como houve na Copa do Mundo. O Brasil foi goleado pela Alemanha no Mineirão. Perdeu a terceira colocação para a Holanda no Mané Garrincha. A Alemanha foi campeã no Maracanã, diante de milhares de argentinos, maioria no estádio. E nada demais aconteceu. Por isso, Marco Polo resolveu voltar atrás. Encarar os vândalo. Não cedeu. O máximo que a CBF fez foi passar a partida entre Corinthians e Criciúma para o sábado. Evitando que membros das torcidas organizadas corintianas e palmeirenses pudessem se encontrar nos metrôs, em São Paulo, no domingo. E só. Já que o novo palestra foi aprovado pela própria PM. E assim será. Palmeiras e Atlético Paranaense se enfrentarão no Palestra no domingo. O promotor Paulo Castilho fez o seu trabalho. Alertou, chamou a atenção da sociedade. Mas teve de ceder ao bom senso. As autoridades paulistanas precisavam se impor. Se o Palmeiras for derrotado e cair para a Segunda Divisão, paciência. Os torcedores poderão xingar, protestar, vaiar, chorar. Mas não têm o direito de vandalizar o estádio. Invadir o gramado. Tentar bater em quem quer que seja. Se o fizer deverá ser preso, como qualquer criminoso, marginal. É obrigação da polícia, das autoridades fazer o seu trabalho. Inclusive preventivamente. Mas não demonstrar medo. Mudar local de jogo cada vez que o Palmeiras tenha um confronto importante. Paulo Castilho argumento, tentou insistir. "Esse segundo jogo do Palmeiras contra o Atlético Paranense, era para ser um segundo jogo-teste, mas se transformou em um jogo de altíssimo risco. É a segunda vez que a Polícia Militar vai trabalhar naquele estádio, ainda não tem um plano para emergência, como rotas de fuga, como tem no Pacaembu. "Na Turiassu, muitos torcedores ficam bebendo, se exaltando, e o ânimo deles vai se alterando. E um ingrediente mais grave é a possibilidade de o Palmeiras ser rebaixado. O torcedor é passional e poderia ter uma revolta. Se você precisar usar a força policial na Turiassu, usar uma bomba, você tem um entorno com muitas pessoas, dois shoppings, com crianças." Mas teve de se dobrar diante da postura da Polícia Militar e da CBF. Nada de Pacaembu. Apenas conseguiu que as ruas que circundam o estádio sejam bloqueadas. E que apenas torcedores com ingresso possam circular no domingo. Antes e depois do jogo. Assim, estarão evitadas as concentrações de vândalos em caso de rebaixamento do Palmeiras. O policiamento será reforçado. E também contará com seguranças particulares. O está confirmado para onde não deveria nem ser cogitado de sair. São Paulo e o Brasil que aprendam a conviver com suas novas arenas. Nos bons e maus momentos. E as autoridades exerçam a função para as quais são pagas. Ofereçam segurança aos torcedores de futebol. Aos que comemoram títulos. Ou aos que lamentam rebaixamentos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 02 Dec 2014 17:49:05

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