sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O amigo de Tite, Sylvinho, é o responsável por travar a negociação do Corinthians por Paulinho. Convenceu Mancini a pedir para a Inter comprar o jogador. Pior também para o Cruzeiro e o São Paulo...

O amigo de Tite, Sylvinho, é o responsável por travar a negociação do Corinthians por Paulinho. Convenceu Mancini a pedir para a Inter comprar o jogador. Pior também para o Cruzeiro e o São Paulo...




No final de outubro, Sylvinho recebeu o convite. Roberto Mancini, seu ex-comandante no Manchester City, o queria como auxiliar técnico. Os dois nunca perderam contato desde 2010. Amigos, trocavam e-mails e telefonemas. A amizade se consolidou. Até que Mancini percebeu. Suas instável Inter de Milão era mais problemática do que imaginava. E resolveu convidá-lo para ser seu auxiliar. Oportunidade de ouro para o ex-jogador de 40 anos. Desde 2011 ele é auxiliar técnico. Passou por Cruzeiro, Sport, Náutico até voltar ao Corinthians, clube que o lançou para o futebol, em 2013. Chegou em julho, pelas mãos de Tite. O treinador buscava apoio para tentar salvar a temporada que naufragava. O trabalho de Sylvinho foi muito elogiado pelos jogadores. Participativo, confidente, visão tática diferenciada. E excelente elo entre o time e o treinador. Quando Tite foi embora, Mario Gobbi perguntou se Mano Menezes concordaria com a permanência do auxiliar. Não só aceitou como viraram grandes amigos. O laço fraterno não impediria sua permanência com o retorno de Tite. Mas o convite para trabalhar em um dos principais clubes europeus não poderia ser desprezado. E Sylvinho foi fazer companhia a Hernanes, Dodô, Jonathan e Juan Jesus. A Itália não possui mais o mesmo poderio econômico de anos passados. A Inter conseguiu apenas elenco médio, sujeito à campanha bipolar. Está na 11ª posição do torneio nacional, com direito a cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas. Mancini tem uma bela história como treinador da Inter. Foi tricampeão italiano, ganhou duas Supercopas e duas Copas Itália. Entre 2004 e 2008. A situação econômica era totalmente diferente. Seu sucesso o levou para o Manchester City. De lá para o Galatasaray. Até o retorno a Milão.

Um dos graves problemas da Inter está no meio de campo. Mancini precisa de um segundo volante ágil, polivalente. Com capacidade de marcar, mas também que saiba sair jogando de cabeça erguida. E saiba ser um elemento surpresa nas áreas adversárias. Empresários ofereceram um brasileiro. Lucas Leiva. O jogador está em baixa no Liverpool. O treinador Brendan Rodgers o considera mero reserva, negociável nesta janela de inverno europeu. Mancini já havia dado o aval. Foi quando Sylvinho entrou em cena. Disse que havia outro jogador que se encaixaria muito melhor no que a Inter precisava. E que talvez seria mais fácil a contratação: Paulinho, do Tottenham. O auxiliar conhece muito bem o potencial do ex-corintiano. Por conversas com Tite, sabe o quanto ele está desiludido com o futebol inglês. O treinador que implorou a contratação de Paulinho foi o português André Villas-Boas. Mas ele perdeu seu emprego. Tim Sherwood o sucedeu e a situação já ficou ruim, diferente para o brasileiro. Pioraria de vez com a contratação do argentino Mauricio Pochettino. Ele não vê poder de marcação no volante e também não se anima diante de seu potencial ofensivo. Prefere colocar especialistas nas duas funções. Muitas vezes Paulinho nem no banco fica. No atual Campeonato Inglês, o Tottenham disputou 17 jogos e está na sétima colocação. Ele entrou apenas em cinco partidas. A imprensa britânica não se conforma com os R$ 53 milhões investidos no jogador. Sua decadência na Seleção Brasileira não passou despercebida.

De grande estrela do time de Luiz Felipe Scolari, perdeu sua posição durante a Copa. Foi uma das grandes vítimas na vexatória campanha. Nunca mais foi lembrado por Dunga. O valor de mercado despencou. A direção do Tottenham passou a receber empresários representando clubes brasileiros. Todos sem os R$ 53 milhões investidos pelos ingleses. Buscavam o volante por empréstimo. São Paulo, Cruzeiro e Corinthians. Os três tentaram o atleta por empréstimo de um ano, 2015. Tite tem uma profunda ligação com o volante. Foi com ele que jogou melhor na sua vida. Conquistando a Libertadores e o Mundial pelo Corinthians. Em baixa na Inglaterra, o volante foi tratado como uma estrela em outubro. Quando o Corinthians fez uma pré-estreia do filme da conquista da inédita Libertadores, o Tottenham não colocou qualquer obstáculo. E o volante veio a São Paulo para prestigiar o lançamento. Era uma maneira do clube inglês mostrar que o atleta estava disponível ao mercado brasileiro. Só que o argentino Mauricio Pochettino é esperto. Sabe muito bem da crise financeira que o futebol sul-americano vive. E ele fez questão de declarar publicamente. Paulinho não sairia emprestado. No futebol é preciso entender o que é dito pela metade. O treinador não falou que o brasileiro era inegociável. Pelo contrário. O que ele não quer é empréstimo. Sabe que comanda um clube médio, necessitado de dinheiro para buscar outros atletas. Pochettino deseja a venda de Paulinho. Corinthians, Cruzeiro e São Paulo não querem gastar cerca de 15 milhões de euros, pretendidos pelo Tottenham. O empresário Giuliano Bertolucci também não deseja o retorno do jogador ao país. O quer no mercado europeu. Sylvinho convenceu Mancini que a contratação do brasileiro seria excelente para a Inter. O treinador procurou a direção do clube. E oferta de 12 milhões de euros, cerca de R$ 39,5 milhões já está feita. Tite não desistiu quer que Paulinho interceda, assuma a sua vontade de atuar no Parque São Jorge. Disputar nova Libertadores com a camisa que ama. Mas a situação não está fácil. Complicada por um personagem inesperado. E muito querido pelo treinador. Seu auxiliar e grande amigo, Sylvinho. Por causa dele, o Corinthians está para perder uma peça considerada fundamental em 2015...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Dec 2014 23:44:43

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