sábado, 6 de dezembro de 2014

Presente de grego de Mano para o seu sucessor em 2015. O Corinthians venceu o Criciúma. Mas o gosto foi de fracasso. Terá de disputar a Pré-Libertadores. E se passar, Grupo da Morte na Libertadores...

Presente de grego de Mano para o seu sucessor em 2015. O Corinthians venceu o Criciúma. Mas o gosto foi de fracasso. Terá de disputar a Pré-Libertadores. E se passar, Grupo da Morte na Libertadores...




Foi um fracasso a despedida de Mano Menezes do Corinthians. O time venceu o lanterna do Brasileiro, o Criciúma por 2 a 1. Porém, o grande desejo do clube não foi alcançado. A equipe não conseguiu superar o Internacional. E acabou apenas em quarto lugar no Brasileiro. E será obrigada a disputar a Pré-Libertadores em 2015. A torcida saiu frustrada do Itaquerão no adeus a Mano. O resultado atrapalha toda a programação. Foi um presente de grego de Mano a quem assumir no seu lugar, provavelmente Tite. O Corinthians terá de disputar dois jogos eliminatórios com uma equipe colombiana. Os jogos serão no dia 4 e 11 de fevereiro. Com o clube paulista fazendo o último confronto fora do Brasil. E mais: se passar, enfrentará o grupo da morte, o 2. Nele estarão o argentino San Lorenzo, atual campeão da Libertadores, o uruguaio Danubio e o eterno rival São Paulo. Se Mano tivesse conseguido levar o Corinthians até o terceiro lugar, o grupo seria bem mais fácil: Emelec, o vencedor de Universidad de Chile e Santiago Wanderers e o vencedor de Morelia do México e The Strongest da Bolívia. Mario Gobbi era a imagem da impotência ontem. Ele fez questão de sentar na primeira fileira da sala de imprensa no CT corintiano. Acompanhou a última coletiva do treinador que gostaria que ficassem 2015. Mas não teve coragem de renovar seu contrato, como criticou abertamente Andrés Sanchez. Mano foi rejeitado pelos candidatos à eleição presidencial em fevereiro. Ilmar e Paulo Garcia o consideram retranqueiro, montador de times covardes, que não combinam com a tradição corintiana. Já o favorito Roberto de Andrade tinha péssimo relacionamento com ele quando comandava o futebol. E desde que Dunga assumiu a Seleção, já se apalavrou com Tite. A volta do contestado técnico não foi marcada por títulos. No Paulista não conseguiu nem alcançar a fase do mata-mata. Ficou atrás de Botafogo de Ribeirão Preto e Ituano. Na Copa do Brasil, a eliminação veio na goleada por 4 a 1 para ao Atlético Mineiro. Nunca brigou para valer para ser campeão nacional. Tinha pretensões pequenas diante de sua grandeza. Apenas a classificação para a Libertadores. "Tenho a impressão de estar saindo com a metade do trabalho feito. Vim para reformula o time neste primeiro momento. Foi o que fiz durante o ano. Na próxima temporada é que estaríamos em condições de brigar por conquistas. Mas aprendi. Aprendi. Não irei mais para clubes em meio a processos eleitorais", desabafou o técnico. Mano fez um trabalho árduo. Teve de desmanchar o time campeão mundial montado por Tite. Aliás, a sombra do ex-treinador o atrapalhou demais. As comparações eram insistentes. E Adenor sempre levou vantagem. Não só nas taças da Libertadores e do Mundial que conquistou. Mas também pela personalidade. Tite é muito mais fraterno, amigo, companheiro dos jogadores, da diretoria, dos funcionários de clubes. Mano, não. Ele não abre mão da hierarquia, da arrogância. Se colocando acima de todos, não aceitando questionamento. Sua desculpa para essa postura foi dada ontem. "Reencontrei muita gente sem humildade no Corinthians." A alegação era por causa das conquistas do antigo treinador e de quem não chegou nem perto.

A sua falta de paciência com Pato fez com que o Corinthians fizesse um péssimo negócio com o São Paulo. Fracassou na tentativa de recuperar o atacante comprado por R$ 43 milhões. Convenceu a diretoria a aceitar a troca por Jadson. E Gobbi paga a metade do salário, R$ 400 mil e mais auxílio-moradia, R$ 40 mil, do jogador midiático trazido pela Nike, para atuar no Morumbi. Foi um enorme fiasco a contratação de Jadson. Ele acabou o ano na reserva do reserva Danilo. Mano também se desentendeu com Emerson Sheik. O veterano atacante teve de ir emprestado para o Botafogo. Outra vez com o clube pagando metade do seus vencimentos de R$ 520 mil. Outro fator contrário a Mano foi a dificuldade em marcar gols. O esquema sempre privilegiou a marcação, os contragolpes. Resultado, acabou sendo a equipe que mais empatou no Brasileiro. São 12 partidas que terminaram igualadas. O time marcou apenas 49 gols em 38 partidas. Na partida de despedida, hoje no Itaquerão, o time criou várias chances até para golear o pobre Criciúma. Guerrero desperdiçou pelo menos quatro chances. Foram duas bolas nas traves catarinenses. Mas venceu o jogo por 2 a 1, gols de Elias e Fábio Santos. Roger Guedes descontou. Mas houve um gol legítimo de Gustavo que mal anulado pela arbitragem e poderia resultar no empate no adeus ao técnico. Por tudo que aconteceu em 2014, Mano Menezes não deixará saudades no Parque São Jorge. Aliás, não. Mario Gobbi só faltou chorar ao ter de confirmar a não renovação do técnico. Mostrou sua impotência, sua falta de força política como presidente do Corinthians. Melhor para os muitos defensores de Tite. Isso há muito tempo já não era mais problema de Mano. Carlos Leite, seu agente, tenta encaixá-lo no Internacional. Se não der certo, restará o Palmeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Dec 2014 18:40:41

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