sábado, 6 de dezembro de 2014

Tite, Mano, Abel Braga, Oswaldo de Oliveira, Dorival Júnior, Cristóvão, Mancini...A ciranda amadora dos técnicos atrapalha o futebol. Só neste Brasileiro foram 22 treinadores demitidos. Um caos...

Tite, Mano, Abel Braga, Oswaldo de Oliveira, Dorival Júnior, Cristóvão, Mancini...A ciranda amadora dos técnicos atrapalha o futebol. Só neste Brasileiro foram 22 treinadores demitidos. Um caos...




Abel Braga jura que, se não ficar no Internacional, irá trabalhar no Exterior. Como São Paulo ainda faz parte do Brasil, Palmeiras e Corinthians estão riscados. Grande parte da imprensa gaúcha está cravando que Tite deverá assumir o lugar de Abel Braga no Beira Rio. Eurico Miranda deixará à vontade o empresário Carlos Leite para reconstruir o Vasco. Além de seus jogadores, o dirigente estaria de olho em Mano Menezes. Não está adiantando a campanha de Joel Santana para continuar em São Januário. Mano Menezes fez questão de deixar claro que não continuará no Corinthians. Mas, irônico, avisou que não tem rivais. Ou seja, poderia trabalhar no Palmeiras. Dorival Júnior tem contrato até depois do Campeonato Paulista. Mas está a ponto de um ataque de nervos, diante da certeza de pessoas importantes no clube e que o conhecem desde menino. Elas garantem que ele será dispensado assim que o Brasileiro acabar. A situação é tensa porque Carlos Leite é empresário tanto de Dorival quanto de Mano. No Parque São Jorge, Roberto de Andrade insiste que já deixou tudo acertado com Tite desde que Dunga assumiu a Seleção. Só que Andrés Sanchez não teria gostado de tanta autonomia de seu pupilo. Ao mesmo tempo em que surgiu o mal estar entre criador e criatura, o número mágico de R$ 800 mil mensais vazou a inúmeros conselheiros. Seria essa a pedida de Tite para retornar. O que seria um absurdo, já que o clube entrará em uma política de contensão de despesas. Esse dinheiro inviabilizaria sua contratação. Aliados do técnico fizeram questão de espalhar que esses números são irreais. Ele estaria pedido muito menos para o retorno. Mas esse estranho vazamento deste ordenado fictício teria o irritado profundamente. A ponto de aceitar voltar a trabalhar no Internacional. Osvaldo de Oliveira está completamente à disposição do Corinthians. Ele foi campeão mundial com o clube em 2000. Tem muitos amigos antigos no Parque São Jorge. Ele é considerado barato e de facílimo trato. Desde que o clube não atrase seu salário, como fez o Santos. Neste sábado haverá eleições na Vila Belmiro. O favorito é Modesto Roma Júnior, candidato de Marcelo Teixeira. Se ele for mesmo eleito há chances de Enderson Moreira continuar. O clube tem uma dívida que já alcançou os R$ 400 milhões. O técnico não é o dos sonhos de Modesto e de Teixeira. Se a dupla pudesse, colocaria no cargo Vanderlei Luxemburgo, que renovou com o Flamengo. Não será um choque se Argel Fucks ser lembrado. Ele foi ex-jogador do time e tem boa relação com muitos conselheiros santistas. Vagner Mancini quer ficar no Botafogo na Segunda Divisão. O novo presidente Carlos Eduardo Pereira não pretende continuar com o treinador. O fato de ter trabalhado em quatro equipes que acabaram rebaixadas nos últimos cinco anos pesa contra ele. Procura no mercado um nome importante e barato. Alguns conselheiros sonham com o retorno de Seedorf como treinador. E o nome do treinador do Figueirense, Argel também ganha força.

A direção do Fluminense está angustiada. Com a diminuição do aporte financeiro da Unimed. Não há como sonhar com treinadores caros. A manutenção de Cristóvão Borges segue sendo o melhor caminho. Até agora, o único. Muita indefinição e falta de visão dos dirigentes. Misturada com a ganância dos treinadores, que desejam salários altíssimos e elencos fortes. Mas uma enorme pitada de politicagem da pior espécie nos clubes. Tudo isso misturado faz com que grande parte das maiores equipes do país comece as férias na segunda-feira, em plena reformulação. O campeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil saem desta mesmice. Cruzeiro e Atlético Mineiro renovaram, com acerto, com seus comandantes: Marcelo Oliveira e Levir Culpi. O São Paulo manteve Muricy Ramalho. O Grêmio, Felipão. O Flamengo, Vanderlei Luxemburgo. Tudo continua muito improvisado no futebol brasileiro. A cada final de temporada, a esmagadora maioria dos clubes trocam de treinador, de filosofia. E é um eterno recomeçar. Os estaduais servindo de laboratórios. A Copa do Brasil para atrapalhar o Brasileiro. Pior para os que estão na Libertadores. E são obrigados a perder tempo e atenção com os estaduais. Comandando times desentrosados.

Nacional do Paraguai e San Lorenzo decidiram a Libertadores. Venceram nas semifinais o Defensor. do Uruguai e o Bolívar, da Bolívia. O time argentino foi campeão. River Plate e Atlético Nacional fazem a final da Copa Sul-Americana. Todas equipes com menos poder financeiro do que inúmeros clubes brasileiros. Apesar de toda a pressão da torcida, o Brasil foi apenas quarto colocado na Copa do Mundo de 2014. 2014 foi um ano marcado pelo fracasso do futebol deste país. Os motivos são inúmeros. Porém a falta de sequência dos treinadores nos grandes clubes pesa. A indefinição, a incompetência e o eterno recomeço viraram marca registrada de quem comanda as equipes. Esta ciranda infernal tem um custo. Só não enxerga quem não quiser. Os técnicos por aqui não têm nem fôlego para chegar até o final do Brasileiro. Há anos são 20 equipes que disputam a competição. Em 2014 foram 22 treinadores foram dispensados ou pediram dispensa. Paulo Autuori do Atlético, Caio Júnior do Criciúma, Vinícius Eutrópio do Figueirense, Gilson Kleina do Palmeiras, Ney Franco do Vitória, Jaime de Almeida do Flamengo, Miguel Ángel Portugal, do Atlético Paranaense, Ney Franco do Flamengo, Guto Ferreira do Figueirense, Marquinhos Santos do Bahia, Enderson Moreira do Grêmio, Jorginho do Vitória, Celso Roth do Coritiba, Doriva do Atlético Paranaense, Wagner Lopes do Criciúma, Ricardo Gareca do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira do Santos, Celso Rodrigues do Chapecoense, Gilmar dal Pozzo do Criciúma, Gilson Kleina do Bahia, Jorginho do Chapecoense, Toninho Cecílio do Criciúma.

Tudo ficou tão automático que só quando todos os nomes são lembrados se percebe o absurdo. 21 demissões. Isso também acontece porque os treinadores e dirigentes não aceitam a quarentena, comum na Europa. O técnico só pode trabalhar por um clube em um campeonato. Aqui, não. Demitir o treinador é muito fácil. O demitido não reclama porque sabe. Além da multa, logo ele poderá assumir outra equipe. O Brasil está na pré-história na organização do seu esporte mais popular. Há muitas dúvidas sobre o futuro de vários grandes clubes. Quais serão seus treinadores? Quantos chegarão ao final de 2015 comandando o mesmo clube? Perguntas que combinam com o amadorismo dos nossos treinadores...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Dec 2014 03:22:24

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