domingo, 7 de dezembro de 2014

"Essa é uma equipe fodida para a história do Palmeiras! A nossa campanha foi uma vergonha! Eu peço desculpas pelo que fizemos no ano do centenário. O Santos nos salvou." Valdivia...

"Essa é uma equipe fodida para a história do Palmeiras! A nossa campanha foi uma vergonha! Eu peço desculpas pelo que fizemos no ano do centenário. O Santos nos salvou." Valdivia...




Foi desesperador. Mas o Palmeiras conseguiu a sua grande conquista em 2014, ano do seu centenário. Não foi rebaixado para a Segunda Divisão. Mesmo contra o Atlético Paranaense com oito reservas, o time de Dorival Júnior não conseguiu ganhar. Apenas empatou em 1 a 1. Em pênalti discutível. Mas o Santos venceu o Vitória por 1 a 0, em Salvador. Só por isso não foi rebaixado pela terceira vez em 12 anos. A torcida que apoiou a equipe durante os 90 minutos, vaiou muito ao final, com a confirmação da permanência da Série A. Soube diferenciar a alegria de ter escapado do rebaixamento do péssimo time que a diretoria colocou para jogar com a camisa palmeirense Repetiu o coro na nada arena: "Vergonha, time sem vergonha". "A nossa campanha foi uma vergonha. Uma equipe fodida para a história do Palmeiras. O sentimento de todos nós é de vergonha. Eu peço desculpas pelo que fizemos no ano do centenário. A vergonha que foi esse ano. Acho que apesar de tudo o que aconteceu...Sofri muito essa semana. Era o jogo para ganhar de 5 a 0. Foi mesmo uma vergonha", concordava Valdivia com a cobrança da torcida. O Palmeiras entrou em campo confiante. Não poderia ser de outra maneira. O Atlético jogaria apenas com oito reservas. A média do time, apenas 21 anos. A direção paranaense confirmava sua divergência com o Vitória por causa das negociações de Léo e Dinei. Até na arbitragem não havia motivos para reclamar. Leandro Vuaden apitaria sua quinta partida do clube de Paulo Nobre. E com ele no apita, os palmeirenses nunca perderam. A primeira notícia ruim era o gramado. Os shows de Paul MacCartney o deixaram queimado, quase uma semana sem sol, protegido pela cobertura plástica. Era perceptível que em alguns lugares do campo foram colocados areia. O que deixava o piso irregular. Assim como nos últimos quatro anos e meio, a dependência do time de Valdivia. O meia se contundiu jogando pela Seleção Chilena contra a Venezuela, amistoso sem importância. A diretoria, incompetente, nem sequer tentou evitar que fosse chamado. A liberação seria obrigatória, mas não houve qualquer trabalho de bastidores antes da chamada, já que Jorge Sampaoli havia avisado o meia que o convocaria. Foi e sofreu uma forte pancada na coxa esquerda. Voltou machucado. A torcida foi em peso à nova arena. Apesar do limitadíssimo time, havia a certeza da vitória que salvaria o time da Segunda Divisão. Dorival Júnior montou seu time de forma ofensiva. O treinado tinha a convicção que poderia marcar por pressão os garotos paranaenses. Mas só que os reservas de Claudinei Oliveira mostravam qualidade e velocidade inesperadas. Atuando de maneira descompromissada e muito bem distribuída, a equipe marcava e atacava em bloco. Eram duas linhas de cinco. O treinador atleticano sabia muito bem da péssima qualidade técnica do seu adversário. E sabia da dificuldade do toque de bola rival. Tinha certeza do nervosismo que viria para os palmeirenses diante da forte marcação. Dorival caiu na armadilha. Soltou seus dois laterais para atuarem como pontas João Pedro e Victor Luis. Era pelas costas dos dois que o Atlético Paranaense iria atuar. Com Douglas Coutinho e Dellatorre. Abertos, eles escancaravam a defesa palmeirense. Principalmente graças à péssima cobertura de Lúcio. Fernando Prass já havia feito uma defesa sensacional e Gabriel Dias salvado uma bola em cima da risca. Até que Ricardo Silva completou escanteio com ótima cabeçada, indefensável. De quem ele ganhou pelo alto? De Lúcio, claro. 1 a 0, Atlético Paranaense. A torcida teve um comportamento exemplar. Passou a apoiar mais ainda.

Dorival, desesperado, adiantou de vez sua marcação. Os paranaenses contragolpeavam com facilidade. Tudo ia ficando muito ruim, quando o acaso ajudou. Gabriel Dias chutou para o gol, o zagueiro Drausio virou as costas. Mas os braços estavam abertos. Vuaden não havia marcado a penalidade, mas seu auxiliar atrás do gol o avisou. Pênalti. Henrique bateu com muita calma, não dando chances para Weverton. 1 a 1 aos 19 minutos. A partir daí, Dorival percebeu que não adiantaria deixando seu time aberto. Os garotos atleticanos diminuíam o ritmo da partida. Se o Palmeiras, afoito, queria a virada, eles tocavam lentamente a bola. Tratavam de marcar, sem nenhum grande interesse. A ruindade do time palmeirense era impressionante. Não conseguia penetrar. Não havia triangulações pelas laterais. Valdivia foi cansando. Discretamente, ele mancava quando a bola estava longe. O que restavam eram levantamentos inúteis para a área paranaense.

A torcida foi se enervando e aos poucos já começava a vaiar, a xingar os palmeirenses. Tudo foi ficando pior e ainda mais improdutivo no segundo tempo. Os atleticanos recuaram. Não se importavam com a possibilidade de ganhar. O empate estava de bom tamanho. A honra estava salva. Apesar da briga com a diretoria do Vitória, o time do Paraná não queria perder o jogo. Foi quando Valdivia cansou de vez. Seu sacrifício o havia desgastado. A necessidade de mancar com a perna esquerda era clara, transparente. A torcida entendeu de vez o patético time formado por Brunoro e Paulo Nobre. Jogadores fraquíssimos, inseguros, ruins. Dorival Júnior já deixava seus volantes mais atrás. Também sabia que o empate bastava. Não iria se arriscar a perder o jogo, ser rebaixado. A torcida percebeu o medo de perder do Palmeiras. E ansiosa esperava pelo final da partida. O segundo tempo foi um suplício. O Palmeiras aceitava o 1 a 1. E torcer pelo Santos, que mostrava uma vontade inexplicável (será?) contra o Vitória. Após a confirmação do empate, os jogadores e torcedores palmeirenses ficaram esperando notícias de Salvador. E elas vieram. Boas demais. Thiago Ribeiro marcou 1 a 0 para o Santos. O Palmeiras estava salvo. Com a confirmação do time na Série A, a promessa da diretoria. O time classificado como f... por Valdivia será completamente desmanchado. José Carlos Brunoro será demitido. Trocado por Alexandre Mattos, que foi fundamental na montagem do Cruzeiro que ganhou os dois últimos Brasileiros. Muitos atletas serão dispensados. Há nomes que Paulo Nobre está interessado, antes mesmo da chegada do novo executivo. O sonho é Fred. Do Fluminense, também são cobiçados Wagner e Diego Cavalieri. Tomara que seja verdade para o torcedor palmeirense. Ele não merece uma equipe tão ridícula quanto a que disputou o Brasileiro de 2014. Incapaz de vencer os garotos reservas do Atlético Paranaense jogando em casa. E que deveria ser rebaixada para a Segunda Divisão. Mas no último instante, o Santos não deixou...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Dec 2014 19:15:05

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