sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O rancor de Neymar com a imprensa brasileira continua. Nem toda a alegria da redescoberta do futebol, com o comando de Tite, o fez perdoar Galvão Bueno, Neto, Milton Neves. Aqueles que tiveram a coragem de criticá-lo na Olimpíada...

O rancor de Neymar com a imprensa brasileira continua. Nem toda a alegria da redescoberta do futebol, com o comando de Tite, o fez perdoar Galvão Bueno, Neto, Milton Neves. Aqueles que tiveram a coragem de criticá-lo na Olimpíada...




"Hay que cambiar desde la cabeza. Porque cuando uno no está bien desde la cabeza, las piernas no responden. Hay que cambiar esta situación de mierda". "Teníamos un rival complicado, durísimo. Hasta el primer gol, el rival era parejo. Después, el segundo nos termina de liquidar. No esperábamos este resultado. Nos perdimos, nos desarmamos. Incluso, pudo haber sido peor. No pudimos reaccionar. Dejamos espacios y ellos te liquidan." "Hay que mejorar muchísimo. No se puede repetir lo que venimos haciendo porque así no vamos a salir, pese a que seguimos dependiendo de nosotros mismos. No podemos regalar puntos, en especial de local. Hay que cambiar mucho", subrayó. "Espero que la gente de San Juan nos tenga paciencia. Eso afecta. En Córdoba yo lo vi desde casa y observé que nos silbaban y puteaban. Eso no ayuda. Tenemos que estar unidos. Queremos sentirnos locales. La gente por ahí esta cansada. Tiene que entender que lo vamos a hacer todos juntos. Somos los primeros en querer ganar y sacar resultados. Cuando el entorno no acompaña, se nota". "Tenemos un par de días para olvidarnos y preparar el que viene. Tiene que ser diferente al de hoy. Sabemos que vamos a recibir palos, pero hay que ser fuertes para salir. Quedan muchos partidos y no pensamos en no clasificar. Ganando nos metemos en la pelea otra vez. Hay que pensar en positivo, cambiando muchísimo. Pensamos que vamos a estar adentro." Cercado no Mineirão, após o vexame da Argentina, Messi enfrentou os jornalistas. Fez seu desabafo mais profundo. Mostrou toda a sua desilusão. Com a sua seleção, com a reação dos torcedores. Seria muito mais fácil se calar. Porém decidiu se posicionar. Expôs o que passou pela alma após os 3 a 0. Em espanhol, as palavras resumem melhor a dor que sente. Mas e o lado vencedor? A pauta mais óbvia de um dos confrontos mais importantes do planeta não pôde ser feita. Neymar não quis outra vez falar com os jornalistas. A mágoa com as críticas que recebeu durante as Olimpíadas continua. Como retaliação, não fala com a imprensa nacional nos jogos pelas Eliminatórias. Aconteça o que acontecer. Até mesmo a TV Globo faz parte dessa vingança. O atacante do Barcelona não esquece as palavras de Galvão Bueno, após o empate em 0 a 0 com o Iraque, quando Neymar era capitão do time e se recusou a dar entrevistas. O narrador ficou possesso ao saber que o atleta quebrou o procolo olímpico e não atendeu aos comissários que imploravam para que ele, como capitão do time, falasse. "As milhões de pessoas que estão em casa têm direito, sim, de ouvir. O seu ídolo, o seu jogador, aquele que joga com a camisa da Seleção Brasileira. É feio, muito feio. Não é profissional, não é ético e não é correto, sair de campo o time inteiro e se negar a falar. Alguém tinha que assumir e falar. "Ontem (sábado), no Engenhão, num determinado momento, a torcida começou a gritar que a Marta joga mais do que o Neymar. Eu entendi isso não só como uma brincadeira, mas como um desabafo. O futebol feminino tem jogado aquilo que o torcedor quer ver. E o futebol masculino não joga o que o torcedor quer ver. Até porque não há comparação da Marta com o Neymar. Ela tem cinco Bolas de Ouro, tem todos os títulos. O Neymar pode até vir a ser mais importante do que ela. Hoje, é a Marta. Nesse momento, ela é mais importante."

O Brasil ganhou a Olimpíada. Neymar fez um vídeo inesquecível. Aproveitou a conquista da medalha de ouro olímpica. Usou a cruel lógica do esporte. Os vencedores podem tudo. E ironizou, com fineza, Neto, Milton Neves e, lógico, Galvão Bueno. Se o Brasil não tivesse vencido o torneio, o vídeo não entraria nas suas redes sociais. É a mesma reação quando conquista qualquer campeonato. Enfrenta a Fifa e coloca a faixa 100% Jesus Cristo na testa. Nas derrotas, não a coloca. Como se deixasse de ser 100% Jesus Cristo quando perde. Tite, assim como Mano Menezes, Felipão e Dunga sabe que é dependente de Neymar. Precisa da maior referência técnica brasileira. Seu talento é fora do comum. Capaz de desequilibrar qualquer jogo. Ele acompanhou a Olimpíada. Orientou o inexperiente Micale nas horas decisivas. E conversou muito com o camisa 10 do Brasil. Notou o quanto não quer contato com a imprensa nacional. Formalizaram um pacto desde o primeiro jogo de Tite, contra o Equador. Neymar não seria mais capitão da Seleção. E também ficaria livre para não dar entrevista. Nem mesmo passar pela zona mista, onde se agrupam os repórteres na saída do vestiário. Haveria sempre uma porta dos fundos para o jogador do Barcelona.

E Neymar foi coerente nas vitórias contra equatorianos, colombianos, bolivianos e venezuelanos. Alguns jornalistas acreditavam que ele falaria no confronto contra a Argentina. Afinal, o clima era ótimo entre as duas seleções. Vários atletas atuam ou atuaram juntos. Não havia a tradicional tensão, rivalidade a flor da pele. A ponto de Neymar dar carona para Messi e Mascherano no seu jato particular, de Barcelona para Belo Horizonte. Só que logo na chegada da aeronave, modelo Citation, avaliada em 9 milhões de dólares, cerca de R$ 30,6 milhões, os jornalistas perceberam que o boicote iria continuar. Foi anunciada a chegada do jatinho às 7h30 da manhã de terça-feira. A CBF avisou que ele estaria na concentração às 8 horas da manhã. Só Neymar desembarcou duas horas antes, as seis. Ou seja, repórteres e fotógrafos foram enganados, como queria o atacante. Foi assim enquanto esteve em Minas Gerais. Treinou, jogou muito bem, e se calou. Os jornalistas ficaram apenas com as imagens, as comemorações dos gols.

A tristeza de Messi não poderia ser mais explícita. Com seus desabafos, palavrões. Já o vitorioso Neymar segue com sua vingança. Seu rancor não foi esquecido. Mesmo nesse momento da redescoberta da alegria. Nunca na história da Seleção ninguém agiu assim. Mas Neymar pode. Não precisa da imprensa brasileira para nada. Não percebe que é ele quem está perdendo. Seus fãs recebem mensagens nas suas redes sociais. Entre inúmeros anúncios, uma frase solta. Uma foto...e pronto. Os milhões de seguidores dão seus likes. Enxergam os logotipos dos patrocinadores, o que rende mais dinheiro. E Neymar, o primeiro craque/celebridade brasileiro vai vivendo.

Desequilibrando jogos, mostrando todo o seu talento.

E se vingando daqueles que tiveram a coragem de criticá-lo...

   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 11 Nov 2016 18:27:53

Nenhum comentário:

Postar um comentário