domingo, 20 de novembro de 2016

A festa antecipada da torcida se justifica. O Palmeiras venceu a batalha contra o ótimo Botafogo. E só precisa vencer a Chapecoense em casa. O jejum de 22 anos vai acabar. Cuca tem o melhor time do Brasil...

A festa antecipada da torcida se justifica. O Palmeiras venceu a batalha contra o ótimo Botafogo. E só precisa vencer a Chapecoense em casa. O jejum de 22 anos vai acabar. Cuca tem o melhor time do Brasil...




A euforia dos jogadores e dos torcedores se justifica. Após a suada e tática vitória contra o Botafogo, ao Palmeiras basta vencer a Chapecoense no próximo domingo. E o time é campeão do Brasil, depois de 22 anos. O ótimo Botafogo de Jair Ventura vendeu caríssimo o resultado. Mas não conseguiu evitar a derrota. O capitão Dudu usou seu 1m67 para fazer de cabeça o gol que incendiou a arena verde. Todos sabiam que o empate do Santos contra o Cruzeiro não havia mais a mínima importância. Basta apenas vencer domingo e o sonhado título está definido. Cada vez mais o coro de "Dá-lhe, dá-lhe Porco, seremos campeões. Mais uma vez", dominava a arena. Basta o time de Cuca manter o trabalho sério... Não há chance do título do Brasileiro de 2016 escapar. "Foi um gol de uma jogada rápida, iniciada pelo Dudu, cruzamento um pouco forte, o Gabriel teve calma e qualidade para cruzar na cabeça do Dudu. Gol da paciência que tivemos para trabalhar o jogo, muito difícil, encardido, e tenso. "O limite de erro é muito curto. Não tem margem para errar. "Se erra e o Santos ganha, você entra em parafuso, torcedor também perde confiança... "Este tempo sem ser campeão cria tudo isto. Jogo controlado, com posse de bola grande no primeiro tempo. E no segundo tempo ficou perigoso, porque o Botafogo teve escapadas perigosas que bloqueamos em cima da hora. Fizemos as mexidas e tivemos tranquilidade, especialmente depois do gol para administrar até o fim. "Se tivesse sido campeão ano passado, soltaria o grito agora pela confiança. Mas tem muitos anos que não ganhamos o título. Muito palmeirense aqui não viu o Palmeiras ser campeão brasileiro. Os jogadores estão carregando este fardo e com poucos erros. "Como é difícil ser campeão, meu Deus do céu!" O resumo de Cuca saiu do coração. Mostrava o alívio com a partida que ele tinha certeza que seria dificílima. E foi. A organização tática do time carioca, com jogadores muito inferiores tecnicamente, tornou o confronto terrível. Não adiantou ter a posse de bola do Barcelona. As estocadas nos contragolpes do time carioca quase provocaram o primeiro caso no mundo de enfarto coletivo. Era uma partida muito traiçoeira. Jair Ventura reverteu a expectativa do Botafogo. Quando Ricardo Gomes arrumou as coisas e foi ganhar o dobro no São Paulo, o time caminhava para o rebaixamento. Inúmeros conselheiros e dirigentes esperavam pelo retorno à Segunda Divisão. Enquanto Carlos Eduardo Ferreira procurava outro treinador, deixou interinamente o filho de Jairzinho. Ele acertou a equipe. A fez muito melhor do que era com Ricardo Gomes. O Botafogo se mostrou competitivo, vibrante, intenso. Letal, principalmente nos contragolpes. Conseguiu colocar a equipe na briga pela Libertadores. E todos se esqueceram de buscar novo técnico. Jair não montou sua equipe no 4-5-1. Com duas linhas de marcação, a partir do meio de campo. A intenção era complicar o nascedouro das jogadas. Não permitir que a bola chegasse com qualidade para dois jogadores de Cuca: Gabriel Jesus e Dudu. E buscar os contragolpes em velocidade. Apenas Pimpão estaria adiantado. Cuca tinha a responsabilidade de não frustrar os quase 40 mil torcedores que inchavam a arena. E exigiam a vitória. O treinador apostou em Cleiton Xavier. O Palmeiras, teoricamente, teria mais neurônios entre as intermediárias. Dudu, Roger Guedes e Gabriel Jesus não teriam tanto de recuar para buscar a bola. Jean e Zé Roberto estavam liberados pelas pontas. O Palmeiras conseguiu nada menos do que 71% de posse de bola no primeiro tempo. Mas Cleiton Xavier não conseguia jogar. Ele está muito abaixo do jogador que foi embora em 2010. As contusões ao longo dos anos o deixaram limitado. Sem a explosão muscular fundamental para a posição. O que melhor ele fez, foi atrair a marcação carioca. Seu nome ainda provoca medo. E com isso, Moisés acabou liberado. Fez o que quis nos primeiros 45 minutos. Dos seus pés, nasceram os melhores ataques palmeirense. Isso quando ele mesmo não surgia, de surpresa, livre na entrada da área. Jair Ventura é um promissor treinador. Mas demorou um tempo inteiro para perceber que o meia/volante palmeirense desequilibrava o jogo. Não é fácil ser Gabriel Jesus. O garoto de 19 anos era marcado muito forte, de forma violenta, xingado, intimidado pelos botafoguenses. Mas o que mais atrapalhou seu desempenho na partida era a ansiedade. Ele colocou toneladas de responsabilidade nas costas. A de sair do Brasil para o Manchester City campeão nacional. Seu talento não fluiu como na Seleção Brasileira. Mas foi fundamental no lance decisivo da partida. Depois do domínio improdutivo no primeiro tempo, o Palmeiras precisa do gol. O Botafogo já criava coragem. Cuca fez uma mudança importantíssima. Trocou a habilidade inócua de Cleiton Xavier pela truculência de Alecsandro. Com isso, ele prendia os zagueiros cariocas. E dava mais espaço na intermediária para Dudu e Gabriel Jesus se movimentarem. Moisés já estava muito bem vigiado. A torcida já estava tensa, impaciente. Até porque Neílton e Pimpão já criavam chances agudas. O lance fundamental da partida aconteceu aos 17 minutos do segundo tempo. Dudu, em velocidade, cruzou para Gabriel Jesus. A bola foi muito forte. Mas o atacante da Seleção dominou e, com precisão, cruzou na cabeça do ex-rebelde que virou capitão A gigantesca zaga botafoguense falhou, demorou para se recompor. A arena palmeirense tremeu. Palmeiras 1 a 0.    

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 20 Nov 2016 18:55:56

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