terça-feira, 22 de novembro de 2016

Pedido de impeachment incendeia o Parque São Jorge. Ex-aliados já duelam pelo cargo de Roberto de Andrade. André Negão, o cabo eleitoral de Andrés Sanchez, e Jorge Kalil, o apadrinhado de Alberto Dualib, querem a presidência...

Pedido de impeachment incendeia o Parque São Jorge. Ex-aliados já duelam pelo cargo de Roberto de Andrade. André Negão, o cabo eleitoral de Andrés Sanchez, e Jorge Kalil, o apadrinhado de Alberto Dualib, querem a presidência...




Como o blog havia publicado no dia 3 de novembro, membros importantes da oposição e da situação se juntaram. E não mais apenas articulam, mas trabalham efetivamente para o impeachment do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade. Conselheiros convidaram a imprensa nesta manhã para mostrar as 63 assinaturas de conselheiros exigindo a destituição do presidente. A desculpa é conhecida. Feita pela revista Época. Falsidade ideológica. Andrade assinou documentos como presidente do clube, sem ainda estar eleito. Algo que juridicamente é crime. "O candidato Roberto, identificado como presidente, assinou a lista de presença da assembleia geral de cotistas que tomou uma série de decisões sobre o estádio. Uma delas tratou de um aditivo ao contrato de construção da arena com a Odebrecht. Andrade concordou em dar maior prazo para a conclusão das obras. O aditivo também garantia que a construtora não devia mais nenhum valor à Arena Corinthians. Apesar da autorização em assembleia, o aditivo não foi assinado posteriormente. Outra deliberação ratificou a assinatura de contrato para exploração do estacionamento com a empresa Omnigroup. Em outra foi dada autorização para que a BRL Trust, empresa que comanda o fundo de investimento imobiliário que administra a Arena Corinthians, alterasse, por meio de aditivos, contratos relativos ao financiamento da construção com a Caixa. A reunião deliberou sobre pontos estratégicos para o futuro do estádio. A assinatura de Roberto de Andrade Souza, acompanhada da palavra "presidente" e do escudo do Corinthians, consta na ata da assembleia em questão. A ata da assembleia foi registrada em cartório em São Paulo, no 2º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, e foi obtida por ÉPOCA. O documento foi assinado por representantes dos outros cotistas, Odebrecht e Arena Itaquera. A atitude pode ser configurada como falsidade ideológica, quando alguém insere uma declaração falsa em documento público ou privado, segundo advogados consultados pela reportagem. A pena prevista para esse crime pelo Código Penal é de multa e um a três anos de reclusão para documentos particulares, como é o caso da ata em questão." E em 18 dias muitas coisas mudaram. Na briga pelo poder, os grupos foram deixando mais claro o que realmente desejam, além de tirar Roberto. Não querem a pessoa que teria, por direito, o cargo. O vice presidente, André Luiz de Oliveira. André Negão, ex-bicheiro. Ex-chefe de gabinete e cabo eleitoral de todas as eleições de Andrés Sanchez. O homem que escapou de um assassinato, quando trabalhava na ilegalidade na Zona Leste. Tomou sete tiros.

Ele foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal em julho. Teve de explicar o recebimento de R$ 500 mil. O dinheiro seria propina da Odebrecht na construção do Itaquerão. Seu depoimento permaneceu secreto. Foi detido por possuir armas sem registro. Acabou liberado. Mas completamente isolado por Roberto de Andrade. Ficou sem função. Pensou em abandonar o cargo. Mas foi instruído por seus companheiros a apenas se licenciar da vice presidência. Com a possibilidade real de tomada do poder, membros ligados a Roque Citadini, que era o homem forte do futebol na época do ex-presidente Alberto Dualib, não querem André Negão herdando o cargo. Querem forçá-lo a renunciar para que o presidente passe a ser o segundo vice, Jorge Kalil. Ele deseja o cargo há décadas. "O pedido foi protocolizado nesta manhã, mas ainda não chegou a mim. Terei cinco dias para encaminhá-lo à Comissão de Ética e Disciplina. Ela vai notificar o presidente para se defender, e então o Roberto de Andrade terá dez dias para isso. Depois, a comissão vai se reunir e elaborar um parecer dizendo se é favorável ou contra a destituição", esclareceu Guilherme Strenger, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians. Falou ao Lance! Os passos seguintes: o conselho votará o parecer da comissão. Caso a saída de Roberto de Andrade seja aprovada, ele é afastado temporariamente, mas é preciso que os associados do clube, em uma Assembleia Geral, ratifiquem a decisão. Se isso ocorrer, uma nova eleição ocorrerá em até 30 dias.

Ou seja, oposição e situação já duelam pelo cargo de Roberto. André Negão garante a aliados que não desistirá de "jeito nenhum". Ele que tanto prometeu que seria o "Obama" do Parque São Jorge, o primeiro presidente negro, não quer perder a chance. Até porque a Polícia Federal que comanda a operação Lava-Jato nada teria encontrado contra ele. Seu principal conforto é a força de Andrés Sanchez. Já Jorge Kalil, que se dizia muito ligado a Roberto de Andrade, arregimenta com Citadini, conselheiros dispostos a tirar o presidente e o vice. Ele foi apadrinhado de Alberto Dualib. Deve o poder que tem ao ex-presidente. O clube vive clima efervescente de disputa eleitoral. Os dois interessados têm a convicção do impeachment. Andrade segue desesperado buscando travar o processo. Enquanto isso, o salário dos jogadores segue atrasado. Nem mesmo com a vitória contra o Internacional e a briga pela Libertadores conseguiram fazer Roberto de Andrade conseguir dinheiro. Vários atletas estão irritados porque souberam que os funcionários receberam. As denúncias em relação ao Itaquerão não param. O estádio não é pago desde abril. Apenas 19 mil torcedores foram ao estádio contra o Inter. O clima é péssimo no Parque São Jorge. A fraternidade acabou...



   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 22 Nov 2016 16:04:45

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