Se engana quem pensa que o Palmeiras ficará órfão de bilionários em 2017, quando Paulo Nobre deixar seu cargo. Muito pelo contrário. Está chegando de vez ao clube uma mulher conhecida por sua personalidade forte e dinheiro. A Junta Comercial de São Paulo determina as empresas que pertencem a ela. Sociedade Educacional das Américas S/A (nome da razão social da Faculdade das Américas), Adobe Assessoria de Serviços Cadastrais S/A, Crefipar Participações e Empreendimentos S/A, Borgia Participações e Empreendimentos S/A, Sedona Cobrança e Assessoria S/A, Panda Agência de Publicidade e Propaganda S/A, Agropecuária Arauc S/A, Bamércio Factoring Sociedade de Fomento Comercial S/A, R.L. Participação e Empreendimentos Comerciais S/A, CNV – Empreendimentos Imobiliários S/A, City Táxi Aéreo Ltda e Bamércio S/A Previdência Privada. E ainda grupo Crefisa S/A Crédito Financiamento e Investimentos. Seu patrimônio ultrapassa os R$ 3 bilhões. Ou seja, Leila Mejdalani Pereira não fica nada a dever ao presidente palmeirense. Ele e o marido José Roberto Lamacchia vão continuar investindo forte, pesado, ainda mais depois da conquista do Brasileiro. Vão manter e ampliar o maior contrato do futebol brasileiro. Até porque Leila tem um sonho. Ser a primeira mulher presidente do Palmeiras. A primeira de fato de um clube grande de São Paulo. Não como Marlene Matheus, que era apenas simbólica. Quem mandava era Vicente Matheus. Ela foi eleita porque ele não poderia exercer outro mandato. Leila quer executar tudo o que Patricia Amorim esboçou e acabou por se tornar dar maiores decepções na história do Flamengo.
Leila já está mais do quer amparada politicamente para ser candidata a conselheira. Mustafá Contursi colocará toda sua influência política para elegê-la em fevereiro de 2017. O ex-presidente palmeirense tem grande proximidade dela e de Lamacchia. A influência de Mustafá foi fundamental para Paulo Nobre se tornar presidente. Para qualquer pessoa que sonhe em presidir o clube precisa de dois mandatos como conselheiro. O cálculo de vários conselheiros influentes é que Leila, se eleita, trabalhará na sua candidatura nos dois mandatos de Mauricio Galiotte, já definido como sucessor de Nobre. E lógico que o patrocínio em todo o uniforme do time tem um peso mais do que decisivo. O casal gastou R$ 66 milhões com o uniforme. Mais R$ 12 milhões com Lucas Barrios, um presente caríssimo, que não deu certo. Mas que não custou um centavo ao Palmeiras. Foram R$ 78 milhões, vindo da mesma fonte. Detalhe, a contratação de Barrios foi um pedido do Palmeiras. De Paulo Nobre. O contrato de patrocínio termina em janeiro de 2017. O interesse é renová-lo. A Crefisa e a Faculdades da América deverão estar novamente no uniforme do Palmeiras. Na busca de novo alvo. A Libertadores, que o clube não conquista desde 1999. Só que os valores não chegarão ao que vazou no Palmeiras. A Crefisa não aumentará seu investimento em 50% como foi divulgado. Em plena crise financeira, quando empresas estão deixando de investir em publicidade, o grupo financeiro não vai pagar R$ 85 milhões só com o uniforme. Isso já está mais do que decidido. Os valores oferecidos, apesar da conquista do Brasileiro, ficarão bem perto do que o grupo já paga.
O que pode acontecer são novos presentes. Um ou dois jogadores importantes no lugar de Lucas Barrios. O argentino naturalizado paraguaio procurará outro clube em 2017. O final de mandato de Paulo Nobre é a senha para que Leila se torne conselheira e aspire a presidência do clube. Os dois tiveram vários desgastes nos dois anos de patrocínio da Crefisa. Os episódios da tentativa de o Palmeiras homenagear a Parmalat em uma camisa retrô sem a autorização de Leila, assim a publicidade do plano de sócio-torcedor Avanti, onde deveria estar o nome dos jogadores. Como também a camisa festiva após a conquista da Copa do Brasil, sem o logotipo da organização financeira e também da faculdade. Isso não acontecerá com a conquista do Brasileiro. Os desgastes ficarão de vez para traz com a posse de Mauricio Galiotte. Ele se dá muito bem com Leila e José Roberto. Por isso ninguém no clube duvida da renovação de patrocínio na camisa. Mas não com 50% de aumento. Os valores já são altos demais. Nenhum clube ganha tanto dinheiro de um só lugar. Do lado da Crefisa há a certeza que haverá o acordo. Não só por 2017. Mas pelos mandatos de Galiotte. O desejo é que siga. Até Leila completar seu período obrigatória como conselheira. E ter o direito de se candidatar a presidente. O Palmeiras pode ser comandado novamente por um bilionário...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 21 Nov 2016 18:16:42
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