domingo, 27 de novembro de 2016

O título do Brasileiro de 2016 é do melhor time. O Palmeiras, com toda a justiça, volta a ser campeão deste país, depois de 22 anos. Vitória contra a Chapecoense por 1 a 0. Festa inesquecível...

O título do Brasileiro de 2016 é do melhor time. O Palmeiras, com toda a justiça, volta a ser campeão deste país, depois de 22 anos. Vitória contra a Chapecoense por 1 a 0. Festa inesquecível...




O Palmeiras volta a ser o campeão do Brasil. Em uma inesquecível festa. Na sua arena lotada, misturando gerações de palmeirense. Os que não haviam sequer nascidos em 1994. Os que vieram ao mundo bem antes, passaram pelo jejum de 22 anos sem conquistas, sofreram nos dois rebaixamentos. Mas agora agradecem ao privilégio por ver a reviravolta. A gloriosa camisa verde outra vez é vitoriosa. Enecampeão do país. E sem precisar de ninguém. Mesmo com o Flamengo derrotando o Santos por 2 a 0. Não interessava. Venceu a surpreendente Chapecoense, por 1 a 0. Gol de Fabiano. Sem querer... Ao final, a cena que resume o porquê da reviravolta verde. Levantando a desejada taça de campeão brasileiro haviam quatro mãos. As duas, previsíveis, do capitão Dudu. E as outras duas do bilionário presidente palmeirense, Paulo Nobre. "Eles acreditaram quando falei que a gente ia ser campeão. Se não fossem eles, não saía nada. Mérito todo deles. O grupo não tem grandes estrelas. Em 93 e 94 o Palmeiras tinha diversos jogadores de Seleção. O nosso foi na garra, na raça", dizia, empolgado, Cuca. Treinador que teve a coragem de prometer a conquista no dia 24 de abril, ao ver seu time ser eliminado da final do Campeonato Paulista pelo Santos. "Suamos muito, batalhamos muito e chegou o momento. Estou muito feliz. Vamos curtir. Tiramos um peso de 22 anos nas costas", comemorava o capitão Dudu. O depoimento de Zé Roberto, do alto dos seus 42 anos foi preciso. "É difícil resumir um momento tão bonito como esse. O que me vem na memória é quando a gente chegou nesse clube, há dois anos, quando a gente se reuniu no vestiário e falou que os jogadores que estavam chegando para fazer parte daquele novo elenco iriam iniciar uma nova etapa e fazer com que o Palmeiras voltasse a estar no lugar em que sempre mereceu, a elite, conquistar títulos, voltar a ser o que era. "Hoje, esses jogadores têm de levantar a cabeça, ter muito orgulho de vestir essa camisa. Hoje, nós entramos na história desse clube, o clube que tem mais títulos nacionais." Ele lembrava que era o nono título nacional palmeirense. Um recorde no país. O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1960, 1967 (Taça Brasil), 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1969, 1972, 1973, 1993, 1994 e, agora, 2016,

Foi a vitória do time mais competente, competitivo, talentoso. Um trabalho sério, firme de Cuca. Atingiu 77 pontos, em 37 partidas, 23 vitórias, oito empates e apenas seis derrotas. 60 gols a favor e 31 gols contra. 69,4% de aproveitamento. Desde a 19ª rodada na primeira colocação. Gabriel Jesus chorava de alegria, alívio. Era a promessa de ser campeão antes de viajar para o Manchester City cumprida. As lágrimas eram pela despedida precoce. "É o clube em que aprendi a amar. Nesses dois anos que eu tenho como profissional, eu só tenho a agradecer. Essa é a última vez que vou pisar aqui (na arena palmeirense), então estou muito agradecido por tudo. Espero que vocês nunca esqueçam de mim, porque eu nunca vou esquecer vocês. Um dia eu volto", prometeu. E ele costuma cumprir suas promessas... Foi tudo perfeito. Cuca ainda fez a justa homenagem a Jaílson e Fernando Prass. Tirou o goleiro titular aos 45 minutos do segundo tempo. Deu ao humilde Jaílson o prazer de ouvir mais de 40 mil torcedores gritando o seu nome. E o consagrado e contundido Prass teve o prazer de ser campeão em campo, mesmo ainda não recuperado da contusão. Foi mais uma das histórias maravilhosas que ficarão gravadas na memória do Palmeiras. O título foi um dos mais humanos da história do Brasileiro. Repleto de emoção. Reviravolta. Promessa. Trabalho. E muito dinheiro. De Paulo Nobre, da torcida, da Crefisa, do plano de sócio-torcedor. Tudo indica que o Palmeiras está iniciando um novo ciclo vitorioso na sua história. Como foi na época da academia e depois, nadando em dinheiro, da Parmalat. A base é muito solidificada. Depois da Copa do Brasil em 2015, o Brasileiro de 2016. Só não enxerga o avanço quem não quer ver. O novo objetivo é a conquista da Libertadores de 2017. E lutar pelo título mundial, sem citar a Copa Rio de 1951. Paulo Nobre não assume. Mas é o mecenas por trás desta reviravolta palmeirense. Foi do seu bilionário bolso que saíram quase R$ 200 milhões para reestruturar o clube enquanto a arena não ficava pronta. Em quatro anos de trabalho, o dirigente conseguiu transformar o clube que assumiu na Segunda Divisão para campeão do país. Foi sua firmeza em segurar Gabriel Jesus, contratar Cuca, engolir os donos da Crefisa, com quem nunca se deu bem. Seu dinheiro pacificou politicamente o Palmeiras. A oposição sequer teve coragem de lançar um candidato para enfrentar Maurcio Galiotte, que escolheu como sucessor. O único ponto negativo da festa do Palmeiras foi o lastimável estado do gramado. A cúpula da WTorre deveria ter vergonha de oferecer um gramado tão ridículo, recheado com areia pintada de verde, após os shows do Guns N" Roses. Galiotte que faça o clube gastar R$ 2 milhões e invista no gramado sintético, como o Atlético Paranaense fez na Arena da Baixada. Só gramado sintético pode suportar o número de shows que a WTorre promete seguir trazendo ano a ano na arena palmeirense. O time mais técnico e talentoso de Cuca foi o prejudicado hoje. Um gramado ridículo desses pode custar, por exemplo, o título da Libertadores em 2017. Está na hora de acabar com este problema.

   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 27 Nov 2016 18:57:37

Nenhum comentário:

Postar um comentário