domingo, 11 de setembro de 2016

Cristóvão mata o Corinthians com suas substituições medrosas. Entrega a virada para o desfalcado Santos na Vila Belmiro. 2 a 1. Dorival Júnior deveria agradecer ao treinador corintiano por estes três pontos...

Cristóvão mata o Corinthians com suas substituições medrosas. Entrega a virada para o desfalcado Santos na Vila Belmiro. 2 a 1. Dorival Júnior deveria agradecer ao treinador corintiano por estes três pontos...




Cristóvão foi o responsável pela virada do Santos diante do Corinthians. Com substituições medrosas, o técnico provocou uma reviravolta no clássico da Vila Belmiro. Seu time vencia, dominava a partida no primeiro tempo. Na segunda etapa, o treinador não só fez time recuar, como fez trocas que seriam compreensíveis em um time pequeno. Não um dos maiores do país. Dorival Júnior deveria agradecer. Ganhou um presente importantíssimo. E o Santos, sem Lucas Lima e Ricardo Oliveira, conseguiu se recuperar no Brasileiro, com a vitória diante do rival histórico: 2 a 1. "Não podemos perder essas oportunidades de pontuar", desabafava, irritado, Marquinhos Gabriel. Ele sabia que o Corinthians teve a partida nas mãos. "Nós estávamos na vantagem, seria natural que o Santos fosse nos pressionar, sabíamos disso. Mas começamos a ter dificuldade em segurar a bola no ataque, e isso facilitou a pressão do Santos. As modificações foram para que segurássemos a bola", tentou explicar, sem convicção, o treinador corintiano. Não há desculpa para Cristóvão. Ele estava sendo absolutamente coerente no início da partida. O técnico escolheu a equipe que havia revolucionado o jogo diante do Sport, em Itaquera. Cássio, Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Camacho; Marlone, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Lucca; Gustavo. 4-1-4-1, com muito equilíbrio. Preenchimento de espaço. Time forte o suficiente para não só se proteger, mas atacar o Santos sem medo. Não havia razão real para medo. O time de Dorival estava pressionado. Não vencia há três partidas. Vinha de três derrotas seguidas. Conselheiros já começavam a questionar seu trabalho. E o principal. O adversário não tinha seus dois jogadores responsáveis pela ofensividade da equipe. Lucas Lima e Ricardo Oliveira, suspenso. Ou seja, o Santos não teria o jogador capaz de desequilibrar no meio de campo, com seu talento, seu improviso. E ainda, o artilheiro estaria fora. Duas peças fundamentais a menos no duelo importantíssimo pelas pretensões corintianas no Brasileiro. Dorival Júnior apelou para um time completamente previsível, sem poder ofensivo. Vanderlei, Daniel Guedes, Gustavo Henrique, Luiz Felipe e Zeca; Renato, Thiago Maia, Jean Mota e Vitor Bueno; Copete e Rodrigão. Era o que dava para fazer com o elenco reduzido que a diretoria oferece. Ele esperava que seu time conseguisse ao menos equilibrar o jogo e, empurrado pela torcida, ganhasse confiança. E utilizasse como principal arma a força física de seus atacantes. Era o máximo que poderia sonhar. O primeiro tempo foi um pesadelo para o Santos. O Corinthians parecia atuar em casa. Marcava pressão, sufocava a saída de bola do adversário, trocava bola com lucidez, usava muito bem as triangulações pelas laterais do campo. Marlone era o destaque do jogo. Esquecera de vez a timidez. Armava, chutava a gol, vibrava. Fagner atormentava o setor defensivo santista pela esquerda. Rodriguinho e Giovanni Augusto faziam a recomposição e eram peças importantes quando o Corinthians atacava em bloco, eram opções para o forte Gustavo fazer o pivô. Com as linhas próximas e atuando de forma muito consciente, o Corinthians dominou todo o primeiro tempo. E poderia ter marcado pelo menos três vezes. Só marcou um gol. E foi o retrato do futebol coletivo. Marlone tocou para o versátil Rodriguinho. A devolução foi linda, de letra, Marlone bateu forte, sem chance de defesa para Vanderlei. Corinthians 1 a 0, aos 36 minutos.

Rodriguinho havia perdido antes e Marlone perdeu outro gol fácil depois. Mas havia a falsa impressão que esses gols não fariam falta. Bastasse o Corinthians voltar com a mesma postura. Corajosa, moderna, consciente. O Santos enfraquecido, lutava. Mas não conseguia sequer se defender com competência. Parecia que, depois de 2014, o Corinthians voltaria a vencer na Vila Belmiro, o que é sempre difícil demais para qualquer adversário do Santos. Parecia. Porque até mesmo antes de Cristóvão fazer suas infelizes trocas, ele já havia sabotado sua equipe. Ele mandou o Corinthians recuar. Sim, a ordem partiu do treinador. Ele abriu mão do domínio do jogo para atuar de forma medíocre, buscando apenas os contragolpes. Sem necessidade. Postura inconcebível. Dorival não tinha nada a perder. Aliás, já estava perdendo o jogo. E, era lógico, que adiantaria a sua marcação. Mas foi a postura corintiana que mudou todo o panorama da partida. O veterano e muito competente Renato passou a atuar como nos seus longínquos tempos de Guarani, onde atuou há 16 anos e era conhecido como o meia Renatinho. Com todo espaço oferecido na intermediária por Cristóvão, ele pode impor seu toque de bola, seus passes, suas infiltrações. Sem marcação alguma, o volante conseguiu despertar o futebol de Jean Mota, Victor Bueno e Thiago Maia. Foi ele quem os avisou que Corinthians havia aberto mão de tentar ganhar o jogo. O Santos passou a encurralar seu adversário predileto. Quem estava acompanhando a partida percebia que o time que encurralava, agora estava acuado, amedrontado. Mas havia como ficar pior para os corintianos. Começaram as trocas. Cristóvão entrou em ação e tirou Gustavo, referência no ataque. E colocou Marquinhos Gabriel. Ele entrou na partida para atuar como marcador. Não como meia ofensivo. O Corinthians superpovoava sua grande área. Isso não daria certo. E foi o que aconteceu. Bastou um mero escanteio e Vilson comete pênalti desnecessário em Luiz Felipe. O precipitado zagueiro corintiano dá uma ombrada nas costas do santista, com Raphael Claus a três metros da jogada. Até os familiares de Vilson marcariam a penalidade.

Victor Bueno cobrou com convicção, no canto esquerdo. 1 a 1, aos 25 minutos. Não satisfeito por trocar uma vitória por um empate, Cristóvão outra vez entrou em ação. Dessa vez, a troca foi ainda mais desastrosa. Tirou o meia Giovanni Augusto e colocou Willians. Matou qualquer possibilidade de articulação de contragolpes. E ainda colocou um jogador antiquado, volante que só sabe fazer falta, defender e atuar enfiado entre os zagueiros. Cristóvão trouxe de vez o Santos para sua área. Depois de dez minutos, o Corinthians trocava o empate pela derrota. Jean Mota cobrou escanteio e Renato se antecipou a Fagner e cabeceou paras redes. A virada que o técnico corintiano tanto ajudou a consolidar. 2 a 1, Santos. Dorival respira mais tranquilo e segue na luta por uma vaga na Libertadores. O maior sonho da diretoria santista. É o máximo que pode aspirar. Já o time da Capital tem motivos para lastimar. Jogou três pontos fora. Teve em seu treinador, o pior inimigo. Cristóvão sabotou o Corinthians. Quando o técnico joga contra, não há salvação...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 11 Sep 2016 17:53:18

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