sábado, 24 de setembro de 2016

Foi um sofrimento. Mas o líder Palmeiras conseguiu superar a retranca do Coritiba. Conseguiu a vitória obrigatória por 2 a 1. Graças ao oportunismo de Leandro Pereira e Mina...

Foi um sofrimento. Mas o líder Palmeiras conseguiu superar a retranca do Coritiba. Conseguiu a vitória obrigatória por 2 a 1. Graças ao oportunismo de Leandro Pereira e Mina...




Foi um jogo sofrido, tenso. A marcação muito bem montada, organizada por Paulo César Carpegiani quase complica. Foram necessários 18 arremates contra dois dos paranaenses. Mas o Palmeiras conseguiu, graças ao oportunismo do desacreditado Leandro Pereira e o zagueiro artilheiro Mina, a vitória obrigatória contra o Coritiba. 2 a 1. E chegou aos 54 pontos, abrindo outra vez quatro pontos de distância do Flamengo, segundo colocado. Dudu foi o destaque do time, com dribles, passes e muita consciência ofensiva. O futebol do time de Cuca não foi empolgante, muito pelo contrário. Mas absolutamente eficiente na sua arena. Era a partida onde não poderia desperdiçar pontos. Não desperdiçou. Já são dez partidas seguidas sem derrotas. Mais pressão para o Flamengo na luta pelo título. Mais do que obrigatória a vitória contra o Cruzeiro, amanhã, no Espírito Santo. "Nosso time está sim mostrando que está forte para conquistar o Brasileiro. Nosso segredo é união e força no conjunto para superar as dificuldades. Como esse jogo diante do Coritiba. Foi muito difícil a vitória. Mas ela veio. E só nos dá confiança para acreditar sim no título", comemorava Leandro Pereira. O atacante é muito criticado por conselheiros e torcedores por seu retorno do futebol belga. Estava jogando muito mal. Mas seu oportunismo no primeiro gol abriu o caminho para a fundamental vitória. O jogo foi o primeiro da sequência de vitórias obrigatórias do Palmeiras no Brasileiro, contra adversários considerados teoricamente mais fáceis. Coritiba, Santa Cruz, América Mineiro. Nove pontos que não podem ser desperdiçados. O sofrimento do líder Palmeiras tem total responsabilidade em Carpegiani. O veterano treinador, campeão mundial em 1981 com o Flamengo, montou uma eficiente retranca. Apelou para a modernidade. Fez seu time montar duas linhas com quatro e cinco jogadores. E apenas o inglês, naturalizado turco, Kazim à frente. O sonho era arrancar um surpreendente empate contra o líder do Brasileiro. A disposição do time paranaense foi meticulosamente eficiente. Seus jogadores congestionaram as intermediárias. E não ofereceram chance à melhor qualidade do ataque palmeirense, a velocidade. Como o Coritiba se restringiu a defender, não houve contragolpes dos donos da casa. E o enorme elenco montado por Alexandre Mattos segue tendo uma falha enorme. A falta de meias talentosos. Por isso tanta "sofrência" diante de adversários que se fecham. Cuca, como também era previsível, tentou manter seu time marcando forte a saída de bola paranaense. Pressionando todo tiro de meta. Ele sabia que o jogo poderia se tornar um tormento. A única maneira para que o resultado viesse com tranquilidade era um gol no início da partida. Só que não encontrou espaço. O Coritiba seguia muito bem postado. Seus volantes e meias eram obstinados, ajudando os laterais. Evitavam as triangulações pelas laterais, saídas recomendadas por grandes treinadores europeus, diante de retrancas. Como Guardiola, Luis Enrique e Ancelotti. Jean e Egídio foram perseguidos, travados. Pouco puderam fazer para ajudar Roger Guedes e Dudu, que se alternavam pelas pontas. Carpegiani queria e conseguiu truncar o jogo. Seu time, muito bem compactado, evitava que o Palmeiras crescesse ofensivamente. Foram inúmeras e irritantes faltas que conseguiam travar o ritmo da equipe de Cuca. A empolgação dos mais de 30 mil torcedores, que esperavam uma goleada, logo foi passando. O primeiro tempo quase não teve emoção. O nervosismo dos torcedores atingia os jogadores palmeirenses, que passavam a se enervar. Principalmente sua principal estrela, Gabriel Jesus, que não conseguiu fazer uma boa partida. Foi muito bem vigiado. Mal a bola ia em sua direção, dois, até três jogadores paranaenses o sufocavam. Apesar disso, o único lance agudo do primeiro tempo foi com Gabriel Jesus. O atacante fez excelente e rara tabela com Moisés. Recebeu na cara de Wilson. Mas o atacante se precipitou e não teve calma para deslocar o goleiro, que fez ótima intervenção.

No intervalo, Cuca trocou Erik, sem espaço para correr, pelo questionado Leandro Pereira. E mandou seu meio de campo ainda mais à frente. Tinha certeza que o Coritiba repetiria o mesmo fortíssimo sistema defensivo, abrindo mão até dos contragolpes. Logo a um minuto, o Palmeiras quase fez seu primeiro gol. Moisés cobrou lateral, Mina desviou de cabeça, Dudu fez o mesmo e a bola foi até Gabriel Jesus que deu uma forte testada na bola que beijou a trave. Linda e surpreendente jogada ensaiada. Mal deu tempo para os jogadores do Coritiba respirarem aliviados. Quatro minutos depois, tomavam 1 a 0. Falta na intermediária, bola levantada na área, na direção de Mina. Walisson Maia ganha no alto e desvia. A bola sobe e vai cair na pequena área. Enquanto todos olham ela chegar perto de Wilson, Leandro Pereira se antecipa e cabeceia para as redes. Não houve falta. E sim uma enorme bobeada do bom goleiro do Coritiba. Palmeiras 1 a 0. A reclamação paranaense não se justifica. O gol trouxe confiança e espaço ao time de Cuca. Era o alívio que ele tanto desejava. E três minutos depois, quase que Leandro Pereira faz mais um. Roger Guedes lançou Dudu. O goleiro Wilson divide com ele e a bola sobra para Pereira. Sem goleiro, o chute saiu forte, por cima do gol vazio.

Mas o desperdício não fez falta. Aos 11 minutos, o Palmeiras chegava a 2 a 0. Outra jogada ensaiada. Dudu tocou para Egídio. Ele procura Moisés. A bola é enfiada para Roger Guedes, em velocidade. O cruzamento encontrou Mina, o zagueiro artilheiro. Ele apenas empurrou para as redes. Festa na arena. Os números eram indiscutíveis. O Palmeiras teve 17 arremates ao gol. O Coritiba apenas um. Carpegiani se viu obrigado a abrir sua equipe. Tentar descontar o placar. As duas linhas estavam desmanchadas. O Coritiba buscava agora com dois atacante fixos, evitar a derrota mais do que garantida. Foi aí que, com mais espaço, Dudu mostrou todo seu futebol. Misturou habilidade, drible e visão de jogo. E atuando muito calmo. A faixa de capitão lhe trouxe responsabilidade. Dos seus pés quase o Palmeiras marca mais dois gols. Na única jogada bem coordenada pelo Coritiba, o gol de honra. Felipe Amorim lançou Evandro, Jaílson sai para fechar o ângulo. Vitor Hugo trava o chute. A bola sobra para Iago bater, consciente, para o gol vazio. 2 a 1, aos 30 minutos. O gol não assustou. O Palmeiras seguiu tendo o domínio da partida. E conseguiu sua vitória obrigatória. Ganhou os três primeiros dos nove pontos obrigatórios. Foi um sofrimento. Mas completamente justa a vitória palmeirense. O time caminha firme na liderança do Brasileiro...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 24 Sep 2016 17:52:12

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