"Viemos aqui mais uma vez apresentar toda a nossa indignação com a incompetência da arbitragem. Com a mesma facilidade que foram marcados pênaltis a favor do Palmeiras na semifinal do ano passado... Se tivesse o mesmo rigor de hoje, o Fluminense teria ido para final. Hoje vem outro juiz com interpretação contrária... dois pênaltis para o Fluminense. Um impedimento do Marcos Junior na cara do gol e não estava. "CBF, está na hora de repensar, de vocês acordarem, de evitar essas vergonhas que acontecem. Não tenho nada contra São Paulo, tenho família aqui, mas não é possível jogar sempre contra 12 diante de Corinthians e Palmeiras... Isso tem que acabar. Vamos jogar domingo aqui, o que tenho para esperar, Sergio Corrêa? Esperamos uma arbitragem competente e séria. Porque hoje (quarta) foi uma vergonha. Acorda, CBF." Presidente do Fluminense, Peter Siemsen. "Tivemos realmente seis lances importantes para interpretação do árbitro. Seis lances capitais. E o resultado foi de 6 a 0 para o Corinthians. Difícil de acreditar. "Passa na minha cabeça o mesmo que passa na cabeça de vocês (jornalistas). Temos corrupção por todo lado. Nem quem manda no país quer que o Brasil tenha leis contra a corrupção. Ficamos inseguros. O futebol é um lugar para se exercer a democracia plenamente. Quem pagou o ingresso pode xingar o técnico na hora, fazer a sua cobrança. Ficamos numa situação difícil. Se reclamar, é chorão." Levir Culpi.
"Na bola e na raça. #SemMiMiMi, por favor. #Classificado #CopaDoBrasil #VaiCorinthians", resposta no twitter oficial do Corinthians, mostrando foto do gol de Rodriguinho. Outra vez a arbitragem rouba a cena em um jogo importantíssimo no Brasil. O erro já começa no critério "bingo" da Comissão de Arbitragem da CBF. Os tais sorteios. Partida decisiva, entre dois clubes grandes, com a importância de Corinthians e Fluminense, com toda a pressão do Itaquerão, exigiria um juiz vivido, respeitado. O paranaense Rodolpho Toski Marques tem apenas 29 anos. Foi promovido este ano a aspirante da Fifa. Vários jogadores em campo ontem eram mais velhos do que ele. Acabou cobrado, pressionado em todos os lances. A tensão dominava o Itaquerão, o Corinthians havia acabado de demitir seu treinador Cristóvão. As organizadas prometiam protestos se o time fosse eliminado. A diretoria reforçou o número de seguranças. E Rodolpho Marques mais acertou do que errou. Os três gols "marcados" pelo Fluminense estavam em impedimento. Indiscutíveis. Dos pênaltis cobrados pelos cariocas, dois dão motivo para questionamento. Aos 42 do primeiro tempo, Giovanni Augusto chega correndo e com toda a força de seu ombro desloca Cícero. A jogada é muito duvidosa, provoca discussão. O jogador do time carioca estava parado. Mas foi ombro contra ombro, o que ameniza a decisão de Rodolpho, de não marcar a penalidade. "Acho que foi pênalti, estava olhando para a bola e levei o encontrão", reclamou, sem convicção, o próprio Cícero no intervalo. Aos três minutos do segundo tempo, o lance menos protestado. Mas também duvidoso. Cícero e Marquinhos Gabriel se seguravam depois de escanteio cobrado por Scarpa. A decisão de não marcar a penalidade pode ser contestada. Porque quando a bola chega, o corintiano estava segurando o braço do tricolor. Mas foi um lance muito sutil. Aos 11 minutos, Douglas deixa Marcos Júnior livre diante de Cássio. O impedimento, inexistente, é marcado. O jogador conclui para fora. Desta vez, erro grave da arbitragem. Logo aos 15 minutos, o gol impedido que provocou mais discussão. Inútil. Em cruzamento para a área, Henrique desviou a bola para Richarlyson, completamente avançado empurrar a bola para as redes. Se fosse um jogador corintiano que tivesse recuado a bola, não haveria ilegalidade. Não foi. Até aí, a partida estava 0 a 0. Rodriguinho marcou, em lance claro, legal, aos 23 minutos para o Corinthians.
A pressão sobre o árbitro se tornou muito mais pesada. Aos 40 minutos, Marquinhos fez falta em Fagner. Socou o ar, revoltado. E depois xingou. Não parou de falar, nem com a proximidade do árbitro. Tomou amarelo e, depois, o vermelho. Teve tanto desrespeito porque não acreditou que o juiz teria coragem de expulsá-lo. Aí viria o lance capital. Aos 49 minutos do segundo tempo. Richarlyson tenta chegar em uma bola dividida na área corintiana. A bola está muito longa. Ele corre muito e consegue apenas tocar nela de ombro. Fagner chega logo depois para a dividida. O jogador do Fluminense se aproveita da proximidade do corintiano e começa a desabar antes de ser tocado, o que realmente acontece. Não acontece o pênalti, apesar dar piruetas e do duplo twist carpado com mortal dados pelo atacante do Fluminense. A simulação dos jogadores também precisa ser punida. Não é esperteza. É só uma maneira de tentar burlar, ludibriar, enganar os amadores árbitros deste país. Ou seja, não houve um lance absurdo, claríssimo de pênalti para o Fluminense na partida de ontem. O erro indiscutível foi o impedimento de Marcos Júnior, que foi concluído para fora.
Mas enquanto a arbitragem no Brasil for amadora e a Fifa, continuar evitando o olhar eletrônico para tirar as dúvidas mais sutis, será sempre assim. E a Comissão de Arbitragem não tiver coragem de escolher os melhores árbitros para os grandes confrontos, será sempre uma questão de "sorte". Com o juiz escolhido por um globo de ferro, em um covarde, ridículo bingo. Não houve mimimi por parte do Fluminense. Nem "esquema" para ajudar o Corinthians. Apenas a velha incompetência que domina o futebol brasileiro. E que deixa tantas dúvidas sobre qualquer jogo importante. Tira o brilho das comemorações...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 22 Sep 2016 06:53:51
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