terça-feira, 6 de setembro de 2016

Exclusivo. Palmeiras não aceita perder Cuca para a China. E articula projeto, digno do futebol europeu, para mantê-lo por pelo menos mais dois anos. Paulo Nobre não quer outro treinador em 2017, ano que o clube terá como prioridade ganhar a Libertadores...

Exclusivo. Palmeiras não aceita perder Cuca para a China. E articula projeto, digno do futebol europeu, para mantê-lo por pelo menos mais dois anos. Paulo Nobre não quer outro treinador em 2017, ano que o clube terá como prioridade ganhar a Libertadores...




Se foi sua intenção, se mostrou um gênio da autopromoção. Mas mesmo se não foi, Cuca não esperava uma reação tão intensa à perspectiva que troque o Palmeiras pela China em 2017. Paulo Nobre e seu candidato e favoritíssimo à sucessão, Mauricio Galiotte, exigem sua presença no clube no próximo ano. Para concorrer com uma oferta milionária chinesa, Cuca recebia R$ 1,5 milhão no Shandong Luneng em 2014 e no ano passado, a aposta é oferecer dois anos de contrato. Não equiparar esse dinheiro. Mas bancar grande aumento nos R$ 400 mil que recebe a cada 30 dias. Bônus ainda mais altos do que os R$ 250 mil que recebe a cada conquista. E multa pesadíssima em caso de demissão. Além da parte financeira, se aceitar, terá o domínio total do futebol do clube. Inclusive na base. Fora a certeza de um elenco ainda mais forte. Com o objetivo declarado de vencer a Libertadores da América, depois de 18 anos. Vencer sem dar chance aos concorrentes. Seguir usando a arena como moderno caldeirão. E brigar pelo Mundial. Parar de ter de recorrer a 1951. Será apresentado a Cuca um projeto digno de Europa. Com a possibilidade até de permanência, em caso de uma eventual reeleição de Galiotte. Aí, em vez de dois, seriam mais quatro anos de trabalho altamente remunerado. Oferecem a segurança que os emergentes chineses não podem. O técnico já foi demitido no meio do trabalho no Shandong Luneng e sentiu na pele a falta de paciência dos orientais. Não há a vontade dos dirigentes em buscar outro treinador no Brasil ou no Exterior. O trabalho de Alexi Stival é considerado o melhor disparado entre os que trabalharam no clube nos últimos anos. Como o blog antecipou, Paulo Nobre seguirá na diretoria, caso Galiotte seja eleito. Dando suporte financeiro. Segurando a Crefisa de seu amigo particular José Roberto Lamacchia. E buscando novos parceiros dispostos a investir no clube, graças à sua bilionária influência.

Nobre e Galiotte, primeiro vice palmeirense, são amigos e discutem há tempos as questões do futebol. E os dois sabem que, para Cuca ficar, além de dinheiro, planejamento, o executivo de futebol, Alexandre Mattos, tem um peso decisivo nesta questão. Ambos sabem que seu contrato também termina em dezembro. E já há a sombra sobre ele. Zezé Perrella. O senador já assumiu a decisão de concorrer à presidência do Cruzeiro. Se for ele eleito, o nome de Mattos o interessa. Foi o executivo quem montou o time bicampeão brasileiro de 2013 e 2014. Nobre e Galiotte querem a renovação de Alexandre Mattos. Manter o trabalho que está dando certo no futebol. Até por um motivo muito simples, os resultados. Os jogadores estão perfeitamente adaptados a Cuca e Mattos. Tanto que ficaram chocados ao saber que Cuca deixou escapar que pretende voltar para a China no próximo ano. Foi uma comoção no elenco. O técnico foi obrigado a falar repetidas vezes que não está ainda nada certo. E é o que deverá falar para os jornalistas na próxima coletiva. Representantes importantes da ala que sustenta Paulo Nobre no clube, comandada por Mustafá Contursi, conversaram com o presidente. E deixaram bem claro acreditar ser ingenuidade não deixar um acordo feito com Cuca após as eleições, que deverão ocorrer em dezembro. Nobre afirmou no aniversário do clube que não seria ético falar antes, já que seu mandato termina este ano. Só que é hipocrisia não assumir com a praticamente garantida eleição de Galiotte. Conselheiros repetem que este discurso ético seria uma "bobagem" e só espantaria Cuca. O deixaria livre para procurar outro lugar para trabalhar. Daí, ter surgido a China. Nobre e Galiotte já se convenceram que seria um enorme vexame, em caso de o Palmeiras ser campeão brasileiro, perder o comandante do trabalho, para um centro menos desenvolvido como o chinês, apenas por dinheiro. Por isso articulam o projeto de dois anos ao técnico.

Presidente e primeiro vice precisam que as coisas corram bem no futebol no próximo ano. Porque ambos vão trabalhar pela mudança do estatuto palmeirense. Em vez de dois anos, a ala conservadora defende três anos para quem se tornar presidente, a partir da eleição de 2018. Para tudo continuar dando certo, Nobre precisa da permanência de Cuca. O treinador já percebeu a vontade do clube de mantê-lo. Mas ainda não recebeu a proposta. Para encorajar ainda mais o atual presidente, membros da oposição têm se mostrado desanimados, certos de que é "impossível" enfrentar o poderio econômico de Nobre. E a boa campanha do time no Brasileiro também é um "veneno" para quem defende a mudança de comando em qualquer clube. Ainda mais no Palmeiras.

A lógica mostra: Galiotte será eleito. Mesmo se surgir uma chapa alternativa. Genaro Marino já recebe sondagens. Mas o segundo vice sabe que não há como brigar com Nobre. A declaração de Cuca sobre a China teve efeitos colaterais. Acelerou decisões eleitorais. O treinador terá um projeto racional e inédito à disposição. Escolherá entre o dinheiro imediato dos chineses. Ou o projeto muito mais profundo no time paulista. O futuro estará nas suas mãos...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Sep 2016 10:20:15

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