quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Não deu na técnica. O Palmeiras apelou para a altura de Mina, impedido, e Vitor Hugo. Duas bolas paradas, duas cabeçadas. Vitória por 2 a 1. São Paulo mergulha na crise...

Não deu na técnica. O Palmeiras apelou para a altura de Mina, impedido, e Vitor Hugo. Duas bolas paradas, duas cabeçadas. Vitória por 2 a 1. São Paulo mergulha na crise...




O Palmeiras montou um esquema cinematográfico para trazer Gabriel Jesus. Paulo Nobre cedeu seu jatinho particular para trazer o mais talentoso jogador do clube, que estava na Seleção, em Manaus. Mas não foi o talento, mas a força física, a altura de sua dupla de zagueiros que decidiu o emocionante clássico contra o São Paulo. O líder perdia por 1 a 0, gol de Chávez. Quando 1m95 de Yerry Mina e 1m89 de Vitor Hugo desequilibraram. Duas bolas paradas, duas cabeçadas. 2 a 1. Mina estava impedido no primeiro gol. A bandeira Nadine Schramm Camara Bastos não marcou a posição avançada. E sabotou a arbitragem de Sandro Meira Ricci. Embora milimétrico o impedimento, o gol de empate foi ilegal. Mudou o destino, o resultado da partida. Da luta pelo título do Brasileiro. O Palmeiras está ainda mais líder, com 46 pontos. O São Paulo, segue mergulhado na crise. Agora apenas dois pontos o separam da zona do rebaixamento. O diretor de futebol, Gustavo Vieira, filho de Sócrates, foi demitido. Michel Bastos está deprimido e sem condições psicológicas de jogar depois da invasão dos torcedores. Tem muito medo. A situação está saindo do controle no Morumbi. Conselheiros estão tentando forçar Leco a aceitar Marco Aurélio Cunha como o responsável pelo futebol. A relação dos dois é péssima. Mas há a possibilidade de que ambos se aceitem. Para tentar exorcizar a ameaça de rebaixamento para a Segunda Divisão. "Nossa equipe jogou muito bem. Jogamos contra o líder do campeonato. Fizemos 1 a 0, tivemos chance de fazer um ou dois gols no contra-ataque. Mas, infelizmente, na bola parada, eles foram felizes e fizeram dois gols. A equipe estava bem centrada, os gols acabaram complicando nossa equipe. Não tem crise, momento emocional", tentava disfarçar, o óbvio, Maicon. "Nosso time lutou, foi guerreiro, correu muito. Procurou sempre o gol. Temos uma bola parada muito boa. Fomos felizes. Aconteceu exatamente como treinamos. Essa vitória foi importantíssima na nossa briga pelo título", comemorava, Dudu. A partida foi eletrizante. Os 39.944 palmeirenses que lotaram a arena esperavam um jogo fácil. Uma vitória tranquila do líder atuando em casa contra uma equipe decadente no Brasileiro. Namorando com a zona de rebaixamento. E que deveria estar muito abalada depois da selvagem invasão de vândalos ao seu centro de treinamento. Só que o clássico não foi assim. Muito pelo contrário. O time de Ricardo Gomes surpreendeu. Se desdobrou em campo. Teve atitude. Mesmo contra um adversário superior e com toda torcida a favor, o São Paulo conseguiu equilibrar o jogo. Ricardo foi muito inteligente. Apelou para o 4-5-1, com três volantes. Embolou as intermediárias. Dificultou a troca de bola em velocidade do rival. E ainda fechou as laterais. O plano era deixar a posse de bola com os palmeirenses, mas longe do gol de Denis. Cuca partiu para a pressão desde o primeiro minuto de jogo. A postura da sua equipe era francamente ofensiva. Cauteloso, o treinador fez questão de guardar Gabriel Jesus para o segundo tempo. Começou a partida com o argentino Allione. Mas deixou engatilhada a substituição na etapa final. Iniciou o jogo buscando a vitória, em um clássico 4-4-2. Incrível a dedicação, a tentativa de superação do São Paulo. Cada dividida, cada centímetro eram disputados com gana, raça, coração. O Palmeiras era mais técnico, mais racional. Ditava o ritmo de jogo, só que não conseguia se infiltrar na área são paulina. A marcação era muito bem feita. As linhas se mostravam apertadas. Cuca disfarça, mas o Palmeiras segue ainda com seu crônico problema de falta de meias talentosos. Chega a ser irritante um elenco tão vasto e sem articuladores efetivos. Moisés e Allione deixavam a desejar. Se perdiam diante do superlotado meio de campo são paulino. Dudu, que tinha mais iniciativa, buscava a bola na intermediária. Era o palmeirense mais lúcido.



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Sep 2016 23:43:03

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