quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Neymar, o craque mudo. Resolve castigar a imprensa brasileira com seu silêncio. Como a amargurada Greta Garbo. Perfeito. Se continuar a honrar a camisa da Seleção Brasileira, que siga assim...

Neymar, o craque mudo. Resolve castigar a imprensa brasileira com seu silêncio. Como a amargurada Greta Garbo. Perfeito. Se continuar a honrar a camisa da Seleção Brasileira, que siga assim...




Agachado entre todos os jogadores convocados por Tite. Braços abertos. No centro de todos. Sorriso provocador. Legenda da foto. "Objetivo alcançado! Parabéns, rapaziada." Mochila nas costas, boné na cabeça. A foto no Instagram, nesta madrugada, resume tudo o que Neymar queria declarar após as vitórias do Brasil contra o Equador e Bolívia. O melhor jogador do Brasil escolheu o caminho do silêncio. Nada de falar com os jornalistas brasileiros que tanto o criticaram no início da Olimpíada. E também os que lembraram seu ataque em pleno Maracanã, após a conquista da medalha de ouro. Quando, ao dar a volta olímpica, foi em direção de dois torcedores que o cobraram durante a partida contra a Alemanha. Ele os xingou de todos os palavrões possíveis. E não satisfeito, derrubou com um tapa o copo de cerveja que um tomava. Neymar estava protegido por seguranças. E com a faixa 100% Jesus Cristo na testa. Depois declarou para as câmeras da TV Globo a frase "Vocês vão ter de me engolir." Não se referia à população do país. Mas à imprensa nacional.

A sua birra começou ao ser criticado pela expulsão contra os colombianos na Copa América do Chile. Após o jogo ter terminado. Mesmo capitão do time, preferiu abandonar a Seleção e foi farrear. Pegou quatro partidas de suspensão. Depois, na Copa América Centenário, foi poupado. Mas fez questão de aparecer com Justin Bieber e Jamie Foxx nas tribunas. Quando o time de Dunga teve a patética eliminação, Neymar, seguia suas farras nos Estados Unidos. Não foi apoiar pessoalmente a equipe e nem o treinador que o idolatrava. Não. Preferiu atacar a imprensa no seu Instagram. "Ninguém sabe o que vocês sofrem pra estar aí e defender a seleção, vestir essa camisa é um orgulho e vocês fazer isso com AMOR.. Agora, vai aparecer um monte de babaca pra falar merda, foda se .. Faz parte, futebol é isso !!! SOU BRASILEIRO E TO FECHADO COM VOCÊS." Veio a Olimpíada e mais clima ruim. Ele detestou ouvir de jornalistas não ter comprometimento algum com a Seleção. Não a ponto de ser capitão da Seleção. Se calou depois do empate vexatório contra o Iraque por 0 a 0. Piorou quando viu torcedores com a camisa 10 do Brasil. Com seu nome riscado. E escrito Marta, à mão. Ficou muito ofendido, magoado.

Só falou quando ganhou a medalha de ouro. E o que quis, não levou em consideração as perguntas. Abandonou a faixa de capitão da Seleção. Antes de seu primeiro jogo como treinador do Brasil, Tite foi avisado. Neymar não queria mais. Dispensava essa honraria. Não queria as cobranças que a faixa trazia. Como explicar derrotas, maus resultados, cartões, expulsões, discussões suas com adversários e juízes. Quando tudo dava certo, Neymar gostava de falar. Foi assim que se acostumou. Desde a partida da Alemanha, Neymar se calou. Foi assim antes, durante e depois dos jogos contra Equador e Colômbia. Nenhuma entrevista, declaração. Só foi duplado depois do gol da vitória ontem em Manaus. Apontou para o gramado, encarou os torcedores e disse "Eu estou aqui". O mesmo que havia feito no Maracanã, quando marcou gol de falta contra a Alemanha, na decisão da medalha de ouro.

Gesto que foi consagrado por Cristiano Ronaldo, a quem idolatra. E imita. Nos gestos, na exposição e até nas sobrancelhas feitas. O gol além de garantir tranquilidade para o Brasil nas Eliminatórias, o igualou a Zico. Aos 24 anos, o jogador do Barcelona atingiu a marca de 48 gols pela Seleção, ao lado do maior ídolo do Flamengo. Já é o quarto maior artilheiro da história do selecionado. Caça o primeiro, Pelé, que fez 77. Ronaldo fez 62. Romário, 55. O jogador poderia falar aos milhões de fãs sobre esta marca. Ou dar a sua versão para o renascimento da Seleção sob o comando de Tite. Explicar o sucesso do time. Mas prefere nesta hora de alegria, mostrar seu rancor com quem ousou criticá-lo, questioná-lo. Publicar seus problemas com os Fiscos brasileiros e espanhóis. A decepção dos dirigentes santistas com ele. As farras que viram a noite, nas folgas com a Seleção. "Em campo, Neymar está cada vez mais genial. Mas fora, pegou o que é pior de Messi, Cristiano Ronaldo. Ele mostra muito rancor com a imprensa brasileira. Ele vai no mesmo caminho do argentino e do português. "Os dois são questionados na Espanha. E gostariam de ter refúgio nos jornalistas argentinos e portugueses. Queriam que se comportassem como fãs. Confundem as coisas. E quando também os criticam, se sentem traídos. Neymar está no mesmo caminho. "Isso não leva a nada. A não ser um distanciamento dos torcedores. Esses grandes jogadores pensam que estão atingindo os jornalistas. Acreditam que suas palavras são ouro. Mas todos os dias os portais publicam matérias, os jornais vão para as bancas, os programas de televisão e de rádio estão no ar. "Quem perde de verdade com esse comportamento de Greta Garbo são eles mesmos. Desperdiçam momentos importantes de alegria. Como a medalha de ouro que o Neymar ganhou. Ele não repartiu com os brasileiros. Mandou os jornalistas o engolirem. Em vez de falar como líder de uma conquista histórica. Suas palavras ficariam para sempre aos torcedores. O que ficou? "Vocês vão ter de me engolir?"

O desabafo é de um jornalista europeu que acompanhava a Olimpíada. Trabalha em um grande veículo. E que pediu para suas declarações serem mantidas "em off", para não se queimar de vez com Messi, Cristiano e Neymar. Neymar está absolutamente certo. Fazendo o que deseja. Nem a CBF ou Tite têm como obrigá-lo a dar entrevista. A tradição obriga o capitão da Seleção a se posicionar. Como ele abandonou a tarja, perfeito. Miranda, Daniel Alves, Renato Augusto, Paulinho que falem. O melhor jogador deste país, um dos mais talentosos do mundo que se manifeste em campo. E isso Neymar tem feito com consciência, talento. Se submeteu taticamente ao esquema vitorioso e moderno de Tite. Foi fundamental nas vitórias contra Equador e Colômbia. Na última temporada, no Barcelona, Messi deu uma entrevista coletiva. Assim como Cristiano Ronaldo. Aliás, o argentino tem um trato com os jornais. Um dia no ano, ele posa para fotos. Faz poses vitoriosas, pensativo. Segura taças, bolas. Sorri. E as fotografias são usadas durante o ano, de acordo com a conveniência dos periódicos. Nada de entrevistas exclusivas. Eles que se virem com as fotos. Neymar está seguindo este exemplo. Até mesmo a sua grande parceira, a TV Globo, está com dificuldades em entrevistá-lo. O desprezo tem sido democrático com jornalistas esportivos. A emissora pensa em apelar para apresentadores como Luciano Huck e Faustão, com quem ele se dá bem, nas próximas tentativas de exclusivas. Amenas, sem questionamentos profundos, algo para agradar seu ego.
Greta Garbo é a maior atriz sueca de todos os tempos. Uma lenda da sétima arte.

A grande musa do cinema mudo.

Morreu aos 85 anos.

Deu exatamente 14 entrevistas durante toda a sua vida.

Ela parou de falar com jornalistas em 1941.

Não admitiu ser criticada no filme Duas Vezes Meu.

Não levou em consideração o quanto foi elogiada no passado.

E quantos fãs sonhavam em ouvir uma palavra sua.

Não se importou.

Queria punir a imprensa que atreveu a criticá-la.

Se tornou uma reclusa.

Morreu em 1990, amargurada, calada.

Os jornalistas que Greta desprezou, escreveram seu epitáfio...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Sep 2016 11:31:57

Nenhum comentário:

Postar um comentário