terça-feira, 1 de março de 2016

"Estávamos esperançosos." Presidente do Cruzeiro deixa escapar o que todos sabem em Belo Horizonte. Ele errou. Deivid ainda é imaturo para ser o técnico do Cruzeiro. O barato saiu caro...

"Estávamos esperançosos." Presidente do Cruzeiro deixa escapar o que todos sabem em Belo Horizonte. Ele errou. Deivid ainda é imaturo para ser o técnico do Cruzeiro. O barato saiu caro...




"Ele não era treinador de ponta, mas resolvemos dar uma oportunidade. Os jogadores gostavam e queriam a presença dele. Estávamos esperançosos. Foi uma aposta nossa. Mas não vou fazer juízo pela imprensa. Vamos conversar internamente sobre o desempenho de todos. Se não der certo, ele sai." Gilvan Tavares finalmente deixa claro o óbvio erro que cometeu. O presidente do Cruzeiro quis economizar, aproveitar que o clube não disputa a Libertadores. E dar a chance para Deivid começar sua carreira na Toca da Raposa. Afinal, disputaria apenas o insignificante Campeonato Mineiro e a imprevisível Primeira Liga. Só que o Cruzeiro não nasceu para servir de laboratório para um iniciante que "os jogadores gostam". É preciso muito mais. Uma torcida tão apaixonada e um clube com uma história tão importante não é o lugar para ninguém começar. Só comanda o time azul celeste quem está no auge. Gilvan deixou escapar ao Estado de Minas o que todos em Belo Horizonte já sabem. O seu arrependimento em ter acreditado nos conselhos de Mano Menezes. Enquanto arrumava as malas para ir, feliz, ganhar seus milhões na China e abandonar seu projeto na Toca da Raposa, Mano encorajou Tavares. Poderia apostar em Deivid. O presidente também fez uma leitura equivocada. Subestimou a presença do treinador. Acreditou na excelente infraestrutura do clube. Seu centro de treinamento, departamentos de fisiologia, fisioterapia. Os mais modernos métodos de avaliação, de preparo da equipe. Se esqueceu que é preciso um comandante vivido para que tudo funcione de maneira perfeita. Deivid começou como auxiliar do decadente Vanderlei Luxemburgo em 2014. Como parou de jogar apenas há dois anos, tem grande proximidade dos atletas. Esse é o seu maior trunfo. Embora seja estudioso, tenha recebido conselhos de Luxemburgo e Mano, ele se ressente da firmeza da experiência. Mesmo com uma ótima base, seu trabalho não impressiona.

Bastaram oito partidas e a pressão para que o clube contrate um técnico experiente, calejado é enorme. Embora tenha conseguido quatro vitórias, três empates e uma derrota, não consegue fazer com que a equipe tenha uma postura firme. Sua normal insegurança tem chegado até o time. Subido até as arquibancadas. A pressão já atingiu a diretoria, conselheiros pedem a troca de comando. O pior é que o auxiliar de Deivid é tão imaturo quanto ele. O ex-jogador Pedrinho. Ambos fizeram juntos o curso de treinador na CBF. São grandes amigos. Mas só a amizade e a vivência como atleta têm sido suficientes. A pressão fica maior porque, do outro lado da cidade, o Atlético Mineiro mostra um treinador vivido e que está sabendo aproveitar a base deixada por Levir Culpi. O uruguaio Diego Aguirre transformou a equipe em uma das favoritas à conquista da Libertadores. Gilvan Tavares conseguiu ótima economia. Mano Menezes ganhava R$ 500 mil. Em Belo Horizonte, circula a informação que Deivid ganha cerca de R$ 100 mil. Só que esse dinheiro que sobra nos cofres cruzeirenses não vale a pena. Um elenco importante está estacado. Sem confiança. Desacreditado. Seus atletas começam a ser questionados, desvalorizados. As vaias, as críticas pesadas da imprensa mineira e o óbvio fraco futebol do Cruzeiro mexeram com Gilvan Tavares. Sua ideia de segurar Deivid de qualquer maneira, não existe.

"Estávamos esperançosos", uma frase perdida resume o sentimento do presidente. A alça de mira está apontada para Deivid e ele sabe disso. Quer ficar. Procura pacto com jogadores, mudança de esquema, tudo o que está a seu alcance. Mas falta o fundamental em um clube com tanta cobrança, pressão. Experiência. Não é por acaso que nomes já circulam como seu substituto. Levir Culpi fez questão de desmentir. Assim como Cuca. Há quem sonhe com o retorno de Marcelo Oliveira. Mas a verdade é que a saída de Deivid parece ser uma crônica anunciada. Finalmente Gilvan se convenceu que forçou a situação. E que o barato está saindo caro. Deivid parece ter potencial como treinador. Que o desenvolva. Clube da importância do Cruzeiro precisa de técnico pronto. Não é o caso do ex-auxiliar de Mano e de Luxemburgo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 01 Mar 2016 15:20:38

Nenhum comentário:

Postar um comentário