sexta-feira, 11 de março de 2016

São Paulo mostrou atitude, personalidade. Arrancou empate a fórceps contra o River Plate, na Argentina. Está vivo na Libertadores. Pena a falha de Denis...

São Paulo mostrou atitude, personalidade. Arrancou empate a fórceps contra o River Plate, na Argentina. Está vivo na Libertadores. Pena a falha de Denis...




O São Paulo teve raça, atitude. Não teve medo do River Plate. E se não fosse uma falha bizarra de Dênis, no gol contra de Thiago Mendes, poderia ter voltado da Argentina com uma surpreendente vitória. Mas conseguiu arrancar importante empate diante do atual campeão da Libertadores, em pleno estádio Monumental de Nuñez, 1 a 1. Está vivo na competição. Uma derrota seria catastrófica. Mesmo com o importante resultado, o clube é terceiro colocado no grupo 1. O Strongest lidera com seis pontos. O River Plate tem quatro. E o São Paulo, um. Paulo Henrique Ganso marcou um golaço. E ainda mostrou personalidade. Foi o jogador que mostrou técnica em plena guerra. O São Paulo foi prejudicado. Aos 46 minutos do primeiro tempo, Calleri foi derrubado por Barovero. Pênalti não marcado. O péssimo juiz chileno Julio Bascuñan, omisso e sempre longe das jogadas, não deu. O time de Bauza se recuperou da frustrante derrota para o boliviano The Strongest, no Pacaembu. Foi necessária coragem em todas as atitudes do São Paulo. Bauza se mostrou firme ao tirar do time Rodrigo Caio. Trocou o jovem promissor pela liderança de Lugano. A zaga iria ter o uruguaio e Maicon. Jogadores acostumados a decisões, pressão, adversários fortes jogando em casa. O treinador acertou em cheio. A Argentina é irmã do Brasil na recessão. E os clubes de lá, como de cá, vendem seus principais jogadores para sobreviverem. O River Plate de 2016 é bem mais fraco do que o campeão da Libertadores de 2015. Mesmo assim, atuava em casa, diante de sua torcida. Gallardo tratou de adiantar a sua marcação. Não deixar o São Paulo respirar. Ele sabia de quanto o rival brasileiro estava pressionado. Tudo o que ele queria era ver seu time sair na frente no placar. O River atual é mais conjunto, força, compactação e correria do que talento. Só que Bauza estava preparado para a forte marcação argentina. E com o detalhe importante. Ele sabia que o time com a camiseta do River era menos poderoso do que queria parecer. Comprou briga nas intermediárias. Montou o São Paulo no esquema que os sul-americanos trouxeram da Europa. No 4-1-4-1. Encarava o 4-4-2 de Gallardo.

Ganso teve um desempenho excelente desde o início da partida. Raçudo, competitivo, vibrante. Esquecia a omissão, sua velha parceira nos últimos cinco anos. Graças à sua técnica, ele conseguia armar o São Paulo, articular. Encontrar espaços no sistema defensivo do River Plate. Bauza decidiu colocar Carlinhos, mais defensivo, do que Michel Bastos no time. Foi um exagero. Porque Ganso ficava sobrecarregado. Era o único homem com neurônios e talento no meio de campo. Insistir com Centurión é algo inaceitável. Ele segue sendo incapaz de criar uma jogada ofensiva. Dava dó de Calleri, lutando na frente. Isolado contra toda a zaga argentina. Bruno e Mena estavam presos, fixos na marcação. O São Paulo tinha problema para atacar. E no primeiro tempo errou ao insistir com chutões. Invariavelmente a bola caía nos pés dos argentinos. O River Plate atacava muito em bloco. Além de usar de maneira repetitiva, as jogadas aéreas, o que traumatizava a defesa são paulina. Aos seis minutos, depois de escanteio, Thiago Mendes cabeceou para trás. A bola acabou sobrando para Mercado. Ele obriga Denis à ótima defesa. A bola toca no travessão. Aos oito minutos, Alário desceu pela direita, com velocidade, cortou para o meio e o goleiro são paulino salvou novamente. A blitz durou apenas o início da partida. Porque o São Paulo não abaixou a cabeça. Esta postura foi premiada. Carlinhos cobrou falta, Lugando disputou pelo alto com Mamana. A bola sobrou para Paulo Henrique Ganso. O chute saiu certeiro, forte. Mortal. São Paulo 1 a 0, aos 17 minutos. Foi o terceiro gol seguido que o meia fez este ano. Antes, ele marcou contra Mogi Mirim e São Bernardo. Bauza está pouco a pouco recuperando sua vontade de jogar.

Perdendo os argentinos partiram ainda mais para o ataque. E deixaram campo para contragolpes perigosos dos brasileiros. Estava claro que o São Paulo poderia surpreender e até ampliar a vantagem. Mas aos 32 minutos houve um escanteio para o River Plate. Foi quando Denis falhou. Ele saiu soberano na bola. Mas errou o soco. Ela não ganhou altura. Bateu na cabeça de Thiago Mendes e entrou. Gol contra absurdo, bizarro. O maior mérito do São Paulo foi não perder os nervos depois do empate. O time seguiu brigando muito. As divididas cada vez mais feias. Com a conivência de uma arbitragem covarde. O São Paulo poderia ter marcado o segundo gol. Calleri se aproveitava de falha do ótimo goleiro Baravero, que tentou sair com a bola dominada. O atacante do São Paulo a tomou. E quando iria marcar, sofreu a penalidade do goleiro. Nada foi marcado. O juiz Julio Bascuñan estava longe, nas cordilheiras dos Andes. O segundo tempo foi mais brigado, aguerrido. Dos dois lados. Ambos os times melhoraram seus sistemas defensivos. As chances de gol se tornaram raras. Bauza deu a ordem. Passou do meio de campo, todos tinham de dar a alma marcando. O time foi muito obediente. E firme. Os argentinos só levavam perigo nas bolas aéreas. Em meio ao festival de botinadas, Ganso se superou. Deu dribles sensacionais. Além de participar dos 90 minutos de jogo. Chegou até a dar o seu pontapé e levar amarelo. Outro ponto que precisa ser elogiado no São Paulo foi a dupla de zagueiros. Lugano e Maicon usaram experiência e força. Conseguiram jogar bem e ainda intimidar os atacantes do River. No final, o justo e importante empate. A Libertadores não acabou. O São Paulo mostrou que está vivo. Assim como Paulo Henrique Ganso...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 10 Mar 2016 21:28:18

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