Terceiro jogo de Cuca. Terceiro time diferente. Terceira derrota do Palmeiras. Desta vez para o humilde Red Bull. 2 a 1 em pleno Pacaembu. Equipe desorganizada, nervosa, aflita. Outra vez o time viveu de chuveirinhos da intermediária, desprezou o meio de campo e as laterais. Inacreditável imaginar que a folha de pagamento do elenco montado por Alexandre Mattos e Paulo Nobre é a maior do Brasil. Nada menos do que R$ 11,5 milhões. 33 jogadores foram contratados... "Time sem-vergonha, time sem-vergonha, time sem-vergonha", gritava a torcida palmeirense. Mais uma vez revoltada. "Nós ganhamos usando a inteligência. Sabíamos o desequilíbrio emocional que eles vivem. E aproveitamos. Ganhamos usando a nossa organização. Tínhamos certeza que a pressão que o Palmeiras sofre acabaria refletindo a nosso favor. Foi o que aconteceu", resumia, feliz, o goleiro Saulo do Red Bull. "Eu sai por opção do Cuca. Tinha condições de seguir jogando", reclamava Dudu. "Ele colocou a mão na coxa, estava mancando, caiu. O médico falou que era para trocar, troquei", rebatia, irritado, Cuca. O técnico foi enganado pela teatralidade do atacante. Situação bizarra. Não bastasse outra vez o fraco futebol, Dudu aprontou. Ele fez tantos cena ao tomar uma pancada, que o médico Vinicius Martins acreditou que ele pedira substituição. E Cuca colocou no seu lugar Allione. Eram oito minutos do primeiro tempo. Ao ver que estava fora da partida, o atacante ficou revoltado. E chutou a bolsa do massagista palmeirense. O treinador terá de tomar providências. A atitude desrespeitou toda a Comissão Técnica. A torcida palmeirense xingou os jogadores e Cuca depois de mais esse fracasso. Membros da Mancha Verde parece que adivinharam o que viria pela frente. Levaram três faixas. Com mensagens bem direitas. "Cadê o dinheiro da Crefisa?" "Cadê o dinheiro do Avanti?" "Elenco da Série B." Apenas Fernando Prass e Cuca foram aplaudidos antes de a partida começar. O Palmeiras está piorando jogo após jogo desde que Cuca assumiu. Depois da derrota para o Nacional do Uruguai, Audax de Osaco, hoje, o Red Bull. Cuca outra vez alterou o time. Não tinha Gabriel Jesus, convocado para a Seleção Olímpica. Sabia que precisava ganhar para o clima melhorar no Palmeiras. E montou uma equipe ofensiva. Deixou o veterano Zé Roberto no banco. E tratou de montar autêntico 4-3-3. O maior defeito do time saltava aos olhos assim que a partida começou. A "sofrência" do Palmeiras se deve ao seu meio de campo. O elenco superpopuloso montado por Alexandre Mattos tem várias falhas. A principal: a ausência de meias competentes. O executivo dispensou Valdivia, a quem odiava, só que não contratou jogadores à altura para articular o jogo, alimentar os atacantes. O Palmeiras não se encaixa do meio para a frente. O que acontece? Os atacantes voltam para tentar pegar a bola. Os laterais, sem atletas para triangular, insistem em fazer cruzamentos, chuveirinhos da intermediária. A bola pega os zagueiros adversários de frente para despachar. Foram dezenas de vezes a mesma jogada. Vergonha para um time grande, treinado por campeão da Libertadores. Mas mostra o desespero que toma conta do time. A situação só se complica no Palestra Itália.
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 24 Mar 2016 22:28:27
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