sábado, 26 de março de 2016

Sem personalidade e equilíbrio emocional, o Brasil de Dunga abre 2 a 0 e cede o empate para o Uruguai. Neymar foi muito mal e ainda acabou suspenso, não enfrenta o Paraguai. Falta um líder à Seleção...

Sem personalidade e equilíbrio emocional, o Brasil de Dunga abre 2 a 0 e cede o empate para o Uruguai. Neymar foi muito mal e ainda acabou suspenso, não enfrenta o Paraguai. Falta um líder à Seleção...




O Brasil de Dunga mostrou falta de confiança, personalidade. E depois de abrir 2 a 0, sofreu o empate contra o Uruguai. 2 a 2, em Pernambuco, acabou sendo um bom resultado. Porque o time de Suárez deu um sufoco enorme no final da partida. Merecia a virada, vencer o jogo. Neymar, além de ter atuação fraca, conseguiu tomar o segundo cartão amarelo. Não enfrenta o Paraguai, na terça-feira. Ficou claro que a Seleção carece de um líder de verdade. Se o Brasil perder em Assunção, a situação pode se complicar na tabela de classificação. De nada adiantou a postura covarde da CBF em levar a Seleção para o Nordeste, fugir de São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul. Até os eufóricos pernambucanos acabaram vaiando muito a Seleção ao final do frustrante 2 a 2. "Abrimos 2 a 0 e tínhamos o jogo na não, mas vacilamos na marcação no primeiro gol, colocamos eles de volta no jogo. É uma equipe chata, faz duas linhas de quatro muito bem, se fecha bem. Quando conseguirem o empate se fecharam e jogaram no contra-ataque. O erro foi tomar o primeiro gol", desabafa, frustrado, Renato Augusto. "Como sempre, essa equipe demonstra caráter no futebol. Criamos mais ocasiões de gol do que eles. Poderíamos ter vencido o jogo", resumia, com razão, Suárez. Ele voltou de longa suspensão por haver mordido o zagueiro italiano Chiellini, na Copa do Mundo de 2014. Além da alegria do retorno, pela primeira vez, ele marcou contra o Brasil. E ainda mandou a torcida pernambucana calar a boca.

Dunga também precisa pensar a sério em tirar David Luiz do time. O zagueiro se mostra inseguro e segue falhando em lances decisivos. Suárez já faz o que quer com ele quando o enfrenta na Europa. Hoje foi a mesma coisa. David Luiz teve a coragem de falhar não só nos dois gols uruguaios. Inseguro, lento, comprometeu a Seleção. Se não fosse por Alisson, o Brasil perderia a partida. Graças à outra fraca atuação do zagueiro do PSG. Passou da hora de ir para o banco. Ceder o lugar para Gil. Mas Dunga, mesmo depois de mais uma péssima partida de David Luiz, demonstra que vai mantê-lo no time. Apesar de toda a lógica recomendar a sua saída. "Quando se faz gol, todo mundo participa, quando tomar todos são responsáveis. Não é fácil enfrentar Suárez e Cavani, jogadores de muita qualidade", falou após o jogo. Tentou ser esperto, responsabilizar a qualidade dos atacantes uruguaios e não a lentidão e insegurança do defensor brasileiro. Quem apenas assistiu aos primeiros 25 minutos da partida pelas Eliminatórias da Copa de 2018, tinha uma certeza. O Brasil golearia o Uruguai. Tamanha a superioridade. O time de Dunga começou muito bem o jogo. Marcou sob pressão, se impôs, soube usar todo o fanatismo da torcida pernambucana. Não foi por acaso que abriu 2 a 0. Dunga sabia que os uruguaios iriam tentar os contragolpes. Óscar Tabárez sabe que tem nas mãos um elenco menos forte do que possuía, por exemplo, em 2010. E trata dar consistência ao time. Com duas linhas de marcação e muito aplicação e boa dose de catimba dos seus jogadores. Elas não tiveram nem tempo de ser armadas. Bastaram 42 segundos, 11 trocas de passes. E o Brasil saía na frente no placar. Daniel Alves acertou excelente lançamento para Willian. Ele buscou a linha de fundo pela direita e cruzou. Cheio de personalidade por tudo que está fazendo no Bayern, Douglas Costa foi para a bola e fez 1 a 0. O gol iludiu a todos que estavam na Arena Pernambuco. E o falso brilho da Seleção duraria mais 25 minutos. Dunga havia aberto mão de um atacante fixo. E Neymar flutuaria atrás dos volantes, entrando de surpresa, de frente para os zagueiros e para o ótimo goleiro Muslera. Sua postura era uma involuntária homenagem a Cruyff, falecido ontem. O holandês se consagrou jogando como o falso centroavante. Nesta instável geração que Dunga tem nas mãos, quando tudo está indo bem, o futebol de todos se destaca. A grata surpresa era Renato Augusto. O meia ainda não foi contaminado pelo fraquíssimo nível técnico dos chineses. Sua inteligência tática surtia efeito. Ele abria espaços para Douglas Costa e Neymar brilharem. Fernandinho também mostrava presença na área uruguaia. Substituía muito bem o versátil Elias, contundido. A pressão brasileira passou a falsa impressão para a torcida pernambucana. O time de Dunga conseguiria uma fácil vitória contra o tradicional rival. A impressão viraria a mais absoluta certeza quando, aos 25 minutos, Renato Augusto marcou um gol maravilhoso. Recebeu de Neymar, deu um drible de corpo que desmontou Muslera. E fez 2 a 0.




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Mar 2016 23:55:54

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