segunda-feira, 21 de março de 2016

São Paulo não consegue vencer o humilde Ituano. Chega à quinta partida sem vitória. Mesmo assim, Bauza promete. O time vai se classificar na Libertadores e disputar a final do Paulista. Torcida não acredita. Vaia e xinga os jogadores em Itu...

São Paulo não consegue vencer o humilde Ituano. Chega à quinta partida sem vitória. Mesmo assim, Bauza promete. O time vai se classificar na Libertadores e disputar a final do Paulista. Torcida não acredita. Vaia e xinga os jogadores em Itu...




Castigo merecido. O São Paulo tomou um gol aos 44 minutos do segundo tempo. E apenas empatou com o Ituano, em Itu. O time de Bauza outra vez jogou mal. Completou cinco partidas sem saber o que é uma vitória. Apenas Ganso conseguiu se salvar. Marcou seu sexto gol no ano. Lutou, driblou, chutou uma bola na trave. Mas não teve companheiros à altura. Denis voltou a comprometer o time. Assim como havia feito contra o River Plate na Libertadores. Bola cruzada na sua pequena área é sinônimo de terror. Na Argentina, o goleiro socou a bola nas costas de Thiago Mendes. Já hoje, ele optou por ficar parado. Não sair debaixo das traves. Melhor para Léo do Ituano que cabeceou para as redes. O clima continua ruim, pesado no Morumbi para o treinador. Nem o fraquíssimo Campeonato Paulista, com seus times de aluguel, aliviou a tensão, como o presidente Leco esperava. Pelo contrário. O time chega a 13 pontos em dez jogos. Como comparação, o Corinthians, tem 23 e o Santos, 21. Os palavrões e as vaias da torcida deixaram claro que o técnico argentino não terá sossego. "Sou uma pessoa otimista por natureza. Não trabalharia se não achasse que iria ganhar todas as partidas. Penso que vamos nos classificar na Libertadores e vamos chegar à final do Paulista", dizia, tentando passar uma falsa tranquilidade. Bauza sabe que está sendo criticado por conselheiros e mesmo dirigentes do São Paulo. O vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro perdeu seu cargo também pelo fracasso do time. Sua aposta no técnico bicampeão da Libertadores está se mostrando uma decepção. O clube está perto da eliminação da principal competição de 2016. E ainda titubeia no insignificante Campeonato Paulista. Mais do que isso, o São Paulo não tem uma equipe definida. Nem no sistema tático. Nem nos jogadores. Bauza faz testes e mais testes. O time não consegue adquirir padrão, formato. Passar confiança. Até os atletas já começam a desconfiar de suas estratégia.

Leco teve uma conversa importante com Bauza. Ele explicou que, com o afastamento de Ataíde, as coisas irão mudar. Os profissionais terão de utilizar muito mais os garotos da base. Não há dinheiro para contratar e a janela para a Europa só será aberta no meio do ano. O técnico que começasse a apostar nos meninos. Mesmo a direção são paulina não acredita em uma reversão de rumo na Libertadores. Nem o mais otimista sonha com título. E a grande maioria não crê nem na classificação na fase de grupo. A reformulação do time é irreversível. Leco e o executivo de futebol, Gustavo Vieira, não acreditam mais em vários atletas que estão no Morumbi. Leco avisou que não seguirá o caminho normal entre os dirigentes. Não dispensará o técnico. Vai trocar o time. Será Bauza quem comandará a reformulação no elenco. Com o grande detalhe que terá de utilizar o maior número de garotos da base. Otimista, o técnico garantiu que nada está perdido. E poderá reverter a situação na Libertadores e usará o Paulista para passar confiança ao time, aos dirigentes, aos torcedores. Agora sem o escudo de Ataíde. Só que Bauza começou muito mal esse caminho. Outra vez a equipe mostrou inapetência para atacar. Excesso de passes laterais, sem penetração. Time desinteressado, sem convicção, sem gana de vencer. A equipe mostra compactação entre defesa e meio de campo. Mas abdica do ataque. Contra o humilde Ituano, o técnico foi fiel ao esquema que mais gosta. O 4-5-1. Na teoria, dominaria as duas intermediárias, e o potencial dos seus jogadores seria suficiente para uma fácil vitória. Mas se os atletas se acomodam com passes inúteis, lentos, mostram preguiça para correr, não há como. O São Paulo é uma equipe apática, sem a menor intensidade. Previsível, facilmente anulável. Complicando ainda mais, há o nervosismo dos atletas. Eles sentem e não conseguem lidar com as cobranças. E por isso, não têm confiança para tabelas, dribles. Atuam de forma burocrática. Carimbando apenas a bola. Tocando para o companheiro mais próximo. Sem se comprometer. Quem está fugindo dessa apatia é justamente o atleta mais cobrado nos últimos anos no Morumbi. Paulo Henrique Ganso descobriu a alegria de atuar mais próximo do gol adversário. A alegria de marcar gols. E percebeu que a carreira está passando. E ele está muito abaixo do que prometia, quando surgiu com Neymar, em 2009. Já foram embora sete anos. Ele assumiu sua responsabilidade. Driblou, discutiu com jogadores adversários, trocou empurrões, cobrou companheiros. Mas parecia jogar sozinho. A omissão era sua parceira. O Ituano com um esquema básico, 4-4-2 foi aos poucos percebendo. Não havia um grande time vestido as cores da camisa do São Paulo. No primeiro tempo, só acabou perturbado com um chute a gol do jovem meia Daniel. Um chute importante! O Ituano quase termina o primeiro tempo em vantagem. Já era melhor na vontade, na intensidade. Maicon falhou diante de Fernando Viana. O atacante invade a área e chuta na saída desesperada de Denis. A bola beija a trave, aos 43 minutos. Aos 45 minutos teve gol anulado, em jogada difícil, na qual acertou a arbitragem.

Era esperada uma guinada do São Paulo no segundo tempo. Mas não veio. O time até que adiantou sua marcação. Lembrou que vestia a camisa do São Paulo. Precisava ter atitude, postura de grande. E não o Ituano. Foram seus melhores vinte minutos de partida. A equipe lembrou de Calleri. E o argentino fez grande jogada, desceu em velocidade pela direita, e cruzou para Ganso desviar a bola com estilo para as redes. Era o quinto gol seguido do meia. 1 a 0, aos 16 minutos. Depois, acertaria ainda um lindo chute na trave. Tudo é desculpa para acomodação desses desses jogadores. Até de Bauza. Outra vez ele colocou em campo Centuríon, teimosia irracional. O atacante só atrapalha o próprio time quando entra. De novo, não fez nada de útil. A vantagem e o bom futebol dos vinte minutos deram a falsa impressão que a partida estava decidida. Não estava. O Ituano reagiu. Percebeu que o adversário outra vez voltou para a burocracia. E buscou na força, não no talento que não tem, o empate. Escanteio e faltas laterais eram o caminho mais fácil. O fraco árbitro Flávio Rodrigues de Souza quase se complica e não expulsa Thiago Mendes, com dois amarelos. Mas percebeu o erro. O São Paulo estava certo que conseguiria a injusta vitória. Foi quando João Paulo cobrou falta para a área. Denis não saiu. Léo cabeçou como quis 1 a 1. E a pressão sobre Bauza vai continuar. Apesar do seu absurdo otimismo. Muitos enxergam uma esperta tentativa de sobrevivência...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 20 Mar 2016 18:00:32

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