quinta-feira, 10 de março de 2016

Palmeiras não permite última entrevista de Marcelo Oliveira. Aprendeu com o rancor de Oswaldo Oliveira. Marcelo teve de apelar para uma carta de despedida. Enquanto isso, clube tenta Cuca...

Palmeiras não permite última entrevista de Marcelo Oliveira. Aprendeu com o rancor de Oswaldo Oliveira. Marcelo teve de apelar para uma carta de despedida. Enquanto isso, clube tenta Cuca...




A direção do Palmeiras não quis que Marcelo Oliveira se despedisse. Paulo Nobre aprendeu com Oswaldo de Oliveira. Permitir a "última entrevista" só serve para constranger os dirigentes. Principalmente, o presidente, que havia empenhado sua palavra que ficaria com Marcelo até o último dia de seu mandato. Nobre lembra de todo o rancor de Oswaldo. A saída do ex-treinador palmeirense foi apelar para um comunicado. Uma singela carta. E ela acaba de ser distribuída para a imprensa. Muito educado, ele só dá indícios do que aconteceu. Do descrédito da diretoria no seu trabalho. De como havia perdido o apoio dos jogadores por causa de Leandro Almeida. E coloca uma pá de cal na bizarra tentativa de Alexandre Mattos. Não houve acordo algum. Marcelo Oliveira foi mandado embora. Nunca pensou em sair. E o clube terá de pagar multa por dispensá-lo. Enquanto a nota é distribuída, seguem os contatos com Cuca. A direção quer saber se há ou não quarentena do Shandong Luneng. Se ele está recebendo ainda R$ 1,5 milhão mensais até junho. E perderia R$ 6 milhões se aceitasse agora o Palmeiras. Aqui, a emotiva carta de Marcelo Oliveira...

"Geralmente, quando um treinador deixa um clube, publicar uma nota de despedida é quase um padrão, mesmo que não esteja sendo sincero naquele momento. Porém, quero aqui enfatizar que as palavras que direi agora são sem hipocrisia alguma. "Realmente, gostaria de deixar meu muito obrigado a toda a diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras, desde o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos até os demais integrantes da direção. Eles estiveram ao lado da comissão técnica do início ao fim da minha passagem, tanto nos bons quanto nos maus momentos, mesmo que isso muitas vezes não tenha sido percebido pelos olhos da imprensa. Na verdade, esse fato demonstra que nem tudo de bom que acontece em um trabalho chega aos holofotes, tampouco tem a necessidade de ser exposto. "Quero expressar também minha gratidão aos funcionários do clube, pessoas competentes e dedicadas, que sempre tiveram atenção, carinho e respeito conosco, na fase de críticas ou na de glórias; ao grupo de jogadores, que sempre se doou ao máximo, independentemente de certos rumores externos que ocorreram, sobretudo preservando o bom ambiente ao longo desses mais de oito meses. De fato, foram muitas as dificuldades enfrentadas, mas conquistamos um título de expressão para o clube quando ninguém acreditava que seria possível. Conseguimos porque a consciência de que tínhamos uma responsabilidade compartilhada em cada partida falou mais alto, e a individualidade foi deixada de lado em benefício do mérito coletivo nos triunfos, sempre com o pensamento de que todos devem reagir depois dos tropeços.

"Havia alguns anos que um título não era conquistado pelo Palmeiras, e a pressão por campanhas vitoriosas era nítida, assim como acontece em qualquer outra agremiação da grandeza deste clube. Justamente por isso, a Copa do Brasil me traz um alento muito grande, pois, como disse em algumas ocasiões, no futebol não se conquista nada em sorteio de loteria, então, uma parte dos nossos objetivos foi alcançada. Além disso, não teríamos tido êxito algum, especialmente no caso de um torneio mata-mata, caso o plantel não tivesse unido forças com a comissão técnica, com a diretoria e com a torcida em prol do mesmo objetivo. "Por isso, sem dúvida, saio com uma enorme satisfação por ter feito parte de um momento especial da história do Palmeiras. Todavia, deixo o clube com o sonho interrompido. Assim como era meu pensamento em outros trabalhos, prezo sempre por cumprir o contrato até o fim. Além disso, ser campeão da Libertadores é também um desejo meu e compartilhava desse sentimento com cada palmeirense que conversei. Quero deixar um recado muito honesto a essa torcida fanática e gigante: ficarei na torcida para que vocês possam celebrar a conquista da América, ainda este ano, com o novo comandante. Na maioria maciça dos nossos jogos no Allianz Parque, o apoio vindo das arquibancadas foi notório e incondicional, mesmo em momentos complicados do jogo. Esse incentivo nos fez ter vitórias épicas dentro de casa nos últimos meses. Dessa forma, sei que a equipe jamais caminhará sozinha e se manterá viva com possibilidades de seguir adiante e realizar o sonho de uma nova Libertadores. "Meus mais sinceros agradecimentos," Marcelo Oliveira





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 10 Mar 2016 11:27:35

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